O lançamento de teste de um míssil Trident a partir de um submarino da Marinha Real falhou, pela segunda vez consecutiva.

O último teste do sistema de dissuasão nuclear do Reino Unido foi realizado pelo HMS Vanguard e foi observado pelo Secretário de Defesa Grant Shapps.

Os foguetes impulsionadores do míssil falharam e ele caiu no mar, próximo ao local de lançamento, de acordo com o Sun, que foi o primeiro a reportar o mau funcionamento.

Sr. Shapps disse que tem “confiança absoluta” nos submarinos, mísseis e ogivas nucleares do Trident.

A falha é extremamente embaraçosa tanto para o Reino Unido quanto para o fabricante americano do míssil Trident.

Os testes britânicos de mísseis Trident são raros, não apenas pelo custo. Cada míssil vale cerca de £17 milhões e o último teste em 2016 também terminou em falha, quando o míssil desviou-se do curso. Mísseis testados não são armados com suas ogivas nucleares.

Tanto o Sr. Shapps quanto o chefe da Marinha estavam a bordo do HMS Vanguard quando ele disparou o míssil de teste desarmado em janeiro.

O submarino acabara de passar por uma reforma de mais de sete anos.

Em uma declaração escrita ao Parlamento, o Sr. Shapps confirmou que “uma anomalia ocorreu” durante o teste em 30 de janeiro deste ano, mas disse que o Trident era “o sistema de armas mais confiável do mundo”.

HMS Vanguard

Ele disse: “O teste reafirmou a eficácia do dissuasor nuclear do Reino Unido, no qual o governo tem confiança absoluta. O submarino e a tripulação foram certificados com sucesso e voltarão ao ciclo operacional conforme planejado.

“Nesta ocasião, ocorreu uma anomalia, mas foi específica do evento e não há implicações para a confiabilidade dos sistemas de mísseis Trident mais amplos e dos estoques.

“Da mesma forma, não há implicações para nossa capacidade de disparar nossas armas nucleares, caso surjam circunstâncias nas quais precisamos fazer isso.”

Ele acrescentou que o Trident permanecia “eficaz, confiável e formidável”.

O míssil deveria ter voado vários milhares de milhas antes de aterrissar inofensivamente no Atlântico entre o Brasil e a África Ocidental. Em vez disso, caiu no oceano próximo de onde foi lançado.

Na época do teste falho de 2016, o Sunday Times relatou que foi lançado do HMS Vengeance, na costa da Flórida.

O jornal disse que o míssil Trident II D5 deveria ser voado 3.700 milhas (5.954 km) até um alvo no mar, na costa oeste da África, mas desviou-se em direção aos EUA.

A causa do problema permanece em segredo, reportou o jornal, mas citou uma fonte naval sênior dizendo que o míssil sofreu uma falha em voo após o lançamento da água.

Dr. Matthew Harries, diretor de proliferação e política nuclear no Royal United Services Institute (Rusi), disse que era impossível dizer quão significativa era a falha do teste.

Ele disse à BBC News: “Pode haver uma variedade de explicações para algo dar errado no que o HMS Vanguard estava fazendo ao testar o lançamento deste míssil, e não há informação suficiente sobre o que exatamente foi isso.

“Os mísseis que o Reino Unido usa são retirados de um pool comum que os EUA e o Reino Unido ambos usam, e os EUA realizaram vários testes sem esses tipos de problemas.

“Claro que é embaraçoso quando o lançamento é anunciado com antecedência e o secretário de defesa está a bordo. Não parece bom.”

FONTE: BBC

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Samuel Asafe

alguém no Reino Unido ta precisando se benzer. Foi só a Elizabeth morrer que as coisas começaram a dar errado kkkk.

Kommander

Era a véia que segurava a barra.

Willber Rodrigues

Eu não queria, mas tive que rir, foi mais forte do que eu.

Fernando Vieira

Não era Caramuru… Deu xabú

ChinEs

Acho que a URSS já viveu a mesma situação, logo depois do colapso soviético muitos dos equipamentos mostraram os seus defeitos…

Yuri Dogkove

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Allan Lemos

Não entendo porque o UK decidiu depender apenas dos Tridents para dissuasão estratégica, não é como se não tivessem capacidade para manter uma tríade. Deveriam ao menos ter míssil de cruzeiro nuclear como os franceses.

Fernando Vieira

E eles não aprenderam, resolveram construir dois porta-aviões cuja única aeronave de asa fixa que pode operar é o F-35B.

Last edited 2 meses atrás by Fernando Vieira
Dalton

Não há nada de errado nisso caro Fernando. Realisticamente falando se terá apenas um tipo de avião operando de um NAe, com exceção de um país rico este sim poderá incluir mais tipos e maiores quantidades. . Durante anos os britânicos operaram 3 NAes bem menores da classe Invincible capazes de operar apenas aeronaves V/STOL e por um tempo juntou-se a eles o HMS Ocean – o Atlântico da marinha brasileira – para se ter hoje 2 NAes maiores o que garante normalmente um certificado e também com uma capacidade secundária anfíbia podendo operar por curto espaço de tempo com… Read more »

Fernando Vieira

Desculpe, acho que eu deveria ter me expressado melhor: Operar apenas um tipo de avião no porta aviões é ótimo, pense na simplicidade da cadeia logística de peças e manutenção. Minha crítica é essa aeronave, no caso dos ingleses, ser o F-35B.

E acho que os franceses acertaram mais. Os ingleses poderiam ter pensado em dois navios com catapulta e operar o F-35C. Ainda permitiria, caso necessário, operar outras aeronaves substituindo os F-35.

Dalton

Pensar eles pensaram Fernando mas não estava dentro da realidade deles 2 NAes de 70.000 toneladas com catapultas, maquinário e cabos de retenção de aviões e o F-35C longe de entrar em serviço em 2017, apenas 3 esquadrões de linha de frente atualmente existem nos EUA e além do mais é a versão mais cara do F-35. . O F-35B não é um avião ruim e tão logo sejam implementadas novas atualizações será ainda melhor e o “Charles de Gaulle” apesar de nuclear foi considerado pequeno tanto que o substituto será bem maior podendo também acomodar catapultas de 90 metros… Read more »

Underground

Os ingleses testaram o Rafale, mas a coisa não foi para a frente. O F35C era a ideia inicial, mas os atrasos da aeronave levaram a RN a alterar seus Nae para rampa.

Marcelo

O Charles de Gaulle opera com o E-2 também, além do Rafale. Essa é a maior limitação dos PAs ingleses, dependem de helicópteros para AEW, com teto de operação e alcance bem menores que uma aeronave de asa fixa.

Carlos Crispim

Exatamente.
Charles De Gaulle aircraft:The ship can operate a fleet of up to 40 aircraft: Rafale M (range 3,340km), Super Etendard (range 1,682km) and three E-2C Hawkeye airborne early warning aircraft. The ship also supports Dolphin PEDRO, AS 565 Panther or NH 90 helicopters.Fonte: https://www.naval-technology.com/projects/gaulle/?cf-view

Vinicius

Impressionante a baixa prontidão dos meios navais ingleses. Já não basta a frota de superfície ser problemática e cara (Type 45 e os Queen Elizabeth), agora a dissuasão nuclear tbm é. Não sei o que está acontecendo com a marinha do Reino Unido que já foi referência para outras forças navais. Hoje é uma força cara, ineficiente e com graves erros no controle de qualidade e prontidão da frota. Franceses e italianos não estão passando pelos mesmos problemas.

Underground

A resposta está no Brexit. A economia inglesa vem encolhendo e isso tem reflexos nos meios militares. Embora aí, o míssil seja americano.

Vinicius

A questão não é tão simples. A Royal Navy tem passado por problemas de disponibilidade e qualidade dos meios tem muito tempo (bem antes do Brexit).

Munhoz

Ai se fosse Russo !
O que a gente escutaria,
Lembram da cobertura dos tanques, depois foram também utilizadas pelos israelenses (ai sim que funcionaram)

Allan Lemos

Ai se fosse Russo !

Ou chinês, “soltou pecinha” dizem eles.

Paulo Sollo

“o sistema de armas mais confiável do mundo”
“eficaz, confiável e formidável”.

Ô loko! O míssil deveria rumar em direção a África mas deu meia volta e foi em direção aos eua!
O outro caiu logo após o lançamento!

Ô loko! Pipoca e refri nas mãos para ler as explicações malabarísticas daqueles que vivem dizendo que os armamentos dos adversários dos eua não prestam e tudo o que os eua tem é hiper mega infalível e insuperável. 😄

Paulo Neves

O Almirante Nelson deve estar dando voltas no túmulo.

Marcelo Andrade

E ainda reclamam da MB!

Willber Rodrigues

A MB não passa por esse problema, pelo simples motivo de….
Não temos munição “sobrando” pra fazer testes.

Jack

E nem sobra de meios navais…

Last edited 2 meses atrás by Jack
DanielJr

Isso jamais aconteceria na MB, não temos o sub, nem os mísseis. A única coisa que temos é a tripulação, isso não falta.

LéoP

Nessas horas os defensores dos perfeitos equipamentos ocidentais e insuperáveis não aparecem para explicar com seus termos o porquê de ter falhado, deixo claro e sem torcida, todo equipamento de guerra, seja ele eletrônico, mecânico, balístico, propulsado e etc, está sujeito a falhas. A diferença é, apontar o erro dos outros é mais fácil que assumir os próprios.

Dalton

Como escrito no texto: “ os EUA realizaram vários testes sem esses tipos de problemas.” . O último teste ocorreu em setembro do ano passado quando um Trident II foi lançado do USS Louisiana certificando-o novamente para as chamadas patrulhas de dissuasão depois de um período de mais de 3 anos de revitalização sendo o último dos 14 SSBN classe Ohio a passar por isso, garantindo pelo menos outros 15 anos de serviço. . Com esse último teste se alcançou 191 lançamentos de sucesso e alguns desses testes foram realizados com mísseis já antigos portanto mais propensos à falhas nos motores… Read more »

Allan Lemos

Nesses testes o míssil cai em um local isolado específico na terra ou eles lançam em direção ao mar mesmo e recuperam os destroços depois?

Dalton

Lançam em direção ao mar e não recuperam os destroços.

Maurício.

Está aí o “padrão ocidental de qualidade”…Rsrsrs.

EduardoSP

Que invariavelmente é superior ao padrão russo. Quanto ao padrão chinês, ninguém sabe, mas no que se tem acesso, bens de consumo em geral, eles têm avançado muito.

Paulo Sollo

Todos os últimos testes realizados pelos russos com o Bulava foram bem sucedidos e no geral os meios nucleares dos russos tanto submarinos quanto de superfície são atualmente os mais modernos do mundo, e não velhos vetores recauchutados que compõem a totalidade dos meios de entrega de ogivas dos eua.

Essa conversinha de querer depreciar sem base na realidade é coisa de crianças. Vira o disco.

Dalton

Não se sabe o que aconteceu nesse teste mas os EUA já realizaram quase 200 lançamentos em 30 anos sem falhas ! . Que meios nucleares de superfície a Rússia possui ? Alguns “quebra gelos” o grande cruzador Pedro O Grande que segundo informado não será modernizado e será substituído pelo “Almirante Nakimov” cuja revitalização se arrasta por 10 anos, enquanto os EUA tem 11 Naes de propulsão nuclear com o último portando 2 reatores de nova geração gerando muito mais eletricidade. . Um Ohio” não é um “velho recauchutado” foi modernizado e mantido relevante da mesma forma que o… Read more »

Makarov

São Tridents do mesmo galpão, botou em dúvida os Tridents dos EUA… se essas relíquias da guerra fria realmente funcionam.

Bispo

Creio que os EUA irão pensar 100x antes de chamar a UK para um ataque , etc …

De potência naval a comedia … 🙃

Dalton

E quem os EUA chamarão ou podem contar até às últimas consequências ? . A Espanha por exemplo poucos anos atrás tinha uma fragata integrada ao Grupo do USS Abraham Lincoln mas quando houve uma nova deterioração da relação com o Irã o navio foi retirado e mais recentemente nações europeias se recusaram a ter seus navios comandados pelos EUA no Mar Vermelho, as mesmas potências que precisaram dos EUA para lidar com a Líbia no quintal deles. . Não apenas há muito profissionalismo ainda nas forças armadas britânicas , mas os EUA utilizam bases britânicas como Diego Garcia no… Read more »

Bispo

Talvez a marinha japonesa esteja em um nível superior a marinha britânica, profissionalmente e em termos de embarcações realmente funcionais.

Dalton

A marinha japonesa é excelente mas não investe em “SSNs” e “SSBNs” então fica mais fácil ter uma grande quantidade de meios, pelo preço de um “Astute” se pode ter quase 3 dos grandes submarinos convencionais japoneses e os novos “SSBNs” em construção são muito mais caros.
.
Independente disso americanos e britânicos possuem laços muito mais profundos, a começar pelo idioma e já “sangraram” juntos inúmeras vezes.
.
E até que ponto o Japão estará disposto a ir quando se trata de Europa e Oriente Médio ?

Marcelo

Mesmo que metade dos misseis venham a falhar ainda assim o estrago no inimigo vai ser grande.

Fish

Esqueceram como se faz a manutenção ou soltou pecinha?

Last edited 2 meses atrás by Fish
Makarov

A tríade nuclear Russa é 30 anos mais moderna que a Ocidental, RS-28 Sarmat, Bulava SLBM…..

Trident é uma relíquia da guerra Fria, mesmo modernizado!

“Deixamos os EUA para trás na área dos mísseis” – Rússia.

Klaus

O sistema S-400 também era considerado o melhor, e no entanto temos visto cenários que estão mostrando o contrário.

Last edited 2 meses atrás by Klaus
adriano Madureira

Há muito tempo atrás li que quando foram modernizar esse míssil, muitos documentos haviam sido destruídos para não cair nas mãos de inimigos, como consequência, perderam a “receita” e tiveram que correr atrás de senhores aposentados que trabalharam na fabricação do míssil

Claudio Moreno

Boa noite Senhores camaradas do Naval!

Penso que a falha do teste é algo absolutamente normal e previsto, por essa razão chama-se teste de lançamento. Antes as falhas ocorrem em testes do que em momentos de urgência nacional.

Testes são para isso, corrigir parâmetros, rever protocolos, comparar dados e corrigir deficiências.

Particularmente não vejo nenhum denemérito.

Isso apenas me faz pensar nos muitos passos que nossa Gloriosa Marinha de Guerra do Brasil ainda tem de percorrer, depois de lançar ao mar nosso SN10 Álvaro Alberto.

Sgt Moreno

Yuri Dogkove

EDITADO:
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Yuri Dogkove

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Felipe

Estão precisando de umas aulinhas com os iranianos de como fazer mísseis que funcionem…no mais, logo o Bosco aparece para esclarecer como um missil ocidental pode falhar tanto (pelo jeito não descobriu ainda)

Angelo

Caramba, até a Coria do Norte faz melhor……salve o rei….vexame em dose dupla.

Angelo

Coreia