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Acordo vem sendo costurado para impedir que estaleiro fique sem obras

vinheta-clipping-navalUm acordo está sendo alinhavado nos bastidores da indústria naval do Rio para evitar que o estaleiro Mauá, o mais antigo do País, fique sem encomendas a partir da suspensão de licitações da Petrobrás. O Mauá pode ser punido pela estatal por ter alguns de seus dirigentes apontados em negociações fraudulentas na Operação Águas Profundas, da Polícia Federal. Mesmo antes da conclusão da comissão interna que analisa o caso, a Petrobrás decidiu não convidar o estaleiro para a megalicitação de 28 sondas de perfuração no Brasil, em valor estimado pelo mercado em US$ 20 bilhões.

A questão mobiliza o governo do Estado, que vem pressionando para a manutenção de encomendas para o Mauá, que emprega 4 mil pessoas. Nas últimas semanas, o governador Sérgio Cabral vem se manifestando repetidamente sobre o assunto. Na quinta-feira, por exemplo, classificou como “covardia” o ato da Petrobrás. A estatal já teria até admitido impedir subcontratação do Mauá por empresas vencedoras em suas licitações.

A proposta, agora, é que o Estaleiro Ilha S/A (Eisa) dispute a construção de sondas e contrate o Mauá. As duas empresas pertencem ao mesmo grupo, Synergy, controlado pelo empresário German Efromovich. Segundo uma fonte, o Eisa assumiria todos os riscos envolvidos com a subcontratação do Mauá.

Não é a primeira vez que as relações entre Petrobrás e uma empresa de Efromovich ficam estremecidos. Três das plataformas cujas obras tiveram intermediação do empresário – a P-36, que afundou em 2001, na Bacia de Campos, a P-38 e a P-40 – foram entregues incompletas, com custos superiores ao previsto inicialmente. Além disso, as empresas entraram em conflito por conta de um contrato de construção de seis plataformas de perfuração.

As duas questões se tornaram bilionários processos judiciais, alguns deles correndo até hoje. Efromovich chegou a ser retirado da lista de fornecedores da estatal, voltando somente após parceria com o grupo Jurong, de Cingapura. Em um round mais recente da briga, o grupo Marítima, também do empresário, obteve liminar judicial contestando a forma de licitações da Petrobrás, que não segue a Lei 8666, forçando a estatal a alterar sua política de contratações.

FONTE: O Estado de São Paulo, via Sinopse Diária da MB

FOTO: Estaleiro Mauá

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canarinho verde amarelo

É isso o que dá ser nacionalista nessa questão. Pois prefiro empresas estrangeiras que façam dentro dos parâmetros às nacionais que entregam mal feito e acima do preço. É a famosa “Lei de Gérson”…

Marcelo Tadeu

Caros amigos, Trabalho em uma empresa do Grupo Synergy, e o que sei é que a P-36 foi entregue pronta e em conformidade com com projeto, tando que estava segura em US$ 500 milhões. A causa da explosão foi que a Petrobrás mudou, unilateralmente e a revelia o projeto, acumulando gás nas pernas de sustentação. Houve um momento em que havia a necessidade de se fazer manutenção, mas teriam que parar a produção, que naquele momento era de quase 100 mil barris/dia, o que comprometeria a meta de atingir a auto-suficiência para o ano vindouro. Pois bem, não interromperam a… Read more »

Alexandre

Jesus!!!!

Quem ja trabalhou para o Sr. Efromovich no ar ou no mar, sabe o bom Rolando Lero que ele é. Socorro!!!!!!!!!!!!!!

RodrigoBR

Se a empresa já deu problema antes e está envolvida com “safadezas” a petrobras tem mais é que dizer adeus a ela mesmo. Ajudar empresa que não faz as coisas direito e ainda no final temos que pagar a mais tem mais é que falir mesmo!

Vamos contratar empresas honestas e que procuram ser melhores a cada dia e não ficar “ajudando” empresa de empresário “relaxado”!

Mahan

Covardia é marca do governo LULA. O MAUÁ deve ter se recusado às extorsões dos PeTralhas. Não basta os milhões que foram desviados da farsa do ENEM para a campanha da terrorista Zilda? O governo do Rio tem que cliquar novamente o sapo, ele já cedeu uma vez, mas precisa ficar de olho nos baderneiros como os que tumultuaram na estação de Nilópolis.