A LIG Nex1 anunciou sua entrada no mercado de defesa peruano ao fechar um contrato para fornecer equipamentos navais avançados à Marinha do Peru. Em parceria com a HD Hyundai Heavy Industries, a empresa entregará sistemas para uma fragata de 3.400 toneladas e um navio de patrulha oceânica (OPV) de 2.200 toneladas, com o contrato previsto para durar até 2029.

Os sistemas fornecidos incluem uma plataforma integrada de combate de superfície que combina sensores, armamentos e comunicação, criando uma solução “Sensor to Shooter”. Entre os equipamentos estão sistemas de guerra eletrônica e um sistema de gestão de combate avançado, projetados para oferecer contramedidas eletrônicas contra mísseis antinavio, detecção antecipada de atividades eletromagnéticas e coleta de inteligência de comunicações inimigas.

Essas tecnologias avançadas melhorarão significativamente a sobrevivência dos navios, permitindo ataques eletrônicos de longo alcance e aprimorando a capacidade de resposta em cenários complexos. Os navios equipados com esses sistemas serão construídos em colaboração entre a HD Hyundai Heavy Industries e o estaleiro estatal peruano SIMA, com entregas programadas em etapas.

A LIG Nex1 destacou o esforço colaborativo “Team Korea” com a HD Hyundai, promovendo uma abordagem unificada para entrar em mercados internacionais. Essa estratégia reflete o objetivo maior da Coreia do Sul de impulsionar suas exportações de defesa, especialmente na América Latina, e de estabelecer parcerias com pequenas e médias empresas para fomentar um ecossistema sustentável na indústria de defesa.

A entrada da Coreia do Sul no mercado de defesa sul-americano tem sido marcada por uma abordagem que enfatiza transferência de tecnologia, parcerias de produção local e plataformas avançadas e acessíveis. Esse modelo tem se mostrado eficaz, posicionando o país como uma alternativa confiável aos fornecedores tradicionais.

O setor aeroespacial tornou-se um destaque, especialmente com a venda de aeronaves de treinamento KT-1P ao Peru, um contrato de US$ 208 milhões que incluiu a montagem de várias unidades em território peruano. Esse acordo fortaleceu a indústria local e demonstrou o compromisso sul-coreano com a transferência de tecnologia, um diferencial competitivo.

Além disso, sistemas terrestres, como os veículos blindados K808 da Hyundai Rotem. Combinando pragmatismo econômico e sofisticação técnica, a Coreia do Sul oferece soluções avançadas que atendem às necessidades dos países sul-americanos de modernizar suas forças armadas enquanto desenvolvem suas próprias indústrias.

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Willber Rodrigues

Não sei se isso vai aumentar o poder militar peruano, ou se eles só vão substituir equipamento obsoleto, mas o Peru parece que foi as compras ultimamente.
Quem não tá gostando nada disso é o Chile. Sorte deles que qualquer facção criminosa BR tem mais poder de fogo que a Argentina, senão os chilenos teriam que se preocupar com duas frentes.

Rafael Costa

A princípio estão apenas buscando substituir seus equipamentos que já estão bastante defasados por novos, sem muito alarde. E acredito que irão sofrer uma redução em termos de números de meios nas FA, visto o pequeno número de equipamentos que estão comprando. Até o momento, firmaram contrato para a construção de 3 navios, sendo 1 fragata, 1 OPV e 1 navio de desembarque de pequeno porte para serem entregues até 2029. E o exército peruano recentemente firmou contrato de compra para 30 veículos K808, enquanto a FAP segue em busca de substituir os seus Mirage 2000 e MIG-29 por um… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Rafael Costa
Camargoer.

Sim. A marinha do Peru está entrando em um ciclo parecido ao da MB de 10~15 anos atrás.. o envelhecimento dos meios é acelerado e a reposição lenta

Camargoer.

Olá Wilber.. que vai, isso vai. Uma fragata nova de 3 mil ton e um NPaOc novos é um excelente reforço.. Eles tem muitas fragatas e corvetas, mas a maioria são navios antigos comprados de segunda mão… Creio que este novo navio é insuficiente para criar uma corrida armamentista agora, a situação das forças armadas argentinas é uma mistura de coisas Muita gente reclama dos peronistas, mas uma parte dos problemas econômicos e sociais ainda são consequência do fiasco da Guerra das Malvinas… aconteceu há 40 anos mas ainda impacta… A administração Menem e o ministro Cavallo também causaram problemas… Read more »

Willber Rodrigues

“Creio que este novo navio é insuficiente para criar uma corrida armamentista”

Também acredito nisso, não há “ânimos” ou grana pra corridas armamentistas na AL no momento.
O que provavelmente acontecerá em resposta é o Chile modernizando seus F-16, comprando Spyke a rodo ( caso a compra dos K-2 Panther pelo Peru aconteça ) e comprando mais Type 23 usados da RN, pra manter a paridade.
Nada de corrida armamentista.

Camargoer.

Acho que o problema do Chile é o envelhecimento de sua frota… a aquisição mais recente foram navios de segunda mão australianos em 2019 construídas no fim da década de 80… portanto com 35 anos ou mais. São navios que só vão navegar ate 2030 com muita manutenção. Os chilenos precisam iniciar um programa de construção de fragatas urgente.. não sei se existirão navios de segunda mão para substituir 8 navios que estão em fim de vida útil Pelo que lembro, o Chile padronizou sua frota de F16… creio que os aviões já chegaram no seu limite de modernização, mas… Read more »

Willber Rodrigues

“sei lá… parece que o Chile vai entrar no ciclo que a FAB e a MB estão saindo”

Considerando-se a quantidade de coisas que a MB precisa substituir PRA ONTEM, em todas as áreas, e que só aquelas 4 FCT’s + 4 Riachuelos não darão conta, eu não diria que a MB tá saindo desse ciclo não…

Camargoer.

bem.. eu falei que a FAB e a MB estariam “saindo” porque as duas estão dentro do ciclo.. então o caminho é sair… falei que o Chile “entrará” porque está fora dele…

A FAB e a MB já decidiram pelos meios e os processos de fabricação e renovação está ocorrendo… o Chile ainda nem isso fez…

mas pode ser escrito que o Chile vai entrar no ciclo que a FAB e a MB já entraram…

tá certo também.

Willber Rodrigues

“bem.. eu falei que a FAB e a MB estariam “saindo” porque as duas estão dentro do ciclo.. então o caminho é sair… falei que o Chile “entrará” porque está fora dele…”

Ah sim, entendí. Vendo por esse ângulo, concordo.
Daria pra “mais ou menos” dizer que a Argentina entrou nesse ciclo, já que finalmente escolheu e adquiriu um vetor ( F-16 ) mesmo sendo usado.

Fernando "Nunão" De Martini

No curto prazo a aquisição de equipamento usado resolve, mas na minha visão programas de reequipamento baseados em material usado não são ciclos. São perpetuação de uma situação sempre pendente e precária, no caso da Argentina dos últimos 30 anos.

Exceções são o jato Pampa, ao longo desse tempo, e os navios-patrulha oceânicos novos.

Já o Chile tem algumas aquisições de equipamentos novos importantes para contrabalançar nesse mesmo período, como submarinos, navios-patrulha oceânicos, parte dos jatos F-16 e os turboélices A-29, para citar alguns exemplos.

Camargoer.

Argentina sempre criando um caos…. riso.

De fato, eles resolveram o problema da FAA pelos próximos 15 anos.. com muito carinho na manutenção…. os calendários sugerem a Argentina e o Chile terão que resolver o problema da aviação de caça mais ou menos no mesmo período…. creio que o Gripen tera um processo de modernização continuo, sem demandas uma grande modernização de meia-vida… espero que aconteça assim

Gabriel BR

Basicamente nossos vizinhos estão substituindo seus meios com a finalidade de manter algum grau de operacionalidade. Muita coisa antiga e sem serventia nenhuma nos nossos tempos.

Bernardo Santos

Essa fragata peruana aparenta ser melhor que a Tamandaré.

Rafael Costa

É difícil dizer qual é a melhor em termos de armas e sistemas, visto que a fragata peruana só existe no papel e não foi anunciado publicamente ainda quais sistemas de armas e radar irão equipá-las. Mas em termos de helicóptero embarcado que são de suma importância em missões ASW e ASUW, é certeza que a MB estará ligeiramente a frente por possuir em serviço os SH-16, SuperLynx e H-225M. Enquanto a MGP opera os SeaSprite atuando em conjunto com os antigos SH-3 Sea King, ambos com capacidades de radar, armamentos e raio de alcance inferiores aos nossos.

Saudações.

Last edited 1 mês atrás by Rafael Costa
Carvalho2008

Mestre Bernardo, no que ela seria melhor?

Camargoer.

Não sei…. o deslocamento é parecido…. os sensores das FCT são excelentes.. iguais ou superiores aos que vão ser usados no navio peruano.

O deslocamento dos dois navios são parecidos…. o armamento também deve ser parecido. Eles falam em mísseis antinavios (as FCT poderão levar até 8 destes), mísseis verticais (não sei quantos… mas as FIlipinas tem um navio parecido com 16 lançadores) e lançadores triplos de torpedos… para mim, os dois navios são parecidos.

a vantagem da FCT é ser construída no Brasil.. ainda não sei se os coreanos vão construir lá ou no Peru

carvalho2008

e os misseis superficie-superficie, tambem serão….e a FCT cabe um H225M a outra, não….isto sozinho, ja desmonstra que a FCT a 500 km acerta a Coreana….e a Coreana não alcança a FCT….se for de Super Trunfo…é isto ai….

Last edited 1 mês atrás by carvalho2008
FERNANDO

Sim. A marinha do Peru está entrando em um ciclo parecido ao da MB de 10~15 anos atrás.. o envelhecimento dos meios é acelerado e a reposição lenta.
Só que eles os peruanos são bem mais organizados que a MB.
Muito mais organizados.
O que parece é que os lobbys ali não tem eco.

Antonio Ferreira

Falando da MB, vejo coisas boas acontecendo apesar de serem ainda incipientes, mas parece que há a firme intenção do segundo lote de FCT. Os últimos Napa 500 classe Macaé (Mangaratiba, Miamar e Magé) estão sendo finalizados/construídos pelo AMRJ. Parece que os dois últimos com algumas modificações pontuais para atender a guerra de minas (segundo palavras do almirante em entrevista no batimento de quilha do Miamar) . Se após isso a MB conseguir implantar o Projeto do Napa 500Br teremos uma esquadra que, se não é a dos sonhosjá é alguma coisa.