Os jatos F-35B Lightning II do Reino Unido pousaram no HMS Queen Elizabeth pela primeira vez e agora estão se preparando para a fase de testes vitais na comissão Westlant 19 do porta-aviões.

Os caças – comandados pelos pilotos da Marinha Real e da Força Aérea Real – aterrissaram recentemente no porta-aviões de 65.000 toneladas, enquanto ele continua sua missão na costa leste dos Estados Unidos.

Agora que eles estão a bordo, o objetivo é prepará-los para as operações do porta-aviões, que ficará totalmente operacional em 2021.

“Chegar a este ponto de embarcar jatos F-35 do Reino Unido em nosso porta-aviões britânico tem sido um empreendimento conjunto significativo da indústria e das forças armadas – tanto as nossas quanto as dos Estados Unidos”, disse o comandante do Strike Group, comodoro Mike Utley.

“Levaremos os jatos da fase de desenvolvimento bem-sucedida que alcançamos no ano passado para uma base mais operacional, por isso estamos confiantes de que os jatos, o porta-aviões e nossos destróieres e fragatas funcionarão perfeitamente juntos”.

Durante o desdobramento do ano passado, jatos dos EUA foram usados ​​para testes de desenvolvimento, com 500 decolagens e pousos ocorrendo durante 11 semanas no mar.

Desta vez, trata-se de planejar missões, armar a aeronave usando o sistema de manuseio de armas do navio e avaliar o sucesso de cada fase.

Durante esse período, o porta-aviões será escoltado pelo destróier Type 45 HMS Dragon, pela fragata antissubmarino HMS Northumberland, pelo navio-tanque RFA Tideforce e helicópteros Merlin dos esquadrões aéreos navais 814, 820 e 845, pelos Wildcats do esquadrão 815 e pelos fuzileiros reais da companhia Lima, do 42 Commando.

O chefe adjunto do Estado-Maior de Aviação e Ataque do porta-aviões, o contra-almirante Martin Connell, da Marinha Real, disse: “Embarcar jatos britânicos no HMS Queen Elizabeth pela primeira vez é um marco importante para a aviação da Royal Navy e da Royal Air Force e para nosso desenvolvimento da capacidade de quinta geração do Carrier Strike Group.

“Mais uma vez, o apoio de nossos colegas da Marinha dos EUA e do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA nos Estados Unidos foi incrível e, sem dúvida, ajudou a nos levar a este momento: fazer história na aviação naval.”

O Reino Unido declarará a capacidade operacional inicial para ataque do porta-aviões até o final de 2020. A primeira missão operacional do HMS Queen Elizabeth, levando o 617 Squadron e um esquadrão de jatos do US Marine Corps deve ocorrer em 2021.

FONTE: Marinha Real

NOTA DO EDITOR: Em 2008, o Poder Naval publicava as primeiras concepções em 3D dos porta-aviões classe Queen Elizabeth com seus caças F-35B. De lá pra cá, depois de dezenas de notícias sobre o desenvolvimento e contratempos, finalmente o projeto se realizou. Mas ainda levará tempo para atingir a capacidade operacional inicial e a capacidade operacional total.

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DOUGLAS TARGINO

Porta avião pra mim, é com catapulta… Isso ai é um porta helicóptero super alongado!

Astolfo Junior

Quem é a Royal Navy perante ti

Leonardo M.

Nossa

Então a força aérea Argentina passou vergonha com os 2 porta helicóptero que usaram nas Malvinas em 1982

pereiraadriano

A Argentina passou vergonha por não ter ampliado a pista de Port Stanley,com dois sub.nucleares britânicos na área não pode usar o 25 de maio,o que fez uma grande diferença devido a perna curta das suas aeronaves.

PACRF

O maior erro da Argentina foi achar que o Reino Unido não reagiria à invasão. Não só poderia ter aumentado a pista do aeroporto existente para permitir o deslocamento de mais aviões, armas e suprimentos, criando sua própria base aérea nas ilhas, como poderia ter fundeado o Belgrano no canal que separa as duas grandes ilhas, cercando as duas entradas com minas para protege-lo. O Belgrano possuía 15 canhões de 150 mm, 8 canhões antiaéreos de 130 mm, 6 canhões antiaéreos de 40 mm, 18 canhões antiaéreos de 20 mm e 2 sistemas de mísseis. Uma verdadeira fortaleza. Outro erro… Read more »

Dalton

Você está certo quanto ao “maior erro”, mas, aumentar a pista e trazer alguns jatos do continente, além de exigir outras melhorias para reabastecimento, manutenção, rearmamento, etc, os colocaria ao alcance dos britânicos até por meio de comandos o que de fato ocorreu com alguns “pucarás” e outras aeronaves.
.
Sobre encalhar o “Belgrano” e utiliza-lo como uma “fortaleza” , provavelmente teria sido um alvo fácil para bombas e estando imóvel seus canhões teriam pouca utilidade não podendo ser usados onde necessários fossem.

PACRF

A sugestão de fundear o Belgrano, foi do contra-almirante Sandy Woodward, que comandou a força tarefa do Reino Unido em uma entrevista que eu assisti. Lembro que com caças A-4 Skyhawk e Super Étendard operando a partir das ilhas, a Argentina teria um poderia aéreo muito maior do que operados a partir do continente, como aconteceu com razoável eficiência. Alem disso, o Belgrano tinha artilharia antiaérea e sistemas de mísseis para se defender.

Fernando
Bardini

É preciso respeitar a Royal Navy…
.
ISSO é o que eu chamo de Wallpaper:
.comment image

Pathfinder

Imagino esse convés com dois esquadrões de F-35 RAF/USMC, vai ficar mais lindo ainda.

https://pbs.twimg.com/media/EG7GVMFWkAAFIsv?format=jpg&name=large

Alfa BR

Discordo Bardini, essa aqui que eu chamo de wallpaper:
comment image

Marcelo R

So as fotos ja apresentam o resultado de todo o trabalho encaminhado para o sucesso, os ingleses devem ter orgulho da sua Marinha!!!!

Willber Rodrigues

Apesar dos cortes recentes e do Brexit, quem acha que a Royal Navy está em declínio, errou feio.

Jagderband#44

Exatamente Willber. Só esse GT bota medo em muita gente por aí.

Willber Rodrigues

A verdade é que, mesmo com os cortes orçamentários, a Royal Navy ainda é mais poderosa do que 90% das marinhas de guerra do mundo ( o Brasil incluso ).

Alison Lene

Analise de uma conjectura de decadas baseada numa foto… Continue assim… Mas pesquise o significado de declinio no dicionário antes…

Carlos Gallani

É uma tendência, menor número de vazos não quer dizer menor capacidade, os recheios tem ficado mais caros e mais eficientes, fora os EUA e a China, ninguém tem grana pra manter um Marinha numerosa e em estado da arte, se bem que no caso da China eu acho que tem muito navio bonito que talvez esteja oco ou com recheio defasado…

Wellington Rossi Kramer

Apesar do Brexit???!!! Que bom que há o Brexit!

Nemo

Falando em concepção artística, me lembro de ter visto a primeira concepção do HMS Queen Elizabeth na revista Tecnologia e Defesa em dois mil e dois.

Alguém mais viu esta imagem?

Diego

Quando vai sair o gripen-B da FAB? Pra decolar do nosso porta helicóptero.

julio

Nunca, pra esse tipo de pouso só se fizer um projeto novo.

Carlos Gallani

Vai dar certo isso aí, pode acreditar!

Fernando "Nunão" De Martini

Gripen B é o biposto do Gripen A.

Saldanha da Gama

Eu continuo achando que a MB vai querer seu porta-avião e no desespero e quando sobrar algum recurso, irão tentar fazer com que o Atlântico possa se tornar um Porta-aviões reforçando-o e adaptando-o para o F35 B ou mesmo o Gripen naval e sinceramente torço muito para que este dia chegue logo, porque aí teremos recursos para uma MB mais pujante, que possa fazr devidamente seu papel e honrar sua história gloriosa. Abraços

Carlos Gallani

Depois de resolver as escoltas, o prosub, os navios de patrulha, os navios de logística e modernizar a estrutura física da marinha para suporte e construção quem sabe, apenas quem sabe um PA pode ser um ideia!

nonato

E reduzir o quadro para 40 mil.

sub urbano

Não fosse a royal navy Napoleon teria sido o conquistador da Europa e Imperador do Mundo. Talvez ainda o Brasil teria conseguido a independência só durante a Guerra Fria na segunda parte do século XX, assim como as demais colônias Portuguesas.

Peter nine nine

We would all speek French, podlia sler plior

Alexandre Pessoa

Me parece que a Royal Navy não combate em terra, não? 😀
Ela foi determinante na vitória sobre a Invencível Armada em 1588. Vá lá que tenha sido importante no bloqueio continental, mas quem “derrotou” mesmo Napoleão foi o Duque de Wellington.
E nesse divertido raciocínio, talvez continuássemos sendo o Reino de Portugal ate hoje, D. João já estava em Tupirama desde 1806, um reino em meio a repúblicas americanas.

Mercenário

Alexandre,

Entendi a sua colocação, mas vale lembrar que os Royal Marines combatem em terra…

Kemen

A I.A. foi destruida pelas tempestades, entretanto mais de 100 caravelas voltaram à Espanha, não houve um confronto direto como escrevem os ingleses apenas ataques a caravelas que ficaram isoladas devido às tempestades, os ingleses aliás só publicam as vitórias e não de suas varias derrotas, o que é natural e nos solemos as publicações deles…
Divirta-se… e tem muiiitas mais.

Renato B.

Foi o único chefe de estado europeu a vir para o novo mundo.

Kemen

Não acredito, afinal D. João VI veio ao Brasil por causa da tentativa de invasão francesa, propiciando depois (D. Pedro I e D. Pedro II) a nossa independencia. Caso a França conseguisse permaner em Portugal é possivel até que a independencia oficialmente ocorresse antes, devido a perda definitiva dos contatos com a mãe lusitana. A invasão francesa da Espanha também precipitou a independencia do Mexico.

Corcel

É uma uma embarcação impressionante mas seria muito mais bonito se não fosse sky jump.

Carlos Gallani

Não tem como né, quero só ver os Izumo!

Corcel

Também estou curioso pra ver o resultado.

Guilherme

O que penso ser um grande erro da Royal Navy nesse projeto foi o fato de não ter investido alguns bilhões a mais e dotar a classe Queen Elizabeth de propulsão nuclear. Uma pena!

Dalton

Além de não haver “bilhões a mais” uma planta nuclear exigiria uma tripulação maior e a Royal Navy é deficitária em pessoal. . Com o que foi gasto com os 2 NAes e a tripulação de ambos, teria sido possível teoricamente se ter um NAe convencional de umas 60.000 toneladas equipado com duas catapultas, maquinário e cabos de retenção e mesmo investir no E-2D Hawkeye e talvez uma outra aeronave além do F-35B, mas, se teria apenas um NAe que em muitas ocasiões não estaria disponível. . Os 2 NAes deverão garantir que ao menos um esteja certificado para missão… Read more »

Corcel

Bem lembrado,quais aeronaves AWACS os britânicos vão operar já que esse porta aviões não pode operar um E-2D Hawkeye.

Mercenário

Merlin HM2 AEW.

Corcel

Entendi,mas vai ter um alcance bem menor.

Guilherme

Entendo bem os motivos Dalton, mas todos sabemos que a essência do porta aviões exige a propulsão nuclear. Os EUA sabem disso; antes da desintegração da URSS, os planos para os próximos navios depois do kuznetzov envolviam a propulsão nuclear; a China está correndo atrás e a França ja possui o seu.

Dalton

Guilherme…
.
até hoje há um debate dentro da US Navy se o NAe de propulsão nuclear é assim tão mais vantajoso do que um convencional deslocando mais de 80.000 toneladas como foi o caso do último convencional o
“John Kennedy” de 1968.
.
A França construiu apenas um o “CDG” que teve uma gestação difícil, mas, necessariamente não significa que o substituto dele será de propulsão nuclear também, ainda não foi decidido.

J R

Acho que o único erro foi desistirem da catapulta eletromagnética e colocarem a rampa, o F-35C é muito mais capaz que o B.

Dalton

Não havia e continua não havendo recursos financeiro e pessoal para catapultas eletromagnéticas e o F-35C sendo mais caro que o “B” também
traria consequências não apenas financeiras como sendo a versão mais atrasada levaria mais tempo ainda para ser integrado.
.
Os britânicos fizeram a coisa certa já que poderão contar com 2 navios
ao invés de um mais caro, o que garantirá que um estará sempre a disposição
seja para missão, seja para treinamento, além de uma importante função anfíbia, embarcando tropas e grandes helicópteros de transporte já que os britânicos ainda não possuem navios tipo LHDs/LHAs.

rui mendesmendes

O F35B é mais caro que o C.

rui mendesmendes

O RFA Argus, em caso de operação dá um excelente porta helis e transporte de material e tropas.

Marcos R.

Achei show o Dragão no costado do HMS Dragon, dispensa até escrever o nome do navio!

Peter nine nine

Se não me engano é o dragão do país de Gales, ne?

Dalton

É isso mesmo. Inicialmente foi pintado apenas para a cerimônia de lançamento, conforme noticiado e mais tarde removido, mas, foi restaurado
uns anos atrás e aparentemente será mantido.

Alex Barreto Cypriano

Tá bem castigado o convôo. Com o F-35B, faz parte… Por falar em F-35B: USS America, você foi visto com 13 F35-B no convôo! E dizem que podia estar portando mais alguns no hangar…

Dalton

O problema Alex é que com 13 ou mais F-35Bs a bordo a maioria das demais aeronaves como os MV-22s, CH-53s e AH-1 tem que ser desembarcados, impedindo o navio de executar sua principal função e apenas o “América” e o segundo da classe “Tripoli” trocaram a doca para embarcações de desembarque por mais espaço para combustível pois a terceira unidade virá com uma doca com diminuição significativa na capacidade de reabastecimento embora mantendo a mesma capacidade de fazer manutenção em aeronaves. . O USS América está preparando-se para mudar para o Japão onde encontra-se um esquadrão de F-35Bs composto… Read more »

Carlos Gallani

Acredito ser um questão de treinamento de doutrina, se precisar já está testado.
Em um primeiro embate a prioridade é supremacia aérea e ASW, poder reforçar um ou outro lado é um recurso valioso.

Luiz Trindade

Até que enfim… Parece que o Ocidente voltou para arena militar para responder as ameaças alheias… O horizonte mostra uma nova versão de guerra fria só que agora com China.

Luiz Trindade

Não entendi dos votos negativos… Tão defendendo a China? É isso?

Tomcat

Falando em reabastecimento, o F-35B usa receptáculo e não sonda. Como o padrão usado para aeronaves embarcadas é o “Probe and Drogue”, o revo fica inviável por aeronaves orgânicas de porta aviões.

Tomcat

Vai sempre depender de aeronaves com “Flying Boom”, que não são embarcadas. O F-35C, da US Navy, tem sonda e não passa por esse problema.

Dalton

Esse “problema” também ocorre com os F-35Bs dos Fuzileiros Navais dos EUA
quando embarcados nos grandes navios de assalto anfíbio então já está em avançado estudo empregar o MV-22 para reabastecimento,que poderá eventualmente ser adotado pelos britânicos.
.
No mais, além da US Navy e Royal Navy terem papeis diferenciados para seus NAes o atual “reabastecedor” da US Navy é o “Super Hornet” que não pode operar a bordo dos NAes britânicos de qualquer modo exigindo então, se for considerado de vital importância embarcar o MV-22 para reabastecimento.

Tomcat

De fato Dalton, acabei não deixando claro: quando mencionei o F-35B, pensei em todas as forças que usam essa versão, principalmente os Marines.
Mas agora você me deixou curioso: para o MV-22 ser capaz de reabastecer a versão B, terá que ser equipado com “boom”. É isso mesmo? Vou pesquisar.

J R

é estranho, mas ainda vão depender de grandes aviões tanques baseados em aeródromos de países amigos.

Dalton

Se o plano dos fuzileiros navais de ter MV-22s capacitados para reabastecimento aéreo for em frente se terá um bom alívio e não será apenas para reabastecer F-35Bs, mas, outros MV-22s e helicópteros pois normalmente se embarcará apenas um destacamento de 6 F-35Bs a bordo.
.
De qualquer forma é obrigatório que se façam testes com um número maior de F-35Bs assim como aconteceu com o “Harrier”, só que 13 ainda está muito aquém da meta que é testar com um máximo de 20 F-35Bs.

nonato

Esse porta aviões é muito bonito e tem design e pintura modernas.
Passam a impressão de muito mais modernos do que os porta aviões americanos.
Mas concordo com um colega que comentou antes.
Decolagem e pouso vertical sempre fica a impressão de ser um porta helicópteros.
Não há pista de decolagem.

rui mendesmendes

Não há??!!! Há e é bem grande.

Demetrius

Chamou atenção na foto aérea de topo do PA a relação LOA x boca, parece diferente dos PA’s americanos…pelo menos nesta foto.

Anildo Silva

Para quem quer conhecer mais detalhes sobre esse porta avioes, a BBC lancou um documentario super interessante. Se voce tem como redirecionar seu DNS pode acessar via iPlayer, ou pode tentar encontrar no youtube.

https://www.imdb.com/title/tt8296466/