Canais especializados em Defesa no Brasil viram alvo de censura do YouTube

A liberdade de expressão no ambiente digital brasileiro voltou a ser tema de debate após a exclusão de dois canais jornalísticos especializados em assuntos militares e estratégicos na plataforma YouTube. O canal Caiafa Master, do jornalista Roberto Caiafa, foi deletado no mês de agosto e, em outubro, o canal Forças de Defesa, do jornalista Alexandre Galante, também foi removido.
Segundo os proprietários, a plataforma alegou violações de suas políticas internas, mas não apresentou provas ou justificativas detalhadas sobre quais conteúdos teriam motivado a medida. Além disso, os criadores não puderam recuperar ou fazer download do acervo de centenas de vídeos produzidos ao longo de anos de trabalho.
Desde o início dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, veículos independentes e criadores de conteúdo afirmam enfrentar uma política mais rígida de moderação e monetização por parte de grandes empresas de tecnologia. Em muitos casos, conteúdos sobre temas sensíveis — como geopolítica, armamentos e operações militares — têm sido desmonetizados ou removidos.
No caso da Trilogia Forças de Defesa, grupo editorial que inclui os portais Poder Naval, Poder Aéreo e Forças Terrestres, dezenas de matérias já haviam sido apagadas ao longo dos últimos meses para se adequar às exigências da plataforma. Ainda assim, o canal no YouTube foi removido. “Mesmo obedecendo aos alertas e pisando em ovos para não desagradar à Big Tech americana, acabamos perdendo nosso canal”, afirmou Galante.
Enquanto isso, canais não profissionais sobre Defesa — inclusive alguns que veiculam informações falsas ou não verificadas — continuam ativos sem sofrer restrições, segundo relatos do setor. O caso levanta questionamentos sobre critérios de moderação, transparência e o papel das Big Techs no controle do fluxo de informações online.
O episódio também reaquece o debate sobre regulação de plataformas digitais no Brasil e sobre como equilibrar moderação de conteúdo com liberdade de expressão, especialmente em temas estratégicos e sensíveis como Defesa e Segurança Internacional. No vídeo abaixo, outros casos de exclusão de canais das redes sociais.■
O Poder judiciário de nenhum país no mundo pode tentar regular essas plataformas, somente eles próprios podem decidir o que deve ou não ser veiculado. Se é informação verídica, mas que vai de encontro aos seus interesses, é censurado. Se é informação grosseiramente falsa, mas que favorece seus interesses, o conteúdo é ate incentivado.
Tem cheiro de denuncia em massa para derrubar seu canal. Infelizmente a Internet deu força e voz para quem não sabe viver em sociedade.
A regulamentação das bigtechs é um tema urgente. A questão é que no Brasil não confiamos nas instituições que farão isso, então para alguns é melhor deixar tudo como está. O Brasil é um anão diplomático, econômico e institucional, não tem capacidade de propor esse debate em nível mundial. O que me surpreende são os europeus que não tomam nenhuma medida concreta que não seja multas por violação de direitos autorais e coisas assim. Multas que as bigtechs pagam, e a sociedade local finge que algo está sendo feito. Cortar as asas dessas empresas em nível mundial, obrigando-as a seguirem… Read more »
Nada é por acaso.
Ingênuos são aqueles que acreditam ser apenas “uma picuinha”.
Enquanto isso, gastos do Governo Federal batem recorde com publicidade (3,5 Bi.).
Enquanto isso, a “Zanta” defende o modelo “chingling” de controle das redes sociais e prisão para quem descumprir.
Bambi és tu, tótózinho.
A Europa defende o que é contra si, da maneira que quer.
Até á pouco tempo, idolatravam essas empresas Norte-Americanas, agora viraram-se para alguns dos idolatradores, já não gostam, e a Europa é que tinha que defender todo mundo.
Não gostam?
Defendem o mesmo, porque não gostam??
Criam-se leis como o Marco legal de internet dando incentivos ao uso e de acesso das mesmas, depois criam-se leis ou restrições de uso das referidas.
Não da pra entender nada, o atual Governo está se perdendo em seus próprios devaneios para perpetuar projeto de poder absoluto e com isso vem perdendo popularidade.
E fazendo uso do então chamado “Estado Democrático de Direito” que pra mim tem outro nome “Democracia Relativa”
A verdade é essa 👀
As big techs são a ponta de lança do atual soft power made USA. É nítido que criar uma cultura de defesa séria em um país sem tradição nessa área, como o Brasil, contraria interesses porque Defesa, ciência, tecnologia, inovação e soberania andam lado a lado. É perigoso apostar todas as fichas no youtube, e ficar sob o puro arbítrio da plataforma.