Nesta semana, a Marinha Real Britânica (Royal Navy – RN) informou a parada para manutenção de dois importantes meios, o destroier de defesa áerea HMS Defender e o submarino nuclear lançador de mísseis balísticos HMS Victorious

A nota sobre a chegada do HMS Defender a Portsmouth enfatizou que o navio é um dos destroieres “mais ocupados da Marinha Real” e que essa parada de dois anos para manutenção e revitalização é um marco na vida operativa que  acumulou, até hoje, mais de dez anos de serviço, mais de 300.000 milhas náuticas navegadas e operações em praticamente todos os mares e oceanos, exceto o Antártico, tendo sido o primeiro destroier Tipo 45 a realizar operações bem para o Norte do Círculo Polar Ártico.

Segundo o comandante do navio, commander (equivalente a capitão de fragata) Peter Evans, o HMS Defender foi o o destroier Tipo 45 de maior disponibilidade nesses dez anos, tendo operado “por todo o mundo”. O navio esteve presente nas principais operações conjuntas da RN com  marinhas aliadas, tendo sido rotineiramente o navio de escolha para escoltar porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos. A nota também enfatizou que, somente no último ano, o HMS Defender realizou quatro operações e quatro exercícios.

 

Nesse meio-tempo, ainda segundo a Marinha Real, o navio disparou 7.000 vezes o seu canhão principal e destruiu três drones (alvos) utilizando o sistema de mísseis anti-aéreos e antimísseis Sea Viper, de longo alcance.

Alguns números mencionados na nota, porém, estão mais para o humor britânico do que para os apontamentos operacionais: a nota afirma que, na última década, os tripulantes do navio comeram mais de 42 km de linguiças e quatro vezes o deslocamento do navio (8.500 t) em feijões.

Sobre a parada de dois anos para manutenção de maior porte (equivalente ao PMG – Período de Manutenção Geral na Marinha do Brasil), além de todos os trabalhos mais pesados que não podem ser feitos nos períodos menores de manutenção rotineira, a parada incluirá a realização do chamado “Type 45 Power Improvement Plan”. Trata-se de um programa de melhoramento da planta propulsiva dessa classe de destroieres da RN (seis unidades, também chamada de classe “Daring”), focada, entre outros itens, na troca dos dois motores diesel originais do navio por três mais eficientes.

Também está incluída uma modernização do sistema Sea Viper para lidar com as mais recentes ameaças. Por fim, entre as melhorias principais, está o aumento da capacidade de células lançadoras de mísseis em 50% (provavelmente, neste caso, a nota esteja se referindo à instalação de células do sistema Sea Ceptor, adicionais às já existentes do sistema Sea Viper, em área reservada já existente para essa ampliação)

Já sobre o HMS Victorious, o destaque escolhido foi a manutenção de empregos

A nota da Marinha Real Britânica sobre a parada de manutenção e modernização do submarino HMS Victorious seguiu uma linha diferente em relação à do destroier HMS Defender. Ao invés dos números acumulados e alguns detalhes dos sistemas a revisar e modernizar, a nota focou em outro tipo de manutenção: a de empregos.

Segundo a RN, o programa de manutenção do submarino, que pertence à classe “Vanguard” de submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos, será feita nas instalações da Babcock em Devonport, sustentando mais de 1.000 empregos na região, desde os que trabalharão diretamente nele até outros envolvidos em produção, projeto, comissionamento e cadeia de suprimentos. A chegada do HMS Victorious coincide com significativos investimentos na base, criando mais empregos locais.

Ainda segundo a nota, a manutenção e modernização trará aprimoramentos para que o submarino adentre a década de 2030 realizando patrulhas operacionais.

A RN relembrou que, desde 1969, pelo menos um submarino nuclear lançador de mísseis balísticos é mantido continuamente no mar como elemento de dissuasão, e que a partir do início dos anos 2030 a frota de quatro submarinos da classe “Vanguard” (cujo primeiro exemplar entrou em serviço na primeira metade da década de 1990) começará a ser substituída pela nova classe “Dreadnought”.

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Marcelo Andrade

Essas Type 45 são muito lindas!!!!

Burgos

Lindas, caras e problemáticas.
Parece que as Primeiras da série tiveram que parar para Manutenção corretiva (Não conseguiam navegar em águas tropicais) entre outros problemas que apresentou.
Boa tarde a todos;

Esteves

Fato. As turbinas RR WR21 foram aposentadas. Sequer estão mantidas nos catálogos da RR. “A Type 45 foi apresentada com dois motores em potencial. O motor da General Electric foi “testado e testado” na época, e na década desde então, provou ser notavelmente confiável para as marinhas do mundo. Se a BAE Systems ou a Marinha Real tivessem sido autorizadas a escolher, vejo que é altamente provável que eles tivessem escolhido este motor. O motor Rolls-Royce não foi testado e foi projetado às pressas para estar pronto a tempo para o prazo da competição. Nenhuma outra marinha mundial mostrou qualquer… Read more »

Burgos

Boa noite Istivis;
Conta a história da Type 45 que foi escalada para um desdobramento se não me falha a memória de 6 meses e voltou quase rebocada cheia de problema na propulsão e geração de energia. É só tinha navegado 15 dias em mar aberto.
Detalhe: na época já tinha 3 paradas fazendo a correção desse mesmo problema.
Relembrar é viver !!!
Ligando também o modo irônico 😏
Hoje acredito que todas elas já devam estar no estado da arte, mas no começo sofreram bastante.

Santamariense

As primeira unidades sofreram de problemas, sim. Mas, o Defender, 5º navio da classe, parece que teve seus problemas corrigidos anda antes do lançamento. Como o texto diz, ele navegou 300.000 milhas em 10 anos (30.000/ano). Para um desempenho desses, não pode ter tido problemas. Para efeito de comparação, a fragata União havia navegado, até o ano passado, quando completou 42 anos, 708.000 milhas (16.900/ano).

Esteves

Esses navios vão pro Mediterrâneo. E voltam. Os nossos quando tem diesel ficam aonde estão.

Pra ecomomizar.

Esteves

Hoje todas elas estão encostadas aguardando quem de jeito na m* que fizeram.

Ingleses. Dependendo deles teriam desembarcado no Dia E.

Esteves

Estiveram todas. Uma que Esteve não está mais.

Esteves

Boa noite pra você também.

M4|4v1t4

São a resposta estética às FREM/Horizon 😀

A MB tinha que ter entre 4 a 6 dessas. Compradas! Nada de transferência de tecnologia, construção local e todo o tipo de ________________________________________ e tornam tudo 10 vezes mais caro, impedindo o Brasil de ter forças armadas minimamente decentes.

COMENTÁRIO EDITADO. MANTENHA O RESPEITO, MODERE O LINGUAJAR E MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Camargoer.

Caro M. Sempre é momento de explicar. Existem dois tipos de países. De um lado, estão aqueles que têm capacidade industrial para construir navios de guerra. Do outro, estão os países sem esta capacidade. Os países sem capacidade industrial dependem da importação simples de navios, sejam novos ou de segunda mão. A compra de navios de segunda mão consomem dividas as quais não são compensadas. Já a compra de navios novos podem estar vinculadas à contratos de compensação comercial que garantem o ingresso de divisas na mesma proporção que são usadas no pagamento. Também é comum que a importação de… Read more »

Esteves

1 emprego direto para 2 a 5 indiretos é percepção.

Querido Mestre.

Camargoer.

Caro. Já fiz esta conta uma duas ou três vezes aqui. Isso depende do valor do salário pago na origem. È uma curva de tipo sigma. Se a pessoa recebe um salário abaixo da média nacional, isso praticamente gera um emprego indireto. Se recebe um pouco acima da média, gera dois. Se ganhar um salário mais alto, chega a gerar 5. Além de um determinado valor, o que muda é a faixa de consumo continua gerando o 5~6 empregos indiretos. que é mais ou menos o teto. O fato de uma pessoa comprar um carro de R$ 100 mil ou… Read more »

Esteves

É a primeira explicação que vejo pra essa historinha de direto/indireto e não cola.

”se a pessoa recebe um salário abaixo da média nacional, isso gera um emprego indireto”.

”se ganhar um salário mais alto, chega a gerar 5”.

Percepção.

Esteves

Putz. Vou ter que ler isso.

Amanhã.

Grato.

Esteves

1996/1998.

Tudo tabulado. Muito bom. Quando Tiver um atual favor compartilhar.

Camargoer.

Caro Esteves. Os dados podem ser atualizados ano a ano, mas a metodologia é a mesma. Você pode usar uma planilha, como o Excel ou mesmo a do Google, ou escrever um programinha em Python ou para os mais antigos, em Basic. Isso permite até mesmo simular situações buscando otimizar a aplicação de recursos, por exemplo para encontrar qual a taxa de nacionalização necessária para cada programa. Também é possível avaliar o impacto de um programa complexo como o ProSub, que envolve a construção dos submarinos mas também uma enorme obra de infraestrutura. Outra possibilidade é estimar o impacto na… Read more »

Camargoer.

Esteves. Eu apenas resumi o resultado que das contas que eu fiz. Aliás, eu u já mostrei como fazer está conta pelo menos duas ou três vezes. Um dia, vou publicar um outro comentário usando um outo apelido, quem sabe “Hayek”. Talvez você preste atenção. Riso.

Esteves

Eu presto. Eu presto atenção nos escritos do Professor Camargo. Veja que o estudo é complexo e faz análises por atividade econômica considerando empregos diretos/indiretos e aumento da renda. Não da pra generalizar. No final dos anos 1990 quando fizeram o trabalho…o trabalho (redundância do Esteves) era mecânico. Hoje…viu que a Tesla demitiu robôs na China? O trabalho e a eficiência das atividades produtivas estão tornando os empregos diretos em algo que Chaplin mostrou em Tempos Modernos. Essa relação que emprego direto gera outro ou outros indiretos que também são diretos porque são fornecedores está associada à época. Uma coisa… Read more »

Camargoer.

Olá Esteves. Vamos lá. Tem dois modos de avaliar o impacto de um programa de nacionalização de material militar. Pode ser feito um estudo detalhado ou uma estimativa. Um dele leva meses, o outro leva algumas horas (ou minutos). Ambos estão certos, mas seus resultados expressam uma incerteza característica. Supondo um programa no qual 50% dos gastos são de conteúdo nacional, dos quais metade corresponde á mão de obra e a outra metade á contratação de serviços ou componentes, isso permite calcular os “empregos indiretos” nos fornecedores e os “empregos gerados por consumo” decorrentes dos salários. Os empregos indiretos também… Read more »

Esteves

Professor reproduziu o que está publicado na metodologia do Marcelo e da Sheila. Professor incluiu uma discussão sobre natividade que não tem relevância sobre o debate de empregos diretos/indiretos. A metodologia está aprisionada nos anos 1990 década na qual ainda não existia indústria 4G e no Brasil a 3G ainda caminhava insegura. “Supondo um programa no qual 50% dos gastos são de conteúdo nacional, dos quais metade corresponde á mão de obra e a outra metade á contratação de serviços ou componentes…” Em análise não se supõe. A conclusão está aferida e tabulada ou não foi provada. O que são… Read more »

Last edited 9 meses atrás by Esteves
Esteves

Em breve.

Camargoer.

Esteves… se você buscar o que eu já escrevi aqui uma duas ou três vezes antes… o mais recente talvez há um ano.. outros há mas tempo, inclusive um deles tem um comentário seu fazendo piada porque não entendeu a diferença entre uma séria convergente e uma série divergente, lembrará que eu já fiz uma estimativa do impacto econômico da FCT tanto no PIB, na arrecadação e na geração de empregos, tanto aqueles envolvidos na cadeia de fornecedores quanto em consequência do consumo. Foi naqueles meus comentários que eu estimei o número de empregos indiretos a partir do salário (algo… Read more »

Esteves

Professor, Esteves não é engraçadinho. Empregos indiretos à partir da renda estão citados e considerados no estudo. O próprio Professor Camargo faz referência à eles. O impacto da criação de empregos indiretos à partir do acúmulo e da renda elevada provinda da qualificação está medido. O que o Esteves que não é engraçadinho reafirma é que essa tabulação deve ser atualizada com periodicidade curta. A Toyota deve reintroduzir o terceiro turno. Esses trabalhadores serão recontratados ou fazem parte do banco? Para esse terceiro turno que produzirá o Yaris Cross a Toyota importou novas prensas para injetar peças moldadas na plataforma… Read more »

Camargoer.

Olá Esteves. São ao menos quatro coisas diferentes, ainda que associadas. 1. O modelo usado. 2. O algorítimo usado para processar o modelo. 3. A parametrização do modelo. 4. Os dados de input e outoput. Todo modelo é uma representação limitada da realidade. É comum que um modelo incorpore simplificações. A realidade é muito complexa para ser representada por um modelo e muitas variáveis reais têm impacto limitado no resultado final. Então, um modelo pode ser revisado sempre. O algoritmo é um problema de TI. Existem inúmeras plataformas para implementar um modelo, Pode-se usar uma planilha de Excel, fazer um… Read more »

Esteves

Escolha outro navio. Essa Type 45 já deu muito o que falar. E mal.

Esteves

Pai Jesus.

Eu não reclamo. Eu sugiro. Eu sou da turma do discurso de Gattysburg.

“O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.”

Falem. Escrevam. Pensem. Compartilhem.

Fala tudo M4|4v1t4…fala tudo.

Esteves

Tem comentário retido. Do Esteves, off course.

Esteves

Grato.

M4|4v1t4

A FREMM italiana.

Esteves

Essa explicação do Professor Camargo. É nessa linha. O que esses países fazem que não fazemos aqui e quando fizemos acusaram quem fez de ladros?

Grana na frente. Bota grana na indústria. Cria um regime especial para estaleiros e o que chamam de BID.

Estaleiro vive de encomendas. Encomendas são surtidas. Como é que o estaleiro nacional vai pagar colaboradores sem Estar capitalizado pelo estado?

Toda vez que demite por falta de encomendas tem que indenizar, o estado paga seguro, perde o treinamento, a mão de obra foi-se…

Mudanças. Ou morte.

Esteves

Essa história de merenda e terceirização de frota…isso da morte. Tem muita grana nisso.

Uma vez passei horas cruzando terceirização de frotas. Cheguei em 3. Três no Brasil.

Aqui tem 3 negócios imobiliários na rotunda da prefeitura. Fui ver um…70 CNPJ, 70 sócios, cada CNPJ tem 3 anos de vida, todos financiados pela Caixa…e senta que tem história.

Bilhões.

Anunciaram um negócio com a prefeitura vizinha. Um do Sul outro do Chile que se encontraram para investir em hotéis, vinícola, haras. 3 anos. Bilionários…nascem assim.

Deve ser a regra do 3.

Esteves

Vocês que jovens são…tem outra despesa das prefeituras juntamente com terceirização e merendas que é filé.

Locação de placas de trânsito. Filé de costela.

3 empresas. Como terceirização de frotas, pode ser 3 X 1.

Esteves

Pois é. Esse Ocidente é muito ridículo. Essa TG justifica investimentos bilionários em D&G com 1 mil empregos. Ou 2 mil. Houveram os empregos que projetaram e construíram o HMS Victorious. Esses, sumiram. Construir submarinos nucleares é uma atividade Sensata? Tem o aço, tem as armas, tem as inteligências postas a serviço da TG. Também sumiram. Francamente, não descobrimos como estocar a inteligência. Por fim, justificam com empregos a construção de MG. Pontes, estradas, escolas, hospitais, estações espaciais, purificação do ar e das águas…nadinha. Logo logo o Victorius será desmantelado, desativado e descontaminado por operários marinheiros contaminados mas, empregados. Viúvas pensionistas… Read more »

Esteves

Exato.

Construir navios é preciso. Navios de guerra também. Continuamente.

Esteves

Esteves não entende de muitos assuntos. Talvez 2 ou 3. Nada de hidrodinâmica e aerodinâmica. Esse mastro é muito alto. Poderia o arrasto do mastro juntamente com outros fatores como velocidade baixa ter provocado problemas no resfriamento do sistema de propulsão da Type 45? “O WR-21 foi projetado ao lado da Northrop Grumman. Também fui informado por uma fonte de defesa que o motor “era destinado a ser um programa conjunto Reino Unido-EUA (o W significa Westinghouse), mas os EUA não o usaram nos navios para os quais iam”. O problema com o motor é o ‘recuperador de intercooler’. Isso… Read more »

Esteves

A literatura diz um recuperador. Recuperador do intercooler.

Esteves

Isso que você descreve é frenagem regenerativa. Esse recuperador de intercooler pode ser um motor elétrico que move um compressor para pressurizar o ar frio admitido.

Boa noite.

Esteves

Conceitualmente. Eu disse conceitualmente.

Boa noite. Você está cansado.

Esteves

Não tenho culpa se meu raciocínio vai adiante das próprias palavras.

Alex Barreto Cypriano

O intercooler é um cooler (resfriador) entre duas coisas, no caso, inlets de ar. Já o recuperador recupera algo do que estava sendo descartado pra ser reutilizado pra algo, no caso parte do calor dos gases rejeitados nos outlets das turbinas que voltariam pra câmara de combustão. Não são idéias novas: no tempo dos boilers dos navios a vapor (nem tanto tempo assim), havia um balão superior à câmara de combustão da caldeira (onde bicos injetavam combustível, obviamente) que aquecia a água que seria transformada em vapor passando na tubagem dentro da caldeira – por assim dizer usando o gás… Read more »

Esteves

É a segunda vez que meto-me nesse assunto. Deveras complexo.

O texto repete várias vezes economia de combustível. Preciso ler isso várias vezes.

Grato.

Alex Barreto Cypriano

Ainda não engoli essa estorinha do intercooler falho. Um item atachado pra melhorar o desempenho mais além do convencional não poderia prejudicar o desempenho convencional se o ítem falhasse! O problema está na designação insuficiente de geradores (nenhum eixo nas D-Class são girados por potência mecânica, são todos girados por motor elétrico alimentado pelos turbogeradores e geradores diesel). Tanto é, que se aumentou o número e potência deles fazendo cesariana inversa nas naves: as WR-21, tiraram? Não, né? Então o problema não eram elas. Se você colocar muita demanda elétrica numa instalação antiga que não previu o aumento ela vai… Read more »

Esteves

Se os intercoolers falharam…

Isso foi planejado para diminuir a assinatura térmica do navio e essa explicação tua faz o Esteves compreender porque precisaram de um “recuperador de intercooler”. Energia e calor…em demasia? O sistema cortou a energia?

Outro fato é que a RR não mais produz essas turbinas que seriam…deveriam ser compartilhadas com a NG. São as turbinas LM2500 do Boeing 747 e Airbus A330.

Mercenário

A RR fabrica atualmente a MT30, prevista para as Type 26 e presente nos NAes Queen Elizabeth, no Trieste da marinha italiana e também na nova classe de fragatas japonesas, além da classe Zumwalt da USN.

Além disso, a MTU, dos motores diesel, é parte da RR.

Last edited 9 meses atrás by Mercenário
Esteves

Sim. É 50%. Fizeram um empresa de 50% na Alemanha, sede da MTU.

Tu já falou isso umas vezes.

Não é que eu tô impedindo tu de falar…pra não provocar mimimi de doutor…mas toda vez que aparece a RR tu diz que a MTU pertence à RR. Sim.

Os alemães dizem que a MTU é deles porque a sede fica na Alemanha e a empresa controladora é metade metade.

Alemão não larga do diesel. Tá no DNA.

Mercenário

Toda vez que aparece o assunto da turbina você critica a líder na europa – e uma das líderes mundiais – no desenvolvimento e fabricação de turbinas a gás e motores diesel, como se a opção por seus produtos fosse apenas uma questão de “conteúdo nacional”. Sim, a MTU tem como controladora a RR, portanto, uma das líderes também em motores diesel para navios, que também integram a propulsão da maioria dos meios navais. (salvo engano não é mais 50/50 e é uma subsidiária integral). A insistência em conteúdo nacional, que você critica em comentário abaixo, deu a eles expertise… Read more »

Esteves

Quando Esteves coloca aspas significa que não é da autoria estevesiana, mas Esteves julgou relevante.

O autor fez as ponderações e não é porque foi escrito que é absoluto.

O autor diz que as turbinas da RR eram virgens.

Esteves nem mora lá.

Esteves

Esteves foi consultar a Magia do Caos. Para entender mais.

Escolheram essas turbinas RR sabendo e conhecendo os problemas. Para manter os estaleiros ocupados não somente na construção. Também na manutenção, atualizações.

Compram conteúdo nacional. Uma bomba relógio. Mandam os problemas para os estaleiros. 2 mil empregos aqui, 1 mil ali, 3 mil lá…mantendo ocupados os estaleiros.

Tem o falatório. Mas o passado não existe. Vide Magia do Caos.

Alex Barreto Cypriano

Vou dar mais um pitaco, potencialmente polêmico: os costados das D-class são ornados com CIWS Phalanx e canhão Oerlikon de 30 mm em…plataformas em projeção, sponsons. É um detalhe que não precisava ser assim, mas foi feito assim, por quê? Pra mim é uma reminiscência elogiosa e nostálgica, como os mastros dos ABs, ao arrepio do fundamentalismo stealth.

Esteves

Plataformas em projeção…para diminuir a necessidade de girar o navio inteiro em combate à curta distância?

Esses mastros das ABs…dizem eles que prestam para aliviar peso. Quanto pesa um e quanto pesa um mastro stealth?

Alex Barreto Cypriano

Ângulo de cobertura próximo a ou maior que 180º em cada costado. Míssil vem contra o costado, não contra a proa ou popa, né?

Esteves

Míssil não é a única ameaça.

Dalton

Amplia e melhora o arco de fogo ainda mais com aquela enorme superestrutura traseira bloqueando, evitando danos à mesma, então mais que “nostalgia” uma necessidade.

Alex Barreto Cypriano

Sim, claro, mestre Dalton. Mas não precisava ser assim. Um R2D2 à vante e um à ré seria vantajoso pois se teria dois CIWS que poderiam apontar pro mesmo bordo, ainda que com um ângulo de cobertura algo maior que 90º. Nas Horizon, os dois 76 mm dianteiros se atrapalham mutuamente, e nas Orizzonte, há mais um de 76 mm à ré (seguro morreu de velho…).

Alex Barreto Cypriano

Peso de mastros? Sei não… mas pra dificultar a rolagem, quanto mais massa longe do centro, melhor. Chaminés e mastros (pra além das quilhas de bolhados estabilizadores em barbatana) ajudam algo nisso (não é muito, não). Mas pro combatente de superfície a amplitude e frequência do caturro (criando as acelerações verticais potencialmente perigosas e obstaculizantes) é mais decisivo: você nunca vai encontrar um passadiço muito mais à vante do terço frontal.

Alex Barreto Cypriano

Correção : onde se lê ‘(…)bolhados(…)’ leia-se ‘(…)bolha e dos(…)’.

Esteves

Tem outra explicação que não foi dada. Ao menos não recordo.

Fernando Ribas de Martini. Por que “Nunão”?

Franz A. Neeracher

Somente como adendo, o HMS Victorious entrou num período de manutenção que levará alguns anos, por ser algo extremamente necessário.

A nota divulgada pelos britânicos, dá impressão de que o “Victorious” só irá fazer manutenção para manter e gerar empregos…..

O irmão “mais velho”, o HMS Vanguard acabou de sair do mesmo período de manutenção o qual levou 7 anos!!

Depois do “Victoriuos” será a vêz do “Vigilant” e por fim o “Vengeance”.

Esteves

Acho que tem muita crítica à navio de propulsão nuclear. Se falam o que o submarino precisa fazer vem a opinião pública tacando o pau que a RN só dá despesa e ainda contamina o entorno.

Douram a pílula.

Franz A. Neeracher

Só pode ser…..não está sendo fácil para ninguém!!

Esteves

Tu é testemunha que o Esteves aqui no Naval sobrevive em trincheiras.

Até quando Esteves acha dizem que é somente achismo. Se Esteves fosse Lord não diriam isso. A simples presença de um Rei deixaria todos embasbacados…palavras de Richard Harris em Os Imperdoáveis interpretando English Bob.

Nunca foi fácil.

Camargoer.
Dalton

Acho Franz que por se tratar de um SSBN cuja discrição é notória não há muito o que se comentar ao contrário de um combatente de superfície que se movimenta entre oceanos interage com outras marinhas e potenciais adversários, visita portos estrangeiros e mesmo eventualmente apreende drogas como o próprio “Defender” já fez, prestam ajuda humanitária, etc. . Clicando o que está escrito em “azul” se abre outra janela onde se lê “major refit” ou algo como grande reforma para que ele permaneça relevante até meados da próxima década quando será substituído e espera-se que não ocorram os mais de… Read more »

Franz A. Neeracher

Sim Dalton, claro que lí o trecho escrito em azul.

Mas como a conta do “major refit” será muito salgada, justamente num período de vacas muito magras no Reino Unido, a Royal Navy já tenta acalmar os ânimos lembrando dos empregos gerados com isso….o que não deixa de ser verdade!

Vc que se amarra no tema submarinos da USN, fique ligado, em breve sairá uma matéria sobre o assunto 🙂

Esteves

Empregos e apelos. Parece que ainda estão na guerra fria.

“As since 1969, at least one nuclear-armed ballistic missile submarine is maintaining the continuous at sea deterrent posture at all times, deterring the most extreme threats to the UK and our way of life.”

Alex Barreto Cypriano

Quem disse que armas nucleares, seus sistemas de entrega, suas indústrias respectivas, suas táticas/estratégias e suas corporações administradoras seriam riscadas do mapa uma vez findo o conflito (mais de trinta anos atrás…) que motivou suas criações? A arma nuclear veio pra ficar até ser usada num paroxismo de defesa/agressão, ela é o símbolo máximo (da derrota absoluta) no tempo do fim, segundo Gunther Anders (que já está obsoleto, mas é de leitura proveitosa).

Cansado

Já disse e vou repetir: esse pessoal todo tinha que vir aqui aprender com a nossa Marinha.
Podem ver como esses países europeus (e também os EUA) são deficientes no quesito manutenção: seus navios, com vinte anos, já começam a dar baixa. Um grande desperdício.
Os nossos tem mais de 40 anos e estão inteiros e muito bem cuidados.
Se tivéssemos metade dos recursos deles, nossa Marinha operaria navios até 80/90 anos.

Esteves

Tu continua cansado.

Santamariense

Cara, por favor, pensa um pouquinho antes de escrever.

cansado

Obrigado amigo.