RFA Tidesurge

RFA Tidesurge

O terceiro de quatro novos navios-tanque de apoio a serem entregues ao Reino Unido chegou a Cornwall para personalização e testes antes de entrar em serviço com a Royal Fleet Auxiliary e ser destacado para operações com a Marinha Real Britânica.

A chegada do RFA Tidesurge ocorre apenas algumas semanas depois de seu navio irmão, o RFA Tidespring, se encontrar no mar com o porta-aviões HMS Queen Elizabeth pela primeira vez.

Os navios-tanque de 39.000 toneladas podem transportar até 19.000 metros cúbicos de combustível e 1.400 metros cúbicos de água doce em apoio às operações da Marinha Real em todo o mundo.

O trabalho detalhado de personalização para preparar o RFA Tidesurge e seus navios irmãos para as operações está sendo realizado no estaleiro A&P em Falmouth, sustentando cerca de 300 empregos.

O Ministro da Defesa Guto Bebb disse: “A chegada do RFA Tidesurge a Cornwall atinge outro marco importante no programa da classe “Tide”. O Tidesurge logo se juntará a seus navios irmãos para fornecer o apoio integral que supre nossos navios de guerra e ajuda nossa Marinha Real a manter uma presença verdadeiramente global ”.

Enquanto em Falmouth, o RFA Tidesurge será equipado com blindagem específica do Reino Unido, armamento de autodefesa e sistemas de comunicações, com o conteúdo de trabalho do Reino Unido, incluindo o A&P, o Programa da classe “Tide” no valor de £ 150 milhões sustenta outros trabalhos de 27 empresas no Reino Unido.

Espera-se que o trabalho de personalização demore cerca de quatro meses após o qual o RFA Tidesurge iniciará os testes finais no mar antes de entrar em serviço no outono deste ano.

Enquanto isso, o RFA Tidespring, que estava se preparando para realizar um reabastecimento no Mar (RAS) quando se reuniu com a HMS Queen Elizabeth em fevereiro, está atualmente atuando como navio-tanque de treinamento para o Flag Officer Sea Training (FOST) da Royal Navy e participará do exercício Joint Warrior na Primavera. O RFA Tiderace, que atualmente está ancorado no A&P Falmouth, está em preparação para os testes de capacidade que devem começar no início de abril.

Sir Simon Bollom, Chefe de Material (Navios) da Defense Equipment and Support, a organização de aquisições do MOD, disse: “Tenho orgulho de dizer que a entrega do programa de navios-tanque fornecerá suporte vital para a Marinha Real, fornecendo combustível e água doce, enquanto também é capaz de realizar uma ampla gama de operações marítimas, incluindo ajuda humanitária. ”

O quarto dos navios da Classe Tide – RFA Tideforce – deverá ser entregue ainda este ano.

O Grupo A&P mantém o contrato para apoiar e manter navios da RFA no país e no exterior desde 2008. No âmbito do Programa de Apoio a Clusters, o Grupo A&P fornece suporte de manutenção a grupos de embarcações do MOD, que incluem os navios RFA Argus e RFA Bay Mounts Bay, Cardigan Bay e Lyme Bay.

FONTE: UK Ministry of Defence

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Fernandes

“o Programa da classe “Tide” no valor de £ 150 milhões sustenta outros trabalhos de 27 empresas no Reino Unido.”. É assim que funciona. Muitas empresas em projetos de menor responsabilidade, atuando como se fosse um treinamento e um filtro, para serem qualificadas em projetos mais pesados no futuro.
Receita simples e eficaz, que mantém o conhecimento e o emprego no país.

Karl Bonfim

Por falar nisso, e a nossa receita ineficaz que não mantém o conhecimento e que não gera empregos no país: daqui a quantos anos vamos estar recebendo um desses navios da Royal Navy assim como HMS Ocean?

Luiz Monteiro

Prezado Karl,

A RFA deverá descomissionar os NApLog da Classe Wave a partir do próximo ano.

Abraços

Flávio Henrique

Será que MB não vai comprar um? São mais novos que as type’s 23 e é maior que o PROSUPER propunha!

Nonato

Navio de apoio logístico??? Para usar como escolta?

Nunão

Não, Nonato. Não tem nada a ver com escolta. São navios que abastecem as frgatas e corvetas de escolta, assim como abastecem outros navios de uma força-tarefa. O que se chamava antigamente apenas de “navio-tanque” vem sendo chamado de “navio de apoio logístico” por terem cada vez mais capacidade de transportar e transferir quantidades maiores de outros itens e não apenas combustível. É preciso que a MB tenha pelo menos dois navios desse tipo para que se revezem Entre períodos de operação e de manutenção, para que um deles esteja sempre disponível. Até alguns anos havia dois navios-tanque na MB.… Read more »

Flávio Henrique

Eu comparei com as type’s 23 pois temos prioridade para adqueridas, e não por função.

Nonato

Por isso fiz o comentário.
Às vezes aparecem alguns novatos, o que talvez não seja seu caso…
Aí falou em prosuper etc…

Nonato

A matéria não explica se são navios novos nem onde foram construídos…
Fala “chegaram” ao Reino unido…

Nunão

Nonato, tem várias matérias anteriores aqui no site sobre esses navios, e já se discutiu inúmeras vezes sobre eles. Não custa nada você usar o campo busca do blog e se informar.

Nonato

Ah, 4 comprados da Coreia do sul. Sabia decisão já que os estaleiros ocidentais cobram os olhos da cara.
Com a economia dá para gastar com outras coisas…

filipe

A MB está pensando no LSS VULCANO da Italia, têm 22500 Toneladas, e parece ser a classe de Navios de Apoio Logistico que mais atende as necessidades da Força.

filipe

Il Vulcano (A 5335) sarà una unità navale ausiliaria per il supporto logistico (LSS – logistic support ship) attualmente in fase di costruzione per la Marina Militare presso il cantiere navale Fincantieri del Muggiano di La Spezia, e in quello di Riva Trigoso (GE)[2][3]. Il progetto della nave è stato inserito fra i programmi dell’OCCAR. Il troncone di prora dell’unità è stato impostato il 13 ottobre 2016 e successivamente varato sullo scalo di alaggio dello stabilimento Fincantieri di Castellammare di Stabia (NA) il 10 aprile 2017, alla presenza del capo di stato maggiore della Marina, l’ammiraglio Valter Girardelli, e del… Read more »

Jr

Creio que por falta de $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ a MB vai comprar um ou os dois waves que serão descomissionados pela RFA ano que vem, faz muito bem ela, já deixamos o holandês passar e a marinha peruana aproveitou

DOUGLAS TARGINO

Nossa marinha necessita de quantos navios tanque desse tipo? Esse navio ai é LINDO!

Nilson

Com urgência, precisamos de um, para substituir o Marajó, desativado em fins de 2016.

http://www.naval.com.br/blog/2016/11/23/marinha-do-brasil-desativa-o-navio-tanque-marajo/

Roberto Bozzo

Nonato, tem matérias aqui no Naval mesmo…. Foram construídas na Coréia do Sul, são novinhos em folha.

Nonato

Obrigado. VI agora.

Luiz Floriano Alves

As especificações de nossa classe Tamandaré indicam um grande raio de ação. Ainda assim os navios de suporte aos comboios são muito necessários no caso de missões a grandes distancias. Não existem postos de abstecimanto nos lugares mais conflituosos e quem não tem navio de propulsão nuclear prcisa passar no posto e reabasstecer com frequencia.

Marujo

Qual a idade dos Wawes? Quantos são? Tem chance de algum deles vir para o Brasil?

Flávio Henrique

Um é de 1998 e outro de 2000

Luiz Monteiro

Prezado Marujo,

A Classe Wave é composta por 2 Navios de Apoio Logístico.

Deslocam cerca de 31.000 t e ambos foram comissionados em 2003.

Se um deles for descomissionado em 2019, e houver recursos para obtenção, poderá ser uma boa compra de oportunidade.

Abraços

Bardini

Falou-se muito da chiadeira que foi o descomissionamento do HMS Ocean naquela Marinha…
Essa chiadeira pelo HMS Ocean não foi nada, se comparado a construção desses navios na Korea. Nada.

Marcelo Andrade

Tudo bem que está comendo o orçamento da RN mas, convenhamos, este Porta-Aviões QE é bonito pra dedéu!!!

Bardini

Isso aí é uma falácia…
O problema do orçamento do MoD são os custos dos 138 F-35B e a Classe Dreadnought.

Jr

É uma soma de tudo né Bardini, até porque se não tivesse esses dois porta aviões, ainda mais com os custos de construção de ambos bem acima do orçamento original, iria sobrar mais dinheiro no bolso da Royal Navy. Em uma coisa você esta certo, é injusto culpar SOMENTE os porta aviões pelas dificuldades que a RN esta passando

Bardini

Os dois Porta Aviões de 65 mil tons full são uma barganha, perto dos 4x Dreadnought e os previstos 31 bilhões de Libras desse programa.
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comment image
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Os F-35B vão para a RAF…

filipe

Nesse caso 4 SSBN Dreadnought têm um custo de 7.5Bilhões de Libras por unidade, ou seja cada SSBN vale quase 2 CVF .

Bardini
Mateus Lobo

O bicho é lindo demais, Será que daria para operar o Gripen N? não custa sonhar com um desses aqui kkkk
O navio de apoio também me chamou atenção pelo tamanho, imenso!

Flávio Henrique

O PA2 (derivado do design do QE catobar) seria maior que o que a marinha pretende (algo ente 50.000~55.000). Os dois projeto foram feito no ambito do programa CVF os da classe QE seria STOBAR e depois convertido para CATOBAR, mas voltaram atras por causa do custo da conversão (pois seriam catapultas eletromagnéticas), e a França não conseguir dinheiro para construir (?) e cancelou tendo investido +700mi de euros no projeto.

Roberto Silva

Bardini: para quê eles querem adquirir 138 F-35B? Com apenas 2 NAes programados, isso não é demais? Não caem 69 em cada um, então, onde irão operar os excedentes?

Roberto Silva

Não vi a tempo: Os F-35B vão para a RAF…

BrunoFN

Ótimo pra Royal Navy , esse classe Tide ao meu ver e mais interessante q o próprio LSS Italiano .. pra MB o q de fato interessa são os 2 Classe Wave q Royal Navy podem dar baixa .. e pegar os 2 e ter navios decente do tipo pra pelo menos 20 anos .. são relativamente novos .. um viria pro lugar do G-27 ” NT MARAJÓ” .. e o outro pro lugar do .. G-23 ”NT Gastão Mota” .. esse ainda poderia ser mantido na reserva por um tempo ,.. quem sabe ate venda …

João Adaime

Quais as dificuldades em se encomendar a estaleiros brasileiros os navios de apoio logístico? Fora o preço, é claro.

Nunão

Dificuldade é só ter verba pra comprarZ
Tecnicamente não há problemas do outro mundo. O NT Marajó (desativado) e o NT Alte Gastão Motta (em serviço) foram ambos construídos no Brasil.

Nunão

Z = .

samuca cobre

Não da para adaptar um navio de transporte normal para esta função ???

Parabellum

Concordo com o primeiro post. Devemos construir aqui tudo aquilo que temos condições de fazê-lo. Isto é soberania. Sem contar a disponibilidade do meio ao longo do tempo (vide as FCN). Apesar de termos comprado com preço depreciado (óbvio), qual foi a disponibilidade das Greenhalg (compramos 4 para ter 2), dos NApLog (aqui chamado NDCC) Matoso, Garcia e Sabóia?
Esta classe de navio (acho) temos condições de projetar e construir.

Bardini

“qual foi a disponibilidade das Greenhalg (compramos 4 para ter 2)”
.
Compraram 4 para ter 4 por um certo tempo.
.
“dos NApLog (aqui chamado NDCC)”
.
AOR: Auxiliary Oiler Replenishment
NT: Navio Tanque
Ou… NApLog: Navio de Apoio Logístico.
.
LST: Landing Ship Tank
NDCC: Navio de Desembarque de Carros de Combate.

Nilson

No caso do navio logístico, se não aparecer a compra de oportunidade, melhor fazer a concorrência internacional, com certeza será bem mais barato no exterior. Na dos ingleses, a Coréia do Sul ganhou e fez os 4 Tide.
Acho que já está de bom tamanho pagar mais caro nos submarinos, nos helicópteros, nos caças e nos Guarani para apoiar a indústria nacional (ou “nacionalizada”, pelo menos). A Defesa tem seus limites, não dá para querer consertar o país sozinha, dando uma ajuda já está bom.

Nilson

Ah, e nas Tamandaré também vai pagar mais caro para apoiar a indústria nacional. Jah tá bom…

Nunão

Nilson,
Construir aqui, e com a maior parte possível de itens de produção local, não é só uma questão de apoiar indústria nacional. O objetivo prático (e não só estratégico ou econômico) é de manter capacidades de especificar, projetar, produzir e de apoiar localmente o navio. que beneficiem a própria Marinha ao longo de todo o ciclo de vida do navio. Tem hora que dá certo e vale a pena, tem hora que não, mas o objetivo é esse, e desde muito tempo.

Nilson

OK, Nunão, concordo que simplifiquei em demasia o objetivo. Mas a essência do que eu queria dizer acho que permanece: em vez de querer fazer tudo por aqui, ser seletivo naquilo que realmente é possível, que tenha escala e retenção das capacidades, e principalmente que caiba no orçamento, sob pena de inviabilizar ou fragilizar o todo. Exemplo: o EB optou por nacionalizar o 6×6 (Guarani), mas tem plena consciência de que não nacionalizará o MBT (provavelmente comprará mais Leos de 2ª mão); a Royal Navy definiu que combatentes de superfície devem ser feitos no UK, são estratégicos, mas navios auxiliares… Read more »

Nunão

“NApLog (aqui chamado NDCC) Matoso, Garcia e Sabóia?”

Os navios mencionados não são de apoio logístico, apesar de poderem cumprir (e cumprirem) missões de transporte.

Mesmo em suas marinhas de origem, suas denominações não eram de navios de apoio logístico, e sim de desembarque (landing ship) como função principal.

Top Gun Sea

Para nós o Wave é ainda um navio seminovo novo e bacana, quem sabe a MB possa comprá lo.

Fernando_SP

Não entendo nada de navios, barcos ou que seja, dito isso, porque a marinha do Brasil não compra um desses e aproveita e já encomenda umas corvetas, fragatas na Coreia? Se os ingleses compram por lá não devem ser tão fora do alto nível de exigência e padrões de nossa gloriosa armada não é? E pelo que ando lendo aqui no blog costumam ter um preço bem camarada.

Nunão

Fernando SP,

No programa de navios de superfície que atualmente a Marinha está conseguindo viabilizar, que é o da classe Tamandaré, tem empresa da Coreia do Sul concorrendo.

Então os coreanos poderão provar que têm qualidade e preço para atender ao que você chama de “alto nível de exigência e padrões de nossa gloriosa armada” de maneira muito simples: ganhando a disputa.

Fernando_SP

Prezado Nunão, leio seus comentários e artigos, admiro vosso trabalho, portanto afirmo que não pretendi desmerecer o trabalho e a dedicação dos milhares de marinheiros de nossa armada. Já os termos “gloriosa armada” ou “alto nível de exigência e padrões…” já foi muito utilizada por nossos comandantes em chefe para justificar um monte de besteiras e erros. Se soei irônico (e fui um pouco, desculpe), é que realmente não acredito no atual comando da marinha, e me desencantei com os anteriores. Quanto aos coreanos (ou franceses, ingleses ou outros) ganharem a disputa eu acredito em tudo, menos que vencedor será… Read more »

Nunão

Fernando SP, Não estou preocupado em defender a MB, tolher a ironia de comentaristas ou coisa do gênero. Não sou da Marinha, apenas a tenho como objeto de estudo e de grande interesse. Apenas vi seu comentário com uma pergunta e fiz o meu com a resposta que achei lógica, dentro do contexto atual de rumos do reequipamento da Marinha. Sobre o que ocorre hoje ou vai ocorrer daquina 30 anos, a história não se repete, os contextos são outros (e me refiro também ao seu outro comentário, abaixo). O que se pode fazer é tentar não repetir erros do… Read more »

Fernando_SP

A propósito, quando fabricaram (esse é o termo correto?) as fragatas classe Niterói por aqui eu já havia visto um monte de contratorpedeiros e cruzadores americanos transformarem nossa gloriosa marinha na “mais poderosa” do hemisfério sul! Ao ver os artigos da época da contratação e no lançamento (?) a água desses belos navios, onde diziam que o Brasil seria auto suficiente na construção dos futuros “meios” da armada, me animei e até discuti com alguns amigos engenheiros descrentes, que diziam que o Brasil não iria passar desses barcos. Quarenta anos depois devo desculpas a eles. Por isso fico um pouco… Read more »

Luiz Monteiro

Prezados, Há mais de 100 anos a MB investe e incentiva a indústria naval brasileira. A preferência será sempre construir os meios que precisa em território brasileiro. Por outro lado, não há recursos para se obter tudo o que a MB precisa através de construção no Brasil. Ao longo de nossa história, a MB se viu obrigada a obter meios por construção no exterior ou por compras de oportunidade, mesclando com a construção no Brasil. Uma das principais razões para a situação que a Esquadra vive atualmente foi, nos 13 anos anteriores ao Leal Ferreira, ter abandonado essa fórmula (construir… Read more »

Nilson

Mais uma vez, parabéns pela clara e lúcida explanação.

Nonato

Está certo.
Mas não podemos negar que enquanto isso, pelo menos teve o prosub.
Talvez ele tenha drenado os recursos.
Depois da descoberta do pré sal, se quis achar que éramos ricos e compraríamos de tudo, inclusive prosuper etc.
Só o prosub saiu do papel.
Talvez por isso deixaram para lá às compras de oportunidade…

Luiz Floriano Alves

O Brasil tem construido petroleiros com regularidade. Até se publicou recentemente que irá se desfazer de alguns por exederem a necessidade real de transporte. Esses projetos de petroleiros poderiam recebem melhor motorização e equipaamnto9 de transbordo de combusativel. Estaria criado o navio abastecedor da MB. Muito superior ao Marajó, certamente. Só não cogitem da classe João Candido, que não parece adequado para nada.