O que os submarinos da Suécia trazem para a OTAN
Por Johan Ahlander
KARLSKRONA, Suécia, 3 de julho (Reuters) – Quando a Suécia ingressar na OTAN, ajudará a aliança a corrigir sua vulnerabilidade no noroeste da Europa – o Mar Báltico, uma hidrovia compartilhada com a Rússia com um gargalo para acesso a portos em oito países, incluindo a Alemanha.
A chave da Suécia para manter as águas navegáveis em um conflito é sua frota submarina líder mundial, que segundo analistas possui alguns dos submarinos convencionais mais avançados já construídos.
“A frota submarina sueca está bem preparada para este ambiente e aumentará muito as capacidades submarinas gerais da OTAN no Báltico”, disse um oficial da OTAN à Reuters.
O raso Báltico, chamado de “prado inundado” por alguns nos círculos marítimos, tem uma profundidade média de cerca de 60 metros, tornando-o muito raso para os submarinos movidos a energia nuclear que compõem a maior parte da frota submarina da Rússia e toda a marinha dos EUA.
A Suécia tem três submarinos avançados da classe “Gotland” e um modelo mais antigo que será aposentado quando dois novos submarinos A26 forem entregues em 2027 e 2028, totalizando cinco até o final da década.
Reuters: O que torna os suecos tão fortes?
Experiência. A Suécia opera submarinos no Báltico desde 1904. Nenhum dos países vizinhos tem sido tão ativo debaixo d’água quanto os suecos.
“Temos experiência regional, que preenche uma lacuna, experiência que a OTAN não tem”, disse o comandante da flotilha de submarinos Fredrik Linden.
O Báltico também é uma via navegável complexa: com muitos rios que o alimentam, tem níveis de salinidade muito variados. Isso muda tanto a flutuabilidade de um submarino quanto a maneira como o som viaja debaixo d’água, e é preciso conhecimento local para navegar com sucesso.
Os submarinos da Suécia podem ficar debaixo d’água por semanas.
Enquanto submersos, os submarinos convencionais funcionam com bateria. A maioria precisa emergir depois de alguns dias para que seus motores a diesel funcionem para recarregar as baterias.
Mas os submarinos suecos têm oxigênio líquido armazenado em tanques a bordo para operar os motores a diesel debaixo d’água para recarregar as baterias, para que possam permanecer submersos por mais tempo e reduzir o risco de detecção.
Reuters: Como eles ajudarão no futuro?
Em 30 ou 40 anos, ou talvez antes, a guerra subaquática provavelmente será autônoma, diz Sebastian Bruns, pesquisador sênior do Instituto de Política de Segurança da Universidade de Kiel. Antecipando isso, a Suécia tem dois novos submarinos encomendados, com entrega prevista para 2027 e 2028.
Conhecidas como A26, as embarcações construídas pela SAAB Kockums serão maiores e mais versáteis do que os Gotlands e terão uma característica única: uma saída de mergulho de 1,5 metro de diâmetro, chamada de portal multimissão, na proa.
Isso permitirá que veículos operados remotamente (ROVs), veículos autônomos ou grupos de mergulhadores entrem e saiam facilmente. Bruns diz que isso torna o submarino ideal para a guerra no fundo do mar – por exemplo, a proteção ou destruição de oleodutos ou outras infraestruturas críticas no fundo do mar.
“A guerra no fundo do mar é a questão mais quente no momento nos círculos navais”, disse Bruns, referindo-se às explosões de 2022 que destruíram os gasodutos Nord Stream que correm sob o Báltico.
Os ROVs podem realizar tarefas como recuperar ou colocar objetos no fundo do mar, escanear grandes áreas ou colocar ou destruir minas. Eles também podem mergulhar mais fundo do que os submarinos comuns.
Pelo menos os submarinos dos suécios são bem cuidados, não estão cheios de buracos no casco como os submarinos russos mostrados na matéria anterior.
Vai ser um bom acréscimo.
Os “buracos” nos submarinos russos são furos de transbordo livre e estão somente no casco externo e não no casco de pressão, servem para que a água que fica entre estes dois cascos escoe pra fora com mais rapidez. Nos projetos mais modernos não são mais usados, pelo menos não da mesma forma. Nós projetos antigos, sua presença causa muito barulho pela turbulência da água, principalmente quando o submarino navega em altas velocidades.
Vc não entendeu… Os buracos nos cascos dos submarinos russos, são lançadores de misseis balísticos… rsrs
Eu nem sabia que a Suécia tbm é uma excelência em submarinos. Achei que a SAAB só fazia parte do recheio eletrônico.
https://www.saab.com/products/naval/submarines
O estaleiro Kockums é super tradicional e tem grande experiência em submarinos.
Hoje tá na mão da SAAB (governo sueco forçou a Thyssen Krup a vender) e, inclusive, já foi estatizado durante um tempo para evitar sua falência.
Digamos que é um ativo e investimento estratégico da Suécia.
Pensamento bem diferente da _________
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Uma guerra não nuclear com a Rússia seria um massacre da OTAN, seria custosa, mas a Rússia já demonstrou na Ucrânia que não tem capacidade para uma guerra nessa escala.
Nem a Rússia e nenhuma outra potência nuclear conseguiria vencer uma coalizão de mais de 30 países(OTAN) é impossível.
Caro Andrey, a Rússia prestou o melhor e maior serviço para tranquilizar o Mundo Ocidental ao demonstrar de maneira categórica a sua total e completa incompetência e fragilidade tanto no aspecto técnico, de treinamento, de moral e qualidade em geral de suas três forças armadas. Os Russos são patéticos. O que deve de ter de chinês questionando a parceria “estratégica” que eles tem com os russos não é brincadeira… e os questionamentos passam a beirar o pânico caso os chineses tenham obtido resultados menores que o do incompetentes russos quando realizaram manobras em conjunto.
Chineses são pragmáticos e não fazem esse julgamento, já que possuem parcerias com todo mundo desde países falidos até potenciais.
Vão extrair o know que precisam dos russos sem precisar participar de guerra ou se envolver e transformar no que precisam.
A importancia russa para a china é apenas energética e serem um buffer para chamar a atenção do ocidente.
A Ucrânia não é a OTAN, pra sorte da Rússia, que não deve dar conta nem da Polônia.
Acho que aprenderam muito depois que aquele Whiskey encalhou próximo da Base de Kalskrona em 1981. Cabeças devem ter rolado na Suécia!!
Aprender com os Russos? Os russos são de uma incompetência impar no contexto mundial.
O cara esta falando de uma coisa e aparece o outro, do nada, destilando seu ódio..
Sim, a Rússia foi um grande Império, mas que acabou e se perdeu na revolução comunista.
“Eles também podem mergulhar mais fundo do que os submarinos comuns.”
se a profundidade de mar báltico e de 60 metros em media como ele pode mergulgar mais fundo que os submarinos comuns ?
Armazenas oxigênio liquido um uma caixa de metal de afunda a menos de 60 metros de profundidade que de uma hora para outras pode ser sacudida de um lado para o outro, em tempos de paz pode ate ser uma boa ideia, mais em caso de guerra acho isso temerário !!!!
Leia com atenção:
“Os ROVs podem realizar tarefas como recuperar ou colocar objetos no fundo do mar, escanear grandes áreas ou colocar ou destruir minas. Eles também podem mergulhar mais fundo do que os submarinos comuns.“
Profundidade média não é profundidade máxima. Nesse caso, a profundidade máxima são 459 metros.
Mas de fato, é um diferencial que provavelmente não é tão relevante no mar báltico, mas é um diferencial dos ROVs.
Quanto a segurança de se armazenar oxigênio liquido, acho que eles devem ter considerado os riscos, afinal, o diferencial deles é a experiência!
Cinco. 5. Take Five dizia Dave Brubeck. Five to One disse Jim Morrison.
5 não farão diferença. “30, 40 anos ou antes”. Bela previsão. O Tarot da Fofinha é mais certo e aproximado.
Farei previsão. Em mais ou menos ou antes de 50 anos a guerra vem.
A guerra vem e chegará na década próxima não dando oportunidades e tempos ao Ocidente. Pode ser que esses 5 ou 7 da Suécia façam algum estrago. Nada mais. Talvez um pum. Ou dois pumpum.
Serão caçados por drones submarinos. Ou por varas de pescar.
Varas de pescar chinesas???
Por que você odeia os russos?
acho que não “serão 30 40 anos” e sim “anos 30 ou anos 40″…
Caraca Esteves, como você aprimorou sua habilidade de falar abobrinha.
A Suécia possui uma estratégia de Defesa extremamente eficiente , um sistema de inteligência bem estruturado e todos os recursos são alocados de maneira muito racional.
Qualitativamente as forças armadas suecas são uma excelente referência para os países normais.
O melhor exercito e força aérea, na Europa Continental, antes da SGM eram franceses assim com também tinham a maior linha de defesa, bem não durou muito…
A OTAN vai ganhar muito com esse acréscimo sueco na guerra submarina heim…
Acho que sim, cada um desses submarinos devem equivaler a pelo menos 5 sucatas que os russos se arriscam a navegar. Pode perguntar para o sobreviventes do Moskva qual o grau de prontidão da frota russsa.
De qualquer forma a Rússia não produz submarinos diesel elétrico com AIP para fazer frente aos submarinos suecos ou produz? E não jogar submarinos ao “Deus dará”! É ter contra-medidas eficazes por parte da Rússia!
Alguém leva a sério a marinha da Rússia??? Perguntem aos marinheiros do Moskva qual é o grau de prontidão e eficiência da frota… quando vemos a capacidade tecnológica e de meios da OTAN a coisa fica muito complicada para Russos e Chineses.
Concordo hahah
O nível de profissionalismo foi tanto que só devem ter escutado a explosão e a banheira afundando.
É bem isso.
Navios completamente obsoletos, com sensores soviéticos da década de 70! As classes de fragatas Gorshkov e de corvetas Steregushchiy irão substituir as classes udaloy, sovremmeny, krivav e os Slava. Mas, simplesmente, a Rússia não consegue construí-los em número suficiente. O Estado da frota de superfície russa deve ser o mais crítico entre as forças armadas daquele país.
Tudo muito bonito. Só falta combinar com a Turquia.
Parece que já combinaram, a Turquia vai até “ganhar” alguns F-16s.
Para quem não conhece e quer se aprofundar, busque saber sobre a SAAB que é Suéca.
Assim como a Alemanha possui a ThyssenKrupp outro conglomerado que atua com eficiência e tecnologia em diversas áreas, inclusive defesa. Aliás, é a ThyssenKrupp que está produzindo em Santa Catarina (Itajaí) a nova geração de fragatas para a Marinha Brasileira.