Projeto do LABGENE

Projeto do LABGENE

No dia 25 de outubro, o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) realizou a primeira operação da Sala de Controle do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), com operadores do Centro de Instrução e Adestramento Nuclear de Aramar (CIANA).

A sala foi projetada pela empresa brasileira ATECH e foi conectada ao simulador do LABGENE, objeto do contrato com a empresa francesa Corys, por equipe da Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM) e da ATECH, permitindo que os operadores simulassem variação de potência nuclear, pelo aumento da rotação do motor elétrico da propulsão.

Os equipamentos instalados serão empregados na réplica da Sala de Controle, a ser instalada no CIANA para a formação e licenciamento dos futuros operadores do LABGENE. O simulador, somente nos computadores, está instalado desde 2016 no CIANA.

O LABGENE – parte essencial do Programa Nuclear da Marinha (PNM) – é o protótipo, em terra, da planta nuclear do futuro submarino com propulsão nuclear brasileiro.

LABGENE e seus equipamentos
LABGENE e seus equipamentos (clique na imagem para ampliar)

FONTE: Marinha do Brasil

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Luiz Floriano Alves

Esse projeto não pode parar. Não será direcionada produção de armas termonucleares e, sim, a geração de energia elétrica a partir do calor dos reatores. Não necessita de urânio grau bomba. Podem contingenciar o SubNuc, porém o processo de geração irá até o fim. Temos regiões secas e desprovidas de combustíveis fósseis. A geração de energia é questão de soberania nacional.

Leandro Costa

Olha, depois desse marco, o projeto não tem qualquer pinta de que irá parar. Esse é um marco importantíssimo no desenvolvimento do submarino nuclear. Até porque já foi dito aqui diversas vezes que o projeto não será interrompido.

Nilson

Corretíssimo, o funcionamento do LabGene é o pré requisito crucial para o SubNuc, além de poder ser utilizado para outras finalidades. Verbas e esforços para o LabGene devem ser priorizados, pois seu funcionamento, o “habemus reator”, é a pedra de toque no caminho da capacidade nuclear. Infelizmente, para poder aproveitar a “compra de ocasião” denominada ProSub, a MB foi obrigada a assumir um cronograma muito otimista e impraticável para o LabGene, e alocá-lo em paralelo ao ProSub. E aqui não se trata apenas de contingenciamento de verbas, mas de viabilidade técnica mesmo. Vide as dificuldades para compra de peças e… Read more »

Vovozao

19/11 – segunda-feira, bnoite, Nilson, claro que os franceses irão aceitar, o ” taxímetro” irá continuar a rodar, eles nada perdem, além de ficar mais caro haverá outras vantagens, são os famosos aditivo a(os) contrato(s)

Esteves

Não sei se é assim. Se somos tão tolos e vulneráveis a ponto de, caso seja necessário renegociar, isso se torne inadministrável. Será? O que faríamos com o Labgene se não existisse aplicação imediata? Como seria estar com o reator pronto e não haver aonde montar?

Penso que não precisamos de camaradagem. Precisamos de presidente. Vamos ver se elegemos o certo.

Paulo

Excelente trabalho. Acreditamos que com o novo governo mais investimentos serão disponibilizados para o avanço tecnológico das forças armadas. BZ!!!!!

DIOGO

Para complementar a Marinha do Brasil cedeu uma área em Aramar para a CNEN construir o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) que será responsável pela produção de radioisótopos e radiofármacos visando suprir a demanda nacional. Facilitando a medicina nuclear, em tratamentos como o câncer, pois muitos destes produtos são importados. Especialistas contabilizam uma economia de cerca de 20 milhões de dólares por ano quando o reator estiver operando.
A população precisa entender a importâncias destes projetos que são executados por Brasileiros e que tem como principal objetivo o progresso do país.

Luis Galvão

Lendo essa matéria fico muito orgulhoso de terem alcançado este estágio no projeto. Certamente é resultado de MUITO trabalho e perseverança.

Esteves

Penso diferente.

O reator é da MB e foi projetado para propulsão de um sub. Arma de guerra. Marinha de guerra. Junto a isso esta nossa independência energética (enriquecer o urânio aqui) para concluir Angras e outras. E para picar o tratado de não proliferaçao porque ele impede nossa determinação de aprender.
Soberania nacional é arma nuclear. Principalmente depois que os americanos decidiram romper o INF.

Pra região seca tem energia eólica. Tem energia solar que ainda engatinha. Não confundir energia solar com aquecimento solar.

Renato B.

Energias eólica e solar variam de acordo com o período do dia ou do ano. A nuclear é constante, não é afetada pelo clima e tem impacto ambiental menor (se não explodir, claro).

Quem consegue fazer um reator para mover um submarino consegue fazer um que gere energia.

André Macedo

Esteves,
Prefiro um país “sem soberania” por não ter uma bomba a um país cheio de embargos e sanções econômicas, essa história de “o Brasil pode ser autossuficiente” é balela, pode até ser verdade, mas daqui a um século no mínimo

Tomcat4.0

E segue o projeto a caminho do SubNuc BR.

Adriano Luchiari

Excelente comentário Nilson. O desenvolvimento do LABGENE não pode parar, já o reator embarcável e o casco do SNB podem ser postergados diante das conjunturas atuais. O salto tecnológico para o país quando RMB estiver pronto será mais que compensador em várias áreas de aplicação da energia nuclear.

Cronauer

Isso é sério???? É confirmado??? . NÃO há mais, então, o risco de se perder o investimento em tempo, tecnologia e dinheiro realizado ao longo do projeto mais? . Pois foi aqui mesmo no Poder Naval que li sobre a “nova” (possivel) priorizaçã no PROSUB em detrimento ao programa SNBr. . O que inclusive me levou ao pior comentário (o mais agressivo) já feito por mim (que não tenho esse perfl), mas confesso, me descontrolei quando li na ocasião. . Desejei até abandonar qualquer leitura ou interesse nos assuntos da MB por julgar um erro crasso, TERRÍVEL, uma total falta… Read more »

Carlos Campos

muito bom, espero que o Brasil faça mais usinas nucleares para manter o apredizado, não adianta aprender e depois esquecer, ele seri muito útil em Roraima que usa energia da Venezuela e no nordeste para dessalinização da água do mar para o setor agrário da Região.

Luiz Floriano Alves

A energia eólica e a solar são complementos dos geradores base. São fontes que não permitem demandar grandes volumes de energia nos horários de maior consumo. Não se enquadram no conceito “Bulk”. As centrais atômicas podem gerar energia dentro de sua capacidade de projeto a qualquer hora e por longos períodos. Essa a grande diferença. Sem falar nos custos econômicos e ambientais. As novas gerações de reatores intrinsecamente mais seguros possibilitam a produção de energia com o mínimo risco ambiental. Claro, sempre tem desinformados que vão citar Tree Mile Island e Chernobyl, como se a tecnologia tivesse estacionado no tempo… Read more »

ADRIANO LUCHIARI

É isso, sem falar que temos grandes reservas de urânio.

Renato B.

Concordo, não depende de clima e bem gerenciadas podem garantir a nossa independência energética e reduzir necessidade de longas linhas de transmissão.

Ricardo Bigliazzi

Acho que agora é que o projeto não para.

Não esquecer que estamos negociando com os Franceses, sempre devemos manter o cerco com esses caras, que costumam vender e demorar para entregar.

Ronaldo de souza gonçalves

Por exemplo em rondonia que a energia e gerada a geradores a diesel, e parte importada da Venezuela uma usina atômica seria bem vinda,sem linhas de transmissão de 700 milhões para integrar a rede mestra do sistema integrado.E em caso de conflito é mais fácil proteger a pequena usina que os vastos trechos da linha de transmissão.Alías todo o norte poderia ter usinas nucleares.
Claro que temos solar eólica e termoelétricas completaria um excedente de energia ,mais energia é sinomino de crescimento é progresso preço diminutos.

Ádson

Rondônia tem energia hidrelétrica de sobra. S. Antonio e Girau produzem dez vezes o consumo de Rondônia e Acre e o retante é transmitido para Araraquara via linhão, que diga-se de passagem usa uma tecnologia nova que diminui as perdas por transmissão.

Adriano Luchiari

Creio que o Ronaldo de souza gonçalves 20 de novembro de 2018 at 17:41 trocou Roraima por Rondônia. Aquele estado sim, importa parte da energia elétrica que consome da Venezuela, por ser isolado do sistema interligado nacional de transmissão.

Gustavo Garcia

Que ideia sem sentido… Rondônia tem um grande capacidade hídrica que poderia ser utilizada e como é um estado pequeno, qualquer hidrelétrica de médio porte da conta do consumo. Fora o potencial eólico do norte do estado. O problema de Rondônia é a burocracia federal que emperra o desenvolvimento do estado, se não permitem construir linhão ligando-o ao restante do país imagine então uma Central Nuclear no meio da Amazônia?