Navio Hidroceanográfico ‘Amorim do Valle’ será convertido em Navio Caça-Minas

O Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN) recebeu, no dia 8 de setembro, o Navio Hidroceanográfico “Amorim do Valle”, que inicia em Salvador sua conversão para Navio Caça-Minas. A alteração na configuração do meio representa um importante marco para a Marinha do Brasil, ampliando sua capacidade de Patrulha-Naval e de Operações de Contramedidas de Minagem.
O Navio será docado na Base Naval de Aratu para alteração do seu esquema de pintura, quando passará a ter o costado na cor cinza e receberá sua nova designação. Na chegada à capital baiana, o navio também recebeu novos tripulantes, que atuarão diretamente nas fases de conversão e adaptação operacional, contribuindo para a transição segura e eficiente do meio para sua nova função como Navio Caça-Minas.
A recepção na Baía de Todos-os-Santos foi realizada pelo Navio-Varredor “Atalaia”. Na ocasião, o Comandante da Força de Minagem e Varredura, Capitão de Fragata Rodrigo Bouças, destacou a versatilidade do novo meio: “É um navio extremamente versátil, que traz consigo diversas capacidades para a Força Naval. Nesse novo conceito de emprego, destaco o embarque de veículos não tripulados para aplicação na Guerra de Minas”, afirmou.
Segundo o Comandante do navio, Capitão de Corveta Rafael Silva, a primeira fase da conversão está prevista para ser concluída em dezembro de 2025, quando será transferido de subordinação para o Comando do 2° Distrito Naval. “Em 2026, será conduzida a segunda fase de conversão do meio, com a instalação de armamentos — um canhão e duas metralhadoras — que conferirão ainda mais versatilidade ao navio”, explicou.
O meio continuará ostentando o nome do Almirante de Esquadra Edmundo Jordão Amorim do Valle, uma justa homenagem ao militar que muito dedicou ao Brasil e à MB, tendo exercido o cargo de Comandante do 2º Distrito Naval, nova sede do Navio, entre os anos de 1951 e 1953.
FONTE: Comando do 2º Distrito Naval

NOTA DO EDITOR: O NHo Amorim do Valle era o navio varredor HMS Humber – M 2007 na Royal Navy. Foi o quinto de uma série de 12 varredores da classe “River”. Teve sua quilha batida em 21 de outubro de 1983, foi lançado ao mar em 17 de maio de 1984, e foi incorporado em 7 de junho de 1985.
O Governo Brasileiro adquiriu o Amorim do Valle e outros três navios da mesma classe, juntamente com quatro fragatas classe Greenhalgh, num contrato de aproximadamente US$ 170 milhões (£ 100 milhões), em 18 de novembro de 1994. Foi incorporado à Armada em 31 de janeiro de 1995, na Base Naval de Portsmouth, Inglaterra, em cerimônia conjunta com os NB Jorge Leite – H 36 e NB Garnier Sampaio – H 37. O quarto navio varredor classe “River” adquirido pela MB — HMS Itchen – M 2009 —, tornou-se o Navio-Patrulha Bracuí – P60. Posteriormente, a MB adquiriu outros 3 navios classe River, convertidos em navios-patrulha e designados aqui como Babitonga, Benevente e Bocaina.
A ForMinVar deve ser a força mais capenga da MB, infelizmente.
Dá “briga de foice” com a patrulha fluvial, pra saber qual das duas é a mais defasada e a mais esquecida pela MB.
pessoal parece que brinca de força de minagem .. navio de 1984 41 anos deste casco em atividade.. É uma vergonha!
“(…) ampliando sua capacidade de Patrulha-Naval e de Operações de Contramedidas de Minagem.”
Ampliar algo que não temos?
De resto, interessante saber que esse navio veio junto com as Greenhalgh’s.
Há algo muito interessante no texto. O comandante do navio ressalta que a embarcação cumprirá diversos propósitos, e uma delas será a de NPa, e também ressaltou que deverá ser incorporado à ele canhão e 2 metralhadoras ( armamento básico de NPas e um veiculo não tripulado ( drone naval suppressor) para função de guerra de minas ( minagem / desminagem). Esta é a informação fundamental. A MB mostra mais uma vez que optou por embarcações multipropósito em toda frota. É uma decisão ousada e ao meu ver acertada, porque otimiza os meios da esquadra, economizando recursos e introduzindo o… Read more »
Considerando-se o parco n° de navios que temos, ser multipropósito é o mínimo do mínimo que se espera desses navios.
Mas que bom que esse navio ainda possa ser útil.
Será que o Alpha Delphini recentemente doado pela USP vai ter o mesmo destino?
Seria uma boa?
Capaz dele tomar o lugar desse como hidroceanográfico.
Tem razão, bem capaz da incorporação deste navio ter sido fundamental para essa tomada de decisão.
O navio já tem 40 anos…
Pelo que lembro foram sete navios adquiridos da mesma classe. Quatro foram convertidos em navios patrulha e três em navios Hidrográficos/Hidroceanográficos.
Escrevi mais abaixo sobre isso.
Falta de tudo na MB: Navios de Minagem-Contra-Minagem, Navios de Patrulha Costeira e Oceânica, Navio Tanque que somente temos 1, Navios Fluviais, etc…
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Por otro lado, temos Porta Helicópteros, 2 navios com o mesmo objetivo (Oiapoque e Bahia), e estamos lutando desde o Pleistoceno para construir aquele maldito e inútil sorvedouro de recursos que o Álvaro Alberto.
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Meu Deus, pobre de nós que sustentamos a MB e pobre da MB em si comandada pelos nossos Oficiais.
É um pessoal que vive no mundo da lua. Equipamento que é barato (navio patrulha, varredor de mina, navio logístico) e demandado todo dia não tem, mas meios caríssimos e usados apenas em contextos absolutamente específicos (subnuc, Nae) recebem bilhões.
Você se esqueceu da melhor parte:
A MB, que passou a última década sendo incapaz de construir um único navio-patrulha novo, é a mesma MB que brinca de “Top-Gun” com aquela meia dúzia de A-4 desdentados.
Prioridades…
É a mesma marinha que esnobou a então DCNS para fazer a reforma e manutenção no PA São Paulo, achou que fazer manutenção daquele mostro era a mesma coisa que cuidar do Parnaíba, acabou fazendo tanta lambança que até morte ocorreu lá dentro, por fim, ficou a vergonha e afundar ele em nossas águas em um local tão fundo que ninguém vai se lembrar dessa pataquada. A MB concorre para ser a força mais incompetente entre as três armas do Brasil.
Se você não sabe a importância de um submarino nuclear, desconhece função da marinha.
Submarino nuclear e uma arma dissuasão, capaz de desencorajar um oponente de iniciar uma agressão.o alcance do sub nuclear , sua força de combate, se torna uma força temida.
Gastar bilhões num meio especializado que será utilizado apenas num contexto hipotético e altamente restrito enquanto falta tudo em áreas que são demandadas diariamente é realmente uma grande escolha estratégica não é mesmo?
Contexto hipotético, no mundo que vivemos, onde as ameaças vem das potência militares nucleares.o mar e nossa maior fraqueza. Por onde passa 95% do comércio exterior brasileiro é feito por via marítima e que o mar é um componente vital da economia, com a chamada economia azul a representar mais de 20% do PIB brasileiro.
Único meio de não permitir um bloqueio naval , seria submarino nuclear e assim garantindo a nossa sobrevivência.
Respondendo sua pergunta.realmente uma grande escolha estratégica não é mesmo?
Sim e a melhor.
Que potência irá nos atacar? E se caso ocorra, um singelo subnuc será capaz de “dissuadir” tal força? Só a US Navy tem mais de 50 subnuc e 11 Nae nucleares, um mísero subnuc vai dissuadir tal força?
É so hipótese. Um navio patrulha, um logístico, tem emprego concreto e imediato e estes estão em falta.
“Que potência irá nos atacar? E se caso ocorra, um singelo subnuc será capaz de “dissuadir” tal força? Só a US Navy tem mais de 50 subnuc e 11 Nae nucleares, um mísero subnuc vai dissuadir tal força?” Pergunte aos marinheiros aposentados e veteranos da guerra das Malvinas,seja ingleses ou argentinos, oque eles achavam dos submarinos na época do conflito,certamente iriam discordar de sua opinião quanto o temor que um submarino pode provocar. Apesar de toda ajuda da NSA em interceptar as comunicações argentinas, Apesar da boa inteligência inicial, o submarino HMS Spartan não conseguiu encontrar o silencioso submarino argentino Type 209/1200,conhecido… Read more »
O “problema” é que os EUA não eram e continuam não sendo o que o Reino Unido era em 1982, isso para quem teoriza um hipotético conflito entre Brasil e EUA dentro de 15 anos quando se espera o “Álvaro Alberto” deverá estar devidamente certificado. . Os britânicos por exemplo, fizeram uma série de “malabarismos” para enviar uns poucos bombardeiros Vulcan até às Falklands, ao contrário à USAF está investindo em um novo bombardeiro o B-21 dos quais 2 (protótipos) já estão voando, novas armas e uma enorme capacidade para efetuar reabastecimento aéreo. . Você está correto sobre nem à… Read more »
Alcance, tudo bem. Já a força de combate do futuro, possível, provável, quem sabe SubNuc brasileiro, será a mesma da classe Riachuelo, torpedos e mísseis antinavio.
Os primeiros 2 Subnucs SN 10 e SN 11 terão basicamente o mesmo armamento da classe Riachuelo, talvez com a mudança do missil anti navio para uma versão do mansup ER para lançamento de submarinos. Apartir do SN12 até o SN 15 ( Se prevê 6 subnucs e 4 subs da classe Riachuelo na base da Ilha da Madeira.), terão silos verticais de lançamento de misseis. Serão cerca de 10 silos. A MB não divulga que tipo de missil se prevê para estes 4 subnucs. O mais provável é que sejam misseis de cruzeiro . ( A siatt Edge já… Read more »
Você acredita nisso que você mesmo escreveu?? 6 subnucs, sendo 4 com silos de lançamento vertical?? Onde, em qual universo isso aconteceria?? Não gosto de estragar sonhos alheios, mas dá uma olhada na MB e nas outras Forças. Sonhar com isso? Ok, sem problema. Mas, achar que isso vai se tornar realidade?? Me desculpe, isso é, no mínimo, credulidade e inocência.
Delirou total o Brasil nao completa um sub nuclear, vai ter 6. Quem sabe no ano de 2150. Digo mais nem o primeiro sai antes de 2050, se sair.
acho que todo mundo que é entusiasta sabe, uma coisa que não sabemos é como a MB conseguira verba para produzir manter um SN sem perder investimento em outras áreas.
Quem viu a Ultio debate na Creden tem certeza que a MB não conseguira fazer mais do que tem feito , devido a restrições de grana , dinheiro!
Que faaaase ….
Não é fase, amigo. É tradição.
Eles vão fazer essa gambiarra numa banheira velha de 40 anos enquanto são gastos bilhões num projeto de subnuc que não tem nenhuma garantia que vai sair e se sair vai vir cheio de restrições.
O comando da MB é realmente “genial”.
Por mim transformava toda a marinha em uma USCG e mantinha só a força de submarinos e suas unidade de apoio, que por fim, é a única arma que temos pode garantir alguma dissuasão em caso de conflito ou cerco marítimo.
Em complemento à nota do editor: além dos 3 navios balizadores citados e do Bracuí, que deu nome à classe de navios patrulha, foram adquiridos outros 3 ex-classe River, designados aqui como Babitonga, Benevente e Bocaina. Os 4 classe Bracuí foram incorporados na MB em 1998. Assim, foram adquiridos da RN 7 navios da classe River.
Os três navios classe Aratu vão dar baixa?
Acredito que não durem mais que 3 ou 4 anos.
Segundo o Almirante Olsen, até 2028.
Tem dois Bracuí que servem na minha querida cidade de Río Grande RS. 5 DN
Sim, são o Babitonga e o Benevente.
Não que faça muita diferença – tenho mania de “contar rebites” – mas eles foram reclassificados de Navios Balizadores para Navios Hidroceanográficos (NHO) pouco depois de incorporados conforme o “NGB”.
Verdade, mestre Dalton. Obrigado pela correção.
Méh…
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Imagina um desses em cada distrito naval:
https://www.youtube.com/watch?v=ND109nJ5Mlw
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Cumpre função de Rebocador de Alto-Mar, cumpre função de Navio Patrulha. Pode ser usado para transporte, balizamento, apoio a op. especiais, defesa de cabos submarinos, resgate submarino, poderia receber kits, tanto para realizar minagem, quanto para realizar contraminagem. Tem espaço para containers com sistemas de apoio a mergulho, espaço para sistemas remotos e autônomos, operadores e etc.
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Algo que realmente mereceria a designação “multipropósitos”, ao contrário de ND”M”, que nem hangar tem…
A MB é disfuncional demais para elaborar projetos assim… os caras vivem num marasmo e numa sunk cost fallacy, não conseguem sair do círculo vicioso “não temos dinheiro pra concluir esse projeto nem agora e nem num futuro previsível, mas ele é estratégico e já gastamos muito nele então vamos gastar o pouco que temos pra talvez um dia seja concluído”.
Ao contrário, NDM como o NDM Oiapoque são perfeitos para o novo conceito de embarcações porta drones navais, justamente por terem doca inundável. Poderiam levar 5 ,10 drones modelo suppressor 11 ( 11 metros de comprimento e com propulsão à jato de água) .Cada um deles pode levar módulos ( ou sub drones, aquáticos, subaquaticos ou aéreos ) e executar uma infinidade de tarefas : minagem/ desminagem, ISR, patrulha, vigilância, auxílio à navegação, resgate, verificação de desastres ambientais, além de ataque. Sim, é ousado, mas é a saída para uma marinha com recursos limitados e com uma área gigantesca (… Read more »
Tripulações entre 50 à 100 marinheiros.
Vou traduzir o que escrevi:
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Não disse que um LPD não serve para a aplicação sugerida.
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Aliás, não existe muita novidade nisto aí. Para você ou quem mais tiver interesse nestas possibilidades, basta buscar o que a Royal Navy faz na prática com o Cardigan Bay, já tem mais de uma década. Muito antes do drone vira moda.
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O que eu abordei, é a corrente generalização do termo “multipropósito”.
E está dentro do tamanho do que a MB espera dos navios de patrulha oceânico.
Acho válido, lembre-se que isso tbm será uma prova de conceito. Tenha a visão se isso for a diante vamos ter outros meios sofrendo alterações parecidas.
Talvez isso faça a MB refletir sobre o projeto dos NaPa 500.
Alguém explique como um navio com casco de aço possa ser convertido para caça-minas / navio varredor?
Originalmente este e outros 6 que foram adquiridos – 4 convertidos em navios patrulha e 3 em Navios Hidoceanográficos – foram navios varredores da Royal Navy então basicamente
este ao menos retornará a sua antiga função, mesmo que para manter doutrina para no futuro novos ou adaptados serem incorporados.
Parece que na base dos navios varredores (acho que a Vla-de-Cães), pode- se desmagnetizar o casco.
Os navios varredores são baseados em Aratú/BA…..do outro lado da baía, em Itaparica a MB possui uma raia de desmagnetização.
Estava planejado da força mudar para Itaguaí/RJ…..não sei dizer se os planos ainda estão atuais.
Obrigado pela correção, confundi as bases.
Prezado In (0), eu não diria “desmagnetizar”, pois a capacidade é limitada a diminuir a assinatura magnética, o que deve ser refeito de tempos em tempos… cordial abraço…
Aqui tem uma matéria sobre o assunto:
https://www.marinha.mil.br/com2dn/base-naval-de-aratu-realiza-desmagnetiza-o-do-navio-patrulha-guaratuba
Obrigado, irei ler!
Então vamos usar um navio que já era usado quando compramos, que depois foi convertido para outra função e agora vai ser convertido de novo à sua função original quando foi comprado usado? Se cuida, Parnaíba! Você encontrou um rival à altura! KKKKKK
Essa Marinha do Brasil . . . Nunca tem dinheiro para nada, mas não pode ouvir falar em promoção que já passa o cartão de crédito e parcela.
Os oficiais da nossa Marinha, assim como os do Exército e Força Aérea, estão completamente fora da realidade. Os recursos, quase sempre contingenciados, são gastos em custeio ou desperdiçados em projetos focados numa hipotética guerra que nunca teremos, projetos esses que acabam reduzidos a poucas unidades ou são protelados infinitamente sem previsão de conclusão. As Forças não têm munição para duas horas em um eventual combate. Sem falar nas mordomias e competências concorrentes. As FA precisam mesmo é de muitos A-29, navios patrulha oceânicos, fluviais e de apoio logístico e pelotões espalhados por toda nossa fronteira sêca para controle e… Read more »