A primeira chapa de aço do casco do primeiro dos quatro novos Bâtiments Ravitailleurs de Force (BRF) – navios de reabastecimento – da Marinha Francesa foi cortada hoje durante uma cerimônia realizada na oficina de usinagem de Chantiers de l’Atlantique, na presença de Florence Parly, Ministra das Forças Armadas, e Almirante Prazuck, Chefe da Marinha Francesa. Esta cerimônia marcou simbolicamente o início da construção do primeiro navio do programa FLOTLOG.

A encomenda para a construção dos quatro navios foi notificada em janeiro de 2019 à associação temporária de empresas formadas por Chantiers de l’Atlantique e Naval Group. As entregas estão agendadas para o final de 2022 a 2029. Este pedido para a Marinha Francesa faz parte de um programa franco-italiano liderado pela OCCAR, em nome da DGA, da Agência Francesa de Compras de Defesa e de sua contraparte italiana NAVARM.

O BRF com capacidade de 13.000 m3 tem uma missão de apoio logístico aos navios de combate da Marinha Francesa. Eles transportarão combustível, munição, peças de reposição, além de alimentos para os navios.

Em conformidade com os padrões internacionais, suas características são adaptadas às suas missões específicas de apoio ao grupo de aviação constituído em torno do porta-aviões Charles de Gaulle, navio-capitânia do grupo da força aérea naval.

O Chantiers de l’Atlantique realiza o projeto global e a construção dos quatro navios e garante a integração e a implementação dos sistemas embarcados.

“Estamos no início de uma nova história industrial, que contará mais uma vez com nosso know-how em design, construção e integração de tecnologias de ponta”, afirma Laurent Castaing, gerente geral do Chantiers de l’Atlantique. “É uma excelente oportunidade para demonstrar nossa complementaridade de nossos negócios com os do nosso parceiro Naval Group”.

O Naval Group é responsável pelo design, desenvolvimento e integração dos sistemas militares da plataforma. O sistema de combate dos quatro navios, cuja arquitetura é baseada no Sistema de Gerenciamento de Combate Polaris do Naval Group, garante a proteção contra ameaças próximas e a luta contra ameaças assimétricas.

“O Naval Group orgulha-se de apoiar o Chantiers de l’Atlantique mais uma vez no quadro deste programa europeu. Essa cooperação reúne os melhores conhecimentos civis e navais e beneficiará nossos clientes tanto em aspectos econômicos quanto operacionais”, destaca Pierre-Eric Pommelet, CEO do Naval Group.

Principais características dos navios

  • Deslocamento com carga total: 31 000 toneladas
  • Comprimento total: 194
  • Boca total: 27,60 m
  • Capacidade da tripulação: 190 pessoas, incluindo 130 tripulantes e 60 passageiros
  • Deslocamento total: 14.870 toneladas
  • Volume de carga: 13.000 m3
  • Capacidade total instalada: 24 MW

Sobre Chantiers de l’Atlantique
Com 150 anos de experiência, o Chantiers de l’Atlantique é um dos líderes de mercado em todo o mundo na construção de navios e instalações offshore altamente complexas, graças às instalações industriais de ponta e à reconhecida experiência em projetar, integrar, testar, e fornecendo soluções marítimas prontas.

Sobre o Naval Group
O Naval Group é o líder europeu em defesa naval. O Naval Group usa seu extraordinário know-how, recursos industriais exclusivos e capacidade para organizar parcerias estratégicas inovadoras para atender às exigências de seus clientes. Como integrador de sistemas e contratado principal, o grupo projeta, produz e suporta submarinos e navios de superfície. Também fornece serviços para estaleiros e bases navais. Além disso, o grupo oferece uma ampla variedade de soluções de energia renovável marinha. Atento à responsabilidade social corporativa, o Naval Group adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O grupo registra receita de 3,7 bilhões de euros e possui uma força de trabalho de 15.168 (dados para 2019).

DIVULGAÇÃO: Naval Group

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Gabriel BR

É bonito e funcional .

Veiga 104

Concordo. Mas confesso que não iria gostar de servir em um navio desse. Um míssil ali causa um estrago né rsrsrsrs. Buuummmmm.

Gabriel BR

Alguém sabe como andam os similares em operação na MB?

Eduardo

A espera do Wave!

Karl Bonfim

Há o Wave, rezemos para que um dia venha!!!
Kkkkkkkk!

DOUGLAS TARGINO

Parados e torcendo para “dormir” pelo resto da vida.

Henrique

O G23 “Almirante Gastão Motta” continua firme auxiliando a esquadra

O G40 “Bahia” possui capacidades similares, mas em escala menor, também está operacional

Lu Feliphe

Só que o primeiro já está velho, e conforme daqui alguns anos a nossa frota se renova precisaremos de um novo.

ALLAN

Isso a MB já sabe só falta o dinheiro,o que infelizmente não vai vim tão cedo.

EduardoSP

Preferiram aumentar o soldo no ano passado. Quer dizer, soldo não, algumas das diversas gratificações que são pagas aos militares.

Fabio Araujo

Nos precisamos para ontem e não de um ou dois pelos menos uns 4 ou 5 para ter a mobilidade.

DOUGLAS TARGINO

Dois são suficientes amigo. Olha o que temos hoje em dia? Não há necessidade em termos 5 unidades. Duas unidades novas e com capacidades iguais acima, são mais do que suficientes.

Henrique

Diria que 3 seria o suficiente (por causa daquela máxima de que quem tem 2 só tem 1).

Esse tipo de embarcação poderia ser feito por qualquer estaleiro grande (tipo Atlântico Sul ou qualquer um capaz de fazer um tipo panamax) aqui do Brasil já não possui um grau de complexidade como navio de guerra que precisa de armas, sensores e um desenho avançado

Gabriel BR

Não é bem assim não…

Henrique

e qual seria a dificuldade?

Gabriel BR

levando em consideração que não conseguimos fazer navios patrulha de 500 toneladas…

Bardini

O problema dos NPa nunca esteve relacionado a incapacidade do projeto ser feito aqui. O problema foi a situação do estaleiro, que veio a falir.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Se fosse apenas a situação do estaleiro, teriam feito nova licitação e construído ao menos uma parte da dezena e meia prometida, dos quais há 2 em operação, um quase pronto e 1 para daqui uns anos, ainda. Foi incompetência! Mas digo isso com todo respeito à sua opinião.

Peter nine nine

O que deveria de facto ser dito é: quando bem feito, quem tem dois tem sempre um…. É as vezes até dois.

rui mendes

Ora aí está, essa é a verdade, não a tanga do quem têm 2 têm 1 e quem têm 1, não têm nenhum.

Lu Feliphe

Apenas se tivéssemos um grande número de navios, atualmente nossa frota é bem pequena ou seja não precisamos de 4 ou 5 atualmente só um ou dois já podem ser suficientes para a nossa Marinha.

Lu Feliphe

O número de navios da nossa marinha é bem pequeno, não temos um grande frota apenas um ou dois são suficientes para atender a Marinha.

MMerlin

Não consigo encontrar a necessidade de termos 5 similares com a atual esquadra e necessidade maiores no momento.

FighterBR

Começou o super trunfo…

Vovozao

18/05/2020 – segunda-feira, btarde, srs.,desde sábado estou tentando fazer a assinatura da trilogia e não estou conseguindo. Por acaso algum problema????

Dalton

O tamanho deles será compatível com o NAe Charles de Gaulle e respectiva ala aérea; já os
novos Navios Tanque em construção para a US Navy, substitutos da classe “Kaiser” serão bem maiores e deslocarão totalmente carregados quase 50.000 toneladas refletindo as necessidades de muito maiores NAes e alas aéreas e que muitas vezes contam também com um navio de carga seca e munição da classe Lewis and Clark que serviu de base para os futuros navios tanque e que também terão uma certa capacidade de carga seca.
.

rui mendes

Adoração é foda, sempre a bater, mesmo quando o assunto é outro.

Dalton

Não é “adoração” meu caro e sim que há pessoas educadas aqui que gostam
de saber sobre a US Navy e apenas aproveitei a ocasião.

Dario Renato

Dalton, se me permite, gostaria de saudar sua infindável paciência e cortesia. Durante os muitos anos que acompanho estes blogs ví diversos excelentes assinantes desistirem deixando um vazio de informação, devido a comentários rasteiros e despropositados como os que são cada vez mais frequentes por aqui. Confesso que a paciência às vezes me falta, mas não posso deixar de reconhecer esta qualidade em seus comentário em alguns outros que ficam aqui igualmente e humildemente reverenciados.

Dalton

Grato Dario, a maioria aqui é gente boa que gosta do assunto e é com eles que trocamos informações, pois aqui o que menos sabe, sabe mais sobre navios que pessoas que conheço pessoalmente 🙂
.
abraços !

Aníbal

Interessante notar o modo como alguns portugueses que aqui comentam abraçaram a ideia de unidade europeia. Defendem francos e germânicos com energia. Me pergunto porém, se esses mesmos francos e germânicos compartilham verdadeiramente desse sentimento…

rui mendes

Não precisam nos defender, basta defender a UE e o euro, como o fazem para ajudarem os outros 27.

MestreD'Avis

Sim defendem. A França e a Alemanha dependem do mercado europeu para as suas economias. São os dois países que, ao contrário do UK, mais defenderam a unidade europeia Se é sempre saudável para os países mais pequenos? Não pois beneficia os países com uma base industrial mais robusta. Mas pergunta aso portugueses como estavam em 1984 e depois. Pergunta para os paises do antigo bloco da URSS como estavam em 2000 e o seu crescimento desde 2004 Mas permite fazer parte de uma união económica com 445 milhões de consumidores, permite viajar, trabalhar, estudar livremente nesse espaço. E apesar… Read more »

Mercenário

Aníbal,

Concordo com você. Alguns portugueses defendem de forma insistente as forças armadas franco-germânicas.

MestreD'Avis

Tentei responder ao Anibal, mas parece que os meus comentários demoram demais a ser aprovados. Mas pergunto ao Mercenário, o que são as forças armadas franco-germânicas? Pode dar exemplos de Portugueses a defender esse exército imaginário?

Mercenario

Mestre D’Avis,

Você entendeu a constatação. Eu não disse que existe um exército franco-germânico, mas que foristas portugueses vêm sistematicamente defendendo as ações das forças armadas dos dois citados países da UE.

MestreD'Avis

E eu pedi exemplos. Mas não dá Defender as acções das FA Alemãs é dificil, até porque devido ao desinvestimentos, elas devem estar a 20%. Desde soldados a irem para exercícios com vassouras a simular as 0.50 até terem apenas meia dúzia de Eurofighters disponíveis. E como a politica alemã é contra intervenções no exterior e até vendas de armas a países com um mínimo de suspeição, não se vê muito da Alemanha em acção. O que muitos Portugueses defendem é algum, e repito, algum do material Germânico. Normal, visto usarmos esse material. Sabemos das capacidades dos U214, sabemos do… Read more »

rui mendes

Não, eu defendo e apoio totalmente a UE, e tenho muito orgulho do meu cartão de identidade ter a bandeira Portuguesa e da UE.

rui mendes

Não defendo só dos 2 países, mas dos 27 e antes 28, se não entendes, não é culpa minha, em cima já escrevi, o porquê disso, porque me sinto e sou totalmente Europeu, da UE, e porque muitos aqui, ao contrário do que eu pensava, quando comecei a acompanhar este blog, odeiam tudo que é Europeu.

Luiz Galvão

Aníbal e Mercenário,

Penso o mesmo.

rui mendes

Isso é muito mais natural, já que somos todos parte da UE, mas porque não comentas como os Brasileiros aqui, defendem muito mais insistentemente, os USA, já que nós Portugueses, fazemos parte da UE, que me dá basicamente os mesmos direitos, quer esteja em Portugal, em França ou na Suécia, já o Brasil e os USA, não têm nada a ver, nem culturalmente sequer.

Rui Mendes

Com razão, eles nos ajudam a nós e a todos da UE, aliás são parte de nós, somos todos da UE e Europeus e bem precisamos nós na UE e na parte Europeia da NATO, de estarmos unidos, pois pelo que dá para ver, a Europa é bem invejada e odiada.
É lindo, ver pessoas que nada tem que ver com Rússia, China e EUA,
defender e de que maneira, mais que só seu próprio país, virem tipo fazerem-se muito admirados, de um cidadão da UE, que pertence a um país, defender outro país dessa mesma união.

Luiz Galvão

Dalton, boa noite.

Você saberia , Só por curiosidade, qual é a capacidade de armazenamento de combustível de aviação nos Naes americanos ?

Desde já agradeço.

Dalton

Sim Luiz…entre 2,5 e 2,8 milhões de galões, algo para duas semanas de
operações aéreas.

Luiz Galvão

Oi Dalton,

Obrigado!

Mercenário

Dalton,

E a velocidade deles?

Esse navio tem por base o congênere italiano, desenvolvido pela Fincantieri.

Dalton

Oi Mercenário…provavelmente a velocidade máxima não será muito diferente do “Vulcano” ou dos atuais tanques franceses, cerca de 20 nós.

Luiz Galvão

Dalton,

Creio que seja padrão nos navios auxiliares, a velocidade EM TORNO, de 20 nós. Procede ?

Dalton

Sim Luiz…exceções houveram como as classes “Sacramento” e
“Supply” que atingiam 25 nós ou pouco mais, mas, dos 4 “Supply”
dois foram precocemente para a reserva por conta de grandes tripulações e turbinas a gás enquanto os dois remanescentes permanecem com a Frota do Atlântico.
.
Os chineses adotaram um similar ao “Supply”, o Tipo 901, que
tem características semelhantes.

Mercenario

Luiz,

A classe Tide da RFA parece que atinge 26 nós

Luiz Galvão

Mercenário e Dalton,

25 ou 26 nós é bem rápido para um navio de apoio. Bacana.

Obrigado.

Matheus Santiago

Dalton, poderia me informar se os substitutos da classe “Kaiser” virão com alguma defesa de ponta? Eu sempre concordei que desarmar os navios AOE e AOR e outros navios de reabastecimento foi e é visto pelos analistas navais mais sérios como uma jogada errada das administrações para tentar reduzir custos. O fato é que esses são navios muito necessários, indispensáveis ​​à capacidade de combate dos combatentes. Os navios-tanque da classe “Kaiser” (16 deles com 32.000 toneladas) e os navios de reabastecimento “Lewis e Clark” (14 com 45.000 toneladas) podem reabastecer os grupos de transportadores, mas precisam desacelerar para 20 nós… Read more »

Dalton

Oi Matheus,como os novos também farão parte do “MSC” deverão continuar com a mesma política de não serem armados em tempo de paz, com exceção de armas pequenas o suficiente para repelir “piratas”, por exemplo, mas, não há necessidade de muito mais e um “CIWS” não faria muita diferença. . Quanto a classe “kaiser”, 15 com a US Navy e um com a marinha chilena, eles deslocam totalmente carregados 42.000 toneladas, acho que foi um erro de digitação de sua parte apenas. . Nem sempre um navio logístico é integrado ao grupo de ataque centrado em NAe, normalmente estão baseados… Read more »