Corveta Barroso suspendendo da Base Naval do Rio de Janeiro
Corveta Barroso suspendendo da Base Naval do Rio de Janeiro

No dia 17 de agosto, o Grupo-Tarefa (GT) brasileiro, composto pela Corveta “Barroso”, um helicóptero UH-12 “Esquilo” e um Destacamento de Mergulhadores de Combate, iniciou o trânsito rumo ao continente africano, onde realizará as operações ATLASUR XI, IBSAMAR VI e visitará o Porto de Maputo (Moçambique). O GT será comandado pelo Comandante do 2º Esquadrão de Escolta, Capitão de Mar e Guerra Sérgio Blanco Ozório.

A ATLASUR é uma operação realizada, a cada dois anos, pelas Marinhas da Argentina, África do Sul, Brasil e Uruguai, e tem como propósito a realização de exercícios militares para consolidar a presença dos participantes no Atlântico Sul. A décima primeira edição ocorre no período entre o dia 31 de agosto e o dia 20 de setembro.

Após o término da operação ATLASUR, a Corveta “Barroso” visitará o Porto de Maputo, Moçambique, onde atenderá a diversos eventos programados no contexto da Política Externa brasileira, em apoio à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Por último, o navio participará da Operação IBSAMAR, que ocorre desde 2008, bianualmente, e conta com a participação de meios operativos das Marinhas da Índia, África do Sul e Brasil. Os exercícios serão realizados no período entre 1º e 13 de outubro, na costa sul-africana, e serão empregados os portos sede de Simon’s Town e Cape Town, na África do Sul.

A Corveta “Barroso”
A “Barroso”, que participa pela terceira vez da IBASAMAR, é o mais novo navio escolta da Marinha do Brasil, projetado e construído no País, e incorporado em 2008. O navio tem autonomia de 30 dias e oito mil quilômetros de raio de ação.

A Corveta possui canhões de 4,5” e 40mm, Sistema de Lançamento de Torpedos, Sistema de Lançamento de Mísseis Decoy (Chaff), além da capacidade de operar com aeronaves.

É preparada para ser empregada em Guerra Antiaérea, Antissuperfície, Antissubmarina e se opor a Ameaças Assimétricas. A tripulação é composta por 22 oficiais e 125 praças e seu Comandante é o Capitão de Fragata Eugenio Campos Huguenin.

FONTE: Marinha do Brasil

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Foxtrot

Fico impressionado com a disponibilidade deste navio, ainda acho que seria de grande vália a aquisição de mais unidades para a MB com os 2.5 bilhões da capitalização da Engepron e construção via Estaleiro nacional/ Internacional/AMRJ. Com inclusão de novos sistemas em substituição aos que não são mais fabricados na primeira unidade. Caso os 2.5 bilhões dê para adquirir umas 6 unidades, já estaria de excelente tamanho para a MB, se entregarmos a construção aos estaleiros chineses, com certeza conseguiremos muitas unidades polo valor investido, porque os materiais e técnicas de construção utilizados na Barroso-1 já são de pleno conhecimento… Read more »

Nilson

Pois é, se em 2009 tivesse batido a quilha da 2ª Barroso, hoje provavelmente a teríamos em operação. Mas preferiu-se embarcar no sonho do ProSuper e nas Tamandaré (projeto Barroso melhorado). Deu no que deu. Por isso entendo que não poderíamos abrir mão de contratar pelo menos uma Tamandaré nesse ano de 2018, em que a verba está no orçamento. Deixar para 2019, fico pessimista, acho que só lá pra 2022…
Parabéns às valentes tripulação e equipes de manutenção, que permitem tamanha disponibilidade para a Barroso!!

Ádson

Foxtrot, o projeto “Tamandaré” é justamente isso, uma “Barroso” melhorada.

Zorann

Ou seja… a cada 2 anos eles mostram que navegam no atlantico sul… pra ver como navegamos bastante aqui na região.

Ricardo

Pude ver a partida da Barroso.
Que façam uma boa viagem!

Thiago

Agradecimentos especiais ao blog do poder naval por acompanhar e dar visibilidade a essas operações da MB. Seria oportuno ter mais meios e recursos para amplificar a ação dessa missões e adicionar outros setores adjacentes, a cooperação técnico/científica /militar/ política com a India e África do Sul na minha visão é algo natural e vantajosa para todos, as três são nações democráticas em fase de desenvolvimento , todas as três são entre as mais importantes nos respectivos continentes, nenhuma possui interesses danososnas respectivas regiões de atuação, compartilham a ambição de ascensão e reconhecimento internacional. A tríade possui conhecimentos técnicos e… Read more »

Gaineth

Só tem tu, vai tu mesmo!

Marujo

Parabéns à Marinha do Brasil que, apesar de todas as dificuldades, cumpre com zelo todos os compromissos externos.

Matheus Parreiras

Manda enquanto tem, por que logo não vai ter mais.
Lamentável, boa missão para os marinheiros.

Willber Rodrigues

Pergunta de leigo;
Nestes exercícios internacionais, as embarcações levam munição real? Se sim, quantos torpedos/mísseis e projéteis a Barrosos pode levar?

XO

Os navios sempre dispõe a bordo da chamada dotação de paz, a qual corresponde a um percentual da dotação de guerra ( quantidade total atribuída ao navio)… tudo isso é munição real… acrescente-se a quota de adestramento, esta composta por munição de exercício, inerte… abraço…

Willber Rodrigues

Agradeço a resposta. Muito obrigado.

Vicente Roberto De Luca

Olá Wilber! Apenas um adendo à sua pergunta, brilhantemente atendida pelo XO: quanto ao quantitativo, vc há de compreender que as dotações são confidenciais. Abraço marinheiro, De Luca.

Vovozao

Como temos poucos meios disponíveis para participarem dos exercícios, temos que usar um para vários exercícios, assim somente um grupo e bem adestrado infelizmente, temos que repensar urgente nossa MB.

Fernando

Sem duvida essa corveta Barroso é muito valente. Podiam lhe afiar oa dentes colocando os Simbad do NAe SP para melhorar a sua defesa anti-aérea. Aliás poderiam colocar um lançador desses em cada uma das corvetas remanescentes.

Pablo

MB parece que é só a Barroso e nada mais!

Bosco

Eu acho a Barroso muito equilibrada (em que pese ter só um canhão de 40 mm) mas ficaria ideal ao meu ver se tivesse o 76 mm no lugar do 114 mm. Aí sim teria uma senhora capacidade de defesa antiaérea em 360º. É uma pena o canhão Mk-8 ter uma cadência de tiro de só 26 t/min. Só para comparação, o canhão de 127 mm italiano dispara 40 t/min. O canhão francês de 100 mm dispara incríveis 80 t/min. Ou seja, era pro canhão britânico ficar disparar pelo menos uns 60 t/min. Daí ser uma droga pra apoio aproximado… Read more »

pm

Na verdade, a Barroso é mal armada. O canhao de 114mm é quase inutil para AA, apesar de ser bom para apoio de fogo (algo que ao Brasil precisa tambem). A unica arma antimissel é o 40mm, tambem muito limitada nessa funçao. Nao a toa, a MB deseja sua modernizacao junto com a costrucao das 4 CV-03. Para o cenario do Atlantico Sul, onde a ameaca aérea é limitada, nao se exige muito e um unica peça de 57-76mm seria suficiente para bater misseis antinavio subsonicos, mas como se pensa nesses navios como escoltas para navios anfibios (Atlantico e Bahia,… Read more »

Bosco

Para a MB o canhão multifunção ideal, ao meu ver, seria o SR 76 mm. Ele é bom em tudo, mas não se destaca em nada, sendo bem equilibrado nas funções antinavio, contra ameaças assimétricas de superfície, apoio do fogo, neutralização de ameaças costeiras, antiaéreo, e antimíssil. Esse canhão seria o ideal para corvetas e até fragatas, sendo que estas podem optar por um canhão mais capaz para a função da apoio de fogo, como por exemplo, o Mk-45 de 127 mm. Só de curiosidade a USN escolheu para seus navios que não participam do apoio do fogo (LCS e… Read more »

Bosco

Ops! Quis dizer “FFG-X”

Bosco

Vale salientar que na USN os canhões não são focados na função antiaérea/antimíssil (excluindo aí o Phalanx), portanto, o Mk-110 de 57 mm foi pensando tendo em vista sua função contra alvos assimétricos de superfície e sua capacidade de neutralizar alvos pontuais na costa.
Desde a retirada das fragatas OHP que nenhuma classe de navios da USN conta com radar de direção de tiro antiaéreo.
* A USCG ainda adota radar de direção de tiro AA nas classes “Famous” e “Hamilton”, combinado com o canhão Mk-75 (de 76 mm).

MK48

Um Grupo-Tarefa (GT) composto por apenas 1 navio………..

Isso deve ser que nem jabuticaba, só existe no Brasil.

Dalton

De fato “48” é mais comum um mínimo de dois navios…mas…também tenho visto Grupo Tarefa constituído por uma unidade…nesse caso… o navio mais o helicóptero e o destacamento aéreo embarcado mais os mergulhadores de combate.
.
Quem sabe o XO aparece para confirmar o que escrevi ou corrigir-me !

XO

Correto, Dalton… o Navio, o Destacamento Aéreo Embarcado e o Dst Mec são os Elementos Tarefa que compõem o GT…
Ainda podem constar meios que farão parte da operação, mas ainda não foram incorporados, ou quando uma unidade (ou mais) já presente vai cumprir uma tarefa específica em um dado momento… nesses caso, são incluídas as siglas QA (quando ativado) e QF (quando formado)…
Isso não é novidade ou invenção nossa, é a chamada “organização por tarefas” emprega por aí faz tempo… abraço…

Mk48

Dalton e XO, muito grato pelas explicações.

Carlos Pragana

Em 5 anos, a Barroso vai ficar no mesmo estado que a Inhaúma estava.