Caças americanos bombardeiam posições do Isil no Iraque
Ataques são os primeiros contra grupo radical sunita desde que Obama autorizou ação; ajuda a minorias perseguidas já foi enviada
CLAUDIA TREVISAN – CORRESPONDENTE
WASHINGTON – Caças Americanos bombardearam na manhã desta sexta-feira, 8, posições do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Isil, na sigla em inglês) nas proximidades de Irbil, capital da região autônoma curda no nordeste do Iraque. O ataque foi realizado por dois F-18 que decolaram do porta-aviões George Bush.
Segundo nota do Pentágono, os jihadistas avançavam contra forças curdas que defendem Irbil, onde há um consulado americano e onde estão dezenas de assessores militares dos EUA.
Esse é a primeira ação militar americana no Iraque desde que o presidente Barack Obama declarou o fim oficial da guerra no país, em 2011. Os ataques foram autorizados na noite de quinta-feira pelo presidente, que também deu sinal verde para entrega de ajuda humanitária a milhares de integrantes de minorias religiosas que estão isolados pelo Isil em montanhas da região curda.
O bombardeio representa uma mudança significativa na posição de Obama, que até ontem condicionava a intervenção militar no Iraque a reformas políticas que aumentassem a representatividade do governo, comandado pelo primeiro-ministro xiita Nuri Maliki. O presidente foi forçado a agir em razão do rápido avanço do Isil em território curdo desde sábado, em um movimento que provocou o êxodo de milhares de pessoas que temem ser mortas pelos jihadistas.
“A campanha de terror do Isil contra inocentes, incluindo minorias yazidi e cristãs, e seus atos grotescos e seletivos de violência trazem todas as marcas e sinais de alerta de genocídio”, declarou o secretário de Estado americano, John Kerry. Os yazidis são considerados apóstatas pelo Isil e há relatos de assassinato de centenas de homens seguidores da religião.
Os integrantes do Isil são radicais islâmicos sunitas e travam uma guerra sectária com a maioria xiita do Iraque. Seu objetivo é criar um califado que ocupe parte do território da Síria e do Iraque.
FONTE: Estadão
VEJA TAMBÉM:
- USN informa que ataque no Iraque foi feito por caças Super Hornet
- Caças F/A-18 dos Estados Unidos realizaram ataque no norte do Iraque
- Obama autoriza ataques aéreos limitados ao Iraque
- Fragata antiaérea ‘Jean Bart’ francesa com o CVN 77 da Marinha dos EUA, no Mar da Arábia
- Navio dos EUA entra no Golfo Pérsico para possível ação no Iraque
- Exercício de SAR no USS ‘George H. W. Bush’ (CVN 77)
- US Navy entrega último navio-patrulha à Marinha do Iraque
- Reconstruindo a Marinha do Iraque
- Corvetas iraquianas poderão deixar a Itália depois de 28 anos
- Há 26 anos, a fragata USS ‘Stark’ era atingida por dois mísseis Exocet durante patrulha no Golfo Pérsico
- Irã quer colocar navios de guerra perto da costa estadunidense
Vão dar uma ajeitada na região, nada mais lógico e justo.
Na verdade irão apenas dar uma oportunidade para os militares iraquianos respirarem e se realinharem. A situação lá está pesada demais para uns bombardeios limitados resolverem a situação.
Tudo indica que o Oriente Médio está sendo arrastado para um novo conflito de grandes proporções.
Para aqueles que se perguntam: por que os EUA mantém navios avançados ao invés de mante-los de prontidão em águas territoriais está aí um bom exemplo.
Pelo menos 4 semanas, sem paradas, são necessárias
para um NAe, seja um baseado na costa leste ou oeste, chegar até a V Frota.
O ideal seria manter 2 NAes por lá, para eventualmente,
um ser deslocado para o Mediterrâneo se necessário
fosse como era prática até 2012.
Mas com o orçamento apertado e a baixa do Enterprise
que ainda não foi substituído, apenas um está sendo
mantido por lá.