Japão fecha contratos com a Mitsubishi para produção em massa de novos mísseis de longo alcance

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Míssil antinavio Type 12

O Ministério da Defesa do Japão anunciou a assinatura de contratos para a produção em massa de mísseis de ataque stand-off — armas capazes de atingir alvos a longa distância — como parte de sua estratégia para fortalecer a capacidade de dissuasão e interceptação de ameaças antes que atinjam o território japonês.

Os acordos foram firmados com a Mitsubishi Heavy Industries, responsável pelo desenvolvimento de versões avançadas desses sistemas. O pacote inclui:

  • Mísseis lançados por submarinos, disparados a partir de tubos de torpedo — contrato assinado em 1º de setembro de 2025.
  • Versão aprimorada do míssil antinavio Type 12 Surface-to-Ship Missile, lançada de navios de superfície — contrato assinado em 6 de outubro de 2025.

Segundo o Ministério da Defesa, a medida faz parte do programa de expansão de capacidades de defesa stand-off, cujo objetivo é interceptar e neutralizar forças invasoras a longas distâncias, reduzindo o risco de confrontos no território japonês.

“Estamos acelerando a aquisição e produção nacional de mísseis de longo alcance para garantir a capacidade de resposta antecipada frente a ameaças regionais crescentes”, informou o ministério em nota oficial.

Reforço da dissuasão regional

O Japão tem intensificado investimentos em capacidades de ataque de longo alcance em resposta ao ambiente de segurança cada vez mais tenso na região do Indo-Pacífico — com o avanço dos programas de mísseis da Coreia do Norte e a crescente assertividade militar da China.

A família de mísseis Type 12, originalmente projetada para defesa costeira, vem sendo modernizada com alcance ampliado, maior precisão e capacidade de lançamento múltiplo — incluindo as versões terrestre, naval e, agora, submarina.

Autonomia industrial e integração operacional

Com essa decisão, Tóquio reforça seu plano de ampliar a produção doméstica de armamentos estratégicos, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros e aumentando a interoperabilidade entre suas forças terrestres, navais e aéreas.

A produção dos novos mísseis terá início nos próximos meses, com cronograma alinhado ao plano de reforço da defesa nacional para a década de 2030. O Japão pretende estabelecer estoques estratégicos e maior prontidão operacional para responder rapidamente a qualquer ameaça no entorno de seu território.■


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Carlos Campos

Te prepara China que sair da primeira cadeia de Ilhas, vai ser dificil