Por Zhang Junshe*

Os chefes militares britânicos elaboraram planos para basear o HMS Queen Elizabeth, um dos novos porta-aviões do Reino Unido, no Extremo Oriente para desempenhar um papel no combate a “uma China cada vez mais assertiva”, segundo o jornal The Times na terça-feira. Um grupo de ataque aéreo, com o HMS Queen Elizabeth como peça central, realizará exercícios militares no Extremo Oriente com aliados, incluindo EUA e Japão, no início do próximo ano.

Por que o Reino Unido escolheu esse período para divulgar as notícias? Primeiro, o Reino Unido quer chamar atenção para a questão do Mar do Sul da China. Segundo, ele quer mostrar lealdade aos EUA.

O Reino Unido já foi um império poderoso. É um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Mas agora, parece que o Reino Unido se tornou o capanga dos EUA. A posição incoerente do Reino Unido sobre a China mostra que perdeu o comportamento de uma grande potência — bem como sua posição e atitude independentes.

Os EUA estão usando a Huawei, a lei de segurança nacional de Hong Kong e o Mar da China Meridional para criar problemas para a China. Como o Reino Unido respondeu aos EUA em Hong Kong e Huawei, também está disposto a interferir na questão do Mar da China Meridional como outsider. Ao mostrar seu poder militar, o Reino Unido quer demonstrar que ainda é um grande poder tradicional com uma Marinha forte. Mas está apenas se fazendo parecer mais com um peão dos EUA.

A força militar de Londres não pode arcar com as consequências de tais provocações. Alguns britânicos ainda sonham que seu país é tão poderoso quanto “o Império sobre o qual o sol nunca se põe”. Esses dias estão desbotados há muito tempo. O Reino Unido não está satisfeito por ser um país de segunda classe, mas na verdade está oprimido e com pouca força.

O HMS Queen Elizabeth, com um deslocamento de 65.000 toneladas, nem sequer possui caças fabricados no Reino Unido — sem mencionar que seus testes no mar não foram tão suaves quanto o esperado pelo Reino Unido.

O Reino Unido está blefando. Ele deveria conhecer suas limitações antes de tentar ameaçar a China, que não é mais um país militar fraco para ser intimidado como era durante as Guerras do Ópio. Enquanto os porta-aviões nucleares dos EUA com deslocamento superior a 100.000 toneladas chegaram repetidamente ao Mar da China Meridional, mas não assustaram a China, o HMS Queen Elizabeth não será um impedimento para a China, mesmo que seja enviado para o Extremo Oriente.

Após o Brexit, muitos britânicos querem mostrar que o Reino Unido ainda é capaz. Mas, do ponto de vista das forças reais de desdobramento dos porta-aviões britânicos, é possível que o Reino Unido coloque seus porta-aviões em aparência ocasional no Atlântico Norte ou na região Ásia-Pacífico. No entanto, é improvável que a atual Marinha Real seja capaz de sustentar patrulhas de longo prazo nos dois oceanos. Afinal, a própria frota britânica é seriamente falha.

O lado britânico pode conhecer claramente suas limitações militares. Embora não queira admitir essas limitações, o Reino Unido não pode mudar a realidade de que não é militarmente capaz de enfrentar a China.

Ainda não está claro se o HMS Queen Elizabeth pode resolver seus problemas e realizar sua primeira grande viagem. Por outro lado, o Reino Unido está acolhendo a campanha anti-China do governo Trump. Portanto, a decisão das forças armadas provavelmente seria afetada e até revertida devido a razões políticas.

Em resumo, o objetivo das forças britânicas de demonstrar poder e lealdade aos EUA é cheio de simbolismo político. Isso é muito maior que seu significado prático. Mas quantos países levam a sério a força militar do Reino Unido agora? A Grã-Bretanha precisa de uma visão realista de si mesma, em vez de morder mais do que pode mastigar.

HMS Queen Elizabeth liderando grupo-tarefa

*O autor é pesquisador sênior do PLA Naval Military Studies Research Institute

FONTE: Global Times

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SmokingSnake ?

Parei de ler em Zhang, matéria de chinês.

A realidade é que os porta aviões xing ling são piores que o HMS Queen Elizabeth

Alison Lene

A questão não são os porta aviões… São as forças de superficie (escoltas) Coisa que falta ao Reino Unido… Não obstante, mandar seus porta aviões lá pra Asia, só servirá pra virar alvos dos misseis continentais da China.

Dalton

E por que a China iniciaria uma guerra com o o ocidente afundando um NAe britânico que permanecerá em águas internacionais treinando com marinhas aliadas como a americana e a japonesa ?

Agnelo

Prezado
Alvos?
Uma esquadra fraca de escolta, mas o irmão grande da rua são 4 Sub Nuc com mísseis Trident…
?

Joerge F.

Type 45 + Type 23 + SSN

Joerge F.

A diversidade de opiniões é sempre desejável, mas chamar a Inglaterra de capanga dos EUA esquecendo-se dos compromissos do país no extremo oriente é ser leviano.
Gostei da matéria, mas poderia filtrar a propaganda chinesa.

Dalton

Fonte: Global Times ! Tudo explicado então.

GFC_RJ

Ok. Mas vamos combinar que é divertido ver eles chamando o RU de “capangas” da ex-colônia. Rs
Poderia continuar, dizendo que no passado a Inglaterra ganhou 2 GMs e uma Copa sobre a Alemanha, mas que hoje o BJ não lava as cuecas da AM. No entanto, seria g…r com o p* alheio.
Enfim… vejo a geopolítica atual como um grande programa do Ratinho.

Abraços.

Pedro Scottá

É, a geopolítica internacional virou mesmo um programa do ratinho.

P.S. mas o artigo tem razão de chamar os britânicos de auau dos EUA, neste caso eles estão fazendo este papel mesmo!

Ricardo Bigliazzi

O Global Times esta meio rancoroso.

Segue o jogo, a Inglaterra não é uma “capanga” dos EUA, apenas faz parte de uma coalizão militar mundial que fica mais atenta dia apos dia com as variáveis que poderão lidar no futuro.

Nessas horas que fico esperando uma reação imediata do Governo Chines em montar uma grande operação de treinamento militar a 15 milhas da costa norte americana reunindo os seus porta aviões e os porta aviões de seus aliados para demonstrar o seu magnânimo poder… só que isso não acontece.

ROBERTO DIAS

Exatamente, a Inglaterra pode não ser a potência de outrora, mas está marcando sua presença numa coalizão que ficará cada vez mais forte. Além disso, existem interesses econômicos, laços de amizades e tradições de alianças que cercam os princípios do país da Rainha Elizabeth.
China está construindo seus inimigos e não vê isso…

Alan Peter

Fora a CN, que só existe ainda por causa da China, quem é amigo dela? Venezuela e Cuba não contam. Ela foi se expandindo no cenário mundial até que o Trump entrou e disse: parou, parou…de lá pra cá, uma a um os países com democracia se levantam contra suas pretensões de hegemonia…vendo que the dream is over, ela se prepara para manter o PCC no poder, pois hora mais, hora menos, ele também cai…esse é o perigo…imaginem um Maduro, desesperado, mas com uma montanha de armamento, se estrebuchando pra não sair do poder, pois sabe que se sair, é… Read more »

Joerge F.

Acho que a Rússia não topa essa. Beijin sozinha não consegue hoje. Mas até 2040 acontece.

Andrew Martins

A opinião apresenta até pode ser considerada mas eu não consigo ver imparcialidade na mesma. Principalmente dada a procedência do autor.
*O autor é pesquisador sênior do PLA Naval Military Studies Research Institute
O meu questionamento fica em: O dragão é muito poderoso, disso não há dúvida, mas ele consegue bater em todos os adversários ao mesmo tempo? Afinal quem briga com todos apanha de todos.

Tomcat4,2

Os chineses estão falando pelos cotovelos ,de novo, mas nunca fazem nada contra os grandes. Ameaçar ilhas e países pequenos eles gostam mas, bastou a Índia mostrar seus dentes na fronteira que colocaram o rabinho do dragão entre as pernas.

Auau q late demais não morde,será que serve pra Dragão tbm !!! 😉

Junior

Que a Royal Navy não é mais a mesma de antigamente creio que ninguém duvida, mas chamar os Britânicos de capangas dos americanos é um pouco demais, o chineizinho escreveu esse artigo com o fígado e não com o cérebro. Os britânicos até um mês e meio atrás desafiaram os americanos ao aceitar a Huawei em sua rede de 5g, quando isso aconteceu, não vi nenhum jornal chinês chamando os britânicos de capanga dos americanos, muito pelo contrário, fizeram altos elogios. A postura britânica mudou radicalmente em relação ao chineses depois que os mesmos quebraram o acordo sobre a autonomia… Read more »

Matheus Parreiras

O texto é um pouco exagerado e aparentemente tem a intenção de rebaixar o Reino Unido e seus militares, não da pra levar 100% a sério. Mas é inegável que o Reino Unido é militarmente apenas uma sombra do que já foi, não sendo parte da atual Tríade de poder mundial formada por EUA, China e Rússia, sendo o Reino Unido dependente da Otan para ter ainda alguma relevância no mundo. Arrisco dizer até que a França é atualmente mais forte do que o Reino Unido e mais ativa mundialmente também, o que que é algo inusitado. E a culpa… Read more »

Dalton

Diria Matheus que França e Reino Unido estão no mesmo patamar e ano passado o “Charles De Gaulle” por exemplo operou com navios da US Navy na região do Indo – Pacífico então natural que os britânicos também considerem enviar seu NAe para aquela região ou mais além.

Matheus Parreiras

Dalton em questão de poder naval talvez sejam equivalentes embora a marinha francesa tenha mais navios, o que pode ser mitigado pelo fato da frota de submarinos britânica ser superior. Mas a questão de poder aéreo e terrestre, e em capacidade expedicionária, a França está melhor que a Inglaterra. O que não é uma surpresa já que a Inglaterra vêm aceitando ter um papel mais secundário e depente aos EUA, enquanto a França, embora também alinhada com os interesses da Otan, por vezes ainda demonstra ter uma política externa mais independente, (e nem sempre sensata, como foi no caso da… Read more »

Dalton

Matheus depende de como você realizou a contagem, se você incluiu a Frota Real Auxiliar ou não, se incluiu do lado francês as “fragatas” classe Floreal que são na verdade navios de patrulha, etc, pois não vejo a marinha francesa com mais navios. . A capacidade expedicionária a meu ver é bem equilibrada, com os 2 NAes da classe “Queen Elizabeth” tendo uma capacidade secundária “anfíbia” os 2 “LPDs” embora operem em rodízio e os 3 “LSDs” contra os 3 “LHDs” de tamanho médio da França. . E há um maior número de navios de apoio logístico do lado britânico… Read more »

Matheus Parreiras

Ta bem caro Dalton você venceu, batata frita ?

Peter nine-nine

Foram ambos ridículos na briga que refere, não me leve a mal.

Alan Peter

Com a UE, os gigantes europeus agindo em bloco, se escoraram na OTAN….começaram lenta e metodicamente a reduzir o percentual de gastos com relação ao PIB, e transformaram essa parte economizada em subsídios para seus mercados agrícolas e fabris….decidiram veladamente que a cobertura oferecida pela OTAN era mais que suficiente para defesa, e que o dinheiro economizado, utilizado no próprio país, seria uma boa sacada…pra quê gastar uma nota preta, sendo que se o bicho pegar os EUA virão nos socorrer na hora…novamente o Trump (sempre ele) enxergou a mutreta e meteu a boca no trombone…vejam o exemplo das tropas… Read more »

Filipe Prestes

Alan, Reino Unido e França, somados PIB e população são apenas 1/3 do que são os EUA. Comparando os gastos totais em defesa (em dólares), novamente somados, franceses e britânicos não alcançam nem 1/7 dos gastos americanos. É pedir demais que apenas esses dois países deem as caras pela Europa e se comparem minimamente aos Estados Unidos. A Europa só é forte (há controvérsia) em conjunto e tanto britânicos como franceses, em suas devidas proporções já fazem muito pelo continente e pela aliança (vide a Rússia ali ao lado á espreita) As capacidades destes são limitadas quando comparadas á americana.… Read more »

TeoB

Na verdade entendo o receio Chines de ter PAs de outros países na quele região, fiz uma conta rápida de cabeça… porta aviões da Otan:(não vou me atenrar a capacidades e tonelagem etc…) 11 EUA 2 Itália 1 Inglaterra +1 a caminho 1 França 1 Espanha dai podemos mencionar que além desses tem mais alguns países com grande influencia ocidental sendo possíveis aliados devido a tensões com a china…temos austrália que pode ser equipada com f 35 para seu PH Japão mesma coisa, Coreia do sul mesma coisa, índia com PA um na ativa e outro em construção. ainda cabe… Read more »

JORGE TADEU GOMES JARDIM

A China está mostrando, precipitadamente, suas reais intenções e poderá pagar um preço altissimo por isso. A despeito de seu inegável poderio militar e econômico, quem está, aparentemente, tentando morder mais do que pode mastigar, é justamente ela. Sua economia é fortemente dependente de mercados consumidores ocidentais e, tem grande necessidade de commodities que não produz suficientemente em seu próprio país. Se sofrer um embargo, poderá ruir em termos econômicos e políticos em alguns meses, pois, um povo faminto e desempregado é impossível de controlar. Militarmente falando, ela tem se empenhado em criar atrito em muitas frentes diferentes e, não… Read more »

Fabio Araujo

Jogo de propaganda.

Davi

Eu não consigo enxergar a China sendo capaz de deter uma coalizão USA+Reino Unido+Japão+Austrália+Coreia do Sul. Sem contar países de menor expressão militar ali naquela região que se uniriam também.

Virgílio

Parei de ler no terceiro parágrafo. Impressionante como artigos escritos por chineses têm sempre o mesmo tom.

Farroupilha

O artigo é para mais propaganda chinesa enviesada, que visa fazer os incautos crerem que a China virou a nação mais poderosa do mundo e que o Ocidente é fraco. Claramente tentando desmerecer um país ocidental com poderio bélico. 1- A ida do NAe britânico ao Oriente é para uma clara demonstração bélica e não “política” da presença global desse armamento, ou seja, da sua plena operacionalidade dentro de seu claro objetivo de ser expedicionário. Mais um ponto para o Ocidente. 2- Hong Kong e Taiwan não são peças fora do baralho ocidental. E muito menos a Inglaterra com seu… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Farroupilha
Gabriel BR

O desmanche da Royal Navy está afundando o Reino Unido no desprestigio e gerando questionamentos em relação a capacidade britânica de cumprir com suas obrigações em relação a commonwealth no que tange a defesa.

Gabriel BR

O autor não está de tudo errado, inclusive essa situação( Perda da capacidade militar) já está sendo discutida no parlamento Britânico e estou na torcida para que o desmanche do poderio britânico seja revertido com Urgência.

Luís Henrique

O Reino Unido está muito bem militarmente. É uma potência militar e nuclear e integra a Otan, com muitos aliados poderosos.
Agora, não tem como querer que o Reino Unido tenha o mesmo poder militar da China, que possui PIB 8x maior e população 21x maior.

Gabriel BR

Não está não! Os próprios parlamentares do UK assumem isso abertamente.

Rogério Loureiro Dhierio

A China se esqueceu que os porta aviões britânicos não estarão sozinhos. Comporão uma força aliada em torno de 20 porta aviões. EUA 11 Inglaterra 2 Itália 2 França 1 Índia 2 Japão 2 E ainda acho que eu me esqueci de algo ou alguém para acrescentar na lista. Os Chinas cresceram e de fato representam uma grande força militar más, não estão levando tão a fundo os ensinamentos de Confucio. Estão empolgados e latindo muito antes do que poderiam ou deveriam. Para dar está declaração, precisariam estar equiparados sozinhos com no mínimo a metade dos 20 vasos que mencionei… Read more »

pangloss

O padrão do texto diz muito sobre o governo que o patrocina. Só faltou acrescentar “é verdade este bilete”, para dar mais credibilidade à mensagem.
Como propagandista da ditadura chinesa, nosso Antoniokings produz textos bem melhores do que o desse Zhang Junshe.

Rodrigo Bueno

China passou recibo. Sentiu a pressão.

Alison Lene

Apesar da origem do texto, não falou nenhuma mentira. apenas fatos.

Carlos Campos

é verdade esse bilete

silvio valenzi

Para mim está bem claro que sozinha, a Inglaterra seria atropelada pela China, caso tentasse interferir na questão da reivindicação da China sobre o mar que ela considera territorial. Capanga, peão ou aliado, não importa o nome, não faria diferença em relação à uma força enviada pelos EUA.

Bruno Moura

Os 5 estágios do Luto :  negaçãoraivabarganhadepressão e aceitação , Pelo o que li até agora , a turma está entre a primeira e a segunda. Está década que está começando , será bem divertida .

Frederico Boumann

A China nunca será problema, e falo no sentido mais literal possível, nunca será problema para o ocidente em uma guerra. Simplesmente é impossível a China vencer, e o Partido Comunista sabe disso. A China está brigando por mais espaço, quer rivalizar com os EUA, mas, em nenhum momento partirá para às vias de fato, a China não aguenta um mês de guerra,e sabem por quê? Não há comida para 1,3 bilhões de pessoas. A segurança alimentar é a questão número um na China, tem prioridade acima de tudo, o PCC sabe tanto disso que vem intensificando os investimento na… Read more »

Antoniokings

Pobre Reino Unido.
O outrora orgulhoso Império onde Sol nunca se punha está reduzido a isso.
E decaindo.

Luiz Trindade

O fato é que desde da segunda guerra mundial o Reino Unido virou um empregado político dos EUA. Inclusive em filmes de comédia ingleses se faz uma crítica contundente sobre isso. Chega o presidente norte-americano visitando o Reino Unido e vai no gabinete do primeiro-ministro e dita a política para o mandato dele e o Reino Unido aceita. Infelizmente o Reino Unido desde da Guerra Fria ficou extremamente dependente dos EUA.

Peter nine-nine

Impressionante que 10 pessoas não concordem…. O único país europeu que estrabucha para não ser apanhado pela sombra americana, por vezes sem sucesso, chama-se França, às vezes com bons resultados, às vezes com maus.

GFC_RJ

Isso vem desde De Gaulle, que projetou tal independência como Política de Estado lá nos anos 60, inclusive com certa autonomia à OTAN. Após diversos sucessores, a linha central da Política de Estado se manteve.

Peter nine-nine

A própria CECA, hoje UE, vem de uma ideia parcialmente francesa, com vista precisamente a não entregar por completo a Europa aos Estados Unidos, tal é facto e encontra-se em livros de história. O plano Marshal não era a salvação publicitada e todos os países que inicialmente não o perceberam, rapidamente se desvincularam e pagaram o que tinham pegado. A Europa sabe bem que é hoje uma sombra americana, a questão é quais os países que, aceitando a realidade, controlam pelo menos até que ponto o são.

filipe

Desde a 2ªGM o Reino Unido e os EUA têm uma relação muito estreita, são unha e carne, onde esta os EUA o Reino Unido entra logo em seguida , a semana passada foram os NAEs da US Navy, em seguida seriam os NAEs da Royal Navy, isso foi assim no Iraque, no Afganistão e na Siria, não seria diferente na China, e lembro que a China já foi derrotada várias vezes pelo Reino Unido, os EUA não iriam enfrentar a China sem contar com a experiência do seu criador o Reino Unido.

André Luiz pereira

O Autor é um membro do Partido Comunista da China ( PCC) e está fazendo seu papel. A interpretação é clara entre os insultos a China se incomoda com o Reino Unido se aliando aos EUA. E o PCC tem ressentimentos com o ocidente

Last edited 3 anos atrás by André Luiz pereira
Moisés

Quanto mais inimigos a China cria, mais aliados os Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Austrália e Índia e outros ganham para um possível enfrentamento contra ela própria.

Alex Barreto Cypriano

Comecei a ler pensando ‘ lá vem a versão chinesa do Sêneca em De Brevitate Vitae’ (elegante peça oratória elogiando a vida campesina pra convencer um competidor político a abandonar a turbulenta urbe). Me enganei, é apenas mais do mesmo: a grosseria do entendimento e arte de gente que vive sob um regime totalitário disfarçado. Por isso, pra eles do CCP, não há salvação senão pela guerra, já que a malícia deles é pouco sofisticada…

Alessandro Vargas

Matéria “Chapa Branca”, sem condições mínimas de compromisso com o leitor

Carlos Campos

O Texto coloca a atitude como incoerente, bom se for incoerente parar o expansionismo chinês que rouba o mar de seus vizinhos e ameaça eles, não tem respeito nenhum por direitos humanos nem com os moradores de Hong Kong imagina o que fazem com os Uigures e outros grupos, fala que vai invadir um país pacífico pq simplesmente não aceita sua independência, então eu não sei mais o que é coerente,,,, o autor fala como se china tivesse sendo apenas pressionada pelo fato de não se curvas aos EUA, o que não é a verdade

Fernando OP

Nossa, isso está mais pra choradeira do que pra “artigo jornalístico”. Já dizia o ditado: “quem pode mais chora menos”. Se os comedores de morcego estão assim tão poderosos é só resolverem o problema: coloquem a Royal Navy e a US Navy pra correr! Simples! Kkkkkkk. D-U-V-I-D-O

Peter nine-nine

Não há problema com o Global Times. É verdade que falta imparcialidade na matéria, algo que não é inusitado, muito menos raro, nas matérias da concorrência, esteja ela em que sítio estiver, com as orientações jornalísticas que entenderem. Não ah problema algum porque a matéria está colocada de uma forma claramente opinativa, sem intenção alguma de imparcialidade. Sendo claro, não ah problema algum, não estando edificada com recurso a imparcialidade oculta ou parcialidade disfarçada. Depois, opinativa ou não, o ponto não é onde está o “figado” do autor, mas sim onde está cabeça. Existem de facto afirmações que não estão… Read more »

Peter nine-nine

Sim, claramente o autor iria preferir isso. Mas não é o que o autor diz necessariamente que devíamos estar a absorver do que foi escrito. Repare, que não é opção o Reino Unido “fechar-se” em casa, isso todos sabemos, o que seria bem mais sensato era exercer a sua independência de decisão, em prol de interesses seus e comuns, sem preocupação de chocar com interesses nem tão importantes de um aliado admitida-mente importante. A Hawuai, por exemplo, é um tópico muito mais da pressão corporativista e guerra económica e tecnológica, do que necessariamente de segurança nacional. Se a chinesa oferece… Read more »

Victor Filipe

Se a china der motivos para os Britanicos se rearmarem de verdade, eles conseguem uma marinha bem maior que a japonesa. e isso não seria bom para os chinos.

Carles

Vixe que o china ficou brabo…
Mas o fato é que tem razão. Em poucas décadas nem mesmo os EUA serão capazes de fazer frente à China. Logo, é muita pretensão (e arrogância de antigo colonizador) achar que vai acuar a china pq tem um NAe novo…

Carles

Há anos leio por aqui, mas pouco comento. Sabendo que a maioria dos que aqui comentam são militares, fico na minha pq não entendo do assunto. Estou aqui para aprender. Mas de História eu entendo. Muito me assusta esse amor incondicional que os Oficiais de hoje declaram implicita ou explicitamente aos EUA, como se vê nos comentários. De fazer vergonha aos velhos generais nacionalistas do regime de 64, que embora aliados dos EUA, em regra observavam antes os interesses do Brasil, sem medo de desagradar aos americanos (como no reconhecimento da independência de Angola, que formou um governo socialista). Vejo… Read more »

Rinaldo Nery

Carles, não há amor incondicional aos EUA. Mas, temos muitas missões lá, e, conhecendo os EUA lá vivendo, percebe-se que há MUITAS coisas que podem ser pró Brasil. Os yankees são muito práticos. Eles só querem ¨confiar¨. E, precisam de nós. Nós, militares, por formação e convicção, somos anti-comunistas (e afins). Olhamos a China com reserva, mesmo sendo nosso maior parceiro comercial. Não há nenhum demérito nisso.
By the way: muitos militares brasileiros fazem curso na China. Há tempos.

Carles

Caro Rinaldo, entendo seu ponto de vista. Mas sob o olhar de observador externo, esse tipo de “missão” nos EUA parece mais coisa para ampliar o “soft power” e conquistar “corações e mentes” (parece que está funcionando). Do ponto de vista prático, somos aliados dos EUA desde a 2a. Guerra (em que meu avô lutou em Monte Castelo), e o quê obtivemos de vantagem/auxílio relevante dos EUA? Tecnologia nuclerar? Alemanha. Tecnologia para fabricar aviões a jato? Itália. Submarino nuclear? França. Compra de Fragatas, NAes? Inglaterra e França. Dos EUA só tivemos dificuldades e puxadas de tapete, vide caso Osório. Mas..… Read more »

Tiago

Tem tb a India e a propria Russia tb poderia ou ser neutral ou apoiar a coalizao.

Maurízio Souza e Souza

Imaginemos o Brasil… Imaginemos Salvador, capital da Bahia, com 3 milhões de habitantes vivendo num estilo de vida europeu, enquanto o resto do Brasil mescla a Índia com a Malásia. Vocês acreditam que Brasília iria manter mesmo esse status quo de Salvador? Ademais, tudo que é opinião política tornada pública na China, têm de ter anuência do PCC. Não vejo porquê a surpresa e indignação….

Renato B.

Isso tem mais cara de reclamação e ressentimento que análise. Se eu gostasse de panfleto lia o Olavo.