Malásia batiza e lança segundo Littoral Combat Ship

A Marinha Real da Malásia celebrou um marco importante em seu programa de modernização naval ao lançar nesta semana seu segundo Littoral Combat Ship (LCS), batizado de Raja Muda Nala.
A cerimônia ocorreu no dia 3 de julho no Estaleiro Naval de Lumut, onde a princesa de Selangor, Tengku Permaisuri Norashikin, realizou o batismo simbólico, quebrando uma garrafa com água abençoada sobre a proa do navio, na presença do Sultan Sharafuddin Idris Shah, comandante-em-chefe honorário da marinha.
Com deslocamento de 3.100 toneladas, comprimento de 111 metros e capacidade para operar a 28 nós, o Raja Muda Nala é idêntico ao primeira da classe, Maharaja Lela, incorporando sistemas avançados como radar Thales SMART‑S, sonar Kingklip, canhão Bofors de 57 mm, canhões de 30 mm, mísseis antinavio Naval Strike Missile (NSM), mísseis de defesa aérea VL‑MICA, torpedos e modernas contramedidas eletrônicas.
O navio iniciou sua entrada na água (conhecida como “downslip”) em 8 de maio, sendo transferido para o cais para a fase de equipagem, com testes de aceitação no porto previstos para julho e ensaios de mar marcados para junho de 2026. A entrega final à Marinha Real da Malásia está prevista para abril de 2027.
Essa embarcação faz parte do ambicioso programa de transformação “15 para 5” da RMN, que visa reduzir a variedade de classes de navios de 15 para cinco, elevando a eficiência logística e operacional. O LCS, baseado no projeto francês Gowind 2500 e construído localmente pelo estaleiro Lumut Naval Shipyard (também conhecido como LUNAS), é o primeiro de sua categoria a ser construído inteiramente na Malásia, impulsionando transferência de tecnologia e capacitação industrial.
Segundo o vice‑ministro da Defesa, Adly Zahari, o nome do navio homenageia Raja Muda Nala — príncipe guerreiro de Selangor que resistiu à ocupação holandesa — e simboliza coragem e determinação, valores que se refletem na capacidade do LCS de atuar em ambientes de guerra moderna, desde operações de superfície e subsuperfície até guerra eletrônica.
O lançamento busca reforçar a presença da Malásia no Mar da China Meridional diante de ações assertivas de outras potências. Com o Raja Muda Nala, cuja integração de sensores e armamentos ainda será validada nos próximos ensaios, a Marinha ganha um ativo sofisticado para defesa de sua vasta zona econômica exclusiva e participação em missões multilaterais.
Concorrente direto das nossas fragatas Tamandare.
Sim , foram concorrentes na licitação. E a Gowind 3000 era minha favorita na disputa.
Gabriel, curiosidade, pq vc preferia a Gowind?
1) A BAE não mostrou para o que veio.
2) O Naval Group é uma super potência da engenharia naval em todos os níveis.
3) Oportunidade de Construir um cluster naval no Estado da Bahia.
4) Replicar a parceria bem sucedida que temos com os franceses no prosub.
5) O TKMS estava praticamente falido.
6) Transferência de tecnologia para empresas nacionais.
Blz, também tinha mais esperanças em relação a BAE, mas ela veio fraca. Acabei torcendo pra TKMS mesmo, pq era o maior navio e parecia ser o mais capaz.
Alguem sabe o preço desse navio ?
Pra gente comparar com o preço da Tamandaré.
Depende de inúmeros fatores , essa comparação seria infrutifera.
Navio francês é top!
A MB comprou submarino francês. Deveria ter ido com corveta e fragata francesa.
Duas Gowind e duas FDI. Os governos se olham com bons olhos e ambos mandatários poderiam ter chegado a um acordo mais vantajoso do que o feito com os alemães.
Mas…a MB como sempre, não ajuda também.
A MB havia escolhido submarino alemão e não francês. A história é bem interessante. Vale a pena a pesquisa e a leitura.
O acordo com os franceses realmente foi bom para os franceses.
Vamos aguardar uns 10 anos para saber se foi bom para o Brasil.
Não escolheu não! Os alemães não detém expertise na fabricação de submarinos nucleares , e hoje se mostram um país que combate o uso da energia nuclear. Quem na Europa de fato é referência em energia atômica e seu respectivo uso na engenharia naval é França. Aliás ser cliente da indústria de defesa alemã ou mesmo empregar componentes alemães em equipamentos de fabrico nacional é bem complicado. Tendo em vista as frequentes interferências politico ideológicas do parlamento alemão.
O famoso acordo “caracu”, no qual os franceses botam a cara e o brasileiro entram com o restante…
Quem tem fama de caloteiro é o Estado brasileiro. que o digam os franceses , os suecos e todos os que fazem contrato com este país.
Seriam no caso 4 gowind 3000 com opção para mais duas.
A MB selecionou o consórcio águas azuis em 2019, no governo Bolsonaro.
Quem se da bem com o esquerdista do Macron é o atual presidente, não o anterior.
O TKMS estava praticamente falido…muito suspeito!
A TKMS nunca esteve nem perto de estar falida.
Relatórios da própria empresa no período pré- guerra da Ucrânia são públicos e não podem ser escondidos.
O que eu quero dizer é que essa empresa, nunca será deixada cair, demasiado importante para a deixarem caír.
Nem sequer a venda para outro país será admitida, quanto mais deixar que acabe de todo.
Agora sua explicação ficou clara. É como a Boeing, mesmo com tantos problemas, tanto financeiros, como técnicos e de reputação, jamais cairá.
Vão fechar 11 mil postos de trabalho, informação pública só dar um Google e ver. Pode ser que não esteja falida que está muito mal financeiramente isso tá.
A TK pretendia vender a divisão naval porque não estava dando muito lucro.
Mas isso não significa que a escolha foi suspeita porque os navios da TKMS são excelentes e vencem licitações em todo o mundo.
O saudoso Roberto Lopes tinha uma visão exatamente contrária, ele achava que os navios franceses Gowind eram inferiores aos navios da Damen e da TKMS e só estavam no shortlist por pressões políticas.
https://www.naval.com.br/blog/2018/10/19/entrevista-jornalista-roberto-lopes-revela-bastidores-do-fim-da-gestao-leal-ferreira/
Perderam licitação para os holandeses da Damen em casa.
Quanto as alegações do Roberto Lopes eu prefiro nem comentar , apenas me reservo ao direito de dizer que não confio …
A Rússia conseguiu realmente que o despertar do mundo, para uma economia cada vêz mais virada para o sector da defesa.
Ainda tem uns que fingem investir e passam ao lado com um sorriso cínico.
Aqui em terras Lusas é de uma tristeza sem fim
Ao que parece os vossos políticos herdaram isso.
Infelizmente! no Brasil tudo é feito de última hora e de improviso…isso quando fazem alguma coisa de útil pelo país e pelo povo.
Como brasileiro que conhece bem tanto o Brasil como Portugal, posso afirmar que os setores públicos dos dois países, especialmente, têm muito em comum, especialmente os intermináveis grupos de estudo, projetos, avaliações, estudos, mais estudos… O final já sabemos: nunca acontece nada. E lá vem mais grupos de estudo nos mais variados níveis!
Aqui na América do Sul a Argentina já opera com 4 “Patrulhões”, a vantagem dessa classe é que oferece uma diversidade em cima dessa classe de navio 👍
E virão ainda mais 3 unidades para a prefectura naval argentina.
Repito que é o que o Brasil mais precisa. O país jamais poderia enfrentar uma potência (ou um grupo delas), então um investimeto enorme em fragatas pode ser considerado como um certo desperdício. As ameaças são menores, felizmente, mas numerosas, infelizmente. Os famosos pesqueiros chineses. O Brasil precisa de navios-patrulha em quantidade.
Belo navio…