USS Gerald R. Ford - CVN78

USS Gerald R. Ford CVN78 em testes operacionais

O navio de guerra mais caro da Marinha dos EUA, o Gerald R. Ford, de US$ 13 bilhões, teve 20 falhas em seus sistemas de lançamento e aterrissagem de aeronaves durante operações no mar, de acordo com o escritório de testes do Pentágono.

As falhas anteriormente não divulgadas com os sistemas eletromagnéticos feitos pela General Atomics ocorreram durante mais de 740 testes no mar desde a entrega do porta-aviões em maio de 2017, apesar dos elogios dos oficiais da Marinha de suas crescentes capacidades de combate. A Marinha deve pagar para consertar tais falhas sob um contrato de desenvolvimento “cost-plus”.

Os novos problemas de confiabilidade aumentam as dúvidas de que o porta-aviões, designado como CVN-78, cumprirá sua taxa planejada de missões de combate por 24 horas – a métrica principal para qualquer porta-aviões – de acordo com o relatório anual do escritório de teste operacional sobre as principais armas do Departamento de Defesa.

“Nenhuma das interrupções ocorridas durante as operações de voo do CVN-78 causou danos ao pessoal ou danos à aeronave ou navio”, disse Michael Land, porta-voz da Marinha, em um e-mail.

Houve, acrescentou, dois “abortos de missão” associados ao sistema de lançamento da catapulta. Em ambos os casos, as operações de voo foram brevemente suspensas e “uma correção foi implementada”.

A questão do lançamento e aterrissagem é separada dos problemas de funcionamento em 11 elevadores para levantar munições de baixo do convés, uma questão que é examinada pelo presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, James Inhofe, um republicano de Oklahoma.

O Ford “provavelmente não alcançará” seu requisito de taxa de surtidas por causa de “suposições irreais” que “ignoram os efeitos do clima, emergências de aeronaves, manobras de navios e composição aérea atual nas operações de voo”, disse Robert Behler, diretor operacional de testes do Pentágono, em sua avaliação porta-aviões, obtida pela Bloomberg News.

O relatório completo de armas de Behler para 2018 será publicado esta semana – provavelmente apenas alguns dias antes de a Marinha anunciar um único contrato multibilionário de projeto e construção para a construtora de navios Huntington Ingalls Industries Inc. para o terceiro e quarto porta-aviões do programa de US$ 58 bilhões. É parte do esforço do serviço de expandir sua frota de 284 navios para 355, a partir de meados da década de 2030.

Em um memorando enviado ao secretário de Defesa em exercício, Patrick Shanahan, transmitindo o relatório anual, Behler destacou os problemas do Ford, dizendo que, embora “tenham ocorrido melhorias, a confiabilidade fraca e desconhecida continua afetando o navio e os principais sistemas”.

FONTE: Bloomberg

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cwb

Não tem problema se falha,manda para cá que a gente quer…

Pedro nine-nine

Ter um desses e a humanidade ir a outra galáxia é mais ou menos o mesmo sonho.

kevinbuenuu

Temos experiência neste tipo de negociação, vide o NAe São Paulo.

Favaratti

tb quero

Carlos Gallani

Acho normal, aceitável em um equipamento tão complexo e portador de tecnologias novas!
Nada como o mundo real para aferir, logo estará em ponto de bala.

Washington Menezes

Elevadores…. tecnologias novas?

Carlos Gallani

Talvez vc ache que são iguais o do seu prédio! Hahahahahah
Sem duvida é uma falha censurável mas não faça parecer que é algo simples!

Neves João

Os problemas foram nas catapultas, não nos elevadores. De 740 lançamentos em apenas 20 ocorreram problemas, ou seja, menos de 3%. Aparentemente os americanos ainda acham isso muito…

Eduardo

Para sistemas de missão crítica o índice de disponibilidade é 99,89%, pelo informado eles estão perseguindo esse número

Walfrido Strobel

Depende da falha e suas consequencias.

Top Gan Sea

Hello! Se fosse PA chinês os americanófilus iriam dizer que é xingiling, solta pecinhas, copia mal feita e blá-blá. Mas já existe um argumento pronto como protocolo tendencioso para inúmeras falhas do USS Geraldo Ford, F35…., : ” no país da democracia us americanus não escondem as sua falhas”

Paulo

E não escondem mesmo.

Você pode dizer o mesmo dos chineses?

Celso

Santa paciência Batman.

Gorgoroth

Tu sabe que o navio esta em teste e que o mesmo é para encontrar falhas né?

“Lacra” não, que ta feio.

Favaratti

Mas foi comissionado ou não?

Neves João

Os chineses não tem um PA tão grande e tão avançado quanto esse, para chegar lá vão ter que comer muuuuuuuuuuuuuuito feijão, coisa para daqui a várias décadas ou até mesmo 1 século. Falhas são normais, menos de 3%, mas os americanos ainda acham muito; quanto às falhas chineses, o que se publica são coisas graves, isso por que eles deixam passar, fora o q a gente não sabe, pois toda informação é censurada pelo governo.

cwb

Um porta-aviões pode sozinho se defender de mísseis balísticos anti navios?Ou depende das escoltas?
Com o surgimento de novas ameaças não seria a hora de repensar a defesa desse tipo de belonave?

Humberto

Caro Curitibano, Para algum pais atacar um porta aviões, ele tem que saber onde ele está, ao contrário do que muitos dizem, não tem como pegar um satélite e fazer ele seguir um PA. Tem que utilizar aviões patrulhas (que podem ser interceptados pelos caças BEM longe), submarinos (temos que lembrar que PA possuem helicópteros antissubmarinos, além do submarino que escolta o PA) ou navios espiões camuflados como pesqueiros. Mesmo que o PA seja encontrado, ele pode ir para qualquer direção a 50 ou 60 Km/H ou seja, em duas horas ele pode estar em qualquer lugar em um raio… Read more »

cwb

muito obrigado pela explicação,dentro dessa filosofia o porta aviões depois do subnuc é a arma…

Bosco

Complementando a excelente explicação do Humberto, o porta-aviões tem capacidade de defesa hard-kill contra mísseis de cruzeiro subsônicos (ex: Kh-35) e supersônicos (Brahmos) e mísseis semibalísticos supersônicos (ex: AS-4)
Contra mísseis balísticos (hipersônicos) como por exemplo o DF-21D e o DF-26, ele precisaria dos escoltas armados com mísseis SM-2 Block IV, SM-6 e SM-3.
Igualmente contra mísseis semibalísticos hipersônicos (Ex: Kinzhal) e de cruzeiro hipersônico (ex: Zircon), seriam necessários os escoltas.
*O Kinzhal ainda não foi divulgado oficialmente que ele tenha capacidade antinavio e o Zircon ainda não está operacional

cwb

Bosco:obrigado pela aula,um dia que sobrar tempo me manda esses papiros sobre armamentos.
seus comentários e de outros foristas são a fonte no meio do deserto.
Sempre que puderem ajudem a melhorar nosso entendimento sobre sistemas de armazenamento.
abraço

cwb

armamentos….maldito corretor

Dr. Mundico

Na guerra das Malvinas, os argentinos chegaram muito perto de mandar o Invincible para o buraco…e nem precisaram disso tudo que você falou…..

Dalton

Bom…o “Invincible” era pequeno demais…na verdade o mais antigo porém maior HMS Hermes é que foi o grande astro do conflito de 1982, mesmo assim estava anos luz de distância quando comparado a um NAe da US Navy da época, mais ainda se comparado com um de hoje. . Quanto aos argentinos quase acabarem com o “Invincible”…há um pouco de exagero, tem se o costume de pesar apenas os pontos positivos e quase nunca as falhas argentinas…pela mesma moeda os britânicos também quase acabaram com o “25 de Mayo”. . E no fim das contas por mais bravura que os… Read more »

Humberto

Complementando o Almirante Dalton, Por mais que um PA seja bem maior que uma fragata, a distância de detecção por radar dele é limitado pela curvatura da terra, os PA americanos possuem os Hawkeye que expandem de forma gigantesca a detecção de outros aviões, já os ingleses não possuíam esta facilidade, para tentar contornar esta limitação, utilizaram os navios piquetes-radar (que ficam entre o inimigo e o grosso da força naval), inclusive perderam o Sheffield para este trabalho perigoso. Concordo 100% com o Dalton, existe um certo exagero (existe até uma foto de um dos PA Ingleses em chama) ou… Read more »

cwb

do mesmo modo que o subnuc inglês afundou o Belgrado,não esqueça que os sea harrier tinham capacidade anti navios,então se a marinha argentina quisesse batalha naval seria interessante…
os caças argentinos dificilmente passariam no cinturão de escoltas…
para lograrem êxito seria ter o dobro de mísseis,reabastecimento aéreo consistente e aviões de reconhecimento com capacidade endurance .
a soma disso definiria uma provável vitória argentina.

cwb

general belgrano..erro de corretor de texto

Pedro nine-nine

Cwb eu acho que os argentinos careceram de coragem. Tomaram as ilhas sim, mas depois perderam a batalha antes desta comessar, com meios que podiam fazer a diferença retraídos ao solo continental e com o medo de baixas. Já os britânicos, uma vez lá, não se podiam retirar, o que lhes permitiu a vitória (era a única hipótese dos britânicos expulsar os argentinos a todo o custo e dependentes da mesma primeira vaga, visto que depois da primeira dificilmente haveria condições para uma segunda).

Pedro nine-nine

Exacto, um navio não é tão simples de rastrear quanto algo que esteja imóvel em terra. As pessoas de facto tendem a acreditar que é a mesma coisa.

José Martins

O Gerald Ford possui
2 x RIM 162 ESSM
2 x RIM 116 RAM
3 x Phalanx
4 x BROWNING M2

Dalton

E capacidade de gerar energia 3 x mais que um “Nimitz”, portanto
capacitado a vir a operar armas mais capazes a serem ainda desenvolvidas.

Wagner

Oi Dalton !

Eu criei um grupo no face chamado de ” Marinha de Guerra da Rússia ” , não sei se vocẽ tem face, mas se tiver, é meu convidado ! Só buscar la que o sistema acha, daí te adiciono.

Obrigado !!

Dalton

Wagner…
.
tenho até uma certa “vergonha” de admitir…mas…não tenho “face” nem minha esposa, mas, agradeço o convite e parabéns
pela iniciativa !
abraços

Veiga 104

Eu tenho inveja dos ” problemas ” deles. Rsrsrs

Pedro Bó

Vinte falhas em 740 testes. Isso dá um índice de falhas de 2,7%.

Carlos Gallani

Se sua % estiver correta é absolutamente inadmissível, certamente eles chegarão a menos de 0,0001% o que da 1 em 100000 lançamentos/pousos!
Parece muito pouco mas se tratando de padrão aeronáutico ainda é muito, ainda mais militar!
Apenas como referência, ocorrem 100 MIL voos no mundo por dia, se houvesse 0,0001% chance teríamos acidentes aéreos aos montes!
(Eu entendo o conceito de redundância e aplico a mesma lógica para a catapulta!)

Neves João

Obviamente vc está certo, mas para uma tecnologia nova que ninguém tem, totalmente operacional, num PA nuclear absolutamente novo, como só os americanos tem e mais ninguém do planeta, ter menos de 3% de falhas é bem razoável, claro que vão diminuir isso numa próxima etapa até próximo de zero e depois 1 em 1 milhão. Comparar com o padrão aeronáutico civil é brincadeira, pois há centenas de milhares de pousos e decolagens todos os dias em milhares de aeroportos, diferente de um único PA, e a tecnologia civil é pra lá de madura.

Tonolucro

2,7 % de falhas, não acidentes, falhas de leitura de dados meteorológicos, velocidade do P.A. falta de controle de catapulta, etc. Falhas que talvez fossem suportáveis, mas em operação de certificação não são aceitáveis, em situação de guerra talvez fossem facilmente contornadas, nos ditos 100 mil vôos diários, também acontecem falhas de radar, comunicação, problemas contornaveis e não extremos.

Dr. Mundico

É alto, basta um êrro para colocar tudo a perder. Claro que nunca existirá margem zero, mas a concepção de um sistema deve trabalhar com índice zero de falha, deixando o imponderável como única variável.

Fernando Vieira

É pra falhar só na hora que o Maverick e o Iceman estiverem sozinhos engajados com 5 MIGs e só pra consertar em 10 minutos pra tornar tudo mais dramático.

Otto suhre

Rapaz, o que é a ameaça russa e chinesa perto da imprensa livre e “imparcial” do ocidente, tô falando o que vai acabar com o ocidente não será nenhum ICBM chinês, mas sim essa mania de denegrir e tentar a todo custo desmoralizar as iniciativas de defesas ocidentais.

Carlos Gallani

Olha o massacre que estão fazendo com F-35!

Fernando Vieira

sério que vocês preferem regimes que censuram as informações, que iludem o povo dizendo que possuem os melhores equipamentos do mundo do que regimes que deixam tudo as claras para quem paga a conta?

Carlos Campos

Bom boa parte é fazer essas catapultas eletro magnéticas funcionarem corretamente, isso vai acelerar a velocidade de decolagens e peso, só fico pensando em quanta energia esse navio tem que gerar para manter toda a parafernalha eletrônica e as catapultas, os chineses querem ter um igual a esse no futuro, acho que eles estão esperando os EUA terminarem para depois roubar a tecnologia, porém eles vão tomar um pal que nem os EUA estão tomando, se não for pior, se a China quiser superar os EUA, ela devia parar de tentar imitar tudo, vai se estrangular.

Neves João

Correto, eles já devem estar tentando roubar tudo que é possível, mas chegar no mesmo nível dos americanos acho q nem em 100 anos, o domínio tecnológico do ocidente é muito maior e os americanos sempre estão na vanguarda.

cwb

pergunta ridícula…
se acertar a catapulta,não vai acertar o rail gun?
não são tecnologias parecidas?

Carlos Campos

sim parecidas, mas não a mesma coisa, a não ser que vc trabalhe no projeto chinês e diga que eles avançaram com toda certeza, ninguém sabe como anda o projeto.

Jadson Cabral

Problemas de gente rica…

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

20 falhas num navio do tamanho de uma cidade, é muito?

Carlos Gallani

Um pequeno derrame pode matar até um elefante, imagine um avião municiado e abastecido fazendo kabum no meio do convés!

M.@.K

Acompanho as publicações da Trilogia já faz uns 10 anos e até adquiri alguns ótimos exemplares de revistas de publicações físicas. Nos últimos tempos, comecei a observar nos três blogs, uma certa tendência em exaltar os feitos bélicos russos e principalmente chineses e, em contrapartida, uma intensificação de publicações dos fracassos (se é que se pode dizer assim) e vulnerabilidades nos avanços norte-americanos. Mas fazer o que se a realidade é essa?? Daí pensei comigo mesmo: “será que os avanços técnicos da Rússia e da China são tão extraordinários em comparação aos dos americanos, que estes são imunes à defeitos… Read more »

Alfredo RCS

Puxa vida, tem falhas…mas pelo menos nao tem um rombo no meio do deck provocado pela queda de um guindaste.

Wagner

Ao contrário do que os tablóides anti-russos afirmaram, a reforma no Kuznetsov segue adiante e não existe qualquer problema relevante nesse sentido. Deixe os russos em paz.

Carlos Gallani

Achei de mal gosto colocar Gerald R. Ford na mesma categoria Kuznetsov, todos sabemos que o vaso russo não passa de um cacareco!

Alfredo RCS

O problema nao sao os tabloides anti-russos mas sim os tabloides anti-ocidente, pois em se tratando de transparencia nao ha qualquer margem de duvida de que os governos ocidentais TEM que demonstrar as origens e aplicacoes de seus recursos provinientes de sua sociedade produtiva. Quero ver os governos cujos lideres se eternizaram no poder falarem em transparência…vemos varios dados contestando os desenvolvimentos tecnologicos do ocidente, e é isso que faz do ocidente o grupo mais socialmente e tecnologicamente desenvolvido, ou seja, a capacidade de serem cobrados pela sociedade e darem uma resposta a ela, sob o risco de serem substituidos… Read more »

Sergio Peixoto

“Estes caras” já foram bons em projetar porta-aviões e aeronaves avançadas (F-35 Abacaxi voador)…..

Dalton

A US Navy já discorreu sobre o ” pesadelo” que tem sido a manutenção de NAes classe “Nimitz”, principalmente os mais antigos que foram mais utilizados, além do que havia se previsto…a classe “Gerald Ford” é uma tentativa de facilitar o acesso ao navio tornando a manutenção mais facilitada, rápida e barata, ainda mais que não se terá de manter catapultas a vapor. . Catapultas eletromagnéticas também exercem menos pressão sobre as fuselagens de aeronaves literalmente poupando-as e o mesmo será válido para o novo maquinário e cabos de retenção de aeronaves. . Os novos reatores nucleares fornecerão três vezes… Read more »

Tonolucro

Não tenho certeza, mas acredito que li em algum lugar que os elevadores seriam magnéticos….
Se até o OVNI de Roswell apresentou falhas….. ?