Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré

Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré

Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré
Concepção em 3D da Corveta classe Tamandaré

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) avalia que o excesso de questionamentos na concorrência para construção de corvetas classe Tamandaré pode atrapalhar outras oportunidades vislumbradas pela indústria naval envolvendo novas embarcações para a Marinha, entre as quais mais projetos de corvetas e navios patrulha.

O vice-presidente do Sinaval, Sérgio Bacci, destacou, nesta quarta-feira (15), que esses projetos são importantes para renovação da esquadra e porque podem garantir obras para alguns estaleiros, movimentando a indústria por um período. “Se essa primeira licitação não vingar, corremos o risco de todas as outras não vingarem”, alertou Bacci, que participa da 15ª edição da Marintec.

O Tribunal de Contas da União faz uma consulta sobre a utilização de recursos provenientes de royalties do pré-sal para capitalização da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). O Sinaval entende que o TCU pode analisar, mas não tem orientação para interromper o repasse de recursos destinado à Emgepron. Bacci acredita que os recursos do pré-sal para Marinha precisam ter a destinação adequada.

O Sinaval espera que o vencedor da concorrência assine contrato antes do fim do governo Temer, mas reconhece que o prazo está muito apertado, sobretudo por causa das Eleições, em outubro. A Marinha adiou a divulgação da short list com o nome dos consórcios finalistas à concorrência das corvetas, do dia 27 de agosto para 30 de outubro. Atualmente nove consórcios participam do processo, cada um em parceria com um estaleiro nacional. O investimento previsto para construção das embarcações é de US$ 1,6 bilhão. A Marinha informou que o adiamento está relacionado à necessidade de apresentação de documentos que estão pendentes.

Uma reportagem publicada pela Folha trouxe a informação de que a empresa italiana Ficantieri, que controla o estaleiro Vard Promar (PE), teria detalhado uma parte do projeto de engenharia da corveta apresentado pela Marinha. Procurada pela Portos e Navios, a empresa informou que desconhece qualquer citação a seu nome no projeto da Marinha e ressaltou que cada consórcio pode apresentar o próprio design ou mesmo o design apresentado pela Marinha. O Vard, especificamente, afirma ter apresentado na proposta o mesmo design da força naval.

A Marinha declarou à Folha que não houve nenhum tipo de direcionamento no processo e negou a presença de documentação italiana nos parâmetros do projeto. O Sinaval não acredita que a Marinha faça qualquer tipo de direcionamento e também ressaltou que o projeto definitivo não precisa necessariamente ser o inicialmente colocado para licitação pela força naval, podendo cada consórcio apresentar seu projeto. Bacci acrescentou que nenhum estaleiro procurou o Sinaval para contestar a participação de algum concorrente presente nos consórcios das corvetas. “Criar fantasmas é ruim para todo mundo. Se a situação embola num ponto, a oportunidade passa. [Os concorrentes] têm que procurar seus direitos, mas têm que ter juízo”, disse Bacci.

FONTE: Portos e Navios

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John Paul Jones

Como dizem VDM …… 🙂

Populares e transeuntes do Cais da Portuguesa dizem que teve especificação técnica sim em Italiano rs ….

Deixa pra lá 🙂

Mercenário

John Paul Jones,

Logo, se os gringos vencerem teremos certamente discussões judiciais a respeito.

Se queria a construção pelo VARD deveria ter realizado contratação direta. Não fez, agora deve seguir as regras da concorrência.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

A velha mania brasileira de ter um monte de regras, leis e regulamentos, e de regulamentar os regulamentos em editais, e de chegar à conclusão que tudo isso pode ter CENTENAs de interpretações, que são usadas para impedir o progresso e garantir os privilégios de alguém… ou de impedir alguém de ganhar uma licitação!

Esteves

E laiala que esse pré-sal financia é tudo. A capitalização da Engeprom para as CCT veio das compensações financeiras as quais estados, municípios, união, MB, e os esquilos tem direito pela exploração dos hidrocarbonetos. É uma compensação paga pelo dano ambiental. Não tinha ou ainda não tem nada com os royalties. A grana vem do Tesouro. Ninguém nunca mostrou essa conta. Não se sabe quanto entra e quanto sai. Sabe-se que sai. Como o petróleo é monopólio público explorado por uma estatal, tanto compensação financeira quanto royalties saem do mesmo bolso. Do Tesouro. O que o TCU tem com isso?… Read more »

Ricardo Araujo

Esteves,
A exploração não é monopólio estatal, é uma concessão pública para as empresas qe estiverem dispostas a pagar mais, portanto, qq uma pode… O pagamento dos royalties segue regras pré estabelecidas e devem ser cobtrolados pela ANP. O repasse devia ser direto, mas nosso estado mal gerido deve estar segurando os recursos da MB, da educação , etc…

Esteves

Deixou de ser no papel. Quem ficou exposto na paralisação dos caminhões? Petrobras. De quem se cobra políticas sobre combustíveis? Petrobras. Quem controla preço na distribuição? Petrobras. Quem refina? Petrobras. Quem controla a exploração? Petrobras. Da onde vem a grana dos royalties e da compensação financeira que capitalizou a Engeprom? Do Tesouro. Necessidade de ajustar resultado primário diz o documento de 29 de março. Ou…na ausência de receitas, pega aí uma capitalização. Se capitalizou 2,5 e depois matou 500 podia ter capitalizado 5. Depois ajusta. Afinal, o Tesouro é nosso. Essa história de royalties e compensacao financeira por dano ambiental…cadê… Read more »

Flamenguista

Mecanismos de controle não funcionam quando e onde é preciso. Os nossos TCUs carecem de pessoal técnico de qualidade e suas açoes sofrem com ingerencia político-partidária.

Tomcat4.0

Simples assim meu caro !!!

Roberto Bozzo

“O Vard, especificamente, afirma ter apresentado na proposta o mesmo design da força naval.”

Está informação, se verdadeira, deixa os italianos em boa vantagem…e cai por terra a informação que teriam apresentado uma variação da corveta do Catar que só existe no papel.

Marcelo R

Não, não é isto….., o que realmente ocorre é a falta de credibilidade nesta terra, em toda a sua engrenagem politico-econômica, a insegurança jurídica afasta qualquer investimento externo, todos la fora estão aguardando para saber o que vai acontecer com essa terra depois das eleições….

Flávio Henrique

Considerando que a VARD escolheu o projeto da CPN possar indicar que no Short-list terá tanto o
VARD como INACE…..
Tô apostando que o short list:
Vard
INACE
“Amazon” AMRJ
Damen

Carlos

Me desculpem, mas volto a questão…a única culpada é a Marinha que não sabe o que quer e faz escopo flexível….Isso não vale nem aqui, nem em lugar nenhum.
Se querem inegibilidade, que o façam, poia trata-se de material militar e pronto.
Se querem construir um projeto nacional que cobrem isso e os estaleiros constroem um projeto nacional…
Se querem outros projetos que peçam projetos outros com premissas bem definidas.
Quem fazer 3 coisas em um mesmo certame…o cara da capa preta vai botar a colher, com certeza….É básico…

GabrielBR

Eu acho que tem um politico pernambucano que faz parte do governo cujo nome não vou citar que tem muito interesse nessa licitação.

Vovozao

Coincidência, TCU, e questionamentos técnicos véspera eleições, continuo dizendo GF, Congresso, Engeprom, ninguém vai assinar, resultado pode sai dia 30, se não houver 2 turno, porém os dois que irão apresentar suas propostas não conseguiram nada antes de julho/19, se vejam bem, se aprovarem, todos tem.medo depois.serem.investigados. Temos e que correr atrás e ver se podemos repor algumas escoltas usadas; mas vão dizer não tem nada a venda, verdade, só que quando tem, dizem que não serve.para MB, porém, serve para as outras, não compramos patrulhas, porque.queremos fragata/corvetas, vejo navios patrulhas mas bem armados que nossas corvetas/fragatas. Ex:Coreia, Japão, Suécia,… Read more »

Gustavo

o problema não é o questionamento, o problema é a falta de vontade e o velho espírito brasileiro: “o que eu ganho com isso? ($$$$)”

Burgos

Complicado !!!
Tudo onde envolve dinheiro há troca de interesses políticos partidários !!!
A Marinha se bobear esse projeto das CCTS vai é por água abaixo esse ano e reabrindo ano que vem e com diretrizes mais específicas !!!

Parabellum

O valor do contrato é substancial e todos os tipos de lobby e interesses internacionais estão em jogo. Vai ter todo o tipo de sujeira pela frente: os ingleses jogam sempre com astúcia, os franceses já descobriram no passado o caminho do tesouro, os alemães querem recuperar o mercado perdido, os ucranianos vem com a oferta tipo limpa pátio, e etc. Melhor ir tocando os navios de 500t paralelamente (tipo 2 a 2) para não cair na mesma armadilha do contrato envolvendo muito dinheiro.

Esteves

É isso. E onde vivem os lobistas lobisomens comedores de grana? No congresso. Vai tocando as 500t com a grana do FMM e toca as CCT sem alarde. Vai que as CCT viram patrulhas chineses e a MB compra 12? Mais é menos nos dias atuais.

Jorge Augusto

Queria fazer uma pergunta off-topic.

Moro em Duque de Caxias e geralmente não vou muito no centro do Rio, mesmo sendo 1 ônibus ou trem daqui de casa.

Estava pensando em levar meu primo de 8 anos na chegada do PHM Atlântico mas não faço ideia de um bom lugar para ir. Alguém pode me dar uma ideia?

XO

Recomendo a Fortaleza de Santa Cruz em Niterói… http://www.ad1de.eb.mil.br/visitacao… abraço…

Jorge Augusto

Opa, brigadão XO.

Fernando "Nunão" De Martini

No centro, pode ser a parte lateral do Museu do Amanhã, mas aí já estará atracando.
Pra ver entrando na Barra, recomendo subir ao Forte do Leme. Preço simbólico pra entrar, trilha ingreme pra subir, vista sensacional.

Mais fácil é Praia Vermelha, pegue a pista Claudio Coutinho de 1,3 km planos que contorna o Morro da Urca, no lado esquerdo da praia. Mas dá pra ver da própria praia mesmo, só que você verá mais longe do que pegando a Trilha, onde muita gente corre e visita. É segura, bem ao lado da ECEME.

Luiz Monteiro

Complementando o Nunao,

Descendo na Central do Brasil, pegue o ônibus 472, na Av. Presidente Vargas e venha para o Leme. Aqui, desça na Praça Júlio de Noronha (Já no Forte do Leme).

Depois é só ter disposição para subir o Morro pela estrada de paralelepípedos.

Abraços

Jorge Augusto

Brigadão Nunão e Luiz e XO. Realmente pra Niterói fica um pouco mais caro porque seria o ônibus pra Niterói que sai um pouco caro.

Já pro Leme fica mais fácil, até porque daqui de Caxias tem um ônibus direto e andar não é problema pra mim

USS Montana

Três coisas atrapalham o desenvolvimento de nossa marinha, desvio de verbas, megalomania ou querer achar que nossa marinha tem que ser como a norte americana, chinesa e a falta de um apreço do povo pelas FFAAs que são endemoniadas por alguns setores políticos da sociedade. Temos que fazer voltar as crianças e jovens gostar novamente do tema marinha de guerra, antiga.antigamente tinha várias publicações nas bancas, enciclopédias como o Guerra Moderna que guardo até hoje. Enfim, falta o povo voltar a ter orgulho das FFAAs pois elas são formadas por brasileiros e quando alguns brasileiros se põem contra essa instituição… Read more »

USS Montana

Isso na minha humilde opinião, sou só um apreciador da arte naval, não sou especialista de nada, só de TI e música, mas quero muito uma “marinha de patrão” pro Brasil, nós merecemos pela tradição desde Dom Pedro I.

USS Montana

Desculpem os erros de português, movimento do ônibus atrapalha.

Leonardo

Por que questionar?
Aqui quase não se rouba…

Por favor, é dinheiro público….a Marinha tem obrigação de explicar tudo, com a maior boa vontade.

E esse sindicato, se quer usar o dinheiro público para reerguer a indústria naval, ao invés de reclamar com a fiscalização, deveria pressionar a Marinha para seguir casa vírgula da lei de licitações.

Wellington Góes

Ah, mas eu estava torcendo contra……..

Repito, quando se quer seguir o caminho de se reinventar a roda………

E ai, Juarez?!?!

Luiz Floriano Alves

A pergunta que não sai da memória: quanto que custou cada Type 23 que o Chile arrebanhou? E essas corvetas serão melhor armadas e dotadas de sistemas superiores? Ou vamos reconhecer que somos péssimos negociantes e só compramos o Atlântico por sorte ou desinteresse de outros países?

Mikhail Bakunin

E quanto tempo de vida útil as Fragatas dos chilenos tem pela frente? Divida o valor pelo tempo, compare as capacidades com o custo para manter, assim fica mais fácil para resolver a questão do custo benefício.

Carlos Alberto Soares

Jorge Augusto 18 de agosto de 2018 at 18:17

Tem as barcas normais e as rápidas, de sobra vai levar o garoto para passeio de barco em parte da baia.

Carlos Alberto Soares

Cancela as CCT’s, fica para um momento melhor, novo planejamento, naus etc ….

Invistam esses USD 2 Bi nas Classes Amazonas e Macae’s,

colocamos a a Marinha de Patrulha em dia, é o que precisamos atualmente.

ZEE’s aumentando e muito.

ednardo curisco

Preços ‘médios’ de mercado para fragatas e corvetas (fonte: newwars): FRIGATES Absalon (Denmark)-$269 million Bertholf National Security Cutter-$641 million F100 Bazan (Spain)-$600 million F105 Cristobal Colon (Spain)-$954 million De Zeven Provincien (Netherlands)-$532 million FREMM (Franco/Italian)-$745 million LCS Freedom-$637 million Holland (Netherlands)-$169 million LCS Independence-$704 million Iver Huitfeldt (Denmark)-$332 millon Nansen (Norway)-$557 million Sachsen Type 124 (Germany)-$1.06 billion Valour MEKO A200 (South Africa)-$327 million F-22P Zulfiquar (China/Pakistan)-$200 million ***** CORVETTES/OPVs/CUTTERS Baynunah (UAE)-$137 million Braunschweig K-130 (Germany)-$309 million Clyde (Britain)-$47,000,000 Falaj 2 (UAE)-$136 million Khareef (Oman)-$262 million Kedah (Malaysia)-$300 million Knud Rasmussen (Denmark)-$50 million BAM Maritime Action Ship (Spain)-$116 million MILGEM corvettes… Read more »