Destróieres Type 42 ARA Hércules e HMS Sheffield a contrabordo
Destróieres Type 42 ARA Hércules e HMS Sheffield atracados a contrabordo

Na foto acima, os destróieres Type 42 ARA Hércules da Armada Argentina e HMS Sheffield da Royal Navy, atracados a contrabordo na Inglaterra, em meados de 1970.

Os dois navios da mesma classe e construídos na mesma época, participaram da Guerra das Malvinas/Falklands em 1982.

O ARA Hércules teve a quilha batida em 18 de maio de 1970 e concluído em 10 de maio de 1976 no estaleiro Vickers Shipbuilding em Barrow-in-Furness, Reino Unido. Durante a construção, uma explosão no HMS Sheffield causou danos no casco.

Parte do casco do ARA Hércules substituiu uma seção do HMS Sheffield, pois ambos eram idênticos na construção.

Em 1982, junto com seu navio-irmão, ARA Santísima Trinidad, o ARA Hércules fez parte da escolta do porta-aviões ARA 25 de Mayo.

O HMS Sheffield, por sua vez, acabou sendo atingido por um míssil Exocet AM39 lançado por um jato Super Étendard argentino durante o conflito nas Falklands e afundou dias depois.

O ARA Hércules era idêntico às unidades iniciais do Type 42 encomendadas pela Marinha Real. A Marinha da Argentina atualizou seus destróieres, aprimorando suas capacidades ofensivas com os mísseis antinavio MM38 Exocet.

O ARA Hércules ainda serve à Armada Argentina, depois de ter sofrido uma grande conversão no astilleros ASMAR em Talcahuano, Chile, em 2000, para permitir o embarque de 238 fuzileiros navais. O convoo e o hangar também foram ampliados para permitir que opere dois helicópteros Sea King. Cada helicóptero também pode transportar dois mísseis antinavio Exocet AM39.

NOTA DO EDITOR: Segundo um integrante do grupo “The Falklands War of 1982” no Facebook, a tripulação do ARA Hércules construiu ótimos relacionamentos com o pessoal da Marinha Real e com a população local durante a construção do navio. E como geralmente acontece, alguns tripulantes arranjaram namoradas inglesas.
Durante a Guerra das Malvinas/Falklands, um membro da tripulação do ARA Hércules que tinha um relacionamento com uma garota local ligou para informá-la que eles estavam zarpando para atacar a força-tarefa britânica no dia seguinte.
A jovem ligou para o MoD britânico com a informação e foi levada muito a sério.

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Fabio Araujo

Que falha de segurança, tão grave quanto os repórteres da BBC que transitiram haveria um ataque britânico em Goose Green dando todos os detalhes quando os britânicos estavam se deslocando para executar o ataque, a sorte dos britânicos é que o comandante argentino ao escutar a transmissão da BBC não acreditou que isso estava ocorrendo e achou que era uma informação diversionista para encobrir o verdadeiro ataque em outro local.

João Adaime

Caro Fabio
Se você lembra da Guerra do Golfo, as forças armadas dos EUA divulgaram como seria o ataque a Bagdá, com gráficos, horários, alvos e tudo o mais. E o ataque foi transmitido ao vivo.
Já não se fazem mais guerras como antigamente.
Abraço

RPiletti

João…
Neste caso que você citou, poderiam ter descrito a rota e a velocidade das aeronaves que não mudaria em nada o resultado… As guerras de antigamente eram mais parelhas…

Felipe Augusto Batista

>As guerras de antigamente eram mais parelhas…

Fala 300 fala 300! Porque quando é guerra geralmente é 300 contra 300.

Marcelo

kkkkkkkkkkkkkkk
Tô rindo aqui só de lembrar da dublagem do Tiago Ventura……kkkkkkkkkkkk

Nino

Um pouco mais …

ednardo curisco

Na verdade o Tiago ventura não dublou.
 
Era um show dele e um gênio fez a edição aproveitando as vozes!!!
 
Aquele vídeo já vi umas 30 vezes e não enjôo!

Karl Bonfim

Isso chama-se espetacularização da guerra!

Willber Rodrigues

“(…) um membro da tripulação do ARA Hércules que tinha um relacionamento com uma garota local ligou para informá-la que eles estavam zarpando para atacar a força-tarefa britânica no dia seguinte.”

É o tipo de coisa que eu não acredito, mas não duvido que seja verdade. Do jeito que essa guerra foi cheia de absurdos, isso seria bem possível de ter acontecido…

erikson

Também não acredito muito nessa história, está mais pra lenda… Somente o alto comando argentino sabia da invasão, não era um marinheiro que iria ter essa info confidêncial….

Robert Smith

Hum…. “um membro da tripulação do ARA Hércules que tinha um relacionamento com uma garota local ligou para informá-la que eles estavam zarpando para atacar a força-tarefa britânica no dia seguinte.”
 
Não seria isso ai um exemplo de “Fake News” antes de existir esse nome?

Glasquis7

um membro da tripulação do ARA Hércules que tinha um relacionamento com uma garota local ligou para informá-la que eles estavam zarpando para atacar a força-tarefa britânica no dia seguinte.”
 
Do jeito que são as Ceboshitas e como se comportavam militarmente, naqueles anos, não me estranharia nada que essa mentira fosse verdade.

Alex Barreto Cypriano

Os argentinos sabiam exatamente das vulnerabilidades dos sensores ingleses, por exemplo a falta de MTI (moving target indicators) que impedia radares de separar aeronaves voando baixo do cluter marítimo ou do relevo, dai A4 bombardeando rasante e com fusos muito atrasados. Especulo que os argentinos tinham indicação da posição aproximada do vaso com comunicação satelital, que imaginaram ser um dos porta helicópteros britânicos, pelo rastreio do uplink/downlink. Coisa fina, já que até os EUA não corrigiram essa vulnerabilidade dos links de satélite até início do anos 1990. E, sim, eu sei da estória que contaram sobre o uso de outro… Read more »

Willbe

… ” um membro da tripulação do ARA Hércules que tinha um relacionamento com uma garota local ligou para informá-la que eles estavam zarpando para atacar a força-tarefa britânica no dia seguinte. A jovem ligou para o MoD britânico com a informação e foi levada muito a sério ” … Se se refere a la ” Força Tarefa “, logicamente o Almirantazgo tinha que levar a serio el aviso dado por telefone entre Puerto Belgrano e Portsmouth, se era Portsmouth a cidade da garotinha inglesa Depois de sair de Portsmouth com rumo a Ascension umas 750.000 fotografias de Força Tarefa… Read more »