Navio de guerra da Marinha dos EUA perto do Iêmen intercepta vários mísseis, dizem autoridades dos EUA

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USS Carney (DDG-64)

CNN – Um navio de guerra da Marinha dos EUA operando no Oriente Médio interceptou vários projéteis perto da costa do Iêmen na quinta-feira, disseram duas autoridades americanas à CNN.

Uma das autoridades disse que os mísseis foram disparados por militantes Houthi apoiados pelo Irã, que estão envolvidos em um conflito contínuo no Iêmen. Aproximadamente 2-3 mísseis foram interceptados, de acordo com o segundo oficial.

Mais tarde, quinta-feira, o secretário de imprensa do Pentágono, brigadeiro general Pat Ryder confirmou que o USS Carney derrubou três mísseis de ataque terrestre, bem como vários drones lançados pelas forças Houthi apoiadas pelo Irã no Iêmen.

“Esta ação foi uma demonstração da arquitectura integrada de defesa aérea e antimísseis que construímos no Oriente Médio e que estamos preparados para utilizar sempre que necessário para proteger os nossos parceiros e o nosso interesse nesta importante região”, disse ele numa conferência de imprensa. “Não houve vítimas para as forças dos EUA e nenhuma, que saibamos, para quaisquer civis no terreno.”

Ryder disse que o Pentágono não pode dizer com certeza neste momento quais eram os alvos dos mísseis e drones, mas disse que foram lançados do Iêmen e se dirigiam para norte ao longo do Mar Vermelho, “potencialmente em direção a alvos em Israel”.

O USS Carney transitou pelo Canal de Suez até o Mar Vermelho na quarta-feira. O comando das Forças da Frota dos EUA disse numa publicação nas redes sociais que iria “ajudar a garantir a segurança marítima e a estabilidade no Oriente Médio ”.

O incidente foi um de uma série dos últimos dias, com bases dos EUA sendo alvo de drones na Síria e no Iraque, em meio a tensões crescentes na região, à medida que a guerra entre Israel e o Hamas continua.

Os ataques de drones contra a base na Síria resultaram em “ferimentos leves”, disse Ryder.

Na quarta-feira, dois drones atacaram a guarnição de al-Tanf na Síria, onde estão baseadas as forças dos EUA e da coligação anti-ISIS, disse Ryder. Um drone foi atacado e destruído, e outro drone impactou a base, resultando em ferimentos leves nas forças da coalizão, disse Ryder.

Nessa mesma manhã, no Iraque, os sistemas de alerta antecipado indicaram uma possível ameaça que se aproximava da base aérea de al-Asad, onde o pessoal dos EUA está estacionado. Nenhum ataque ocorreu, mas o pessoal abrigou-se no local e um empreiteiro civil americano sofreu um episódio cardíaco e morreu pouco depois, disse Ryder.

Na terça-feira, as forças dos EUA defenderam-se contra três drones perto das forças dos EUA e da coalizão no Iraque, disse Ryder. Dois dos drones tiveram como alvo a base aérea de al-Asad, o que resultou em ferimentos leves nas forças da coalizão. E no norte do Iraque, perto da base aérea de Bashur, as forças dos EUA atacaram e destruíram um drone, não resultando em feridos ou danos, disse Ryder.

“Embora não vá prever qualquer resposta potencial a estes ataques, direi que tomaremos todas as ações necessárias para defender as forças dos EUA e da coligação contra qualquer ameaça”, disse ele. “Qualquer resposta, caso ocorra, virá no momento e da maneira que escolhermos.”

Questionado sobre se todos estes ataques estão ligados à guerra em curso entre Israel e o Hamas e à raiva na região pelo apoio dos EUA a Israel, Ryder disse que os EUA ainda estão avaliando os ataques.

“Nosso foco continuará a ser garantir que estamos dissuadindo um potencial conflito regional mais amplo”, disse ele.

Para esse fim, disse Ryder, Austin realizou uma série de ligações com líderes árabes e israelenses, incluindo o Xeque Mohamed bin Zayed dos Emirados Árabes Unidos, o Emir Xeque Tamim do Catar e o Príncipe Khalid bin Salman da Arábia Saudita. O objetivo era reiterar o apoio dos EUA a Israel e sublinhar a importância da salvaguarda dos civis.

“Ele enfatizou novamente que qualquer país ou qualquer grupo que pense em tentar tirar vantagem da situação em Israel para tentar ampliar o conflito deveria pensar duas vezes e não duvidar da resolução dos Estados Unidos”, disse Ryder.

Austin também conversou quinta-feira com seu homólogo israelense, o ministro da Defesa Yoav Gallant, com quem tem conversado frequentemente desde o início da guerra.

FONTE: CNN

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737-800RJ

Fiz o cálculo da distância pelo Google Maps colocando o ponto de lançamento bem ao norte do Iêmen e mesmo assim deu, no mínimo, 1.500 km de distância até Israel.
Já é sabido que os iranianos possuem mísseis com alcances na faixa dos 2.000km, mas mesmo assim é bem ousado.

Felipe

Por isso soa estranha esta historinha americana… Pra mim tentaram atacar ou esses próprios navios, ou alguma base americana no Iraque o Síria.

Last edited 1 ano atrás by Felipe
Joao

O RIM 161 Satandart que essa belonave possui tem alcance de 500 a 1200 Km, dependendo do modelo. A missão dele é essa.

Alex Barreto Cypriano

Foi usado SM-2 e, se não me engano ESSM. Nenhum dos dois com tamanho alcance. Veja aqui:
https://whitefleet.net/2016/08/05/sm-2-sm-3-sm-6-and-essm-a-guide-to-us-naval-air-defense-missiles/

Alex Barreto Cypriano

O DDG-64 USS Carney desdobrou do grupo de ataque do porta aviões CVN-78 Gerald R Ford (que contava com 1 cruzador de mísseis guiados classe Ticonderoga e 4 contratorpedeiros de mísseis guiados classe Arleigh Burke e não sei se algum submarino nuclear de ataque). O fato é que, além do CSG do USS Gerald R Ford lá presente, pr’aquela região se encaminham o CSG do USS Dwight Eisenhower, o Amphibious Ready Group do USS Bataan e o navio de comando e controle USS Mount Whitney. Écoisa pacas e tem quem diga que os EUA se preparam pra em breve atacar… Read more »

Wellington R. Soares

Caro Alex, existe alguma informação da US NAVY se nesses desdobramentos eles vão acompanhados de algum submarino ?

Acredito ser uma informação confidencial, mas acredito fielmente que antes deles se deslocarem já tem algum submarino na frente fazendo patrulha.

Abraço !

Alex Barreto Cypriano

Como eu escrevi, Wellington, eu desconheço alguma fonte que tenha se referido à presença de SSNs nos CSG referidos. Ainda há a possibilidade de ter sido alocado à região algum SSGN…

Dalton

Não que faça muita diferença Alex – uma mania com detalhes – mas o USS Carney (DDG 64) faz parte do “Grupo” do USS Dwight Eisenhower, apenas, saiu mais cedo para uma missão independente, unindo-se por um tempo ao “Grupo” do USS Gerald Ford antes de prosseguir para seu destino final que é a V Frota. . Quanto a submarino, desde 2009 não se atrela um a um Grupo de Nae” e o próprio site da US Navy levou anos para atualizar essa informação já se percebendo então ser contraproducente “amarrar” um desde a fase de treinamento, passando pela missão… Read more »

Fernando Vieira

Então a Tripulação do Carney já vai ficar ali esperando o grupo do Einsehower chegar e continuar por ali depois que o Ford for embora, só voltando junto com o grupo do Einsenhower?

E eu achando que tripulante de porta-aviões que ficava mais tempo fora…

Dalton

Na verdade não Fernando, é muito comum até entre os “Grupos Anfíbios” que um ou mais navios do “Grupo” operem independentes cobrindo uma área maior e/ou designados para outra função. . O USS Carney pertence ao esquadrão de destroyers designado para o NAe USS Dwight Eisenhower então treinou com ele, só que ao invés de partir com ele e os demais, acharam outra coisa para ele fazer e outro destino também, pois ele desceu o Mar Vermelho em direção ao Mar Arábico, podendo ou não reunir-se ao NAe quando este chegar, mas, a expectativa de duração de missão é de… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Grato, mestre Dalton. É que só olhei a informação na notícia sobre o CSG do Ford indo pro MedOr, onde listavam o USS Carney no grupo, então passei pra frente. Displicência, minha, desculpe. Grato, novamente, mestre Dalton.

Fábio Jeffer

Não acredito muito não, a CNN ao longo dos últimos anos mostrou que ninguém mente mais do que ela. Aliás algumas de suas notícias nos fazem pensar que seus leitores são completamente alienados da realidade, vivendo em Nárnia. Tudo pra manter a tal da hegemonia americana

Heverton Ribeiro

Vixe. Aí estragou o funeral.

Jagder#44

hahahaha

José de Souza

Kkkkkkkkkkkkk

Bruno

Rapaz, que trauletada do editor. É pedir pra sair e nunca mais voltar.

Afonso Bebiano

Não subestime a vocação de alguns para passar vergonha.

Heinz

” na cara não”

Hcosta

Ainda bem que temos a liberdade de expressão para que alguns “iluminados” nos mostrem o caminho…

E como a verdade e a mentira depende de quem a produz e não de ter fontes credíveis, provas do que aconteceu, liberdade de imprensa, etc… Nada disso importa…

Mas gostaria de saber quais são as suas fontes de informação, apesar de quase adivinhar a resposta…

oswaldo

CNN é midia que tem um lado ideologico bem definido.

Esteves

E que lado é esse?

Heinz

Sabemos que tudo isso que ocorreu com Israel é obra do Irã que está conduzindo uma guerra hibrida contra Israel com o intuito de destruir o estado judeu (estas últimas palavras) foi o próprio presidente do Irã que disse. Nesta medida, se faz necessário uma resposta a altura de Israel, se não o monstro só irá crescer. Espero que o Egito e a Jordânia não apóiem essa loucura do Irã

Heinz

Apoiem*

Esteves

Sabemos?

Radagast, o Castanho

Que o Irã dá armas, treinamento e dinheiro para grupos terroristas anti-israelita é incontroverso. Israel volta e meia destrói campos de treinamento e depósitos de armas Iranianas na Síria, campos de treinamentos e armas essas que irão para o HAMAS, Hezbollah entre outros. Tudo bem que podem pairar dúvidas sobre a participação do Irã no planejamento dos ataques a Israel, inclusive alguns analistas dizem que a selvageria do HAMAS pegou os aiatolás de surpresa, tipo não esperavam isso, tornando o apoio ao ataque complicado até para eles. Mas, na minha opinião de mero leigo, duvido muito que o HAMAS tenha… Read more »

Esteves

Parece.

Heinz

não há 1% de dúvidas.

Macgaren

Boa Heinz! Vc poderia montar um documentando delatando essa conspiração e enviar para os EUA para invaidr o Irã de vez e colocar fim nessa bagunça.

Joao

No mundo real, não precisa de comprovação ou autorização da justiça, como querem no Brasil…. atividade de inteligência com aprovação do judiciário….. kkkkkkkk

sergio 02

Cara, goste ou não goste dos Americanos, mais eles constroem navios bonitos, olha a traseira desse Arleigh Burke, que coisa linda, na segunda guerra tinha os Iowa, os encouraçados mais lindos já construídos !

Dalton

Aproveitando o gancho o USS Carney (DDG 64) é um dos 8 “Arleigh Burkes” armados com um lançador SeaRam que pode ser visto na foto no lugar onde originalmente encontrava-se o “Phalanx” sendo que o “Phalanx” dianteiro foi mantido.

Sg Rodrigo Ramos

Uma verdadeira Belonave.

Apesar de os FLIGHT’s I não possuírem hangar, ainda sim, é uma verdadeira maquina de Guerra.

Sempre sonhei nossa esquadra composta por essas máquinas.

Last edited 1 ano atrás by Sg Rodrigo Ramos
Dalton

Sou um tanto “suspeito” para opinar sobre “Arleigh Burkes” : )

sergio 02

Verdade, uns 6 ou 8 deses, com 1 ou 2 Ticos , algumas Tamandarés , os 4 Riachuelos e 3 nucleares, com os meios de desembarque e anfíbios que já possui, pode nem ser a maior, mais com certeza seria a melhor e mais poderosa da América Latina

Dalton

O “Carney” com aquelas chaminés aparentes o que eventualmente foi retificado em navios posteriores e sem os hangares nem mesmo é dos mais bonitos ainda mais dependendo do “ângulo” que são vistos, mas, mesmo os mais antigos tem visto melhorias ao longo dos anos tornando-os mais capazes.
.
Mas são navios extremamente caros de adquirir, manter, e também armar, afinal trata-se de 90 silos verticais para mísseis no caso dos 28 primeiros e 96 em todos os subsequentes e até 4 “ESSMs” podem ser acondicionados em um único silo então o número de mísseis a bordo facilmente ultrapassa os 120.

sergio 02

E que pra mim ele com essas chaminés aparentes, esses lançadores a mostra, da a ele um ar de bad boy rsrsrsrs, tipo não se mete eu sou malvado rsrsrsrs, eles com essas linhas retas tudo embutido por causa do radar tem meio que um ar “frances” se vc me entende, prefiro os malvados rsrsrs.

Dalton

Tem quem não goste do “mastro” que alguns chamam de “varal de roupa”, mas, também dá um certo ar clássico 🙂

sergio 02

Exato !!!!

sergio 02

Mas são navios extremamente caros de adquirir, manter, e também armar, afinal trata-se de 90 silos verticais para mísseis no caso dos 28 primeiros e 96 em todos os subsequentes e até 4 “ESSMs” podem ser acondicionados em um único silo então o número de mísseis a bordo facilmente ultrapassa os 120.”

Eu sei, rsrsrsr Devaneios de um sonhador rsrsrsrsrs

IvanF

Não consigo ver um comentário desses e não fazer um paralelo com os carros vulgarmente chamados de “resto de rico”.

Vc até consegue comprar um, mas no primeiro problema que aparecer…

sergio 02

Tem muito preconceito ai, eu mesmo tenho um peugeot 207 passion 2014 1.4, maravilha de carro, ate agora nunca deu problema !0rsrsrs
E só um paralelo.

IvanF

Mas Sergio, eu não chamaria o 207 de “resto de rico”.

E como vc falou: “até agora nunca deu problema”, então mesmo que fosse, vc seria um sortudo.

sergio 02

Verdade, só tentei fazer uma comparação.

IvanF

Phalanx, SeaRam e Harpoon! Tem o pacote completo!!!

Heinz

sim, eu gosto dessa estética de navio de guerra americano, chegou de antenas, armamentos expostos, bem diferente do design “clean” dos europeus e alguns navios chineses

Jagder#44

Perguntinha boba: o mar vermelho não é muito “estreito” para um “grupo” de um NAE americano operar? Ou isso não faz diferença?

Carlos Campos

eu acho que não, pois de um lado pro outro as vezes chega perto de 300km de distância

Dalton

O Mar Vermelho é apenas passagem para o Nae chegar do Mediterrâneo ao Mar Arábico e vice-versa. O USS Gerald Ford encontra-se no Mediterrâneo Oriental próximo de Israel
e cercanias.

Jagder#44

Sim, entendi. É que pensei que eles posicionariam um CSG ali meio que “protegidos” do Irã pelo território da Arábia Saudita.

Franz A. Neeracher

A última vez que um grupo de PA operou no Mar Vermelho, foi durante a Primeira Guerra do Golfo.

Na ocasião, a maioria dos porta-aviões operava contra o Iraque a partir do Golfo Pérsico……principalmente contra alvos no sul e centro do Iraque e no Kuwait.

Mas 3 porta-aviões operaram a partir do Mar Vermelho; o USS Saratoga, o USS America e o USS John F. Kennedy…..os aviões desses 3 eram basicamente usados contra alvos no oeste, no centro e no norte do Iraque.

Jagder#44

Grato pela informação.

Dalton

Complementando a informação do Franz, há de se notar que a “Primeira Guerra do Golfo” foi uma situação especial onde os EUA tiveram apoio mundial, não havia nenhum tipo de ameaça aos NAes por menor que fosse e mesmo, países permitiram que aviões decolando dos NAes atravessassem seus respectivos espaços aéreos, então, eles puderam bombardear a vontade do Mar Vermelho
mas, isso não repetiu-se quando da invasão do Iraque

Rodrigo

Sistema confiável é outra nível…protegendo a democracia e paz no mundo.

Carlos Campos

Mais um motivo para Israel e AS se unirem contra o Irã

Esteves

O que é AS?

Vinicius Momesso

America do Sul kkk

Franz A. Neeracher

Arábia Saudita.

Carlos Campos

Arábia Saudita

Macgaren

AS = Ariovaldo e Steves

Orivaldo

Os Americanos estão ajudando bem Israel. O Veinho na casa branca é meioo doido mas gosta de uma Briga

Abner

Uma dúvida quantos navios fazem parte de um grupo de ataque de porta aviões americano ?

São apenas 4 navios de defesa e possibilidade de 1 submarino ?

Dalton

Por enquanto ao menos até 2027, obrigatoriamente se tem um “Ticonderoga” que é o navio que coordena a defesa aérea – com a retirada desses esse papel passará para um Arleigh Burke IIA até haver um número significativo do mais capaz Arleigh Burke III – e também um certo número de “Arleigh Burkes” em média 3 unidades podendo também contribuir para a defesa navios de nações aliadas. . Dependendo do caso se poderá ter um ou dois navios de apoio logístico seguindo junto mas, normalmente esses navios já estarão posicionados ao longo do caminho operando a partir de bases de… Read more »