ARA King - P21

ARA King - P21

ARA King - P21
ARA King – P21, na antiga configuração

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

A Escuadrilla de Ríos da Armada Argentina recebeu, às 10h desta sexta-feira (21.12), o navio patrulha ARA King, de 77 m de comprimento e pouco mais de 1.000 toneladas de deslocamento, que se encontrava, desde 2014, sendo remodelado no Estaleiro Río Santiago (ARS na sigla em espanhol), da cidade de Ensenada (60 km a sudeste da capital Buenos Aires).

O navio, que possuía três canhões de 105 mm – dois na proa e um à popa –, teve retirada a peça de artilharia de ré, que ficava atrás da superestrutura.

Isso abriu um espaço, no convés principal, para operações de VERTREP (Vertical Replenishment) e, ocasionalmente, para o transporte de carga.

O King será empregado em missões de patrulha, no adestramento de fuzileiros navais em operações ribeirinhas e como navio-escola (de rio) para a oficialidade naval argentina.

A Marinha vizinha empresta grande importância à capacitação de oficiais condutores de embarcações fluviais civis e ao policiamento dos rios, tanto que possui a Escuela Nacional Fluvial Comodoro Antonio Somellera. Apesar disso, seus meios de patrulhamento da malha hidrográfica são antiquados e deficientes – especialmente diante das lanchas de alta velocidade empregadas por contrabandistas e narcotraficantes.

Os dois motores diesel do King vão garantir velocidade de 18 nós à embarcação.

Melhorias – Construído no próprio ARS obedecendo aos planos de um navio mineiro italiano, o King foi lançado ao mar em 1943. Agora a expectativa é de que ele permaneça na ativa por mais 20 anos.

As modificações a que o navio foi submetido podem ser resumidas da seguinte maneira:

  • novo sistema de governo;
  • mastro de sinais;
  • redesenho das condições de habitabilidade com reforma de camarotes (inclusive o do comandante) e alojamentos;
  • reforma da cozinha e do refeitório destinado aos cadetes navais;
  • obras na proa;
  • Modernização da área frigorificada;
  • Recuperação dos tubos de dutos de ventilação; e
  • reforma dos quadros elétricos e de todo o cabeamento.

Sexta-feira passada, centenas de operários do ARS e suas famílias festejaram o encerramento da recuperação do patrulheiro, ocasião que aproveitaram para realizar uma manifestação contra a possível redução do efetivo laboral do estaleiro, atualmente na casa dos 3015 trabalhadores.

FOTOS: HISTAMAR/LA NACION

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Souto.

Amigos a armada Argentina tem algum navio corveta ou fragata em PMG?

Fábio Figueiredo

A Inglaterra treme!

Camargoer

Caro Fabio. Pelo que entendi, o ARA King irá patrulhar a bacia fluvial. Talvez encontre o U17 Parnaíba, construído em 1938.

Fábio Figueiredo

Mas já vai causar … principalmente com o heliporto para uma aeronave!

Eduardo Malaquias

1936/37

horatio nelson

kkkkkkkkkkkk

SmokingSnake ?

vão usar um navio da época da 2ª guerra até 2038??! ?

Fábio CDC

Sim.
.
Antes isso que nada disso. E deem graças a Poseidon.

FERNANDO

Putz, o Brasil tem navio de antes da 2ª Guerra???
ta, marrrr!

Camargoer

Olá Fernando. O U17 Parnaíba é mais velho do que o ARA King e também opera cursos fluviais. Pelo seu juízo, a MB estaria pior que a ARA. Putz.

Paulo Costa

O U17 Monitor Parnaíba e a Patrulheira Caboclo pra mim estão muito bem em suas distintas funções

Camargoer

Caro Paulo. Bem lembrado. Além do Paranaíba (U17 incorporado em 1936), a MB tem o Caboclo (V19, incorporada em 1956) e a Imperial Marinheiro (V15, também 1955), além da Potengi (G17, 1938). Viva a Marinha.

Jorge Hekell

por favor meu amigo, evite lançar aqui informações incorretas. Pela PORTARIA Nº 249/MB, DE 5 DE JUNHO DE 2015 a Corveta Imperial Marinheiro deu baixa do serviço ativo. O “Mastodonte do Pantanal” é de gênero masculino, e não feminino, a Caboclo de genero feminino. Corrija aí seu post.

marcelo kiyo

Estenda-se o uso até 2043, daí faz-se uma comemoração de centenário.

Eduardo von Tongel

Eu não duvido…

BMIKE

Eu vou querer comer uma carne assada no deck do centenário! Kkkk

Jorge Hekell

para a nomenclatura naval na língua portuguesa não se usam termos ingleses, portanto corrija seu post,, trocando a palavra “deck” por “convés”…………… acho que vc se refere ao “convés principal”. Dei um dislike por conta disso.

Fábio Figueiredo

Venderemos o CTE Bauru pros hermanos!

Ai a esquadra vai estar completa.

Dodo

Tá doido, o Bauru é um excelente museu, mto bacana

Pedro Bó

Lembrando que a MB usa o Monitor Encouraçado Parnaíba (U-17) cuja construção começou em 1936 na Flotilha do Mato Grosso.

Lincoln Batista

Santo deus! Este continente só perde para a Africa e o Irã em noticias militares absolutamente patéticas, alias não só o navio é antigo, mas as instalações mostradas na foto mostram um lugar horroroso.
Enfim uma amostra clara e condizente com a condição pavorosa no trato com o assunto defesa e soberania nacional neste lado do mundo…

Dodo

Que condições pavorosas ? Não vi nada demais. Outra coisa, esquadra fluvial é assim mesmo, não necessita de fragatas ou corvetas ultra modernas para se patrulhar é combater em um pequeno caminho dagua, eu que não queria ficar na minha de fogo desses canhões de 75mm

FERNANDO

Até, pode ser frescura, mas, pelo menos as instações onde ficam ancorados os navios, poderiam ser um pouco mais modernas e não estar ainda no ano de 1850.

Eduardo von Tongel

Com a velocidade pífia desse navio, esses simples canhões sem tiros “tele-guiados” (mísseis e afins) não vão buscar lancha alumga de alta velocidade.

Dá pra traficar “na cara” da marinha e acelerar quando enxergar o navio. E pronto. Mais um meio que só serve para consumir recursos do contribuinte. Eficiência e eficácia que é bom: NADA!

Dodo

Eduardo, é para isso que servem as metralhadoras laterais do navio. Não se usa canhões navais de 75 mm para abater ameaças de superfície assimétricas.

Eduardo von Tongel

O inverso! As lanchas são equipadas com mísseis, vida as da marinha do Irã. Tu não entendesse.

https://www.naval.com.br/blog/2018/08/08/ira-demonstra-capacidade-naval-de-sufocar-o-fluxo-de-petroleo-do-golfo/

Eduardo von Tongel

É só acelerar que se sai da mira dessa banheira lenta e velha. Se é que a mira e os canhões estão em plenas condições de uso…

Dodo

Boa sorte em “acelerar” na mira de uma metralhadora .50 apontada para sua lancha

Eduardo von Tongel

Tu já atirasse com uma .50? Ruim de mira meu velho e atira a curta distância também. Para rio até tudo bem, mas é uma munição muito mais perfurante do que explosiva. E, com alguém em velocidade e “ziguezagueando” a tua frente, duvido que vá acertar algo. Enfim, é muito grande, pesado e lento pra pouco poder de fogo. Uma lancha rápida “dá voltas” num navio desses o atingindo por trás que é seu ponto fraco. Pessimamente armado pela popa. Mísseis x Mag 7,62mm? Fala sério… Isso tudo sem contar que velocidade em combate é muito. Muito mesmo favorável a… Read more »

Camargoer

Caro Lincoln. Recentemente, soubemos no “continente” do lançamento de um submarino de 2200 ton, do teste de um míssil antinavio, da homologação de um cargueiro militar (ex-Embraer, agora Boeing), e da short list para a construção em estaleiro doméstico de 3 corvetas de US$ 400 milhões. Notícias pavorosas.

Helio Eduardo

Touché amigo Camargoer…. O amigo Lincon só deve ler noticias ruins…..

Alex Nogueira

Apesar de muita gente criticar (por não ter conhecimento), o navio está de acordo com suas funções, se for possível restaura-lo e se está em condição de ser utilizado a plensegurança, por quê não o faze-lo?

Com certeza de ter um bom custo x benefício para a Armada.

Alessandro H.

Concordo Alex Nogueira, inclusive nosso Monitor Encouraçado U 17 Parnaíba, está em excelentes condições gerais, certamente, estará muitos anos ainda na ativa, que venha o centenário!

P.S. Lembrar que sua quilha foi batida na presença de Getúlio Vargas!!!

José Carlos David

Excelente para as funções para as quais é designado!

Willber Rodrigues

Entre ele e o Parnaíba, qual dos dois chega aos 100 na ativa primeiro?
Bom, se até os EUA estão estendendo a vida útil dos B-52, porque a gente não pode fazer isso com navios fluviais da WWII?

Fabio Araujo

Para missão de patrulha fluvial contra contrabandistas e traficantes dá para o gasto.

James Marshall

Quem mandou a Argentina querer invadir as Falklands? Agora aguente as consequências (sanções).

Dodo

A decadência argentina em nada tem A ver com a guerra. Se eles realmente quisessem investir no setor bélico, poderiam fazer como a Venezuela e se entupir de equipamentos militares russos, chineses, franceses etc…. Hoje na realidade, a produção de material de defesa do Reino Unido é, comparado com o total de produtos de defesa mundo afora, incipiente

Fabio Araujo

Tem em parte, hoje é mais falta de dinheiro, mas quando tinham dinheiro as negociações foram barradas pela Inglaterra!

Binho

sanções de que e de quem? uma guerra de 82? kkkkkkkk

russos, chineses, suecos, coreanos……….todos loucos pra vender navios

James Marshall

O próprio povo argentino tem um ranço com relação às forças armadas, a esquerda fez um belo trabalho em virar a cabeça do povo.

Camargoer

Caro James. Acho que o problema é bem mais complexo. Acho que é difícil para sociedade civil argentina esquecer a violência da ditadura militar, independente de qualquer discurso “esquerdista”. As mães da praça de maio não podem ser tomadas como “propagandistas comunistas”. Sugiro um excelente texto “Ditadura Militar, Tortura e História. A vitória simbólica dos vencidos” que faz uma bela discussão sobre as consequências histórias de quanto o Estado se torna um agente de exceção, atuando à margem do “estado de direito”, principalmente por meio da tortura. Recomendo a leitura.

Raul Quintella

A Marinha do Brasil possui o rebocador Laurindo Pita que participou da Primeira Guerra Mundial e ainda navega no Rio de Janeiro como Navio Museu Temático. O Laurindo Pitta foi lançado na Inglaterra em 1910.

horatio nelson

isso é um recorde mundial…100 anos os argentinos agora podem se orgulhar de alguma coisa..

Wellington

Podíamos ter alocado o Minas Gerais e o São Paulo para patrulha fluvial. Kkkkkkk

Camargoer

Caro Wellington. Seria engraçado ver a MB combatendo os Piratas do Tietê nos rios de SP, caso a MB tivesse US$ 1,5 bilhão para refogar o A12. Acho que com este recurso, a MB reformados todas as FCN para operar em toda a bacia hidrográfica da Amazônia.

sergio ribamar ferreira

Estou rindo que não me aguento. Situação pavoroso e calamitosa. 100 anossssss. Instalações horrorosas. sr. Lincoln Batista está certo. Soberania e trato com Defesa zero!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! estou rind…não dá mais

Rubiano

Só uma dúvida: esta multidão que está no porto…é…a tripulação ?

Léo Tavares

Não sou de comentar mas estava falando sobre esse assunto ontem, queria ver a galera ficar na linha de frente de um pré-mosquete chinês de 1000 anos e sair inteiro, que dirá desses canhões navais bem grandes. O fato dos objetos modernos serem mais eficientes não tira em nada a eficiência dos objetos antigos, vida real não é videogame nem super trunfo!

Vicente Roberto De Luca

Grupo: De fato, o que foi gasto na reforma, decerto daria pra, juntando os cacos, obter duas a quatro lanchas-patrulhas fluviais de 40 ft/Cotecmar, ao redor de US$8mi, total. Com mais ousadia, investir nas suecas CB-90. Ocorre que são duas leituras – de um lado a carência de recursos, o que gera incapacidade de investimento; de outro, o pragmatismo que impõe “rolar” o meio por mais “X” anos, até quando a capacidade de manutenção permitir. Ao menos, algum investimento na plataforma, com a reforma do sistema de governo e distribuição da energia. Muita cosmética e nenhum investimento no poder combatente… Read more »

abrahamyamato

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