Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

O carioca Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que assumiu o comando da Marinha do Brasil (MB) a 6 de fevereiro de 2015, aos 62 anos de idade (completaria 63 em junho daquele ano), entrou para a história da Força como um chefe conhecedor das necessidades e problemas da corporação. E, nos estritos limites da sua disponibilidade orçamentária, um chefe realizador.

Nesse contexto ele (1) concentrou esforços nas aquisições de oportunidade – como o porta-helicópteros Atlântico, o navio-doca Bahia e alguns navios de operação offshore (rebatizados na MB como Navios de Apoio Oceânico) – que não lhe deixassem perder de vista o objetivo central de viabilizar a construção das corvetas Classe Tamandaré; (2) reduziu a um mínimo as baixas de navios que, apesar de cansados, não poderiam ter reposição imediata; (3) apoiou o plano de aproveitar unidades antiquadas, como as fragatas classe Niterói, para funções menos sofisticadas (como o patrulhamento das águas jurisdicionais e o treinamento de pessoal), e (4) se empenhou em soluções criativas para aumentar a presença da Marinha em regiões remotas, que ainda não podem ser protegidas por meio de embarcações, helicópteros ou sensores modernos.

Assim, depois de, a 7 de junho último, ter ativado a Agência Fluvial de Caracaraí, no estado de Roraima – a 266 km, em linha reta, da fronteira com a Venezuela –, a Marinha  se prepara, agora, para distribuir mais uns 40 ou 50 militares pelas três agências que irá criar na sensível fronteira do Acre com o Peru – nos municípios de Feijó, Sena Madureira, e Rio Branco.

O discurso oficial sobre os motivos dessa expansão é o de sempre: conscientizar os moradores da Região sobre a importância da segurança da navegação e da prevenção à poluição hídrica, necessidade de regularizar as embarcações que transitam pelas principais hidrovias locais (Rios Acre, Purus, Iaco e afluentes), efetuar perícias e inspeções navais, além de orientar sobre o uso, pelos aquaviários, dos equipamentos de proteção individual.

Extraoficialmente sabe-se, contudo, que entre os objetivos da disseminação da presença da Marinha está a vigilância sobre os diferentes tipos de ilícitos que se valem dos cursos dos rios e igarapés em meio à mata fechada: o narcotráfico, o transporte de insumos para a fabricação de entorpecentes, o contrabando de armas portáteis (das menores às mais pesadas) e o tráfico de pessoas ligadas aos diferentes grupos guerrilheiros que atuam na Amazônia peruana.

Concepção em 3D da corveta classe Tamandaré
Concepção em 3D da corveta classe Tamandaré

Tamandaré – A Administração Leal Ferreira tem sido dominada por alguns temas centrais, como o esforço de manter no rumo (e no ritmo) o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o plano de obtenção dos escoltas Classe Tamandaré.

O planejamento para a fabricação dessas quatro corvetas/fragatas leves vem produzindo decepções, ilustradas pelo desinteresse na disputa por sua fabricação do estaleiro espanhol Navantia e das indústrias navais da China e da Coreia do Sul.

A fixação da MB em exigir que os estaleiros estrangeiros apresentem propostas para a construção do navio de 2.790 toneladas concebido pelo Centro de Projetos de Navios da Marinha, sofre uma indisfarçável rejeição dos fornecedores. Algo que até mesmo os oficiais que cuidam do assunto na Diretoria-Geral do Material e na Diretoria de Gestão dos Programas Estratégicos da Marinha já admitem.

Nas últimas horas, o Poder Naval apurou: o Programa Tamandaré – que, se esperava, pudesse obter embarcações por um valor unitário entre 270 e 320/350 milhões de dólares – não conseguirá ser viabilizado nem mesmo com uma verba total de 1,6 bilhões de dólares. O mais provável é que saia por um montante entre 1,8 e 2 bilhões de dólares.

E esse é um valor que, na Marinha do Brasil, representa um importante obstáculo.

Explosão de mina ao lado do caça-minas sueco classe Koster
Um caça-minas sueco classe Koster

Na verdade, até mais do que isso: um montante que se transforma em um empecilho para o destrancamento de alguns outros projetos urgentes da corporação, como a revitalização de três fragatas Classe Niterói – há mais de um ano “em fase de estudos” – e o início da renovação de meios da Força de Minagem e Varredura.

A Marinha precisaria de uma quantidade entre seis e oito caça-minas modernos (três deles para serem sediados em sua nova base naval de Itaguaí, no estado do Rio), mas, em um primeiro momento, conseguirá comprar apenas dois, usados, da classe Koster sueca, oferecidos pelo Grupo SAAB por um valor em torno dos 200 milhões de dólares.

A esses os almirantes brasileiros pensam em somar, em um primeiro momento, mais dois barcos novos.

Cada caça-minas de última geração – seja ele sueco, inglês ou italiano – com todos os recursos necessários ao cumprimento de sua missão , não sai por menos de 200 milhões de dólares.

Se optar por um navio menos completo e, consequentemente, menos eficaz, a MB consegue um preço unitário menor.

As vantagens da proposta da SAAB é que ela, além de oferecer um par de embarcações modernizadas no elevado padrão operacional da marinha sueca, não exige que a MB se comprometa a comprar mais unidades de imediato. A oferta permitiria que fossem compradas só as unidades de 2ª mão agora; as outras poderiam ser encomendadas a curto prazo (um ou dois anos).

A aquisição dos caça minas estava prevista para o segundo semestre deste ano, mas isso ainda dependerá de uma liberação de recursos, hoje incerta.

Submarino Riachuelo em construção no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro
Submarino Riachuelo em construção no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro

A fabricação dos submarinos Classe Scorpène no complexo naval industrial de Itaguaí também avança arrostando as limitações geradas por um fluxo de caixa irregular.

Os dois primeiros navios – Riachuelo e Humaitá – poderão ser entregues ao setor operativo da Esquadra até o fim de 2022, ou seja, com um atraso considerado pequeno, de até 12 meses. Mas o Tonelero, que tem seu lançamento ao mar previsto para setembro de 2021, e o Angostura, que deve ver a água em dezembro de 2022, só serão entregues ao Comando da Força de Submarinos (na melhor das hipóteses) entre os anos de 2024 e 2025 – mesma época em que a Força estará recebendo seus primeiros escoltas Classe Tamandaré.

A questão é como a Esquadra irá se aguentar até lá.

Navios da Esquadra na Operação Aspirantex-2018

Consultas – Ao sucessor do almirante Leal Ferreira será impossível não executar um programa de baixas em unidades importantes da Força de Superfície – fato que, em si, não representará uma discordância da política do atual Comandante da Marinha.

A gestão de Leal Ferreira encontra bom respaldo no Almirantado, e talvez por isso o Comandante averigue com tanta discrição qual nome, entre esses quatro estrelas, reúne, hoje, maior grau de unanimidade para contar com o seu apoio no momento em que for necessário encaminhar a sucessão.

Em conversas privadas, e de forma bem sutil, o almirante Leal Ferreira vem recolhendo opiniões sobre os colegas mais bem cotados para liderar a Marinha.

Por enquanto, os três nomes que surgem com mais força são os do secretário-geral da Marinha, almirante Liseo Zampronio, um paulista que foi Comandante-em-Chefe da Esquadra; o do diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, um submarinista; e o do Comandante de Operações Navais, Paulo Cezar de Quadros Küster.

Nota do Editor: os grifos em negrito são de responsabilidade do articulista.

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Top Gun Sea

Tenho acompanhado os bastidores dentro do que é veiculado na trilogia as rotinas e as dificuldades das treis forças nacional e em especial a MB a pelos menos 5 anos. A atuação do atual comandante da Marinha Sr. Comandante Eduardo Bacellar Leal tem sido de um gestor que enfrenta dificuldades orçamentárias, atrelado a uma esquadra velha e com necessidades de manutenções complexas, falta de modernizações e aquisições de meios novos. Desativou o SP mas, no geral desativou poucos navios sempre na esperança de repará los, ao contrário da gestão anterior sem planejamento. Sua administração está sendo positiva. A um bom… Read more »

Luis Galvão

Em geral concordo com você, quanto a reativar o A12, esquece isso.

Vicente Jr.

Se fosse algo em torno de 200, 300 milhões de dólares, valeria a pena reativar o São Paulo.
Mas, alguns colegas aqui já disseram uma cifra de 1,5BI… Ai realmente fica difícil.
Verdade esse número?

Fernando "Nunão" De Martini

Vicente,

Há diversas matérias publicadas aqui sobre as estimativas de custo para a reforma completa do NAe São Paulo, antes do navio ser desativado. Use o campo busca do blog (lupa no canto superior direito da página) e boa leitura!

Vicente Jr.

Tá certo, vi que as reclamações quanto ao A12 São muitas e bem contundentes.

Então esqueçamos ele.
Vamos investir no PHM Atlântico, transformar ele em navio capitania de respeito, com armas e sensores de ponta!

Simbad para defesa de ponto não serve…

Abraço.

Fernando "Nunão" De Martini

Concordo que o navio precisará de defesa de ponto melhor que lançadores Simbad, mas por enquanto não vejo possibilidade para isso (já se raspou o tacho dos recursos não destinados a outros programas para não perder essa boa compra de oportunidade). E não vejo problema algum que inicie o serviço na MB com o armamento que se tem disponível para intalar nele. Mais tarde vejo sentido em que se busque padronização com outros sistemas de defesa que estejam nos novos navios de escolta que entrarem em serviço.

Manoel

Porque não rebocar o porta aviões para a região amazônica para funcionar como aeródromo e base militar flutuante, ancorado definitivamente em um rio capaz de suportar seu calado?

Fernando "Nunão" De Martini

Manoel,

Que tipo de aeronaves, e para quais missões, você acha viável operar num navio-aeródromo “ancorado definitivamente em um rio” na Amazônia?

Fila

Por que não, ao invés disso, construir uma pista com toda a infraestrutura necessária? Realizará mais, sairá mais barato, nao balança, não precisará de reparos caríssimos e poderá continuar em operação indefinidamente.
Além disso, como seria gerada a energia elétrica no navio? Os motores vão ficar funcionando? O esgoto,etc
Pode ser legal trabalhar embarcado e tal, mas se vc vai ficar parado no mesmo lugar, melhor que seja numa base em terra firme. Os militares também têm família e apreciam ir embora depois do trabalho…

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é.

Mas continuo curioso sobre quais aeronaves o Manoel pretenderia operar num navio-aeródromo parado. Sem sacanagem, curiosidade mesmo, pra entender a linha de raciocínio nesse caso.

Luis Galvão

Pelo que li , a linha de raciocínio dele está localizada nas obras vivas.

Provavelmente pensou em operar uns Twin-Otter, só pode.

Esteves

Vejam…se a gente colocar 2 porta-aviões parados, estacionados, dentro de um rio na Amazônia, poderia funcionar como um aeroporto. É só juntar os dois. Um para decolagem, outro para pouso. Economizaria bastante. Incentivaria a construção local daqueles barços de madeira pra fazer o check-in e o check-out.

JonasN

Kkkkkkkkkk

Alexandre Fontoura

Também não entendo a fundamentação desta ideia. Existem dezenas de aeródromos espalhados pela região amazônica, pavimentados, com pistas e instalações com JetA1, capazes de operar até caças Gripen E/F. Para quê levar um porta-aviões para cá, levando em conta que ele, parado, não consegue gerar vento relativo sobre o convés de voo?

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é, mas o autor da idéia sumiu. Eu estava sinceramente curioso, sem sacanagem, em tentar saber quais seriam os argumentos que levaram a essa ideia.

XO

Fora o equívoco tático dessa opção, o fator impedidivo é que uma embarcação parada, fundeada, eventualmente não terá as condições de vento no convoo adequadas para o lançamento e recolhimento de aeronaves… abraço…

Gonçalo Jr

O A-12 não voltará para o setor operativo. Ele está sendo preservado para estudos que estão sendo realizados pelo corpo de engenheiros navais da marinha por inteiro.

Tais estudos visam ter na marinha o conhecimento de um PA e um projeto nacional para uma nave dessa envergadura dentre outros conhecimentos.

Luiz Trindade

Uma curiosidade… Porque não vemos um comandante “negro” no comando da Marinha de Guerra do Brasil?!?
Eu mesmo respondo: As nossas Forças Armadas são o retrato da nossa sociedade!

Luis Galvão

O seu comentário é de alta relevância e principalmente tem tudo a ver com a matéria. Parabéns!

XO

Desculpe, mas isso é uma bobagem… a questão é antiguidade… insinuar discriminação é lamentável e incorreto…

Beto Santos

_____________

COMENTÁRIO APAGADO. OS EDITORES JÁ SOLICITARAM MAIS DE UMA VEZ QUE VOLTEM AO TEMA DA MATÉRIA.

JT8D

A resposta direta á sua pergunta é: porque hoje não há negros capacitados para assumir essa função.
Se a pergunta fosse: “porque hoje não há negros capacitados para assumir essa função?” então a resposta seria muito mais complexa e certamente estaria fora do escopo dessa matéria e mesmo desse blog

Gabriel

Você leu a matéria?
Não parece!
Cada um que aparece!

Hélio

____________

COMENTÁRIO APAGADO. OS EDITORES JÁ SOLICITARAM QUE VOLTEM AO TEMA DA MATÉRIA.

JonasN

Nada com nada. Kkk

Pablo

a própria pergunta já é uma discriminação.

Alfrdo RCS

Nao acredito que o merito de uma pessoa possa ser julgado pela raça, cor ou religiao, mas sim por aquilo que realizou ao longo de sua caminhada. Por esse ponto de vista o racialismo é o oposto da meritocracia, pois ignora quem é, de fato, o individuo. Qualquer pessoa tem a capacidade de ser o numero um, bastando para isso que o Estado faça ao menos o basico: nao roube, nao corrompa, e nao seja usado como plano de poder. De resto, a familia será a base para o desenvolvimento da sociedade e de seus cidadãos. O que passa disso… Read more »

Rafael M. F.

Luis Trindade,

Pesquise sobre o Vice-Almirante Prado Maia, que foi ex-combatente da DNOG.

No more Off.

filipe

Luiz o seu comentário não faz qualquer sentido, somos um pais com muitas diferenças, mas com muitas semelhanças tal como qualquer país , As Forças Armadas sempre primaram pela integração de todas as pessoas independentemente da sua raça, ou origem etnica, para chegar a comandante da Marinha não é a cor da pele, é a competência, e acredito que a sociedade só ganha quando se tem os mais competentes e os mais aptos para determinadas tarefas.

Luiz Trindade

Concordo plenamente com seu comentário filipe. Mas vamos lá… Quer dizer que nesses anos de MB não pintou um único individuo de cor negra que tivesse essas qualidades?!? Acho meio dificil. E Luis Galvão a relevância do meu comentário se dá como em qualquer outra área da sociedade ao qual se deva ter oportunidades iguais atendendo critérios expostos pelo filipe.

Leandro Costa

Você concorda plenamente com um comentário que começa dizendo que o que você disse antes não faz qualquer sentido. Então, agora, seu comentário atual faz menos sentido ainda, para não falar que está desviando completamente do assunto do tópico. Não se preocupe. Algum dia vamos ter Comandantes negros em todas as forças, assim como provavelmente teremos Comandantes mulheres algum dia também. Não vejo nada de racismo ou sexismo aí. Tudo à seu devido tempo e ele virá naturalmente e chega desse assunto paralelo ridículo.

rgf

Muita besteira de quem não conhece a marinha e suas escolas. Se a marinha fosse tão racista não teriam existido almirante médicos negros. Eu falei médicos negros, sendo um deles Diretor de Saúde da Marinha. É tudo isso já um pouco mais de dez anos.

Leandro Costa

O próximo Comandante da Marinha Precisa seguir os passos de Leal Ferreira. Mesmo que ainda demore para consertar os estragos da gestão anterior. Mas ele realmente está conseguindo manter o que sobrou da Marinha acima da linha d’água ao mesmo tempo em que tenta viabilizar não apenas a substituição de meios, como também a expansão da capacidade operativa da MB sempre que possível. E não é um trabalho fácil. Lidar com questões orçamentárias em um Brasil desinteressado pela Defesa, cujo povo e seus representantes não enxerga a necessidade das FFAA nem mesmo o potencial de desenvolvimento e geração de recursos… Read more »

silvio

Em qualquer das Três Armas o que manda é a competência, lá sempre preeencherão os cargos com os primeiros de turma. E ai não tem proteção, tem que ser bom mesmo.

Luiz Trindade

Existe um ditado que diz: O pior cego é aquele que não quer ver. Mas tudo bem. Eu sou o ridículo e vocês os certos!

AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO FUGIU TOTALMENTE DO TEMA DA MATÉRIA. VOLTEM AO ASSUNTO PRINCIPAL.

JT8D

Aqui não é o lugar apropriado para ativismos de qualquer espécie. Você tem toda liberdade para dar sua opinião sobre os temas em discussão. Eu poderia lhe perguntar:”quando teremos uma mulher negra no comando da MB?”, mas por mais interessante que possa ser este assunto, fugiria completamente do escopo do blog. Você consegue entender isso?

paulo sergio mendes thimoteo

Boa tarde a todos.Servi com o almirante Leal Ferreira na Fragata Defensora em 1980,ele era capitao tenente da area de operaçoes.

Gilbert

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___________

Quanto ao nosso estimado Comandante da MB sinto que ele fez o melhor que pode com muita luta para conseguir melhorar a MB e se não fez mais é porque o governo não deixou

COMENTÁRIO EDITADO. OS EDITORES JÁ SOLICITARAM QUE SE MANTENHAM NO TEMA DA MATÉRIA, QUE NÃO TEM NADA A VER COM QUESTÕES DE RAÇA.

Marinheiro

Essa matéria parece chapa branca: elogiando o que ninguém viu e deixando de mostrar o que vemos diariamente na Marinha: falta avanços na área de liderança e motivação do Pessoal. Jogar confete e rasgar seda para alguém que nada fez para o avanço da liberdade das pessoas ou para evitar a discriminação que existe hoje na Marinha em relação aos que não são oficiais generais. Lamentável. Parece matéria paga. Por fim, ainda cita os nomes da sucessão completamente fora da ordem de antiguidade… cadê o Almirante Caroli nessa lista ? Ele é mais antigo que o Almirante Bento ….

XO

Marinheiro, liderança se dá por exemplo… e motivação não depende somente do “Chefe”, mas de nós também… paro por aqui para não sair do tópico…

Manfredo Mello Sardinha Silva

Se o próximo Comandante for o Liseo terá sido uma ótima escolha, ele é da mesma linha do atual comandante. Fomos contemporâneos na 8a cia/cmrj. Ótimo fv, ótimo companheiro

JonasN

Para caça-minas, a corveta tamandare nao poderia fazer essa função recebendo os drones e um sonar de profundidade variável? Algumas propostas tem espaço flexível para missões e lugar para o sonar rebocado. Sei não que não seria a msm coisa do navio da saab que foi projetada pra isso, até mesmo o material do casco, mas seria uma economia.

Rafael Oliveira

Infelizmente, caça-minas são caros e não vislumbro a MB encontrar US$ 400 milhões para comprar os dois navios suecos, de segunda mão (ainda que atualizados).
Acho que o foco deve permanecer no Prosub, Tamandaré e NaPa500 e 250. O resto, em meados da próxima década, pode passar a ser cogitado.

Rafael M. F.

US$ 200 mi é para comprar os dois usados.

Vovozao

Primeiro, o comandante Barcelar leal, realmente é um comandante que popularmente podemos dizer que veste e honra a farda que veste. Parabéns a ele é a MB por uma pessoa tão digna. Segundo as informações divulgadas dizem que a Damen venderia os dois caças Minas por mais ou menos duzentos milhões de dólares, então a informação está dentro dos parâmetros. Terceiro derepente deixou-se de falar dos belos cobra, compra conjunta MB, EX, e também da Wave inglesa. Caso o comandante conseguisse nós teríamos simplesmente um milagre na MB, graças ao comandante.Barcellar.

Jr

Quanto aos cobras é verdade e desde que surgiu esse boato varias pessoas, inclusive aqui disseram que seria quase impossível adquirir pela simples falta de orçamento disponível para tal, quanto aos Waves a RN já avisou a MB sobre a disponibilidade de um deles no ano que vem, não há mais nada a ser dito sobre esse assunto até o Wave Ruler dar baixa ano que vem, quando isso acontecer, muito provavelmente voltaremos a falar dessa suposta aquisição

A Véia Quaker

Parabéns para o Comandante Leal, entretanto ele e seu sucessor precisa descentralizar os efetivos e os meios do Rio de Janeiro.A bela e operativa Base Naval de ARATU está quase ociosa.Nao dá pra entender o porquê da concentração da MB no estado onde a segurança pública é tão próxima do Crime e do tráfico.

Esteves

Não fomos ao Rimpac por ausência de recursos. É longe. Tem que voltar. Vocês aqui no Poder Naval destacam que a supremacia americana não tem somente um alicerce: orçamento. Eles (norte americanos) são insuperáveis na experiência das guerras. Para completar, sabem o que dá e o que não dá certo só de cheirar. Básico na administração. Finanças, história e conhecimento. Grana, já ter feito e feeling. Quem domina os três pode dar certo. O primeiro item da matéria cita aquisição. Precisa ter, comprar, adquirir. Pergunto se temos orçamento para manter, treinar, exercitar e participar. Nao pode dar baixa porque não… Read more »

Fernando

Ridiculo, o atual comando da marinha não consegue slavancar recursos para a construçao de miseras 4 corvetas e mesmo assim é tratado como herói nacional. Não vimoa uma notícia a cerca do esforço da MB na busca de recursos financeiros junto ao GF. Sequer uma foto do vice-presidente embarcado em algum navio ou visitando alguma base naval. Portanto não entendo que tenha feito o suficiente. Além disso conseguiu exterminar a aviação de asa fixa da Marinha e facilita ira causar um gap na operação submarinos caso não viabilize a continuidade da atualização dos IKL-209. Numa situaçao de crise como a… Read more »

XO

Xará, a gestão atual é coerente sim… pé no chão… as coisas não se resolvem com estalar de dedos e assinatura de portaria… sugiro dar uma busca no próprio blog e repensar sua opinião, se assim o quiser…

Bardini

“Nas últimas horas, o Poder Naval apurou: o Programa Tamandaré – que, se esperava, pudesse obter embarcações por um valor unitário entre 270 e 320/350 milhões de dólares – não conseguirá ser viabilizado nem mesmo com uma verba total de 1,6 bilhões de dólares. O mais provável é que saia por um montante entre 1,8 e 2 bilhões de dólares.” . Retrospectiva: Falavam de pagar absurdos U$ 450 mi de dólares por cada navio do projeto gambiarra do CPN. Estimativas aparentemente baseadas em porcaria nenhuma por conta das varias reviravoltas… . De uma hora pra outra, passou a se falar… Read more »

Jj

Realmente 2 bilhões é muito caro, as 4 meko a200 da Argélia, com 6 helicóptero e um estaleiro, custou 2,8 bi, já é muito caro, mas é um navio maior e com armamento muito mais pesado.

Vovozao

Fernando, não entendi, os navios patrulha são Ingleses, os três que foram transferidos novos para a MB, o MB comprou também o direito de fabricar alguns em estaleiros nacionais, o grande problema é que ele tem que saber dividir o bolo, a MB está no limite de vida ( fragatas, cacas- minas, navios de apoio, subs.) Então você compra um navio de apoio, começa a construir os subs., Compra se Brasília aprovar a verba dois cacas-minas, e vamos vivendo, não é só MB, EB, FAB, tudo na mesma situação, ninguém pensa que podem invadir nosso país, sacou????

Esteves

Considerando que o Atlantico estará operando em 2020, não teremos nada até o início dos anos 2020. Os primeiros subs operacionais em 2025. Tamandarés, se vingar, também. São 7 anos. Oito oito anos. Pode ser dez. Do jeito que estamos. Soldando navio no meio. Fazendo projetos. Reclamando da vida. Se as contas mostram US$ 500 milhões para cada Tamandare como defesa da segunda linha, quanto os almirantes pensam em pagar pelas fragatas maiores? Não pagarão. Com o PIB crescendo a 1% ou 2% não pagarão. Com os contigenciamentos, não pagarão. Como dizia o colega Osawa, a MB olha da costa… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“Os primeiros subs operacionais em 2025.”

Não.
Sugiro reler o texto.
Esse é o prazo que a matéria menciona para entrada em operação dos dois últimos dos quatro em construção, não dos primeiros.

Esteves

Certo. Os primeiros subs operacionais em 2025. Os 4 primeiros. Todos operacionais em 2025. Se o prazo for abençoado.

Fernando "Nunão" De Martini

Bom, se você está pensando em “4 primeiros” significa na verdade que seu comentário não é pessimista e sim otimista, pois se há quatro primeiros haverá os quatro segundos, quatro terceiros e por aí vai.

Esteves

Pois é. Peixe ensaboado.

Nunes-Neto

Vovozao ele tá falando das River batch I , não das Amazonas!

José Luiz

O cobertor é curto, infelizmente. Uma força naval sem navios capazes de detectar e eliminar minas navais sofre de extrema vulnerabilidade. Pois basta um sub adversário depositar algumas minas de fundo na saída de um porto e toda a frota ficará confinada nele. Não adiantará submarino modernos ou o que for se ficar preso no porto. Então considero prioridade a busca deste meio. O problema dos submarinos classe Tupi é preocupante, são bons navios e tem muito ainda. Mas infelizmente são também meios bem caros de manter, na falta de recursos fica realmente difícil. O projeto da classe Tamandaré é… Read more »

Luiz

O fato é que não existe atualmente no mercado navios de superfície modernos que sejam exatamente baratos,mas o preço desse projeto está ao que tudo indica fora da realidade.
Enquanto essa loucura de “conteúdo local” e “transferência de tecnologia” forem uma espécie de religião dentro das forças armadas o sucateamento dos ativos militares continuará.
Não que eu acredite que se possa comprar uma “fragatona” de 6000 toneladas por 500 milhôes mas um bom navio entre 4000 e 4500 toneladas eu acho bem possível.

Camargoer

Olá Luiz. Existe um outro post sobre a capacidade ociosa dos estaleiros onde você poderá encontrar um link de um documento elaborado pelo Sindicato dos Construtores (um sindicato patronal, ok?). Neste documento há uma defesa do conteúdo nacional e da necessidade de encomendas públicas (Petrobras e MB) para o setor. Você também encontrará no post sobre a estratégia da Royal Navy pelos partidos Conservador e Trabalhista a defesa desta estratégia pelos ingleses. Há um artigo publicado recentemente “Indústria naval brasileira e a crise recente: o caso do Polo Naval e Offshore de Rio Grande (RS)” que mostra como o setor… Read more »

Luiz

As forças armadas não são as responsáveis pelo grande nível de ociosidade da nossa indústria,podem sim ser uma fonte indutora de desenvolvimento industrial dentro de uma política integrada e comprometida para esse fim.
A minha crítica se baseia na falta de flexibilidade em lidar com a estratégia de “made in brazil”, em um cenário macroeconômico hostil e onde já são desenvolvidos
simultaneamente projetos militares onerosos e complexos até que ponto esse engessamento de visão é benéfico para o país.

Luiz

Recentemente o governo britãnico comprou quatro navios tanques para a sua Royal Navy, e esses navios foram encomendados à indústria……….coreana!!!Os ingleses que constroem porta-aviôes de 65000 toneladas são seriam capazes de construir esses navios?? O fato é que houve estudos e planos de exequibilidade e se chegou a conclusão que a melhor opção(econômica, logística,e de necessidade da força) era a produção fora.

Camargoer

Caro Luiz. Uma outra possibilidade é que os estaleiros ingleses estavam sem capacidade ociosa, impossibilitando a produção destes navios até a conclusão dos projetos contratados, o que poderia levar muito tempo. Eu não tenho os dados estatísticos para assegurar uma ou outra explicação. Claro que a decisão foi pela melhor opção (sempre escolhemos a melhor opção, seja em uma pizzaria ou no aeroporto. O que levaria uma pessoa ou instituição escolher uma opção pior?). Talvez o que interessaria seria quais as condições dos estaleiros ingleses e quais as necessidades da RN que levaram à decisão de importar os navios?

Esteves

Espanhóis, chineses e coreanos desistiram. Não ficou claro o porque. Europeus são mais caros. Mas asiáticos poderiam mostrar um preço melhor. Mesmo assim não se interessaram. Porque não se sentiram à vontade contra projetos renomados de italianos, franceses, ingleses e, com o súbito interesse de suecos. Vamos ver. Mas a MB terá dificuldades para enfrentar de cara uma despesa desse tamanho para 4 meios. Se o julgamento dos palpiteiros é pela efetividade e pelo resultado, gastar 2 bilhões com 4 meios sabendo que serão 2 + 2 na melhor das hipóteses, não parece lá a melhor forma de reequipar. Tem… Read more »

Esteves

“…diversos fatores conjugaram-se e remeteram à crise no setor naval e à crise do emprego neste e tam- bém em outros setores da economia. No plano internacional, a crise que levou à retração da economia chinesa e a redução dos preços das commodities, a redução do preço do petróleo bruto, por exemplo, segundo Lacerda (2016), afetou tanto as exportações quanto, de forma contundente, inibiu novos projetos e novos investimentos devido à queda da sua receita e rentabilidade. Ademais, há um vínculo entre crise no setor naval e as decisões judiciais no plano da lava-jato, visto que estas se dão sobre… Read more »

XO

A missão compreende tarefas e propósitos… seu cumprimento levará a resultados… aí eu me permito discordar do que você escreveu… nem todo resultado é tangível… na verdade, penso que não deve… gestão só é aperfeiçoada com mudança de mentalidade e até cultura institucional… isso faz o processo ser mais eficiente e eficaz… e isso, quanfo alcançado, fica como legado… abraço…

Flávio Henrique

outra é muito estaleiros de grande porte…ia ficar do mesmo jeito que está hoje pois a Petrobras não ia ficar comprando navio todo ano.. se a MB vivesse comprando navio novo e vendemo os usado + encomenda civil talvez 3 ou 5 já desse contar. Agora a MB tivesse caixa comprava logo um estaleiro desse para produzir/fazer manutenção de/em navios (civil e militar) e gerar receita pois sempre terá contingenciamento logo a MB deve procurar um meio de ter recursos sem precisar contar só orçamento de GF (A FAB com a possível empresa para o CLA, com parte do projeto… Read more »

Marcelo

Eu me assusto um pouco quando as pessoas acham que as Tamandarés vão ser os navios de “segunda linha” da esquadra. Elas, se vingarem, vão ser os principais navios da esquadra por muitas décadas, e como são navios novos e relativamente modernos tendem a ter maior disponibilidade, sendo complementados pela barroso e por alguma eventual compra de oportunidade que consiga ser feita.

Marcelo

Complementando, acho que as CCTs são uma excelente oportunidade da MB modernizar a esquadra e torço muito para que elas consigam ser executadas e não sigam o mesmo caminho do prosup (algo que parece cada vez mais provável). Dizer que $500mi por navio é um absurdo e que elas não valem isso junto com comparações toscas com valores pagos por outras nações e por outros navios é apenas “wishful thinking”. Se cada CCT custa ao Brasil 500, uma meko 200 custaria 750 e uma nave de 6000t custaria pelo menos 1bi. Achar que conseguiríamos um navio maior pelo mesmo preço… Read more »

Flávio Henrique

Fragatas de 6.000t já é U$$ 1 Bi…….talvez a mais barata saia por 700Mi/900Mi…..
Agora será que esse aumento de custo é por causa dos NAPIP apresentados ou + unidades?

Fernando "Nunão" De Martini

As unidades pedidas são 4.

Bardini

Não tem nada nesses navios que apareceram, em termos de desempenho e tecnologia que justifica custar até os U$ 500 milhões citados. Nada… Absolutamente nada. Não tem nada que justifique estourar a faixa dos U$ 1,6 bilhão. . Esse valor só seria justificado se existir uma oferta muito mais capaz do que as que apareceram até agora e, a MB já estiver decidia por ela (o que eu duvido) ou estiverem contando com no mínimo do mínimo uns 10 anos de full suporte logístico e, aliado a isso, um contrato contendo um mínimo bem expressivo de dias de mar que… Read more »

marcelo

Nós não sabemos quanto os estaleiros estão pedindo por esses navios. A informação que existe é uma informação extra-oficial vazada (aka fofoca), mas mesmo partindo do princípio que a informação seja acurada, não é relevante se eu ou você achamos caro, se a Argélia pagou menos por uma oferta melhor ou qualquer outra coisa, mas sim se cabe no orçamento. Nenhum desses navios foi antes oferecido ao Brasil então comparar o quanto o México esta pagando por suas sigmas com o quanto a Damen está (pretensamente) cobrando do Brasil por exemplo acho contraprodutivo. Inclusive eu acho que Coréia/China/Rússia pularam fora… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Ótimo comentário, Marcelo, e o debate do Bardini e você está interessante.

Só tenho um aparte técnico: são 8 células de VLS, não 8 Sea Ceptor. Em cada célula de tamanho “padrão” podem ser instalados 4 Sea Ceptor, para um total de 32 mísseis desse tipo no máximo, no caso de um navio com 8 células de VLS.

marcelo

Aliás, quanto ao suporte logístico e de manutenção, isso é parte da proposta sim. Ela fala em “Gestão do ciclo de vida”, mas (pelo menos no que eu pude ler) não define exatamente se isso se refere a toda vida útil do navio (que seria definida pelo próprio fabricante, provavelmente em 20-40 anos), ou se seria a um período pré-determinado pela MB (não acredito que seja menos de 10 anos)

elton

quanto ao porta avioes sao paulo por que a marinha não leva ele pro alto mar pra fazer um “teste de maquinas” ai “acidentalmente” alguem abre as valvulas e nos livramos desse abacaxi cheio de amianto

Parabellum

A melhor maneira de destruir uma esquadra é impedir que ela seja construída. Já estamos em guerra, mas de uma outra geração. E estamos perdendo, porque nestas terras não se admite “gastar” com aparatos militares. Se fosse em campos de futebol, aí sim teríamos os recursos liberados. Essa é vontade da maioria do povo, e como na democracia vence a quantidade, perderemos esta guerra, que a maioria não pretende vencer; sequer lutar. Os EUA gastam parcela significativa do seu PIB com defesa, pois dela advém a inovação tecnológica, soberania, exportações, empregos e mais PIB. Infelizmente não vejo mudança neste paradigma… Read more »

Alfredo RCS

Assino wm baixo! A guerta começou faz tempo, só esqueceram de avisar aos comandantes.

Luis Galvão

O tamanho do abacaxi que o Almte Leal herdou não foi pequeno, mas penso que ele tem feito uma ótima gestão considerando os recursos financeiros de que (não) dispõe.

No entanto, o tempo passa , nossos meios navais envelhecem, as necessidade de acumulam e o orçamento da MB diminui. É um ciclo nefasto .

Há de se encontrar uma solução urgente para o custeio e para o investimento na MB.

Sou otimista , mas quando vejo por exemplo a situação em que se encontra hoje a Armada Argentina, confesso que fico muito apreensivo com o futuro da nossa querida MB.

filipe

Esse comandante é realista e racional, nada de sonhos desvairados, pés no chão, fazer o possível e o impossível de acordo com a nossa realidade, teremos Submarino Nuclear, teremos Corvetas Avançadas, já temos um bom PortaHelicopteros, já temos um bom Navio de Assalto Anfibio, não temos um NAE, não temos Fragatas Avançadas, mas temos o essencial para a dissuasão que são Elementos Anti-Submarinos ( Submarinos, PortaHelicopeteros operando Helicopteros de Gerra Anti-Submarina), as Corvetas complementam os Elementos Anti-Aereos com os misseis Sea-Creptor, do resto é o resto, é bom ter um NAE, é , mas não é essencial para a nossa… Read more »

Camargoer

Caro Filipe. O atual Comandante da MB assumiu o posto em 2015 e foi nomeado por Dilma. O ProSub foi assinado em 2008 pelo Alte. Moura Neto. Também encontrei uma noticia ” Euronaval: Novas corvetas já têm nome e designadores” de 27 de outubro de 2014 na qual o Alte Moura Neto anuncia os nomes das futuras corvetas Tamandaré. Também encontrei uma post aqyu no blog de 23 de agosto de 2014 sobre a contratação das empresas que fariam a avaliação do A12, que resultou na decisão de descomissionar o A12. Portanto, não é razoável achar que houve um ruptura… Read more »

Anderson

Boa tarde, uma curiosidade..o Nosso país precisa de caça Minas? Não seria melhor juntar essa grana é colocar recursos em mais 1 Tamandaré? Sou leigo no assunto..

Luis Galvão

Anderson,

A Força de minagem é muito importante em qualquer marinha.
Eles são responsáveis por “limpar” os caminhos das minas colocadas por inimigos , assegurando uma navegação segura para os nossos navios.

No caso especifico da nova base de submarinos em Itaguaí, este trabalho na MB se reveste ainda de mais importância, devido ao canal que dá acesso a mesma.

XO

Complementando, vista a batimetria da nossa costa, ela é passível de minagem em praticamente toda a sua extensão… e como nossa economia depende da via marítima, o eventual bloqueio de acesso aos portos é uma possibilidade…

Esteves

Dizer que as Tamandarés (corvetas/fragatas) são a segunda linha de defesa não é a mesma coisa que dizer que são a série B. A primeira linha de defesa são os submarinos. A segunda linha de defesa são os meios de superfície. Primeiro a negação do mar. Depois a projeção de poder. Foi o que aprendi aqui. Teremos. Seremos. Ou no gerúndio: fazendo, correndo, indo, montando. Mas ainda, não. Estamos projetando, cotando, comparando, esperando. Mas ainda, somos os mesmos. Meios de 40 anos. Oportunidades. A previsão melhor para outro cenário é 2020. Atlântico + Riachuelo + 1 Tamandaré? Entraremos na década… Read more »

Marujo

O Comandante Leal Ferreira coroará seu comando quando se tornar realidade a destinação dos 10 por cento dos recursos do Fundo de Marinha Mercante para construção de barcos para a MB.

Vicente Jr.

Rapaz, isso aí precisa ser tratado com prioridade máxima por todos! Marinha, sociedade, o Sinaval!
10% do FMM já!

José Luiz

Anderson, se um sub qualquer colocar algumas poucas minas de fundo, difíceis de detectar, na saída de um porto, este fica interditado, pois o navio que tentar sair vai ser afundado. Dá para entender a importância de um caça minas. É imprescindível.

Satyricon

A administração Leal fez história, não só pelo pragmatismo e competência, mas por um ponto crucial: foco. A baixa do A12, fou o ápice disso. Coragem pura. A MB deu MUITA sorte nas últimas compras de oportunidade, mas outras virão. Quanto às CCTs, tenho a certeza que, mantido o foco, teremos uma boa escolha, qualquer que seja ela. Para a força de desminagem a MB deveria buscar uma receita caseira, com muito pragmatismo. Temos experiência em vasos pequenas e médios, como os NP 200 e 500. Uma variante desses cascos, com material da DGS, que “em tese” seria extremamente resistente… Read more »

Vicente Jr.

A SAAB quer “dar” a tecnologia dos caça-minas deles pra nós…

Li isso em algum lugar…

Mais um devaneio ?

Dalton

Muito provavelmente nem o Almirante Leal teria “dado baixa do A 12” uns 5 anos atrás… ninguém teria feito isso …apenas com o passar do tempo gradualmente chegou-se à conclusão de que a baixa era inevitável e aconteceu do Almirante Leal estar no comando quando aconteceu. . Não deve ter sido uma decisão fácil…assim como não foi para à US Navy aceitar que o USS John Kennedy tinha que ser retirado mais cedo com 39 anos pois não foi feita sua modernização de meia vida , não era mais considerado seguro o suficiente para operações aéreas e nem mesmo foi… Read more »

Juarez

Eu confesso que leio alguns posts e vejo quão fora da realidade é o Brasileiro, inclusive muitos que aqui labutam e que teriam um “preparo mental” um pouco melhor. Eu, pouco entendo de navios, aprendo aqui e acolá, agora vejam bem, é uma questão de observar e interpretar os fatos, explico: Inicialmente as conversas sobre as CCT indicavam um orçamento de mais ou menos 400 milhões de dólares para cada unidade, veio aquele “chiadeiro” todo, e apareceu um outro valor nas mídias especializadas citando 300 ou 350 milhões. Senhores, observem as noticias nos sites internacionais que falam sobre custos, a… Read more »

Esteves

Pois é. Mas quem divulgou orçamento de até 1,8 bilhões de dólares foi a MB. Estica pra 2, são 500 milhões cada. E chegam as notícias que 500 milhões não tem. Por conta disso o ministro Silva e Luna quer mais 5 bilhões já. Para o PROSUB e para as Tamandarés. Porque parece que, dando uma olhadinha no valor das propostas…

Todos aqui sabem ler. Uns menos. Outros menos ainda. Deixa a caravana passar. Por enquanto não aconteceu o pior.

Eita gente pessimista.

Bardini

“Inicialmente as conversas sobre as CCT indicavam um orçamento de mais ou menos 400 milhões de dólares para cada unidade, veio aquele “chiadeiro” todo, e apareceu um outro valor nas mídias especializadas citando 300 ou 350 milhões.” . Se foi “fofoca” ou não, fato é que divulgaram lá atrás, um preço estimado U$ 450 milhões por unidade do projeto do CPN. Não levava em conta NAPIP nenhum. Eram U$ 450 milhões por uma Corveta Emprego Geral que não tem absolutamente nada de especial. Depois, começaram a divulgar U$ 350 milhões por cada navio do projeto do CPN, o que ficaria… Read more »

Esteves

Li o comentário dos editores sobre a compra do Atlântico. Para não perder a oportunidade se raspou o fundo do tacho de outros programas. O programa que forneceu o fundo foi o Tamandares. Se havia gordura nesse fundo… Até a defesa de ponto terá que aguardar e vamos nos virar com o possível. Agora leio que a desmobilização do A12 segue como segue porque também não existem recursos para fazer o enterro. Agora tem o ministro da defesa em defesa dos programas que estão em andamento porque já faltam 5 bilhões para o PROSUB e para as Tamandarés. Ajuizando o… Read more »

Juarez

Bardini, tu não entendeu nada. Não tem navio deste porte por preço inferior a 400 milhões de dólares. Tem nota sim no Defensa.com falando exatamente sobre os custo no Patrulheiro Mexicano, estimado em 300 milhões de dólares e vai para em quase 450 milhões de dólares. Ahh mas ele tem RAM, e daí, as CCT vão ter VLS com missil que é mais caro, vai ter torpedo Mk 54, e daí as CCT não vão ter lançadores de torpedo, ele custa dinheiro, não vem de graça, ahh mas tem Harpoon, e daí as CCT vão ter um MAN, seja lá… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Só pra ajudar no debate de vocês, ontem ou anteontem, na matéria sobre a venda das corvetas Milgem para o Paquistão, coloquei em comentário links para duas notícias com declaração do CEO do estaleiro turco produtor do navio sobre o preço da versão normal da Milgem: 300 milhões de dólares – valor que ele contrasta com a versão a ser vendida para o Paquistão, por 250 milhões cada navio, devido ao fato que será vendida sem vários armamentos e sistemas originais pois os paquistaneses instalarão equipamentos e armas locais. Só que vale dizer que mesmo a Milgem original turca é… Read more »

Esteves

…”PROPULSÃO: US$ 32 milhões, 9 por cento. A maior parte dos custos da propulsão da Type 054A provém de seus quatro motores diesel Pielstick/Shaanxi PA6. Pelo menos uma empresa comercial oferece motores Pielstick para venda entre US$ 1 e US$ 10 milhões cada. Esta estimativa usa o preço médio de US$ 5 milhões por motor para refletir o tamanho do motor e a qualidade superior necessária para uma aplicação militar. O saldo do custo estimado reflete a caixa de velocidades, os eixos de transmissão, os lemes e os hélices.”

Roberto Bozzo

Só pra tentar contribuir no debate. Ao pesquisar valores para as Iver Huitfeld achei reportagens onde a Dinamarca, em 2015, comprou duas Millennium 35 por US$ 21 milhões aproximadamente para suas fragatas; só por curiosidade, todo o armamento das Iver Huitfeld foi reaproveitado, inclusive os Millennium são maquetes que foram sendo trocados por equipamentos reais posteriormente. Encontrei outro artigo em que a Índia adquiriu 13 Oto Melara 127 mm por, aproximadamente, US$ 18 milhões cada (incluso Tot, apoio logístico, etc) onde afirma que o custo de cada unidade do 127 mm pode chegar a US$ 24 milhões, dependendo da quantidade… Read more »

José Luiz

Sobre o custo de uma escolta, convido o pessoal a fazer um exercício teórico de estimativa de custo, claro que é muito difícil estimar o custo de armas/sistemas navais, mas iniciei uma tabela bem básica com alguns dados estimados, sem precisão alguma mas que permite ter uma ideia. Se alguém se habilitar para completar ou melhorar a tabela agradeço, não é necessário ter precisão ou ter o custo de um sistema da Tamandaré, basta um similar. Sugiro aos editores um artigo sobre o assunto seria bem esclarecedor. CUSTO DO CASCO POR TONELADA: ? SENSORES: Radar principal tipo Artisan– US$ 123… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

José Luiz,

A matéria do link abaixo faz uma estimativa de preço da fragata chinesa Type 054A praticamente item por item, e junto às estimativas de custos dos equipamentos chineses, estão as de equipamentos ocidentais. Pode ajudar bastante nesse seu exercício teórico. Boa leitura.

http://www.naval.com.br/blog/2017/08/18/quanto-custa-um-navio-de-guerra-feito-na-china/

JonasN

Legal a iniciativa. um radar custa tudo isso? Tinha em mente algo em torno de uns 20, 30.

Nilson

Vamos que apareça uma proposta de US$ 350 mi x 3,75 = R$ 1 bi 312 mi. Com a previsão orçamentária de R$ 2 bi para capitalização da Emgepron, que ainda pode estar na mira da faca afiada do Ministério do Planejamento, e em ano eleitoral, pré novo governo, como poderia a Marinha assinar um contrato de 4 navios?? No máximo 2 (assim ficaria “devendo” só R$ 600 mi, que dá pra “arrumar”), ainda assim se a capitalização for integralmente concretizada pelo governo (e parece que já “subiu no telhado”, pelo menos parcialmente, conforme matéria do Forte sobre cortes orçamentários).… Read more »

Esteves

Os estudos ou a previsão da despesa da MB estão entre 1,6 e 1,8 bilhões de dólares. Para as 4. Não precisa fazer toda a conta em dólares porque nem tudo será incorporado pelo construtor. Contratos internacionais têm dólar hedeado. Não se sabe o valor do hedge oferecido por quem irá financiar. Tem uma matéria do Poder Naval sobre as Types 54 chinesas detalhando os custos estimados de construção. Bate em quase 400 milhões de dólares. Dentro do orçado. Mas são chineses. E eles não estão aqui. Talvez pelo mesmo motivo da desistência de espanhóis, coreanos e russos. Cartelizacao dos… Read more »

Robsonmkt

“A fixação da MB em exigir que os estaleiros estrangeiros apresentem propostas para a construção do navio de 2.790 toneladas concebido pelo Centro de Projetos de Navios da Marinha, sofre uma indisfarçável rejeição dos fornecedores. Algo que até mesmo os oficiais que cuidam do assunto na Diretoria-Geral do Material e na Diretoria de Gestão dos Programas Estratégicos da Marinha já admitem.” Não me surpreende. Eles já tem seus produtos prontos com todos os direitos de propriedade de projeto com eles, por quê se interessariam em ensinar estaleiros nacionais a fabricarem uma classe de navios que poderia vir a concorrer com… Read more »

Bueno

Vídeo com detalhes do Atlântico.. veja o armamento

Carlos Alberto Soares

Olhando para a realidade:

PROSUB, mencionado no texto:

Foi um erro.

Revitalização dos Sub’s na Alemanha e no AMERJ e a encomenda de 4 Sub’s modernos diesel-elétricos convencionais na Alemanha teriam nos dado ótima capacidade de dissuasão, sem reinventar a roda.

Teria sobrado dinheiro para comprar escoltas chave na mão.

Mas como sempre, ToT, interesses ghost, etc etc etc

A cabeça não pensa, o corpo paga e padece.

O resto é babababz

Carlos Alberto Soares

Complementando:

Não temos política de Estado desde 1978.

Políticas de Governos desde então,

nos últimos 16 anos política única:

De interesses…

Wellington Góes

Um Comandante muito afável, gostei muito de tê-lo conhecido numa oportunidade no ano passado, durante uma visita a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Uma pessoa de trato simples e acessível (pelo menos foi esta a impressão que tive). Com certeza, deixará saudades aos seus comandados.

E, diante das restrições orçamentarias, fez um comando muito bom, na minha opinião.