A China lançou mais três satélites de sensoriamento remoto Yaogan 30 no Centro de Lançamento de Satélites Xichang, no sudoeste da China, em 26 de julho, segundo um informe da agência de notícias estatal Xinhua.

O relatório afirma que os satélites, que foram colocados em órbita por um foguete Longa Marcha 2C, serão utilizados principalmente para detecção eletromagnética e “testes tecnológicos relacionados”.

Acredita-se que os satélites Yaogan 30 sejam projetados para fins de inteligência de sinais militares (SIGINT) e podem localizar geograficamente plataformas militares, particularmente navios de guerra, interceptando transmissões eletromagnéticas de radares.

Os satélites são operados como tripletos, posicionados em distância relativamente próxima, que podem medir a diferença angular ou de tempo de chegada de sinais interceptados, a partir dos quais a posição da fonte pode ser determinada.

Rotas da constelação com os 9 satélites Yaogan 30-01 (verde), -02 (vermelho) e -03 (azul)

FONTE: Jane’s

Subscribe
Notify of
guest

38 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Renan

Quanta tecnologia inimaginável ao pobre Brasil.
É se copiar é ruim pior é não ter a capacidade de copiar.
Parabéns a China pela capacidade de vigiar seus interesses, e de lançamento de satélites.
Parabéns…

Foxtrot

O problema é que se não fossemos tão covardes, passivos e submissos aos interesses ocidentais essas tecnologias estariam a nosso alcance. Seja por meios próprios ou cooperação com os BRIC,s. O Brasil e China fabricam o satélite CBER,s , de sensoriamento remoto, o mesmo poderia receber incremento de tecnologias para o tornar eficiente em vários aspectos de aplicações. Certa vez a Optovac (empresa super estratégica e que foi desnacionalização mas mesmo assim continua recebendo benefícios como EED, assim como muitas outras ) informou que possui tecnologia para fabricar uma câmera espacial com resolução de menos de 1m2. O Brasil vem… Read more »

Carlos Campos

e o PT com a Ucrânia? acho que vc tem uma visão muito simples, vê um lado como o demônio e o outro como um anjo. acredito que nesse ponto seria bom termos um acordo maior com a China. mas acordos com a NASA e a USAF e outras áreas espaciais seria ótimo.

Foxtrot

Caro Carlos Campos, não vejo um lado como “demônio e outro como anjo” como você faz (e o PT e a Ucrânia ?). Vejo todos os lados como demônios, mas para lhe esclarecer melhor, os maiores avanços que obtivemos com propulsão líquida, giroscópios vieram da parceria com os Russos. Com a China obtivemos o melhor êxito em cooperação internacional em satélites (satélites Cbers). Sim, sou a favor do uso comercial de Alcântara, mas não apenas com uma nação e sim com várias, diferente do que estão fazendo hoje. Também sou a favor da autonomia econômica dos recursos oriundos dessa comercialização… Read more »

Mauricio R.

Com se a operação do CBERS fosse assim tão mamão com açucar e os chineses realmente compartilhassem o satélite.
Não foram poucas as vezes em que eles simplesmente se recusaram a nos repassar o controle do satélite.
Outro papo furado.
Qnto a política de EED, é somente mais uma forma de cartório pra proteger uma indústria que se exposta a competição, seria exterminada tal qual foram os dinossauros.

Foxtrot

Caro Maurício,usa o disco amigo! E ofereça fatos críveis para seus argumentos! Quanto a operação do CBER,s, só nos negaram o controle do satélite por pura e simples incompetência financeira nossa. Mas concordo que assim como americanos, europeus, russos os chineses também protegem suas tecnologias. Mas há uma grande diferença entre desenvolver uma coisa juntos e apenas replicar outra localmente. Veja o exemplo do famigerado SGDC (que diga-se de passagem foi contratado no governo petista). Sabe qual o único sistema nacional embarcado nesse satélite? Te digo, painéis solares que já dominavamos a tecnologia de fabricação. Tecnologia oriunda do programa Cbers.… Read more »

Pedro

A Guerra Sino Americana não vai demorar a estourar…

Willber Rodrigues

E que todos os deuses tenham piedade do planeta…

filipe

A Alemanha só perdeu a 2GM porque decidiu abrir a Frente Russa, ou seja decidiu enfrentar EUA+ Russia + UK ao mesmo tempo, e foi um tremendo Erro, os EUA não podem enfrentar Russia + China ao mesmo tempo… Senão vão cometer o mesmo erro da Alemanha. Por isso eu acho essa Guerra Sino Americana muito improvavél.

Camargoer

Caro Filipe. O objetivo sempre foi invadir a URRS para assentar alemães nas terras férteis da Ucrânia, e colocar a população soviética como subcategoria para servir de mão de obra quase escrava. Hitler invadiu a França e colocou sua fronteira no canal da mancha, neutralizando um ataque pelo lado ocidental, transferindo o grosso de suas forças para a campanha oriental. Hitler poderia ter tomado Moscou mas ele também precisou deslocar tropas para tomar os campos de petróleo ao sul. O plano de Hitler era parecido ao plano usado pelos alemães na primeira guerra. Talvez o erro foi declarar guerra aos… Read more »

Marcelo

Melhor ler mais a respeito da segunda guerra e a devastação quando os russos entraram em Berlim. As SS massacradas.

SmokingSnake ?

Os EUA mandaram muito suporte para os soviéticos com o lend lease enquanto a Alemanha ficou isolada sem suporte nenhum e logística ganha guerras.

Camargoer

Olá Smoking. Os soviéticos tinham um grande exército quando Hitler invadiu a URSS que estava desorganizado devido os expurgos de Stalin. Durante a invasão nazista, os soviéticos transferiram suas fábricas para região leste, fora do alcance dos alemães e mantiveram a produção de T34 e munição. Os EUA forneceram muito material militar para a URSS e Inglaterra (para o Brasil também). Apesar do bombardeio sobre a Inglaterra, eles continuaram produzindo aviões e carros de combate durante a guerra, abastecidos com matéria prima dos EUA. Nos dois últimos anos guerra, cada um dos países (Inglaterra, EUA e URSS) produziam individualmente mais… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Só um adendo, Camargoer: a interiorização à leste e sul da industria soviética já se tinha completado antes mesmo do inicio da WWII. Spengler, tão odiado por Hitler, já em 33 havia diagnosticado esse aspecto e previsto a inutilidade de invadir a o Oeste da URSS, em especial a Ucrânia, denominada pelo outsider germânico de geleira defensiva contra o Ocidente. Em todo caso, o que conta é a fortaleza e saúde economia (e do ramo voltado à guerra), sem as quais guerra de conquista territorial nenhuma se sustenta. Cadeia logística só pode existir se houver o que levar à distância…… Read more »

Camargoer

Ola Alex.Legal. Estou lendo um livro sobre a I Guera da Margaret McMillan e ela levanta um ponto interessante. No início do Sec XX, os maiores parceiros comerciais erram a Alemanha e a Inglaterra. Era intendo o comércio entre a França, Alemanha, Inglaterra, Austria-Hungria e Russia. Inclusive, os estrategistas acreditavam que a guerra seria curta exatamente devido o estrangulamento do comércio internacional dentro da Europa. Erraram todos. A I Guerra é um exemplo para lembrarmos que integração comercial promove a riqueza e crescimento econômico, mas não é capaz de manter a paz.

Alex Barreto Cypriano

É que integração comercial é resultado de guerra comercial. De fato, a paz anterior à primeira guerra mundial foi enganosa: nela se desataram todos os esforços industriais necessários à guerra, numa competição de números e capacidades…

Camargoer

Caro Marcelo. Acho que pode ser um erro usar “russos” como sinônimo de “soviéticos” durante a II Guerra. Sobre a II Guerra, sugere algum bom livro?

Alison Lene

Realmente, o objetivo era o Leste… Mas fez errado ao nao esperar vencer o Reino Unido primeiro.

Camargoer

Caro Alison. Os alemães esperavam que a Inglaterra firmasse uma paz em separado, já que ele acreditava que os ingleses teriam interesse na Alemanha vencer a URSS. Hitler acreditou que a morte do Roosevelt levaria a uma crise entre os aliados. Hitler achava que os ingleses eram uma raça superior aparentada dos arianos puros, enquanto que os eslavos e judeus eram inferiores em sua escala racial. Hitler esperava que os bombardeios com as bombas V1 e V2 levariam o caos à Inglaterra, forçando o armistício (de fato, muitos dentro do governo inglês defenderam um armistício quando as tropas expedicionárias inglesas… Read more »

Jacinto

Na primeira guerra, o plano de ataque da Alemanha era chamado “plano Schlieffen”. A idéia era invadir a França através da Bélgica. Na Segunda Guerra o plano de ataque da Alemanha à França era o “Plano Manstein” que também previa invadir a França por meio da Bélgica.
Mas o plano alemão – afirmado pelo próprio Hitler – era criar o “espaço vital alemão” que eles chamavam de “Lebensraum” e que incluia quase toda a parte ocidental da URSS.

SmokingSnake ?

Para começar os EUA não está sozinho, ou nunca ouviu falar de OTAN? E hoje as coisas são bem diferentes, só os submarinos com armamento nuclear escondidos pelos oceanos já destroem a Rússia e China.

Sorte da Europa que a Alemanha não foi o primeiro país a ter bomba nuclear, senão as coisas teriam sido diferentes e bem mais do que duas bombas teriam sido lançadas na 2ª guerra.

Rene Dos Reis

Coreia do Sul e Taiwan são alvos prioritários na minha opinião , eles tem que ficar de olhos bem abertos literalmente.

Marcelo

Chineses tem ódio mortal do Japão. Eu incluiria a Austrália

ECosta

Um caça pode lançar um míssil contra um navio sendo vetorado por um satélite ?

Carlos Campos

que eu saiba não, não conheço nenhum satélite com essa capacidade de ter um radar capaz de guiar um míssil para perto do alvo e no final da trajetória o míssil ligar seu radar para achar o navio,,, o que sei de os Satélites mostrarem a posição e o caças irem até o lugar usar seus sensores, e lançarem mísseis. Bosco poderia te ajudar.

Bosco

Satélites de reconhecimento radar e fotográfico orbitam em baixa altitude. Geralmente a menos de 400 km de altura, portanto, ficam pouco tempo sobre uma determinada área. Satélites de reconhecimento fotográfico não são utilizados para achar “alvos” navais (móveis) e sim sobre terra. Não dá pra manobrar um satélite pra passar sobre uma área onde uma frota possa estar passando. Satélites radar geralmente são utilizados para gerar imagens SAR (abertura sintética) da superfície e por estarem em órbitas baixas não ficam tempo suficiente sobre “alvos” e demoram a passar sobre ele de novo. Seria precisa haver dezenas para manter uma área… Read more »

smichtt

Caro Bosco,

Um colega aqui no blog enviou um link (que, infelizmente, não consigo localizá-lo) que fala da capacidade de manobra do Boeing X-37. Este alteraria sua órbita mais facilmente, o que acarretaria uma grande vantagem na vigilância pontual de zonas “interessantes”.
Será que isso resolveria a vigilância sobre frotas?

Obrigado.

Bosco

Smichtt, Muito provavelmente. Talvez não chegue à “resolver” mas ajuda. A única maneira de dispensar aviões patrulha (etc.) para a indicação de alvos para mísseis antinavios seria haver uma “constelação” de satélites radar que mantivessem todas as áreas do globo sob vigilância. Ainda assim teria o problema da confirmação do contato ser amigo/inimigo e um radar , independente de estar no espaço, seria vulnerável às contra-medidas. O próprio satélite seria vulnerável a uma série de atividades antissatélites que vai desde a sua destruição física (se estiver até 1000 km de altura) até o bloqueio de sua comunicação com a Terra.… Read more »

Camargoer

Caros colegas. Comentei em um posto aqui no PN que eu imaginava a MB usando drones e satélites para monitorar o Atlântico sul, que poderiam acionar a patrulha aérea e em último estágio acionar um navio de patrulha. Para isso, a MB precisaria de uma frota bem pequena de navios de superficie, priorizando a operação de submarinos nucleares como arma de dissuasão. Pois é…..

Carlos Campos

já venho falando isso a bom tempo, ter uma marinha enorme para ficar patrulhando é coisa do passado, o Futuro são os drones, patrulham uma área maior, não ficam limitados ao horizonte radar pequeno, manutenção é mais barata, e mais barato de adquirir.

Edison Castro Durval

Com certeza no quesito monitoramento os drones são imbatíveis. Mas e no caso de intervenção ? Como seria mandar um navio ancorado no porto ao Mar para apressar um navio que esteja roubando nosso pescado? Até ele chegar nesse barco ele já pode ter fugido. Então mesmo com o monitoramento sempre será necessário um ou mais barcos em patrulha.
Essa é minha opinião, lógico que no futuro pode haver outras tecnologias ou técnicas que a tornem uma bobagem.

Carlos Campos

Aí vc se Sr Durval, não estou falando que navios iam ficar parados em portos, navio parado em porto é um belo Alvo, teríamos navio de patrulha com helicópteros, para patrulhar uma área de com determinado KM², só que agora para ter uma boa patrulha em vez de 50 navios teríamos que quer 25, ou até mesmo em vez de navio de patrulha poderíamos empregar os Recursos em corvetas como a MB quer comprar da Alemanha.

diego oliveira

ele quer ver o Oceano Atlantico sul? eles saberão o que é mecher com o gigante adormecido.

Carlos Gallani

Morri de rir, vlw!

Paulo

Sim.

A Quarta Frota os ‘acolherão’.

Carlos Campos

o Brasil e a China já tem uma parceria em satélites, o Brasil devia nesse ponto comprar a tecnologia da China para termos um Satélite Igual, outra coisa interessante seria uma constelação de satélites geoestacionários fazendo uma cobertura da América do Sul, para não dependermos do GPS, Galileo, Glonass e o sistema Chinês.

Victor Filipe

“Qualquer” Satélite pode encontrar um navio. A questão e que nenhum deles vai ficar acompanhando um navio ou uma Task Force. manobrar um satélite em orbita é algo complicado vide a quantidade de detritos e o custo de combustível para a manobra, (caso o satélite tenha e não seja de orbita fixa) No espaço combustível dos satélites valem seu peso em ouro. não iriam ficar mudando a direção do satélite ao bel prazer pra acompanhar qualquer coisa.

Brunow Basillio

No passado sim valia peso em ouro (propulsão química), mas hoje com propulsão elétrica, não duvidaria disso..