Fragata Liberal socorrendo refugiados na costa do Líbano

Brasília, 11/10/2018 – A fragata “Liberal”, atual navio-capitânia da Força Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, sigla em inglês) socorreu nesta quinta-feira (11) pela manhã 31 refugiados de um barco à deriva na Costa do Líbano. Entre os socorridos estão mulheres e crianças que estavam sem comida e água há três dias. Os passageiros, bastante debilitados, informaram que eram sírios, e que estavam tentando chegar ao Chipre.

A embarcação, sem combustível, foi localizada a cerca de 41 milhas náuticas da capital do Líbano, Beirute. A fragata “Liberal”, que pertence à Marinha do Brasil, foi acionada pelo Comando da FTM, e imediatamente foram iniciadas as buscas por radar e com aeronaves.

Toda assistência necessária foi fornecida pela UNIFIL, para amenizar o sofrimento das pessoas a bordo, com o fornecimento de água, comida, assistência médica e alguns medicamentos.

A “Liberal” permanece no local para prestar todo o auxílio possível aos refugiados, até a chegada de duas lanchas patrulha que realizarão o resgate. A fragata escoltará os resgatados até as águas territoriais libanesas, e lá encerrará suas ações.

Em setembro de 2015, a corveta brasileira Barroso, que estava a caminho para missão da FTM, também resgatou 220 imigrantes no Mar Mediterrâneo.

FTM-UNIFIL

A Marinha do Brasil participa desde 2011 da FTM-UNIFIL, ocasião em que assumiu o comando da Força Tarefa Marítima multinacional e passou a enviar um navio para atuar como capitânia do Comandante da Força.

Atualmente, o contra-almirante Eduardo Machado Vazquez é o comandante da FTM-UNIFIL, integrada por navios da Alemanha, Grécia, Indonésia e Turquia, além do Brasil.

A Fragata “Liberal” desatracou da Base Naval do Rio de Janeiro em agosto deste ano para realizar a “Operação Líbano XIV”. Por um período de oito meses, a fragata conduzirá as operações de interdição marítima a fim de prevenir a entrada de armas não autorizadas no território libanês, bem como qualquer material correlato, além de contribuir para o adestramento da Marinha Libanesa.

É a quarta vez que a Fragata “Liberal” participa da “Operação Líbano”, tendo atuado anteriormente, em 2012 (Líbano II), 2014 (Líbano V) e 2016 (Líbano X).
Com informações e fotos da Força Tarefa Marítima UNIFIL

FONTE: Ministério da Defesa

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Joao Moita Jr

De parabéns!!! Tiro o chapéu para a Marinha Brasileira!!!
Godspeed!!!

Alex II

Tem videos no Youtube totalmente espantosos e chocantes destes resgastes de refugiados no mar. Até de resgate de mulher na água com o bebezinho de colo, sozinhos de salva vidas, é muito triste a coisa toda.

Marcelo Moraes

bravo zulu!

Burgos

Acabei de tirar mas redes sociais !!!
Parabéns aí pra tripulação da “LILI” !!!

sergio ribamar ferreira

Parabéns a MB e aos tripulantes da fragata Liberal.

Joelton Quirino

Nossa, crianças a bordo no meio do oceano. Parabéns pelo ação! Cumprindo seu objetivo!

Cristiano GR

Bah, coitada dessa gente!
Para um pai e uma mãe se largarem assim, com uma criança de uns 4 anos tem estar muito desesperado para sair do país. Eles nem conseguiram juntar combustível e água suficientes para a viagem, provavelmente isso esteja faltando na Síria. Que Deus tenha piedade das crianças e dos adultos bons.

Kommander

Esperando aqui a galera vir chamar a MB de “esquerdista/globalista”. Parabéns, bom saber que o Brasil tá fazendo um ótimo trabalho naquela região!

DOUGLAS TARGINO

Será que ela vai bem armada para essas operações? Alias, ali é um barril de gasolina, a qualquer momento pode explodir algo e nossa fragatinha ali no meio.

Flanker

Bem armada em qual sentido? Ela foi com os armamentos padrão da classe Niterói. A pergunta seria se todos os sistemas de armas estão operacionais nesse navio que vai para a missão. A resposta deve ser sim, pois se um dos sistemas do navio designado para a FTM estiver inoperante, esse é reparado previamente ou retirado de outro navio da classe para que o navio designado vá com seus sistemas plenamente operacionais. A fragata também leva embarcado um Super Lynx, que além de seus armamentos padrão, é equipado para essas missões com uma metralhadora de tiro lateral instalada na cabine… Read more »

raffael

O texto destaca que “a fragata conduzirá as operações de interdição marítima a fim de prevenir a entrada de armas não autorizadas no território libanês, bem como qualquer material correlate”.

Seta anos de operação e nunca houve um confronto sequer? Ou são informações classificadas? Seria interessante conhecer algumas histórias combativas, se é que existem.

Marcos

O GRUMEC vai colado nessas operações… tu acha mesmo que nunca houve um confronto?

Mk48

Não houve até hoje nada de combativo, além de que a UNIFIL é um fracasso no sentido de combater o contrabando de armas para o Hezbollah. Ocorre que essa comissão é mais no sentido político do que prático. O fato de uma marinha Sul Americana liderar a UNIFIL foi, e é, irresistível para o Almirantado brasileiro, em que pese a ausência e o rodízio de meios tão necessários a nossa própria defesa. Nada justifica o deslocamento dos míseros escoltas que temos para efetuar ações como estas ou no máximo , acompanhar no radar operações aéreas que os israelenses fazem no… Read more »

Habibcharmutinho

Pelo seu comentário pode-se concluir duas coisas : ou é um militar da Marinha com experiência na missão se fazendo de desintedido pra desviar a atenção pro real sentido da missão, ou é um civil leigo que monta a opinião baseado em notícias superficiais. Todos que já se envolveram nessa missão de alguma forma ou já, pelo menos, pisaram em território libanês sabem que o verdadeiro objetivo da missão é dissuadir a presença da marinha Israelense no limite sul do mar territorial libanês visto o seu grande interesse em expansão para incorporar aos seus domínios os poços de petróleo ‘recém’… Read more »

Tomcat4.0

Parabéns a tripulação da Liberal e que Deus os proteja na missão !!!

James Marshall

Parabéns a tripulação da Liberal, fez o dever que muitos na região recusam. Bravo Zulu!

Dalton

Acredito que todos cumpram esse dever humanitário, resgate, dar água, comida, tratamento médico básico, praticamente se lê sobre esse tipo de auxílio todos os dias…o que infelizmente ocorre é que os países da região não querem abrigar tais refugiados e certas ou não há muitas razões para isso.
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No mais, parabéns a “Lili” !

James Marshall

Eu sou seguidor do ”não faça aos outros o que não queres a ti mesmo”, os europeus por muitas vezes foram refugiados e os outros países os aceitaram, é esse radicalismo que toma conta do mundo que provoca essa reação, infelizmente.

Dalton

Também prezo isso…só não consegui identificar um exemplo onde refugiados europeus procuraram abrigo fora da própria Europa…não é exatamente a mesma coisa que ocorreu com a imigração de milhões de europeus que não se tornaram um peso para os países que os acolheram, pelo contrário e muitos países abrigaram sim, mais do que poderiam como foi o caso da Alemanha.

James Marshall

Quem mandou a Europa colonizar e explorar outras terras?

Dalton

Ninguém “mandou”…pelo seu raciocínio o homem nem mesmo teria ido para o espaço. A busca pelo desconhecido, pela aventura, mesmo encarando grandes perigos como foram as navegações de antigamente, faz parte da natureza humana, assim como faz parte também a vontade de progredir e os europeus foram os candidatos naturais na época das “grandes navegações”. . Mas…isso não tem nada a ver com a pobreza de muitos países, muitas vezes causadas pelos seus respectivos governos que obrigam parte da população a fugir e muitas vezes tornar-se um peso para outros países. . Para nós aqui no Brasil é muito fácil… Read more »

Filipe Prestes

Dalton 12 de outubro de 2018 at 12:02
“Também prezo isso…só não consegui identificar um exemplo onde refugiados europeus procuraram abrigo fora da própria Europa…”

As duas Grandes Guerras estão aí na história para provar isto, que os europeus buscaram, sim, refúgio em outros continentes, especialmente nas Américas. Eu descendo de refugiados italianos que chegaram aqui em 42 e pediram asilo.
Se vc se referia apenas ao texto do artigo em si, desconsidere meu comentário.

Dalton

Bom dia Filipe… . de fato outra vez não consegui expressar-me direito … o que deveria ter escrito é que nossos ancestrais que vieram da Itália para o Brasil…meu bisavô por parte de mãe, por exemplo, não gostava do Mussolini e foi “convidado” a retirar-se não tornaram-se um peso, não viveram em acampamentos, não disputaram um lugar ao sol com os habitantes locais e adaptaram-se naturalmente até por conta de já haver uma grande colônia italiana no Brasil, ou seja muito diferente do que está ocorrendo hoje e com algumas consequências desagradáveis, como aumento da violência, preconceito por conta de… Read more »

James Marshall

Busca pelo desconhecido explorando outros povos e culturas? Tá ”serto”.

Dalton

James…”tá certo”…os europeus, entre eles os portugueses deveriam ter vindo ao Brasil, tirado apenas algumas “selfies” e retornado deixando tudo para os chineses mais tarde, que não sendo europeus são os “bonzinhos”…”serto” ?
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Vovozao

12/10 – sexta feira, parabéns, a MB, pessoal da guarnição este ato humanitário, as pessoas tem que entender que FFAA, não são só para ações militares, por trás de um militar, antes de tudo existe um ser humano.

Ao pessoal do poder naval: em 11/10 – congresso liberou uma verba de R$ 345.(milhões) para MB, específica para construção de navios patrulhas de 500t. A pergunta é: será criada uma nova classe, ou a MB, irá concluir as classes (M), que estão/estava no EISA, informe por favor:

Ozawa

Minhas felicitações à tripulação da Liberal pelas ações na superfície do mar do Líbano, e minhas reprovações aos líderes das nações centrais envolvidas naquela região, pelas ações, reações e provocações que originam o problema de fundo no mar do Líbano.

De fato, não pode haver esperança de progresso coletivo num mundo onde se multiplicam, como pragas políticas, líderes egocêntricos e fanfarrões, cuja pequenez moral é incompatível com a grandeza social que prometem.

pm

Na verdade essas fragatas Niteroi nao sao otimizadas para esse tipo de missao. Os navios patrulha da classe Amazonas tem botes de abordagem maiores e tem espaco extra para receber dezenas de “convidados” extras. Falta para as Amazonas um hangar para operar um helicoptero organico em deslocamentos no exterior como estes e também pequenas melhorias de armamento (especialmente algum misseis AA leve como o Simbad RC). Fato é a maioria da missoes de paz executadas por navios de guerra pode ser desempenhada por navios de patrulha armados e esse tipo de navio vem crescendo em importancia. Vejam alguns programas em… Read more »