Porta-aviões USS Gerald R. Ford em reabastecimento no mar

Conselho Editorial do Washington Post

No último dia de 2023, helicópteros da Marinha dos EUA dispararam — e depois afundaram — três canhoneiras Houthi que atacaram um navio porta-contêineres privado no Mar Vermelho. A Marinha vinha lutando há semanas com drones lançados por Houthis apoiados pelo Irã no Iêmen, mas esta foi a primeira vez que os rebeldes dispararam diretamente contra as forças dos EUA. Dez Houthis pagaram por essa decisão com as suas vidas.

As ações, realizadas para manter um canal de comércio importante, são um lembrete do bem público global que a Marinha dos EUA proporciona e por que precisamos de uma bem forte. No entanto, a Marinha entra em 2024 em mar agitado: a sua luta para construir novos navios, manter os existentes – e recrutar marinheiros – levará tempo e dinheiro para ser resolvida.

Durante demasiado tempo, Washington envolveu-se num pensamento mágico sobre tudo isto. Preocupado com a crescente presença marítima da China, o Congresso tem autorizado recentemente a compra de cerca de 11 novos navios de guerra todos os anos, mas os Estados Unidos têm capacidade industrial para construir apenas uma parte deles. Os legisladores, por exemplo, normalmente encomendam dois submarinos e três destróieres por ano; mas só existem trabalhadores qualificados e materiais suficientes para construir e terminar um dos primeiros e dois dos últimos. No final, o Congresso não está aumentando a Marinha – a frota, de fato, diminuirá em um ou dois navios em 2028. Está apenas preenchendo as carteiras de encomendas de alguns grandes fabricantes da defesa.

Há muita culpa para todos: os requisitos técnicos da Marinha para seus navios são muito complicados; o serviço continua alérgico a alternativas menores e não tripuladas; a construção naval consome mais tempo do que os construtores navais prevêem; e as estimativas iniciais de custos são quase comicamente baixas. O preço de várias dezenas de navios de combate costeiros da classe Freedom, por exemplo, subiu de 220 milhões de dólares para 500 milhões de dólares por navio, até que a Marinha finalmente parou de construí-los. O que a Marinha (e muitos no Congresso) outrora esperavam que fossem navios furtivos, antissubmarino e caça-minas, revelou-se como carros beberrões de combustível e de baixa qualidade, que se moviam lentamente e avariavam rapidamente. Muitos foram desativados precocemente; um deles, o USS Sioux City, foi desativado depois de apenas cinco anos no mar.

E de que adianta encomendar mais navios se a Marinha não consegue encontrar marinheiros para tripulá-los? Embora tenha ultrapassado facilmente as suas metas de retenção em 2023, a Marinha terminou o seu ano de recrutamento com 7.000 marinheiros abaixo da meta de 37.700 – uma marca que só alcançou depois de aumentar a idade de alistamento para 41 anos e expandir as isenções para tatuagens e testes de drogas positivos. “Estamos em uma guerra por talentos”, disse a almirante Lisa Franchetti, então chefe de operações navais, em setembro.

Uma das razões é um mercado de trabalho privado vibrante; outra é que a instabilidade no Oriente Médio e no Pacífico ocidental manteve a frota num ritmo operacional frenético, o que significa destacamentos mais longos longe da família. O USS Gerald R. Ford, o mais novo porta-aviões dos Estados Unidos, partiu de Norfolk em maio para o que deveria ter sido um cruzeiro de rotina; sua turnê foi estendida três vezes. O Ford desdobrou várias centenas de marinheiros aquém da sua tripulação normal de 2.548 militares.

E quando o porta-aviões volta para casa para reparos, a manutenção pode não ocorrer rapidamente. Nos quatro estaleiros públicos da Marinha, a maior parte dos cais, diques secos, guindastes e oficinas mecânicas estão em mau estado ou com vida útil esgotada; modernizá-los provavelmente levará 30 anos e US$ 25 bilhões. (Só Pearl Harbor necessitará de 16 bilhões de dólares para se modernizar.) Os outros estaleiros – em Norfolk, Bremerton, Washington, e Portsmouth, N.H. – relatam que é quase impossível encontrar os instaladores de tubos, canalizadores e soldadores de que necessitam. O senador Angus King (I-Maine) chama isso de situação de “cabelos em chamas”.

O que significa que os naviosdos Estados Unidos costumam fazer check-in para revisões, mas não podem fazer check-out. O cruzador de mísseis guiados USS Vicksburg está em reparos em Norfolk há mais de seis anos. O USS Boise, um submarino de ataque, está atracado nas proximidades há oito anos. Os estaleiros da Marinha, informa o Government Accountability Office, provavelmente não conseguirão realizar quase um terço dos períodos de manutenção programados em porta-aviões e submarinos até 2040, um grande impacto na prontidão. Como Jack Reed (D-R.I.), presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, perguntou ao almirante Franchetti no outono passado: “Como a Marinha será capaz de manter uma frota maior no futuro quando você não consegue manter a frota de menos de 300 navios hoje?”

Os almirantes e os legisladores deveriam parar de encomendar mais navios e concentrar-se na tarefa menos chamativa, mas mais importante, de manter a frota existente tão letal quanto possível. Isso significa transferir fundos da construção naval para a modernização dos estaleiros dos EUA, tomar medidas de emergência para recrutar e formar trabalhadores qualificados e aumentar os incentivos para servir em navios de guerra. Tais medidas enviariam um forte sinal à China e ao mundo sobre o quanto esta nação espera da sua Marinha agora – e nos próximos anos.

FONTE: The Washington Post

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Bosco

Não dá pra competir com a marinha da China, né pessoal!
Aí é querer demais.
A perfeita marinha chinesa é tão perfeita que a mídia local não aponta um único probleminha sequer, já a mídia americana enxerga um monte de “senões” sentados lá em seus confortáveis escritórios.

737-800RJ

Falo isso há anos: as forças armadas chinesas e russas não tem um mísero problema! Pelo menos não oficialmente, claro… É só notícia boa! Ainda bem que a guerra na Ucrânia veio para mostrar a verdade…

Fernando

E, estamos vendo a verdade… 20% da Ucrania em poder da Russia. Verdade mesmo!

Joao

Os mesmos 20 % de antes da guerra atual…

deadeye

Na verdade são 17.5%, os 20% foram no pico, de lá para cá, os Russos deram ré.

Horacio

Países democrático com liberdade de imprensa e internet livre….

Gabriel BR

Caro Bosco,
Ninguém precisa superar individualmente a US NAVY , basta tornar o custo da hegemonia da mesma impagável para o contribuinte americano…e isso está ocorrendo ! 34 trilhões de dólares em divida…

Bosco

Mas você têm ideia de quando o credor vai cobrar essa dinheirama toda?

Gabriel BR

O mercado não leva desaforo para casa…nem mesmo do Estado!
A resposta sempre vem … foi assim que todos os impérios desmoronaram

Bosco

A China você acha que tá imune dessa maldição?
Pela sua ótica as contas dela está em dia e ela tá fazendo tudo certinho?

Gabriel BR

Fazendo certinho ninguém está.
MAS a expansão da divida americana em relação ao PIB é algo numa proporção que ninguém nunca viu…3 trilhões de dólares nos últimos meses.

Camargoer.

Olá Gabriel. Então, esta discussão do valor da dívida pública ou do da razão dívida/PIB avançou bastante depois da crise de 2008. Nominalmente, a dívida pública dos EUA é a maior da história. É um fato. Por outro lado, o PIB dos EUA também é o maior da história. Assim, a razão dívida/PIB dos EUA está em torno de 120%, menor qu a maioria dos países da Europa e praticamente metade da razão dívida/PIB no Japão. Por muito tempo, havia uma discussão sobre o que aconteceria aos EUA se a dívida pública ultrapassasse 100% do PIB. Nada aconteceu. Nenhum modelo… Read more »

deadeye

3 trilhões em três meses? De onde vocês tiram esses dados??

Sulamericano
deadeye

O que vc mostrou, mostra um número diferente.

Rafael Aires

Mas a China não precisa explicar nada aos eleitores.

Gabriel BR

Roma também não…

Heinz

até porque lá não tem eleitores, ops rs

Horacio

Putin tbm ñ

carvalho2008

Mestre Bosco, ela não é imune de fato, mas creio que o diferencial de custo seja na razão de 3X1…

Nonato

A China até hoje se sustentou às custas dos Estados Unidos e da Europa.
Até 1993, o Japão crescia tanto que estava para se tornar a maior econômica do mundo.
Bastou Bill Clinton puxar o tapete.
Se vocês não comprarem carros americanos, não compraremos carros japoneses…
Há 30 anos o pib japoneses não cresce mais.
Com a China pode acontecer o mesmo se o resto do mundo acordar.
2022 e 2023 têm sido anos ruins para a economia chinesa…

MMerlin

Mas não se pode comparar a dependência industrial e comercial que o mercado mundial tem atualmente da China com a do Japão. Nem nos melhorias dias deste segundo.

Nonato

O imperio chinês também?

Gabriel BR

O império chinês não existe mais faz tempo

deadeye

Quantas vezes precisamos falar que não importa a dívida bruta, se a economia continuar crescendo e o custo de refinanciamento da dívida não ser proibitivo??

deadeye

Ademais, conforme aqui:

Is US Debt a Ticking Time Bomb? Fisher Investments Reviews the Data (reuters.com) – Boa parte da dívida dos EUA é devida para o FED, investidores dos EUA e outras agências do Governo Federal, e apenas 33% para investidores estrangeiros, Japão e Reino Unido juntos superam a China.

Então os EUA têm controle da sua dívida.

leonidas

O valor da dívida pública americana é um problema no dia em que o Dólar deixar de ser moeda de reserva internacional.
Até lá ainda que eles dobrem isso em termos meramente econômicos a divida é administrável.
O problema dos EUA é que ele precisa conter a desconfiança politica em torno da moeda (devido as ações adotadas contra o ativo russo e mesmo tirando ela do Swift) mas se o assunto for mantido em termos econômicos tá suave para o tia San… rs

Elintoor-_

Nossa !!! Direto no queixo !!!
Iniciem a contagem…
Bosco na lona, rsrs

Vinícius

Bosco, a industria naval chinesa é muito maior que a norte americana. A principal fonte de renda deles não é o estado e sim empresas de transportes marítimos do mundo todo. Logo, o padrão de eficiência e qualidade é muito maior. Nos EUA os estaleiros são completamente dependentes do dinheiro do contribuinte para funcionar. Em suma, os estadunidenses têm problemas graves de eficiência e custo na produção naval que afeta os programas de manutenção/aquisição de meios da US Navy. Jogar dinheiro não resolve e só uma profunda reforma no sistema para fazer valer o dinheiro do contribuinte.

Fernando Vieira

Não é que não tenham problemas, é que eles não sabem. Provavelmente a Marinha Chinesa tem centenas de problemas mas é um país que não tem imprensa livre. Se fosse na China o autor desse artigo já estaria em alguma sala respondendo a perguntas e o “Beijing Post” estaria fechado.

Pessoalmente prefiro um lugar com imprensa livre em que podemos ler a verdade. Mas certamente o Sun Kim Po também lê e acaba sabendo dos problemas da marinha americana.

Orivaldo

É bom você ter problemas e poder Não divulgar que tem esses problemas. O tal expurgo nas Forças Armadas Chineses deve ser coincidência. E sempre o Crime é corrupção. Tem mais corruptos na China do que no Brasil ? Acho que não

Valdinei

Recentemente uma pessoa me confidenciou que os brasileiros são cria casa no jardim da infância em relação aos chineses. O quesito corrupção…essa pessoa trabalha com comércio internacional….falou que eles são extremamente corruptos

Elias E. Vargas

Temos “in factu” a fabula da “mosca x abelha “. A primeira, por mais que a segunda apregoa-se as vantagens do mel, trabalhando freneticamente entre coleta das flores e o armazenamento na colméia para desfrutar em dias sombrios, a mosca preguiçosa e indolente que vivia cantarolar, quando sentia fome não se incomodava em se lambuzar na merda.
Meu medo é que a “mosca” seja amiga das formigas “de preto”, que costumam assaltar as colméias das abelhas matando-as e levando o mel impunemente.
Qualquer semelhança com fatos reais, não é mera coincidência.

Fábio Jeffer

Disfarça Bosco, a matéria do Washington Post é sobre a marinha Americana e não da China

No One

Meu nobre, é evidente a discrepância. São dezenas de matérias, só aqui no blog sobre a marinha chines e só exaltando supostos sucessos . Enquanto sobre as marinhas ocidentais o blog divulga pouco ou nada e na maioria das vezes sempre aquelas apontando alguma criticidade. Exemplo , a marinha holandesa instalou um um Hull Vane nos seus OPV da classe Holland gerando uma economia de combustível de 10% . Algo fantástico em um navio daquele porte. Nem uma mísera notinha para divulgar e debater uma solução tão interessante. A marinha italiana lançou outra FREMM recentemente, também nem uma matéria. Fundos… Read more »

Helio

Kkkk…ninguém sabe nada na china irmão, nada que eles não queiram…acorda

Bispo

Independente do que a mídia americana fala é fato que a hegemonia militar absoluta dos EUA , não existe mais.

Gabriel BR

Em um primeiro momento, caso a US Navy perca a hegemonia dos mares, os Oceanos virariam verdadeiros moedores de carne… um espaço sem lei! Nós aqui na América do Sul ainda podemos nos dar ao luxo de contar com o guarda chuva Royal Navy e da US Navy , mas já deveríamos estar a nos preparar para uma realidade diferente derivada do declínio do Ocidente.

Nemo

Quem precisa de guarda chuva tem que prestar obediência ao dono do guarda chuva.

Bosco

O nobre articulista (que não deve nem saber nadar rsss) achou a solução para o problema da USN que é aumentar o poder de fogo e a disponibilidade do que já está operacional.
Tivesse fazendo isso aos olhos dele eu aposto uma rodada que ele estaria criticando a USN por não estar gastando com a aquisição de novas unidades.
Tem hora que eu devo concordar com nossos iluminados ministros. Liberdade demais é uma _______

EDITADO. MANTENHA O BLOG LIMPO.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Vinícius

_____

COMENTÁRIO REPETIDO APAGADO. MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
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Miguel Carvalho

E os estaleiros chineses não serão dependentes do Estado chinês ? Sendo que o Estado comuna controla a economia?

Vinícius

Grande parte do lucro dos estaleiros chineses vem de encomendas de outros países. Produzir navios de guerra é não é principal fonte de receitas deles. Eles produzem navios bem rápido e com boa qualidade e em quantidades astronômicas (por isso o preço atrativo). Todo esse know how adquirido do mercado civil e aplicado na área militar. E adivinha o que acontece?? Grandes navios militares sendo entregues em pouquíssimo tempo. Além disso, o governo chinês é extremamente rígido com atrasos/aumento de custo dos vasos de guerra. Já nos EUA isso não ocorre e a indústria é extremamente dependente da marinha, fora… Read more »

Esteves

Eu tenho grande curiosidade em saber aonde estão essas fontes e como pesquisar tais informações…ineficiente, custosa, corrupta.

Miguel Brandão

O que não falta na China é aço. O restante dos materiais, creio que eles se viram.

Dalton

A US Navy vem tentando livrar-se do “Vicksburg” faz anos já que não valeria a pena terminar a revitalização para se ganhar uns poucos anos a mais de vida o Congresso é que ainda não permitiu e o “Boise” finalmente está em um dique seco espera-se que as lições aprendidas com o “Helena” – que recém completou testes de mar após mais de 4 anos de manutenção – sejam assimiladas, seja como for, é o tipo de matéria “catastrófica” que se apoia apenas em pontos negativos como se não houvesse positivos também. . O problema de se entregar apenas um… Read more »

Fernando Vieira

A Marinha dos EUA iria adorar se ela funcionasse como a Marinha do Brasil: Aqui o congresso não apita se a marinha pode ou não dar baixa num navio (imagina se o congresso daqui tivesse esse poder?) No final o congresso brasileiro só destina as verbas do orçamento para a Marinha e ela que define como gastar. A Marinha dos EUA ia adorar isso.

Renato Garcia

O problema dos comentários é que acham que os navios militares americanos são infindáveis a verdade é que todo material militar pode ser destruído o problema da Marinha chinesa e que não foi testada em guerra e a da Rússia é que ela não está lutando contra Ucrânia mas contra 40 países e assim mesmo o Bradley, e outros veículos militares Otan continuam virar sucatas. Já que estão exaltando tanto a Ucrânia qual foi o avanço na Contra ofensiva 300 km e a perda humana é o que já perderam neste começo do inverno ou seja a Ucrânia perdeu 1/3… Read more »

ChinEs

O pior é a ousadia de anão em tentar derrubar um gigante…

Emmanuel

SA’AR S80.
Esse é um navio que eu ACHO, digo, ACHO, muito interessante para o Brasil.
Acho que valeria mais o investimento nessa classe de navio do que na Tamandaré.

Moriah

A SAAR 80 é interessante, mas não para a MB. Aqui, a Emgepron já tem seu projeto de OPV 2.000 toneladas e assim como o Napa 500, a MB vai acabar orientando a construção dessa plataforma com base na Barroso. Não vejo outra opção no horizonte. Já em relação à Tamandaré, precisamos de mais fragatas, de preferência maiores que as FCT, mas o problema maior é sempre ter $$$ para isso.

Last edited 3 meses atrás by Moriah
Orivaldo

A Diferença é que a Marinha Americana e todas as suas Forças são compostas por profissionais. Já os Chinese, so Deus sabe

Cristiano marques

Respeito todas as opiniões,mais tanto faz a marinha americana ou chinesa,o Brasil sim tem que pensar na sua marinha e aprender com as marinha que como a do Brasil tem suas limitações orçamentária mais que impõe respeito,toda potência seja a chinesa como a americana são desafios a soberania brasileira e acreditar que os EUA não oferecem perigo é ser inocente ao extremo.

Esteves

A solução para os problemas norte-americanos foi dada aqui no Poder Naval. Bom planejamento. Entre uma Marinha maior e outra letal, ainda que a soma das duas possa parecer a solução ideal, deveriam buscar Bom Planejamento. Provavelmente não conseguirei escrever sem recorrer a bobagens, mas parece que os EUA caíram na armadilha que esgotou a URSS durante a guerra fria, incluindo a corrida espacial que hoje (exploração espacial) não deve ter 10% dos recursos disponibilizados naqueles anos. A China tem dólares, mão de obra, conhecimento, recursos, decisões centralizadas top down, baixa burocracia e está lá. Quem tem que ir até… Read more »

Moriah

Mas, para se chegar a esse bom planejamento, é preciso passar por cima do brio político do congresso americano, com membros sempre pensando como no passado: quanto mais, melhor…

Dalton

A US Navy está em uma fase de transição. Até pouco mais de 10 anos apenas 1 submarino era encomendado por ano e já se sabia o que isso causaria, uma diminuição no número total com mais sendo retirados e menos sendo incorporados.
.
A preocupação quase que exclusiva com o terrorismo islâmico e “atores” menores
levou a uma reorientação para guerra litorânea, surgindo os LCSs por exemplo.
.
Isso tudo não se muda em apenas uns poucos anos.

Nonato

Somente 37 mil marinheiros?
Esse número não bate.
Cada porta aviões exige de 3 a 5 mil marinheiros.
Eles têm uns 11 porta aviões.
Tem mais no minimo uns 150 navios de guerra, com uns 200 por navio no mínimo.
Já iria mais 30 mil.
Mais fuzileiros navais…

Dalton

Nonato “37.000” seria a meta a ser alcançada para o recrutamento no ano, o total de “marinheiros” incluindo oficiais e aspirantes é de mais de 330.000 não incluindo fuzileiros navais e civis.

Nonato

Os Estados Unidos precisam tomar uma atitude política. Sempre falo aqui que a mentalidade tanto das forças armadas ocidentais quanto de sua indústria de defesa está defasada. Está pior do que na segunda guerra mundial. Dizer que a “indústria naval” americana não tem capacidade para construir 11 navios de guerra por ano… Ou que não têm estaleiros para fazer manutenção… Ou que falta pessoal… Isso é dar a vitória à China ou Russia sem que o adversário deem um unico tiro… Alguns grupos políticos ideológicos estão destruindo os Estados Unidos. Incentivam o uso de drogas Fazem campanha contra a polícia.… Read more »

Nonato

É necessário rever a política de defesa americana. Parece que dependem de algumas poucas empresas que metem a faca… Funcionários da indústria de defesa e militares não têm que ganhar muito. Militar tem ter um tratamento diferenciado, serviço militar obrigatório etc mas não altos salários. Funcionários e indústria de defesa do mesmo jeito. O pais não deve viver para sustentar empresas que faturam e lucram alto mas não entregam resultados. Os Estados Unidos têm que ter a capacidade de dizer vamos construir 50 navios de guerra por ano e construir. O atual governo só pensa em gastar. Aprovaram uns pacotes… Read more »

Fernando Vieira

Não é assim que funciona no livre mercado. Você quer que os EUA façam como a China. Por que se você compra um iphone, um tênis da Nike ou qualquer outra coisa de empresa americana e vem escrito que ele foi feito na China? para baratear a produção. Se o governo dos EUA não pagar o que a Raytheon quer pelos AMRAAMs ela vai vender esses mísseis para os chineses. E Raytheon gastou dinheiro desenvolvendo esse míssil, continua a fazê-lo e quer esse investimento de volta e com lucros. O propósito de uma empresa, de qualquer setor, não é servir… Read more »

Nonato

Você não entendeu. O pais e sua soberania vêm primeiro. Empresas de defesa existem para servir a seu país. Não podem sequer vender para outros paises sem autorização do governo. A matéria é bem clara. A forma atual não está funcionando bem. A maioria dos projetos são financiados pelo governo. Eu até defendo que as empresas deveriam desenvolver e oferecer e não ficarem de braços cruzados esperando o governo pedir um projeto específico. Da maneira atual os Estados Unidos podem perder a hegemonia. Se o governo quiser muda tudo. Há 100 anos o governo americano “acabou” com a Standard Oil.… Read more »

Nonato

Tudo passa por processos de trabalho. Por exemplo, não há necessidade de 2 anos para fabricar um caça. Na segunda guerra, se desenvolviam e fabricavam milhares de tanques, caças em curto periodo de tempo. Hoje querem passar 6 meses fazendo manutenção em um navio (a matéria fala de um que está há 6 anos). Se o processo de trabalho for bom dá para fabricar um caça em um mês. Construir um navio em 6 meses, estourando um ano. Misseis? Milhares por semana. Processo industrial. Não se fabrica um missil artesanalmente, na mão, um a um. O tubo metálico dá para… Read more »

carvalho2008

Mestre Nonato, retire a tripulação humana de sua equação e ai sim, sua tese fecha em coerencia. A industria militar de fato, na busca de equipamentos cada vez mais sofisticados, inviabilizam a logica da persistencia e reposição de equipamentos durante o conflito. Como tudo é caro, ninguem consegue repor ou por prazo de produção ou economia. O que mais impelia o conceito acima era a necessidade de uma tripulação em em face dela, a necessidade de um produto com altisima taxa de sobrevivencia….mas, drones vieram ai e…. tudo pode começar novamente… A melhor pergunta é como fazer: Tanques descartaveis;Avioes descartaveis;Navios… Read more »

Last edited 3 meses atrás by carvalho2008
Fernando Vieira

Na segunda guerra os EUA construíam os Liberty Ships. Eram cargueiros destinados a levar suprimentos dos EUA para a Europa no esforço de guerra aliado. Um Liberty Ship podia ser construído em um dia, do batimento da quilha ao navio pronto. Mas ele era um projeto simples, barato e descartável. Eles sabiam que os u-boats estavam a espreita no Atlântico e invariavelmente afundariam dúzias desses navios. A solução era para cada um que os alemães afundassem, dois estariam na água. Mas não dá pra fazer isso com as armas de hoje. Um Liberty era movido por um motor a Diesel… Read more »

carvalho2008

Por isto fiz a jogada que antes o descartavel era impensavel por conta da sobrevivencia do tripulante…mas hoje em dia, voce consegue dispensar o tripulante por meio dos drones aereos terrestres e aquaticos….

Mas eu não descarto o conceito de navio descartavel….não mesmo…inclusive porque o termo fica relativo dependendo da dimensão do equipamento….um Nae descartavel por exemplo, pela propria ncessidade de tamanho e volume, já guarda relativa capacidde de sobrevivencia…

Fernando Vieira

Esse já é um conceito comum na guerra. Na invasão da Normandia, a Marinha Americana colocou alguns encouraçados próximo a costa para bombardear as posições alemãs e as praias. Esses navios foram considerados descartáveis e o planejamento da operação considerava a perda deles. Acabou que isso não aconteceu. Mas os navios não foram construídos para serem descartáveis, tinham o melhor possível quando de sua construção.

Carvalho2008

Pois é, mas hoje não se tem mais este tipo de navio, acho que as LSMR foram dos últimos….as marinhas perderam um absurdo de capa idade NSFS

Nonato

De certo modo tanques por exemplo já são descartáveis.
Não por vontade própria mas porque qualquer avião, navio ou tanque é vulnerável.

Carvalho2008

O Sherman era o blindado construído neste conceito…de certa forma, descartável. Os EUA podiam construir um blindado igual ou superior aos Tiger, mas eles fizeram as contas é análise industrial, concluindo que o Sherman era perfeito para ser construído em quantidades absurdas

Helio

China, Coreia do norte etc…ninguém sabe oque acontece por lá, eles expõe apenas oque lhes convém, não há comparaçao com a hegemonia americana, em terra mar e ar em se tratando deste assunto Olhem aí os russos papudos achando que ganhariam a guerra em uma semana. Senhores os americanos tem sim Zeus problemas, mas esqueçam que o ocidente vai colapćar. Os EUA são o ocidente, graças a deus temos os norte americanos A china chegou onde está , nas custas de milhares de vidas…leiam. São políticas assassinas, que não respeitam a vida. Claro estamos falando de forća militar, e acreditem,… Read more »

DANIEL ALVES E SILVA

Sou um mero Precursor Paraquedista. Não sei absolutamente nada de navios e submarinos. Mas hoje na reserva remunerada, resolvi concluir a faculdade de economia. Vai um dado para vocês. A dívida dos EUA não preocupava quando os juros eram baixos ou quase inexistentes. O povo Americano não sentia impactos de inflação e tudo era financiado a juros quase zero. Hoje, após pandemia e a dívida dos EUA chegarem a mais de 100% do PIB e ter alcançado a 30 trilhões de dólares não é tão fácil administrar. O custo de 1 trilhão das Forças Armadas fazem o contribuinte sangrar. Já… Read more »

Nonato

Tudo é possível. Reduzir o tamanho da marinha. Reduzir a área de atuação tipo só para defesa. Ou repensar a estratégia. Tipo você não precisa de 150 navios de guerra navegando dia e noite ao redor do globo. Ou mudar os “processos” de trabalho. Tipo 100 marinheiros por navio em vez de 200, 300. Levar refeições congeladas em vez de levar 10 cozinheiros para preparar comida para 200 marinheiros todos os dias. Sobre processos de trabalho a função principal de um navio é navegar. Há 2 mil anos atrás exércitos conseguiam construir “navios” de guerra para atuar no mar mediterrâneo… Read more »

Dalton

Ninguém tem “150 navios de guerra navegando dia e noite ao redor do globo” ! . A US Navy pretende aumentar o número de Arleigh Burkes baseados na Espanha de 4 para 6 unidades para torna-los mais disponíveis evitando as viagens de ida e volta da costa leste dos EUA em um momento em que o número de combatentes de superfície está em declínio. . Curiosa a ideia de “comida congelada” e outras ideias espartanas sendo que ao contrário a US Navy e outras marinhas estão proporcionando mais conforto para seu pessoal justamente para atrair pessoas para o serviço, a… Read more »

Fernando Vieira

Daqui a pouco o pessoal vai sugerir que os banheiros voltem a ser como eram nos tempos dos navios a vela.

carvalho2008

Não tanto, mas tambem vou apimentar….qual o militar deve e pode: fazer no chão;Viver 7 a 20 dias com ração liofilizada;Dormir na barraca ou relento;viver caixa de aço de 5m2, que a pouco não tinha sequer a condicionado;Conhecemos as dificuldades de algumas tropas e não podemos esquecer que desejamos o conforto de todos, mas se um dia a prioridade é prioridade para se tornar viavel, mesmo que temporariamente, não deixa de ser um item a ponderar…habitabilidade é muito bom…mas quarda sua relatividade de prioridade… Como seria o custo de uma fragata por exemplo, tamandaré, com os requisitos de habitabilidade de… Read more »

Last edited 3 meses atrás by carvalho2008
Fernando Vieira

No Poder Aéreo alguém criticou a FAB por gastar dinheiro com hangaretes que só serviam para os pilotos e demais militares trabalharem na sombra. Bom, ninguém perguntou como é usar todo o equipamento de voo próximo ao Equador com o Sol a pino. Eu já trabalhei nessas regiões e, se você puder ter alguma proteção contra o sol, tenha. Uma coisa é uma guerra onde por exemplo o Gripen pode pousar numa rodovia e uma guarnição abastecê-lo e municiá-lo para uma nova missão. Aí não tem escolha. Mas por que fazer as pessoas trabalharem em condições ruins no dia a… Read more »

Nonato

Fazer um telhado para trabalhar na sombra não deve ser tão caro. Estamos discutindo custos. Dei um exemplo de comida congelada. Eu mesmo compro kits de comida congelada. Não há mal nenhum nisso. Não sei se isso reduziria os custos de forma significativa. Imagino que os Estados ao mandarem soldados para outros países tipo a guerra no Afeganistão ou Iraque provavelmente mandava agua mineral em garrafas vinda dos estados unidos. Só isso deve ser um custo bem alto. Só com garrafinhas de agua mineral. No mínimo teriam que negociar agua muito barata nem que fosse uma fonte das forças armadas… Read more »

Fernando Vieira

Com relação a comida congelada, não sei até que ponto isso seria viável pois num desdobramento de seis meses de um grupo de porta aviões, imagina a quantidade de refeições que tem que ser colocada a bordo. Tudo bem que reabastece no meio da missão mas talvez isso ocupe mais espaço do que os mantimentos para se preparar as refeições. Isso fora a questão do bem estar do marinheiro passar seis meses apenas com essas refeições. E tem ainda a sustentabilidade, pensa na quantidade de embalagens dessas refeições que teriam que ser descartadas. Não estamos mais nos anos 70 que… Read more »

Carvalho2008

As rações, hoje são muito boas….vc tem menus até sofisticados….alimento localizado é outros evoluíram muito….

José de Souza

Nada como estudar! Parabéns Daniel!

ROBERTO MAIA

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COMENTÁRIO APAGADO.

4 – Não escreva em maiúsculas, o que equivale a gritar com os demais. As maiúsculas são de uso exclusivo dos editores para dar destaque às advertências nos comentários eventualmente editados ou apagados;

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
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ROBERTO MAIA

EDITADO:
4 – Não escreva em maiúsculas, o que equivale a gritar com os demais. As maiúsculas são de uso exclusivo dos editores para dar destaque às advertências nos comentários eventualmente editados ou apagados.

Paulo Fernando Lessa

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Nativo

Um dos calcanhares de Aquiles das potências é a queda do número de recrutas.
Pois os EUA e outras nações ricas sofrem do “mal da prosperidade”.
Se a economia vai bem , tem-se boas ofertas de emprego no setor privado , quem vai querer seguir na dura vida militar?
Estes países estão em uma encruzilhada pois aumentar os soldos, para competir com o setor privado, principalmente pelos melhores cérebros e coisa impossível, então o que fazer?

Last edited 3 meses atrás by Nativo
Esteves

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2024/01/08/dinamarca-precisa-de-trabalhadores-estrangeiros.ghtml Está por toda a Europa. A Inglaterra contratou pilotos chineses. A Alemanha precisa de mão de obra. Dizem que um dos motivos foi a pandemia. O mundo voltou a girar mais rápido que antes…guerras e disputas por mercados. Dizem outros que o avanço na tecnologia pegou as sociedades despreparadas…modais de transporte elétricos e verdes como óleos queimados estão demandando oportunidades. Dura vida militar…países em guerra. Aonde a atividade militar embaraça com a sociedade civil não é tão duro assim. Na Itália tentam profissionalizar a carreira militar para atrair a vocação e…sim, salários é um dos problemas. O que vem… Read more »

Jagder#44

Solução econômica para os EUA (e a USN):

  • adotar o modelo econômico/trabalhista da China;
  • abolir todo e qualquer direito trabalhista/sindical;
  • abandonar toda e qualquer regulamentação ambiental;
  • usar mão de obra barata dos imigrantes, de forma semiescrava (como na China).
Mig25

Sim. Mas aí, pelo que os cidadãos americanos iriam lutar mesmo? Esse não é o modelo de país e sociedade que eles construíram…

Esteves

Qual é o modelo econômico/trabalhista que vigora na China e como/porque tal modelo serve de mola para a construção naval?

Jagderband#44

Esteves, falei de uma maneira geral, portanto serve para a construção naval também.
O fato é que o modelo de governo autocrata e/ou ditatorial sempre terá vantagem econômica sobre os modelos baseados na democracia.
Ou seja, o mundo como conhecemos (aqui no ocidente) será completamente diferente em 100 anos.
A tendência é que o planeta inteiro seja governado por autocracias/ditaduras.

Esteves

Tendência?

Explica isso, por favor.

Jagder#44

Esteves, observo o avanço da China, Rússia, e demais satélites em todos os campos. Ao que parece a forma ocidental predominante de governo (pós iluminismo) está com os dias contados.

Esteves

Sei. E você concluiu isso sozinho ou Teve ajuda?

Jagder#44

Sim. Você me ajudou, via telepatia.

Sulamericano

Caro Jagder#44.
Sobre os seu pontos elencados:

  • adotar o modelo econômico/trabalhista da China;

A China tem um modelo econômico capitalista. O comunismo da China é só no controle social e no nome do partido.

  • abolir todo e qualquer direito trabalhista/sindical;

Trabalhador nos EUA não tem praticamente nenhum direito trabalhista.

  • abandonar toda e qualquer regulamentação ambiental;

Que eu saiba eles não assumiram nenhum compromisso com a preservação do meio ambiente.

  • usar mão de obra barata dos imigrantes, de forma semiescrava (como na China).

Já está em prática a muitos anos.

Jagderband#44

Bem apontado.
Não há quase direitos trabalhistas lá.

Esteves

Direitos trabalhistas. Quais? Quais existem e quais não existem na China?

Esteves

De onde…de onde vocês retiram essas pérolas?

Paulo Sollo

Corretíssimo. Algo que está ocorrendo nos eua a tempos são indústrias saindo de estados que possuem algum direito trabalhista e sindicatos para fixarem produção em estados onde os direitos trabalhistas são mínimos ou one um e os sindicatos são proibidos. Os eua jamais assumiram qualquer compromisso com meio ambiente. Ao contrário, devastaram totalmente suas florestas, dizimaram os povos nativos e sempre foram os maiores poluidores do planeta. O mercado de trabalho dos eua está repleto de pessoas com salários miseráveis. Muitas obrigadas e terem dois empregos e ainda assim vivendo na pobreza, principalmente devido ao custo de moradia. É impressionante… Read more »

Alex Barreto Cypriano

E olha que nos EUA a USN e USMC ficam com 38% do destinado às forças (Army -~30%- + Air Force -~32%- + Navy&Corps-~38%-), uns 231 bilhões de Dólares (digamos quase 1.160 bilhões de Reais) em 2.023. Aqui dizem que o Exército embolsa 40 bilhões de Reais e Força Aérea e Marinha embolsam 20 bilhões, cada. A MB+CFN custam 1/58 da USN+USMC…

Esteves

1 dólar é 1 dólar. Um real…a nota nem existe mais.

maurizio

Esse é o custo de ser uma marinha praticamente onipresente…o custo de ter um monte de parceiros e aliados que só se unem ao esforço de guerra na hora do bem-bom… o custo de ter um orçamento nababesco, que permite uma série de iniciativas controversas… acredito que o orçamento de defesa americano não aguentaria uma auditoria verdadeira, fora que o lobby da indústria armamentista é por demais poderoso… e sim, o grande negócio dos EUA é a indústria da guerra…

Nonato

Corvetas russas de 700 toneladas conseguem disparar misseis de cruzeiro com 2 mil km de alcance. Já nos Estados Unidos têm que construir um navio com 10 mil toneladas para levar tais misseis. Se fosse eu levaria junto de cada navio de guerra um navio mercante adaptado tipo navio porta containers, enormes entupidos de mísseis, drones, sensores. Um navio porta containeres deve ter capacidade de transportar uns 500 misseis uns 50 torpedos e imagino têm alta velocidade. E não são tão caros. Quanto ao risco de afundamento qualquer navio de guerra se atingido por 2 misseis de cruzeiro acaba afundando.… Read more »

carvalho2008

Mestre Nonato, este é um dos concitos de arsenal ship….alguns militares americanos pregam esta hipotese….não chegaram a uma conclusão… Um dos problemas do arsenal ship, é que o dinheiro em armamento ali armazenado é muito grande….se atingido…muito coisa se perde….. Eu por exemplo, acredito que pequenos submersiveis poderiam assumir este papel, pois alem de dispersos, são dificeis de plotar e identificar…submersiveis tem um problema de espaço, mas muitas armas foram miniaturizadas e agora podem ser armazenadas em quantidade….pode ser um meio , principalmente se focados a serem os primeiros a atacar instalações e amaciar a infraestrutura adversaria de forma a… Read more »

Dalton

Corvetas de 700 toneladas não tem meios para defender um NAe entre outras coisas
também não pode defender-se a si e a outros de mísseis balísticos/cruzeiro nem tem alcance para atravessar oceanos – sua ideia de basear “pequenos” navios em outros
países para operar ao largo da costa chinesa não funcionaria, vide por exemplo o cancelamento e a baixa precoce dos “LCSs”.
.
Essa ideia de “porta container” não é nova, se não foi introduzida é porque existem motivos de qualquer forma não poderiam substituir navios de combate clássicos.

Fernando Vieira

Seria um alvo tão suculento quanto os Porta aviões.

Os ingleses levaram um para a guerra das Malvinas e os argentinos acabaram por acertar ele. Deu um baita prejuízo.

Dalton

Verdade que no caso do “Atlantic Conveyor” ele foi usado apenas para transporte de carga e não contava com nenhum armamento – portanto diferente de muitas ideias propostas para se ter um como combatente – e foi atingido por engano apesar de existir uma teoria da conspiração de que ele teria sido sacrificado no lugar dos NAes.

carvalho2008

Mestre Dalton e qual seria a explicação dada para o navio guinar em direção ao corredor do missil? ficando entre o chaff do Hermes e o Chaff Brilliant e o Chaff da Ambuscade?

Porque pediram aquela manobra?….não vale o silencio…se ninguem responder….

Vide imagem da anotação do relatorio do inquerito….

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Nonato

Por que seria mais alvo do que outros navios?
Esse porta containeres teria mais sensores e misseis do que um navio de guerra convencional.
Pior é dizer que não tem dinheiro e não ter os navios de que precisa
Dei uma ideia, que pode não ser viável.
Mas pior é um navio de guerra por 3 bilhões e não construí-los e não ter nenhum ou poucos por falta de dinheiro.

Fernando Vieira

Imagine o seguinte: Você tem um navio carregando munições e suprimentos para todo um grupo de batalha. É claro que esse navio estará protegido mas ele se torna o alvo prioritário pois se ele abastece, digamos cinco destróieres, ao destruir esse navio você cortou as pernas dos cinco destróieres. Fora o prejuízo material dado ao inimigo com todos os mísseis que você mandou para o fundo do mar.

Então, esse navio acaba se tornando o alvo primário porque a ausência dele vai limitar bastante a ação da frota inimiga.

Nonato

Entenda. Atualmente constroem navios de 10, 12 mil toneladas. Os olhos da cara. Aí constroem poucos porque falta dinheiro. Acredito que porta containeres são muito mais baratos e enormes. Outros navios não levam 500 misseis porque são “mal” projetados. São grandes mas levam poucos misseis Esses porta containeres poderiam existir em número elevado e em conjunto com os outros. Um navio desses aumentaria muito a capacidade de misseis. Pela sua lógica afundando um desses os destroieres ficariam sem misseis. Não é verdade. Atualmente há poucos navios de guerra e eles já levam poucos misseis. Imagine um navio de guerra americano… Read more »

Esteves

Faz sentido. Deixam de construir navios clássicos…fragatas por exemplo e, utilizam cascos mercantes…graneleiros. Colocam 500 ou 1.000 mísseis em cada casco. Petroleiros podem levar 5.000 mísseis. Lanchas de 15 pés levando 5 misseis. Intermarines levando mais mísseis que uma Tamandare. Troca a frota por lanchas de 150 pés lotadas de mísseis. As balsas que fazem a travessia de Ihabela…centenas delas levando 12 mísseis…rumo à China. Mil lanchas são 12 mil mísseis. Se afundarem 50% sobram 6 mil mísseis…na primeira onda. Com 10 ondas de ataques são 120 mil mísseis…somente nas balsas. Navios de cruzeiro. Pegam 100 navios de cruzeiro. Cada… Read more »

Dalton

Pois é, nós aqui no blog temos mais competência que a US Navy
para decidir o que é melhor para ela.
.
Não entendo porque não nos contratam Esteves, não sei você mas
nem precisariam me pagar 🙂

Esteves

Não se deve reclamar do cavalo…

Nonato

Dalton. Você sabe que diversas forças armadas têm seus problemas e precisam de soluções. Não precisamos ser um “rocket scientists” para identificar certos problemas e, na qualidade de leigos (ou não) propormos soluções a título de brainstorm. São apenas ideias Não significa que estejam certas, que sejam viáveis nem que a US Navy acompanha o blog (a marinha chinesa tenho certeza que acompanha tudo) e vai avaliar nossas sugestões. Aqui é um blog justamente para discussões. Refutar ferozmente novas ideias só porque ainda não são adotadas na Europa e Estados Unidos não é uma postura sabia. O sábio não posa… Read more »

carvalho2008

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Carvalho2008

Apesar da ironia….saiba que é a pura verdade na hora da verdade….pesquise sobre barcaças carregadas com armas anti aéreas na wwII….não é questão de 8novacao…é pragmatismo quando a água bate no fiofó….

Nonato

Quando eu falo, posam de matutos.

carvalho2008

Mestre Fernando, o Arsenal Ship não é deposito de munição para outros navios….ele é uma “balsa” de misseis, uma plataforma de lançamento….

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carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

O Conceito do Arsenal Ship é de um navio barato, grande e focado em levar uma enormidade de misseis de ataque…algo como tentando reprisar o poder de ataque terrestre de um encouraçado….o problema é que missil é caro e se vc juntar muitos num mesmo navio e perde-lo…a coisa fica cara e arriscada…..

Chineses por seu lado, tentam desenvolver o conceito de um arsenal ship submersivel (não é um submarino, ele apenas usa a lamina dagua para ficar invisivel e ser mais dificil de er visto)
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carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

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Fernando Vieira

Agora eu entendi a sua ideia. Isso seria um monstro.
Continua sendo um alvo suculento mas teria lá sua utilidade. Mas ele teria que ser protegido tal qual um NAe.

Por favor, mestre não. Guarde esse tratamento para o pessoal mais cascudo aqui do blog.

Carvalho2008

Eu não defendo esta ideia destes big arsenal ship.

Estas são estudos dos engenheiros e militares americanos e chineses

Nonato

Eu dei a ideia, não que seja necessariamente a solução. Mas se dizem que só têm 350 navios de guerra e falta dinheiro. A função central de um navio de guerra é ter sensores e disparar misseis. Em vez de 20 navios de 15.000 toneladas e que custariam uns 30 bilhões de dólares (só os navios) e for possível ter 2, 3 porta containeres (acompanhando, digamos, 5 navios de guerra) e esses porta containeres forem muito mais baratos. Podem ser uma solução. O fato é: os Estados Unidos precisam aumentar o número de navios de guerra e sua letalidade total.… Read more »

Nonato

Isso aí tem a ver com processos de trabalho. Mudar a mentalidade. Muitos aqui agem como matutos. Se veem algo diferente do que estão acostumados dizem ser uma aberração, que é algo inadmissível, que é impossível, que afunda, que quem sugeriu não é engenheiro aeronáutico ou naval. Mas se no dia seguinte sair uma matéria mostrando que os Estados Unidos planejam algo do gênero dizem que é uma ideia genial, “como não pensamos nisso antes?”. Fecham a mente para novas ideias e as atacam sem sequer se dar ao trabalho de avaliá-las. Se esforçam para não entender, assumem uma postura… Read more »

Carvalho2008

Este pensamento para chineses e americanos já é isto, mestre Nonato. Para chinês já é um fato, não é teoria…eles usaram milhares de embarcações civis e que inclusive já estão assim especificadas….os EUA também desejam, mas possuem barreira da burocracia industrial e militar deles….mas quando a água bater….assim farão é co.o sempre fizeram e fazem…ou seja…fazem e simplesmente fazem…o resto é discurso…

Nonato

Navios de suprimentos já existem.
Um navio de guerra com 4, 6, 8 misseis antinavios é o mesmo que um policial subir um morro no Rio com um revólver 38 e 6 balas
Dá 6 tiros, acabou a munição, já era.
“Cortou as pernas”, como disse você.
Hoje navios de guerra são feitos primariamente para navegar muito e, secundariamente, levam sensores e misseis.
Na minha opinião deveriam ser o contrário
Serem projetados como depósito lançador de mísseis e que, também, navega.

Nonato

Não é substituir.
É acompanhá-los e aumentar seu poder de fogo enormemente.
Ajudaria a aumetar os 350 navios da marinha americana.
Com 50 deles chegaria a 400 navios.
Bem mais baratos.

Moriah

A US Navy já usou um conceito parecido com as OHP, construção rápida, simples (1 eixo) e uma boa quantidade. Aí, pensaram em inovar demais nos LCS e deu no que deu.

Dalton

Coisas completamente diferentes. O “LCS” apenas fortuitamente substituiu a “OHP” uma fragata barata vista como necessária em uma guerra contra a URSS enquanto o
“LCS” foi pensado para guerra litorânea e assimétrica onde até grandes números de pequenos barcos armados seriam alvos preferenciais.

Nonato

Pois é.
Piorou.
Um navio para áreas litorâneas para enfrentar pequenos barcos
É inadmissível esse tipo de “erro”.
Construção naval não é brincadeira.
Precisam ter seriedade.
Depois dizerem que são caros de manter…
Falta seriedade.

Esteves

Falta lá, sobra aqui. Todos precisam de Bom Planejamento.

Dalton

Não é que “piorou” e sim que não havia preocupação com outra grande potência naval, então, escolhas tiveram que ser feitas para lidar com ameaças reais, como Irã, Coreia do Norte, terrorismo islâmico, mesmo um aumento de ajuda humanitária estava no radar. . Além do mais a US Navy precisava e precisa melhorar sua capacidade de guerra de minas e uma das funções do “LCS” seria justamente essa. . Criticar é muito fácil, como também é fácil criar planos mirabolantes , mas não apenas marinhas são constituídas por seres humanos que são falhos como estão sujeitas a políticas e políticos,… Read more »

Nonato

Dalton, todos lhe respeitamos pelo seu vasto conhecimento. Alguns aqui fazem comentário apenas para ofender. Seja as forças armadas brasileiras, os Estados Unidos. Não é o meu caso. Não se pode negar que os Estados Unidos estão deixando a China crescer e têm falhado no básico. A marinha deles praticamente não evoluiu em números nem em qualidade e ainda cometem erros básicos. Você falou nesses navios litorâneos para caçar minas. Ou seja, teoricamente, navios mais simples. Atuar próximo da costa, caçar minas, usar canhões. Aí, depois descobrem que são caros, que quebram, que os canhões não funcionam. Estão “brincando” com… Read more »

Nonato

A marinha americana deveria desenvolver navios com apenas 2, 3 mil km de alcance para operar apenas ao largo da costa chinesa e baseados em países próximos.
Talvez isso reduzisse custos

Esteves

O problema é o mar. O mar que separa. Se fizerem uma ponte…

Nonato

O que você não entendeu do meu post?
Baseados em paises próximos…

GRAXAIN

Excelente título! Pena que nossos auuumirantado não concorde!

Esteves

Precisa ler a matéria…não somente o título.

FONTE: The Washington Post



GRAXAIN

Comentário feito sobre o “Título” – ter uma marinha letal, melhor do que uma enorme, cheia de gente, pensionistas e navios pouco armados. Só isso, vale…

Carlos Góes

Interessante os pontos levantados. Capacidade de produção, capacidade de manutenção e capacidade de retenção de mão de obra. Estes são problemas que afligem a todos os países livres. Com meios cada vez mais complexos, suas construções demandam cada vez mais de mão de obra especializada, sendo que esta segue cada vez mais na contramão. Se não tem mão de obra suficiente para produzir meios novos, a situação piora no momento que estes precisam ser divididos com as atividades de manutenção. Não existe como um corpo estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo….. a Solução? Ou entra mais pessoas para… Read more »

Cansado

O artigo frisa que uma marinha boa e poderosa tem que ter navios.
É uma lição importante para nós.

Nonato

Esse porta containeres custou 20 milhões de dólares. Um navio de guerra americano custa de 1 a 2 bilhões de dólares. 50 a 100 vezes mais. Navios mercantes têm menos proteção contra ataques. Mas qualquer navio de guerra pode afundar se for atingido por 2 mísseis de cruzeiro. Portanto é melhor ter 50 Navios porta containeres que podem afundar mas custam apenas um bilhão de dolares do que não ter Navios ou ter apenas um que custa um uu dois bilhões de dólares e também pode ser afundado. E na minha proposta esses porta containeres não seriam usados sozinhos mas… Read more »

Carvalho2008

Mestre Nonato, sim, concordo plenamente mas com uma observação exclusivamente tática…. Numa guerra de alta intensidade, acho que um arsenal ship corre sérios riscos tal como um porta aviões….São muitos ovos numa mesma cesta… Neste aspecto, acho que os chineses têm um conceito mais adequado, na qual um navio submersivel ou semi submersivel, tal como os barcos dos traficantes, ficam escondidos abaixo da água. Eu defendo este modelo alternativo inclusive e principalmente ao Brasil. De pequenos submersiveis tão tos os e simples como um Ghadir iraniano, mas com uma seção de dezenas de GLSDBs …..Isto sai muito barato e quase… Read more »