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Agrupamento

A experiência da Royal Navy ao longo dos anos demonstrou que um agrupamento de submarinos deveria ter entre quatro e dez unidades convencionais (o termo “agrupamento” pode ser entendido em certas marinhas como um esquadrão ou uma divisão). Ainda segundo a Royal Navy, quando esta operava submarinos convencionais, o número ideal era de oito unidades.

Na visáo deles, dez é a quantidade máxima que um agrupamento pode satisfatoriamente gerenciar, sem que haja redução na qualidade do apoio aos submarinos. Menos do que quatro unidades o grupamento torna-se “deficitário”, pois não há como reduzir a equipe de apoio e parte dela ficará ociosa em determinados momentos. Tratando-se apenas de submarinos nucleares de ataque, o agrupamento máximo seria de sete unidades, para um ideal de seis.

Nos EUA, devido às dimensões singulares daquela marinha e sua capacidade de suporte, os esquadrões de submarinos possuíam mais do que sete unidades. Na foto acima pode-se ver a Subase de San Diego em 1987. Numa raríssima oportunidade, todos os dez submarinos do “Submarine Squadron Three” estavam ao mesmo tempo na base. Ao centro, o tender de submarinos USS Dixon AS-37.

É possível um agrupamento que englobe tanto submarinos convencionais (SSK) como nucleares de ataque (SSN), mas isto complica toda a cadeia logística e o apoio técnico. Portanto, é preferível separá-los caso exista a opção.

Foto: USN

NOTA DO BLOG: Acesse a parte (1) neste link.

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Wilson Johann

Dez subs nucleares, meu Deus. Fico a imaginar que poderia ser uma base brasileira, se nossa mentalidade em termos de defesa fosse outra, séria e arrojada, com orçamentos decentes, no mínimo.
Talvez um dia, quem sabe!

Abraços!!!

Almeida

Isso quer dizer que estamos TOTALMENTE errados em operar apenas 5, quem sabe 9, SSKs e quem sabe também apenas 1 (um) SSN. Além de 1 (um) porta-aviões que não sai do porto e 23 A-4 que não saem do chão. O dinheiro já é pouco, mas temos que empregá-lo de forma errada também, é claro.

Mauro Lima

Tava pensando exatamente nisto… quando tivermos 1 SubNuc… se o tivermos… vamos ficar com apenas 1 por muito tempo (mais de 2 anos, imagino) e teremos que ter uma logística completa só para ele… o que é ridículo!

Ainda acredito que vale mais à pena ter de 6 a 8 convencionais/AIP que um único SubNuc!!!

Marcelo Martins

Concordo com o Mauro Lima!
Mais vale 10 sub convencionais expalhados em 3 ou 4 bases ao longo da costa do que 1 SSN pra cobrir o litoral todo!!!

Marcelo Martins

Ops galera…….espalhados com “S” e não “X”……..

M. Souza

Até onde sei por ouvir pessoas mais informadas que eu de outros fóruns, o Brasil irá dispor de 03 Sub`s Nucleares e 09 SSK, o que segundo estudos da MB atendem às necessidades da Nação! Alguém corrobora?

Mauro Lima

Toda a estrutura estudada, desenvolvida e montada para construir um SubNuc não vale 3 SubNucs… a não ser que passemos à exportar também! Mas se não exportamos nem Subs convenvionais, acho isto muito difícil de acontecer. Em bom português… acho que este papo não vai rolar na prática! Continuo achando que produzirmos o SubNuc e encontrarmos o Pé Grande são coisas quase impossíveis de acontecer. Encontrar o Pé Grande é mais factível, já que depende de uma casualidade… já o SubNuc depende de planejamento, vontade e recursos… e nossos políticos não estào nem aí para as necessidades de defesa do… Read more »

Bosco

Mauro,
temos pensamentos bem parecidos em relação a submarinos nucleares e políticos patrióticos meu caro.
Mas mudando de pato pra ganso, você me pediu uma referência sobre o RAM de alcance estendido que está sendo desenvolvido e eu dei. Está lá no post do “RAM” chinês.
Um abraço meu caro e cuidado com o Sasquatch.

Mauro Lima

Bosco… me mande seu email… tenho uns docs que acho que você vai gostar (maurolimaok@gmail.com)

Edilson

senhores o que eu interpreto deste post é que, para Rayal Navy e seus padrões de logística e procedimentos o ideal seriam estes números ai citados. mas não creio que isto valha para nós. na minha opinião de leigo, creio que muitos fatores são preponderantes. veja por exemplo os modelos dos subs e seus sistemas, depende da distância das oficinas peças sobressalentes, pessoal treinado, nº de equipes e uma série de outros fatores os quais talvez possam ser otimizados com advento das tecnologias. acho que este estudo se adequa a realidade da Royal NAvy e pode não ser a melhor… Read more »