Washington / Caribe, 15 de setembro de 2025 — O presidente Donald Trump anunciou nesta segunda-feira que as forças militares dos Estados Unidos realizaram um novo ataque contra um barco vinculado ao tráfico de drogas oriundo da Venezuela, matando três pessoas. A ação, feita em águas internacionais sob a responsabilidade do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), é a segunda operação desse tipo em poucas semanas — a anterior matou onze pessoas num caso semelhante.

Segundo Trump, os indivíduos mortos eram “narcoterroristas” que estariam transportando entorpecentes com destino aos Estados Unidos. Em uma publicação no Truth Social, o presidente afirmou que o grupo representava uma ameaça à segurança nacional, à política externa e aos interesses vitais dos EUA.

Apesar da divulgação de vídeo que mostra uma embarcação explodindo e pegando fogo, o governo norte-americano ainda não apresentou provas conclusivas de que o barco realmente levava drogas. A localização exata do ataque também não foi especificada, apenas confirmada a atuação em águas internacionais.

O incidente ocorre em meio a um aumento significativo da presença militar dos Estados Unidos no sul do Caribe, parte de sua estratégia para combater cartéis de drogas que acusam de operar com impunidade.

VÍDEO: Segundo ataque contra barco acusado de tráfico da Venezuela

O governo venezuelano ainda não se manifestou oficialmente sobre este ataque específico, mas protestos formais foram feitos após o primeiro episódio, ocorrido em 2 de setembro, quando um barco acusado de tráfico foi afundado, resultando em 11 mortes segundo as autoridades dos EUA.

Especialistas jurídicos já levantam dúvidas quanto à legalidade de tais operações em águas internacionais, sem que haja transparência sobre as informações de inteligência utilizadas ou os critérios legais invocados. Há preocupações, inclusive, sobre possíveis violações do direito internacional marítimo e dos direitos humanos.

O novo ataque reacende o debate sobre os limites do uso da força pelo governo dos Estados Unidos e sobre como equilibrar ações de combate ao narcotráfico com respeito à soberania dos países envolvidos.■


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Samuel Asafe

Pessoal, então, meio que pra tu explodir alguém tu tem que ter uma justificativa pra isso. Se eram narcoterroristas, onde está a fonte e a comprovação dos fatos? Se não, se torna apenas assassinato, to louco?

Ozawa

Trump precisa sempre de um factóide para atrair ou desviar a atenção da opinião pública e dentre as várias ameaças ao mundo sem efetividade alguma, ao contrário, se virando inexoravelmente contra si e seus planos, viu uma ameaça, um galho fraco, um cachorro morto, que poderia se atrever a ir além … Na verdade Trump provoca o já desvalido e igualmente déspota da República Bolivariana, pois sabe que ele não suportaria nem mesmo um  “tempo de Planck” em um confronto direto com os Estados Unidos, e seria o pretexto perfeito para a política expansionista medieval do MAGA subjugar as ricas reservas… Read more »

Ozawa

“Cartéis por cartéis” os do México são mais perniciosos, mas atacar o México com esse pretexto nem aquele topete rídiculo de cor laranja se atreve …

Já a Venezuela … E com olhos no Petrocaribe …

Esteves

Se for confirmado que o barco realmente transportava drogas, que estava operando como parte de cartel e que foi identificado como ameaça, há argumento “plausível” para ação: Ausência de Provas: no momento falta transparência suficiente. A acusação pesada de narcoterrorismo exige padrões altos. Riscos de precedentes: uma ação militar que provoque mortes sem processo claro pode se tornar precedente perigoso para acusações futuras de uso excessivo de força ou violação da soberania. A acusação de tráfico de drogas precisa ser sustentada com evidências claras (droga a bordo, cadeia de custódia) e apuração independente. A divulgação de vídeos ajuda, mas pode… Read more »

Esteves

Trazer um grupo de ataque para afundar barcotes civis?

Do que precisarão ou o que levarão ao Ártico e Ásia? Navios astronômicos de 1 milhão de toneladas?

Ruas

Manchete do dia:

“Uma gangue de fisiculturistas se juntaram para bater em um paraplégico que estava vendendo anabolizantes em frente à academia.”

Essa e mais outras, hoje, no Jornal Irracional !

Comenteiro

E no final nem eram anabolizantes