Panorama da energia nuclear no Brasil e o papel das instituições de P&D fazem parte da programação do evento

Entre os dias 15 e 19 de outubro, a Escola Politécnica e a Coppe/UFRJ promovem a VI Semana da Engenharia Nuclear (SEN), encontro que busca proporcionar a integração e o debate entre os setores relacionados a Engenharia, Física e Energia Nuclear do país, além de ser um espaço apropriado para o desenvolvimento, aprendizado e fomento da capacidade de inovação. As atividades serão abertas ao público e ocorrem no Centro de Tecnologia da UFRJ, na Ilha do Fundão.

Organizada por alunos de graduação em Engenharia Nuclear do Departamento de Engenharia Nuclear (DNC) da Poli-UFRJ e alunos de pós-graduação do Programa de Engenharia Nuclear (PEN) da COPPE/UFRJ, a semana conta com uma programação que inclui palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalho, visitas técnicas e workshops. Estão previstos debates a respeito do panorama atual da energia nuclear no país; uso da tecnologia nuclear, além da energia; energia nuclear do futuro; e o papel das instituições P&D no setor.

De acordo com o prof. Paulo Frutuoso, coordenador do Programa de Engenharia Nuclear da COPPE/UFRJ, será uma oportunidade única de interação dos alunos com profissionais e empresas que investem no setor como Eletronuclear, Nuclep, Rosatom e Marinha do Brasil. “O evento é essencial para que os estudantes que estão iniciando os seus cursos possam ter contato com profissionais da área e conhecer melhor o desenvolvimento técnico e as possíveis oportunidades em um futuro próximo”, explica.

A cerimônia de abertura será no dia 15, às 10h30, no auditório Horta Barbosa, com a presença dos professores do DNC da Poli-UFRJ, Paulo Frutuoso e Ademir Xavier; do presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães; além de representantes do setor Nuclear. Quem estiver interessado, pode conferir a programação completa e fazer inscrição pelo site (http://www.nuclear.ufrj.br/semana2018). Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail seen@poli.ufrj.br.

Maquete do reator nuclear brasileiro PWR
Maquete do reator nuclear naval brasileiro do tipo PWR

Serviço:

VI Semana de Engenharia Nuclear UFRJ

  • Dias: de 15 a 19 de outubro
  • Horário: 9h às 17h30
  • Local: Av. Athos da Silveira Ramos, 149 – Bloco A (Centro de Tecnologia da UFRJ) – Cidade Universitária (Ilha do Fundão)
  • Inscrições: Alunos de graduação: R$ 10; mestrado e doutorado: R$ 20; profissionais: R$ 30.
  • Mais informações: www.nuclear.ufrj.br/semana2018 ou seen@poli.ufrj.br
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Luiz Floriano Alves

Teremos que recorrer a essa fonte de energia com mais amplitude. Os combustíveis fósseis estão esgotando a atmosfera no que diz respeito a saturação com gases de efeito estufa. A unica fonte alternativa que produz energia “Bulk”, ou seja, em grande quantidade e quando for necessárial é a nuclear.

Guacamole

Marina Silva não gostou do seu comentário.

Esteves

Pois é.

Um bom debate para desmitificar o assunto. Principalmente sobre o futuro e o uso além da produção de energia. Entendi que o mundo está reduzindo a produção para uso energético. E que o futuro está sendo visto com outras fontes, na Europa.

ALEXANDRE

Interessante,que outros sub nucleares sejam feitos

MK48

Interessante como o projeto do reator do Alvaro Alberto não esteja sob sigilo. Existem vários diagramas do mesmo em muitas reportagens, como esta.

Não me lembro de ter visto até hoje nenhum esquema, diagrama ou qualquer outra coisa similiar em relação ao projeto de reatores americanos, franceses ou russos.

Foxtrot

Parabéns a MB/UFRJ!
Mas já adianto que devemos começar (caso ainda não tenham iniciado) a investir em P&D de reatores de fusão a frio.
Pois quando o SNBR ficar pronto, o mundo moderno estará começando a operar seus reatores de fusão a frio.
Recentemente o MIT anunciou que em 2020 estarão operacionalizando o primeiro reator de fusão do mundo, ou seja; quando nosso SNBR ficar pronto já nascerá ultrapassado.
Mas nada impede que esse Gap não seja ultrapassado.
Basta vontade e visão para isso!

Foxtrot

MK48 11 de outubro de 2018 at 13:23
Interessante como o projeto do reator do Alvaro Alberto não esteja sob sigilo. Existem vários diagramas do mesmo em muitas reportagens, como esta.

Não me lembro de ter visto até hoje nenhum esquema, diagrama ou qualquer outra coisa similiar em relação ao projeto de reatores americanos, franceses ou russos.

Disse tudo caro MK48 !
Mas os militares brasileiros são assim, sigilo onde não precisa e abertura de informação onde precisa.
Nossa inteligência e contra inteligência militar e civil são péssimas.

Agnelo

Fiquem tranquilos.
O maior segredo não disponibilizamos, q é como enriquecemos nosso urânio com tanta eficiência.

Camargoer

Olá Agnelo. Os detalhes técnicos sobre a construção também são complexos. Como usinar determinadas liga? como fazer as soldas? qual a composição das ligas em diferentes partes do reator, sensores de nêutrons, servomotores, desempenho das bombas, elementos de isolamento. Estes detalhes são chatos mas são fundamentais para garantir o desempenho e a segurança de operação do reator. Estas coisas ninguém conta porque foram obtidos por ensaios exaustivos ou pelo aprendizado ganho na fabricação e operação de unidades anteriores.

Bardini

Isso aí é um “Pressurized water reactor”. Não é nenhuma tecnologia alienígena, por isso desenvolvemos um. Mais da metade dos reatores do mundo são do tipo PWR. É como um motor Ciclo Diesel, não tem muito o que mudar. Ou é Ciclo Diesel ou não é. Não reinventamos nenhuma roda…

Camargoer

Olá Bardini. Você tem razão sobre todos saberem como funciona um reator PWR, assim como seria o funcionamento de um motor diesel. Inclusive, podermos lembrar que este reator poderá ser usado em usinas civis de baixa potência no futuro. Os detalhes técnicos de engenharia, como o revestimento anti-corrosão das superfícies, a composição das diversas ligas usadas em diferentes funções, são mais difíceis de serem obtidos, e são eles que demandam desenvolvimento. Um exemplo são os elementos estruturais do reator que ficam em exposição aos nêutrons. Alguns materiais sofrem intensa fadiga nesse meio enquanto outros são praticamente inertes. Essas coisas, quem… Read more »

Ronaldo de souza gonçalves

Acho estranho ficar mostrando maquetes etc, inclusive o submarino em si,deveria ser mais sigiloso sim,não demora muito um hacker invandi o projeto é consegui os planos que o Brasil gastou anos esforços é muito dinheiro.Estou falando do Iran é outros países.

Camargoer

Olá Colegas. Para quem tiver curiosidade, existe um manual técnico de um reator PWR da Westinghouse disponível na internet chamado “the westinghouse pressurized water reactor nuclear power plant” bem detalhado. Até acredito que seja o mesmo reator usado em Angra I. Ás informações colocadas em uma maquete são tão simplificadas que é serve apenas para ilustrar o público sobre o funcionamento de um reator. Não tem nada que poderia ser útil para o desenvolvimento de um equipamento similar (como uma maquete de um edifício não diz nada sobre as instalações elétricas, hidráulicas ou sobre o cálculo estrutural e muito menos… Read more »

Delfim

Por estes desenvolvimentos tecnológicos que o BR é praticamente um país de 1º Mundo.
“Aiiinnn Delfa, temos vários problemas sociais…” sim temos, como os EUA sempre tiveram, e não deixaram de ser a potência dominante.
O BR tem gargalos certos : burocracia, transportes, tributos, entre outros. Se forem neutralizados o PIB naturalmente crescerá a partir de 3 a 5% ao ano.

Hermes

Graças ao Camargoer e dando uma olhadinha na maquete brasileira já comecei a construir meu próprio reator nuclear no fundo meu quintal, fácil assim.
http://www4.ncsu.edu/~doster/NE405/Manuals/PWR_Manual.pdf