Navio não tripulado armado JARI-USV

De acordo com fotos divulgadas no Twitter, a China lançou para testes de mar seu veículo não tripulado armado (USV – Unmanned Surface Vehicle) chamado JARI-USV desenvolvido pela empresa estatal China Shipbuilding Industry Corporation. Em agosto de 2019, a China Shipbuilding Industry Corporation (CSIC) anunciou o lançamento de um novo USV multirole com casco de catamarã.

Um modelo em escala do barco não tripulado JARI-USV foi apresentada durante a exposição de defesa AAD na África do Sul em setembro de 2018.

O JARI-USV tem um comprimento de apenas 15 metros e um deslocamento de 20 toneladas, mas é capaz de realizar missões de defesa aérea, antinavio e antissubmarino graças a um sistema de radar phased array, torpedos e mísseis lançados verticalmente.

A China Central Television (CCTV) noticiou em fevereiro de 2019 um modelo do JARI quando foi exibido na 14ª Exposição e Conferência Internacional de Defesa (IDEX) em Abu Dhabi. Alguns observadores militares chamaram o navio de “mini destróier Aegis” não tripulado por causa de seu radar e mísseis.

O JARI-USV está armado com diferentes sistemas de armas, incluindo uma estação remota de armas montada na proa com um canhão de 30 mm acoplado com mísseis guiados a laser, sistemas de lançamento vertical de quatro células (VLSs) para pequenos mísseis superfície-ar (SAMs) montados a meia nau, bem como lançadores de torpedos de 324 mm.

Ele pode ser controlado remotamente, mas também usa inteligência artificial para navegar autonomamente e realizar atividades de combate assim que receber comandos, disse a reportagem da CCTV. O navio-drone pode funcionar furtivamente sozinho ou formar um enxame com outras embarcações para se tornar um poder formidável, disseram analistas.

O JARI-USV também é equipado com torre eletro-óptica/infravermelha, radar de navegação, holofote direcionável e antenas de comunicação.

Modelo do JARI-USV

FONTE: Navy Recognition

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Space Jockey

Isso sim são coisas inovadoras, tem que investir é nisso.

Rodrigo

Bah impressionante, sei que vai haver desdém mas é um barco pequeno que pode fazer um bom estrago em outras marinhas.

Émerson Gabriel

Rodrigo, embora seja pequeno ele não precisa de espaços para tripulação, além de mantimentos, economizando muito espaço

TeoB

É o futuro… quer dizer o presente…
Cada vez mais os drones serão a ponta da lança, assim como o primeiro blindado, depois o avião e o míssil entre outros, e a agora o drone e a nova revolução no campo de batalha.

Eliakim

Parece ser o futuro, inclusive da patrulha oceânica.

Imagina um barquinho desse, sem tantas armas, mas com uma alta autonomia, navegando em modo autônomo até achar um contato, quando o comando passa para um marujo em terra?

nonato

A China copiando os Estados Unidos…
Só que na China eles fazem logo.
Não ficam anos enrolando, gastando.
Vão e fazem…

Space Jockey

Nós tbm sabemos copiar, assinamos o SN em 2008 pra ficar pronto já em 2032.

Ricardo Bigliazzi

Normal… conta uma novidade.

Mgtow

tem que copiar mesmo. EUA so chegaram ao patamar que estão hoje copiando e surrupiando tecnologias alheias. Vai chorar?

Antoniokings

Eu tinha ligo que a China tinha oferecido um barco armado n~çao tripulado em uma feira de negócios militares no Oriente Médio.
Não sei se era esse modelo.
De qualquer forma, é mais um avanço dos chineses no campo militar, dentre muitos outros.

Fernando "Nunão" De Martini

Quem diria, um projeto Jari feito pra ser pequeno (tem que ter mais de 40 pra entender isso).

Everton Sbrisse

eu tenho 27 anos e entendi a referência. kkkkkkk

Esteves

Sério? Tem 27 e é do tempo do Jari?

Eita mundo estranho.

Everton Sbrisse

Meu avô, pai e a maioria dos meus tios trabalhou lá, inclusive meu pai conheceu minha mãe lá, dos 4 filhos que nasceram dessa relação, eu sou o único que nasceu em Monte Dourado (distrito remanescente do Projeto Jari), então cresci escutando meus familiares falarem do Projeto Jari, de toda loucura que foi e ainda é esse projeto.Acho incrível como as pessoas romantizaram essas historias, lembro muito do meu avô falando do projeto Jari, com os olhos brilhando de alegria. A maioria deles ainda guarda muita coisa, como fotos, panfletos e papeis em geral desse projeto.

Esteves

Bacana.

Um negócio de celulose no Amapá. Esse país teve/tem projetos/negócios estranhos. Fordlandia, Jari, Mamoré, Transposições, Ferrovia do Aço, Transamazônica, Perimetral Norte…

Dizem que os trens balas estão voltando.

Nem por Jesus.

Ricardo Bigliazzi

Funciona até hoje, mas não dá mais manchete

Peixotão Raptor

Funciona sim, trabalhei nesta fabrica sobre casco de barco vindo do Japão

Alessandro

Um Drone Kamikaze desses, deve fazer um belo estrago se conseguir atingir seu objetivo, mas com o avanço da tecnologia na área de sensores, radares e sonares, será que consegue chegar perto de um navio de grande porte de guerra?? Eu tenho minhas dúvidas.

Willber Rodrigues

Estava pensando nesse conceito de kamikase, mas mini-submarinos não tripulados.
Eles ficariam numa determinada região, semi-submerso, esperando a passagem de uma frota inimiga pra fazer estrago.

Space Jockey

Estilo crocodilo na linha d’agua parado passivo, quando chegar um alvo compensador perto dispara contra. Se um dia conseguirem fazer…

Alessandro

Então wilber tbm pensei nesse estilo, mas ficariam limitados a ficar parados em um determinado local contando muito com a sorte de um navio de grande porte passar por ali, pois se ficassem se movimentando demais ou ir de encontro, o risco de ser descoberto, acredito que aumentaria muito.

é um novo tipo de tecnologia, e como tudo novo ainda está no começo e terá seus prós e contras.

Space Jockey

Quando pensar em drones pense em vários ao mesmo tempo.

Alessandro

Sim Space Jockey, mas acredito que as Marinhas mais robustas da mesma forma que fazem pesquisas a favor desse tipo de tecnologia, tbm devem estar se preparando com contra medidas de defesa contra esse tipo de embarcação não? Quando penso em um enxame desses tipos de drones atacando, penso em algum tipo de bomba explodindo no mar a uma distância segura, causando danos nos circuitos desses drones, ou revidando com drones kamikazes voadores.

Willber Rodrigues

Pensei em “matilha”.
Vários submarinos drones kamikazes em pontos estratégicos, trocando informação entre sí.
Seria perfeito pra países como Irã e Japão, por exemplo.
Pra países com mar territorial enorme, como o Brasil, teríamos que ter…sei lá, centenas.

Alessandro

Para missões de defesa eu concordo com vc, acho que seria de grande utilidade, para penetrar em águas territoriais ainda tenho dúvidas.

mas de qualquer forma é uma pena ver a MB parada nesse quesito, não vejo notícias sobre pesquisas ou testes de drones marítimos como esses, infelizmente a MB não só toma uma surra de gestão, mas tbm de criatividade.

Washington Menezes

O problema não é um chegar perto, mais uns 15 chegarem perto.

Welder

Uma matilha disso ai operando com mini espiões submarinos perseguindo e informando a posição exata de alvos de grande valor seria um terror. Imagino que esse seja o futuro da Guerra Naval.

Wellington Rossi Kramer

Acho que drones submarinos são mais adequados a estas funções. São mais furtivos.

alexandre

Alvo.

Space Jockey

Grandes navios ? Com certeza.

Fabio Araujo

Taí uma boa opção de defesa complementar. Não deve ser caro e pode ser bem eficaz!

Dudu

Sou leigo no assunto,mas mesmo tendo um conceito moderno e inovador,me parece algo meio forçado.Me refiro ao tanto de combustível que pode levar,que deve ser pouco,tendo assim pouca autonomia.Assim como a energia elétrica para o radar e os demais equipamentos.Acho que seria mais indicado para defender portos ou bases,ficando bem próximo.Talvez mais adequado para ser lançado por navios.Mas é só chute de minha parte.

Esteves

Mas é isso. E se tiver que ou para ser operado em mar aberto, só embarcado.

Dudu

Esteves:
Inclusive para ser remuniciado.

Cristiano de Aquino Campos

Leva pouvo combústivel, consome pouco já que não precisa manter ninguem vivo á bordo. Munição a lóhica e a de todo drone. Descarrega o que tem contra um imimigo e volta para base. Lembrando que os alvos desse tipo de drone e piratas, terroristas, guerrilheiros, pescadores ilegais e contrabandistas. Ou seja tem munição suficiente.

Dudu

Cristiano de Aquino Campos:
Concordo em relação a munição.Mas quando o comparas a “todo drone”,acredito que procuras se referir a drones,digamos assim, “aquáticos”,não é?
Pois ele não tem a capacidade de percorrer grandes áreas,se movimentando durante muitas horas,como os VANTs.
Não discordo da utilidade dele,apenas duvido de seu custo-benefício.

Cristiano de Aquino Campos

Me refetia aos drones aéreos no quesito prrcisar de remuniciamento. E quanto ao custo beneficio a lógica tambem e equivalente. Grande parte do custo de uma aéronave vem dos sistemas de suporte a vida. Se não tem vida, não tem esse custo.

Dudu

Cristiano de Aquino Campos:
Entendo.Agradeço o esclarecimento.

Alex Barreto Cypriano

É isso aí, Dudu.

Dudu

Alex Barreto Cypriano:
Ok.
Saudações.

Hélio

De quem a China copiou isso?

Alex Barreto Cypriano

Hehehe. E digo mais: hehehe!
Tanto bom humor vem da China que eclipsam os comediantes ocidentais…

Cristiano de Aquino Campos

Exelente projeto para uso em patrulha costeira, oceanica e fluvial. Se a ameaça for mais séria se envia navios maiores e tripulados.

Celsoskl

Moderno, inovador e perigoso pra navegação. Ate o dia que colidir com outro navio ou sofrer uma colisão…não acredito na segurança de um equipamento como esse no dia a dia de um mar livre, ou não restrito para navegaçao. Só vejo isso em ambiente quente e olhe lá

Cristiano de Aquino Campos

A sua lógica que serve para o mar, serve para os céus e terra. Infelizmente ela não se aplica mais aos ceús, em breve aos mares e depois á terra. Admiravel mundo novo.

Wellington

imagina um desses na mão da marinha norueguesa

ednardo curisco

pelo óbvio estão começando os testes com pequenas embarcações.

Emanuel

Ficamos para trás mais uma vez….

Luiz Floriano Alves

Breve lançaremos uma jangada não tripulada. A China colhe os investimentos que fez ao aprimorar seus cientistas e técnicos nas melhores universidades do Ocidente. O Dragão de fazedor de cópias passa a propor novas soluções em tecnologia de defesa. Enquanto isso nós investimos em lagostas e vinhos finos para as “Insolências” de Brasilia.