Destróier da Marinha dos EUA atraca em Trinidad e Tobago em meio à pressão sobre a Venezuela

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USS Gravely

Port of Spain, Trinidad e Tobago — 26 de outubro de 2025 — Um navio de guerra dos Estados Unidos, o destróier de mísseis guiados USS Gravely, atracou neste domingo na capital de Trinidad e Tobago, marcando mais um movimento estratégico de Washington diante da vizinha Venezuela. O evento ocorre em meio à intensificação da presença militar norte-americana no Caribe, sob a justificativa de combate ao narcotráfico e à desestabilização regional.

O navio permanecerá atracado até quinta-feira, segundo autoridades dos dois países, período durante o qual estão previstos exercícios militares conjuntos entre os EUA e as Forças Armadas trinitárias.

A visita se soma ao envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford para áreas próximas à Venezuela, numa ação descrita por Caracas como provocativa e ameaçadora.

A presença militar dos EUA suscitou forte reação por parte do governo venezuelano. A vice-presidenta do país, Delcy Rodríguez, qualificou o movimento como “provocação militar” e afirmou que estaria em curso uma operação de bandeira falsa (“false-flag”) entre Trinidad e Tobago e a CIA.

Por sua vez, o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Kamla Persad‑Bissessar, expressou apoio à presença dos EUA, destacando que a cooperação tem como foco principal combater as redes criminosas que atuam na região.

A parada do navio e os treinamentos programados ocorrem em um momento de escalada militar no Caribe, que incluiu ataques americanos contra embarcações suspeitas de tráfico venezuelano e o envio de forças navais reforçadas.■


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Burgos

Só uma observação: A foto que o Galante postou o Gravely tá “ zeradão” (novinho em folha) a que tá na matéria ele tá todo cheio de lágrimas e ferrugem pelo costado devido a grande quantidade de dias navegando em alto mar.
Para os reclamões, pelo fato de ter aparecido algumas lágrimas escorrendo pelo costado das FCTs.
Absolutamente normal 👍

Paulo

Não adianta o comandante da MB dar declaração de que tudo está tranquilo e nada muda, com a intervenção da USNavy no Atlântico sul. Não está. E ele sabe disso. A esfera de influência do Br no cone sul foi pro espaço. A velha tese do softpower baseado em acordos econômicos e diplomacia, pregada pelo Itamaraty subiu no telhado. Para manter alguma influência agora, as FAs vão ter que suar a camisa. A geopolítica foi virada de cabeça pra baixo. O Br vai ter de alterar sua política, com o aumento do Hard power, para usar uma expressão diplomática. Isto… Read more »