FOTOS: Navio de Socorro Submarino ‘Guillobel’ em testes
Nosso colaborador Edson de Lima Lucas fotografou o novo Navio de Socorro Submarino (NSS) “Guillobel” da Marinha do Brasil em testes no dia 5 de agosto de 2020.
Em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, o Navio de Socorro Submarino “Guillobel” (NSS “Guillobel”) foi incorporado à Armada no dia 12 de maio deste ano.
Construído por pedido da empresa ADAMS Offshore, no estaleiro Balenciaga, em Zumai, na Espanha, em 2009, o então “Adams Challenge” foi concebido para realizar mergulho profundo. Permaneceu, desde então, operando mergulho saturado nos Golfos do México e da Guiné e, mais recentemente, no Oriente Médio.
O quarto Navio de Socorro de Submarinos da centenária Força de Submarinos ostenta o nome do submarinista Almirante Renato Almeida Guillobel. Hoje, com a bandeira nacional hasteada em sua popa, o NSS “Guillobel” confere robustez ao Poder Naval brasileiro, modernizando a capacidade de resgate de tripulações de submarinos.
A incorporação deste importante meio é um marco para a atividade de mergulho, contribuindo para a segurança das operações com Ações de Submarinos, bem como a possibilidade de incremento do apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
Após a incorporação, o NSS “Guillobel” passou à fase inicial de adestramento operativo, com o objetivo de buscar o seu pronto aprestamento.
Pelo menos dois desse tipo de navio é aceitável.
Dois? Quantos resgates submarinos você espera que tenhamos todos os anos?
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Sds
Imagina um submarino sinistrado em Fernando de Noronha. Quanto tempo levaria para o K120 chegar no local do sinistro? E se tivesse um em Natal ou Aratu? Prestaria apoio tbm aos arquipélagos de Abrolhos, Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo.
Vale lembrar que no nordeste existem muitos acidentes de embolia pulmonar por causa das pescas de mergulho com botijões de gás e compressores, num arranjo Frankenstein, que já causou muitas mortes.
Acidente com submarino é raro de acontecer, e se acontecer, ajuda vai aparecer.
Desculpe, amigo, mas deixar para esperar a ajuda e boa vontade dos outros num acidente nosso é demais pra minha cabeça, se eu fosse marinheiro da MB esperaria contar, primeiro, com ajuda da nossa marinha, o que o colega falou de ter 2 navios-socorro é bastante sensato , quem quer brincar de subnucs tem que ter navios de resgate, e numa costa imensa como a nossa é uma precaução que não é excessiva. Levar equipamentos por avião tb é bem sensato pra mim, devíamos comprar equipamentos de resgate aerotransportado com certeza, nas distâncis gigantescas do mar o avião chega mais… Read more »
Concordo. Veja o que aconteceu a Argentina. Nossa ajuda demorou dias. O deslocamento desse tipo de ajuda é lento.
Caro Mauro. Infelizmente, o acidente com o submarino argentino foi tão grave que uma resposta mais rápida não teria mudado o resultado. O “resgate” posterior permitiu investigar as causas do acidente, similar ao que ocorreu no Kursk. Mesmo nos casos nos quais as tripulações foram perdidas, seria importante resgatar o submarino acidentado para investigar o acidente ou recuperar algum material importante (por exemplo armas nucleares).
sim é lento, só que o problema da Argentina com aquele sub foi o descaso com a manutenção, a tripulação pagou por isso e pela falta de investimento. A MB além de estar construindo seus próprios subs, ainda investiu em um navio de resgate novo. As forças armadas tem varios problemas, mas nisso não temos o que reclamar!
e quando tu viu um acidente com algum sub da MB em aguas brasileiras?
De qualquer modo, é sempre bom estar preparado. Se a ajudar vier, tratando-se de submarinos, ela sempre chegará tarde demais. Não é como quando estraga o teu carro, você para no acostamento e liga para o mecânico vir na hora… Há muita preparação dos dois lados para uma operação desta envergadura.
Vc esquece que de tempos em tempos, todo navio precisa fazer manutenção preventiva, o que pode levar até 02 meses. Se não tiver outro, vamos ter de deixar nossos submarinos docados?
Dada toda falta de recursos da MB a sua proposta é ter dois navios que raramente serão usados (não só porque assim desejo, mas por estatísticas de ocorrências mesmo) por conta de 02 meses de manutenção? Talvez nem se tivesse sobrando muito dinheiro seria bom ter um segundo como contingência, no máximo equipamentos modulares extra, que fossem embarcáveis em navios comerciais para esse tipo de evento ou eventos muito distantes do RJ…
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Sds
Infelizmente é a nossa realidade. Uma vergonha
Não é otimismo, é estatística… Decisões são baseadas em dados, ou deveriam…
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Sds
Olá Fighter. Lembro de uma discussão aqui no PN quando ocorreu o acidente com o submarino argentino. Um oficial da MB explicou que existe um acordo internacional para o resgate de submarinos entre várias marinhas. Portanto, dependendo de onde ocorrer o acidente, será possível contar com o apoio de outras marinhas. Talvez, e isso é uma boa discussão, seria adequado a MB ter um equipamento que pudesse ser levado junto de avião junto com uma equipe de emergência e fosse operado a partir de navios comuns.
Essa solução apontada pelo colega seria a ideal, tanto que foi amplamente discutido por aqui à época do acidente com o submarino argentino. Não ficou claro ainda o porquê de a Marinha seguir operando com um navio dedicado ao socorro. Resta saber se foi por questão doutrinária ou técnico-operacional ou se foi pela costumeira falta de recursos.
E os países contam com o apoio de embarcações civis Offshore caso necessário. A costa brasileira no sudeste têm várias embarcações deste tipo.
De onde vc tirou essa é informação? A Petrobras opera somente duas embarcações de mergulho profundo.
Por mais que alguns colegas (que entendem muito mais do que eu) digam o contrário, na hora da emergência (e falando de submarino, sempre é emergência), o tempo é crucial. É só ver a eternidade que levou para o Felinto Perry chegar no local (Acompanhei seu trajeto todos os dias). O ARA San Juan não tinha oxigênio para mais do que sete dias submerso. Muitos falam que o submarino é um equipamento de dissuasão, o que é verdade, mas quando um país tem apenas um operante, essa dissuasão se torna mais “pra inglês ver”, que só consome recursos, tempo e… Read more »
Só por isso, será construída uma base militar chinesa na Argentina.
Primeiro temos que ter submarinos que funcionem e não só fiquem atracados, e não possam submergir, nem enfrentar o alto mar.
Que boa notícia! Um belo navio e bem equipado para a missão!
O texto menciona que trata-se do quarto navio de salvamento, os 2 anteriores ao K 120,
sendo o Felinto Perry e o Gastão Moutinho, bem conhecidos.
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A corveta Imperial Marinheiro serviu como navio de salvamento por quase 20 anos antes da chegada do Gastão Moutinho e substituiu o Tender Ceará incorporado em plena Primeira Guerra e que também podia ser usado na função de salvamento.
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Não seria o K 120 o quinto navio de salvamento ?
Ai depende a Imperial Marinheiro fazia a função, mas não era um navio de salvamento.
Ainda nos faltam barcos com os recursos da classe Imperial Marinheiro. Navio de socorro em alto mar com boa capacidade de reboque. Ainda foram artilhados como corvetas. A boa tecnologia naval da Holanda ali estava bem representada. Uma versão mais moderna teria muita aplicação na MB. Acho…
Os navios da classe Mearim de Apoio Oceânico comprados recentemente não fazem essa função de socorro em alto mar?
Olá Fabio. Excelente pergunta. Creio que “poderiam” se tiverem o equipamento adequado. Segundo a MB, a classe “Mearim” estão aptos para servir de apoio logístico móvel, patrulha e inspeção nava, e minagem. Já o K120 pode apoiar atividades de mergulho saturado e mergulho dependente de ar.
Verdade, a corveta Imperial Marinheiro foi pensada como uma substituta temporária do Tender Ceará, por 14 anos, e mesmo sendo mais que um navio de salvamento, sua principal função era navio oficina, serviu toda a vida com a força de submarinos.
Excelente iniciativa da MB. Buscar no mercado civil embarcações de grande capacidade, relativamente novas, tem se mostrado muito vantajoso (e econômico) para a MB. Deveriam replicar esse método a um novo navio escola, à meu ver. O mercado mundial está abarrotado de oportunidades como essa. Que fique claro que não estou falando exatamente da mesma embarcação na função de navio escola, ok.
Mudando de assunto, o calcanhar de Aquiles do atual sistema de salvamento é basear-se no antiquado sino, que possui suas óbvias limitações. É preciso avançar, talvez com algo assim para auxiliá-lo:
https://www.uboatworx.com/model/c-researcher
Esse navio tem algumas coisas interessantes que valeria a pena o PN nos trazer com mais detalhes: a propulsão azimutal e a tubulação de saída submersa para os mergulhadores.
Me parece que esse navio é um pouco mais rápido que o antecessor: 15 kt. Não sei se isso é apenas uma velocidade máxima ou ele pode sustentar isso.
Quanto a questão de sistemas de apoio, de fato acho que poderíamos ter mais desses navios, que não prestam somente a socorrer submarinos. Faz-se necessário, como lembrado pelos colegas, a necessidade de equipamentos aero transportados.
Não é tubulação submersa, são camaras hiperbáricas e o sino pra mergulho saturado. Tem Rov?
Paulo,
Esse navio possui uma entrada/saída submersa para mergulhadores, que eventualmente pode ser a mesma usada pelo sino de mergulho, que não é feito pela lateral, mas por baixo.
É deste tipo de compra de oportunidade que a MB precisa. Não de velharias como o NAe São Paulo.
Caro Fewoz. Nos últimos anos, as MB excelentes aquisições, como o A140 e o G40, as três “Amazonas” e os três “Mearim” (sem falar no navio Vital de Oliveira novo e dos SBR também novos). Creio que faz tanto tempo que o A12 foi descomissionado que deve ter colegas mais novos no PN nem conheçam a sua história. Uma discussão importante continua sendo a possibilidade da MB adquirir fragatas de segunda-mão (quando e se forem oferecidas por outra marinha) ou a repotencialização das Niterói remanescentes. Acho que todos concordam que a solução para o problema serão as FCT novas, contudo… Read more »
Sobre o PMG do Tupi, já que a desculpa da MB é vender os IKL por não ter condições de operar 2 classes de subs diferentes, sou favorável a vender todos os subs ( com o PMG do comprador sendo feito aqui ) e usar essa grana pra mais 1 ou 2 Riachuelos.
Uma boa quantidade de subs convencionais pra ir mantendo o mínimo de dissuasão, enquanto as Tamandarés não saem do papel.
Caro Wilber. A MB nunca disse que teria problemas de operar duas classes de submarinos. Tanto que há a perspectiva de manter o Tikuna operando até depois do comissionamento do SN10. Portanto seriam TRÊS classes de submarinos. O problema é conjuntural e está relacionado com a recessão que teve início no fim de 2014 e foi seguida por um período de estagnação (no qual o PIB cresceu a taxas um pouco maiores do que 1%). As análises supunham que após a grande queda do PIB em 2015, haveria uma recuperação econômica tão rápida quando foi a queda (é o que… Read more »
“A MB nunca disse que teria problemas em operar duas classes de submarinos” Se não tinha problema, agora vai ter. E não por problemas técnicos, mas por causa da grana ( ou a falta dela, melhor dizendo ). Ter duas ou mais linhas logísticas distintas pra submarinos não combina com ambiente de austeridade fiscal e pandemia. Como vc mesmo pontuou em seu comentário, crescimento do PIB de 3%, com ou sem Covid, virou promessa. E, sejamos sinceros aqui, só um tolo acha que ano que vem ( ou depois e depois do ano que vem, se formos azarados ) será… Read more »
Caro Wilber. Há uma entrevista de um comandante da força de submarinos (já antiga) que respondia á pergunta do jornalista sobre a escolha do modelo francês, ou isso traria problemas logísticos para a MB e se teria sido melhor escolher o modelo alemão. Primeiro o oficial da MB explicou a questão do casco para o SN10 e em seguida explicou que a diferença entre o 209 e o 214 é tão grande quanto entre o 209 e o Scorpene e que, por isso, não fazia qualquer diferença para a logística da MB escolher o modelo francês ou o modelo alemão.… Read more »
“o Estado é o único agente econômico capaz de aquecer a atividade econômica” Tem um certo….posto Ipiranga aí…que acha que quem vai “salvar” a economia é o setor privado BR. O mesmo setor privado que tá entrando em falência, que está em capacidade ociosa ( como vc mesmo disse ) e que não tem grana nem pra manter as portas abertas, que dirá pra investir em algo. No mundo todo, é o Estado que tá movendo a economia ( don’t tread on me? ), mas pro posto Ipiranga, é o setor privado que fará isso,mesmo que o posto Ipiranga não… Read more »
Olá Wilber. Concordo com quase tudo, só acho que devemos adotar a grafia Ypiranga, em respeito ao passado.
09/08/2020 – domingo, btarde Willber Rodrigues, austeridade é letra morta nas FFAA, como exemplo….. sem entrar no debate…. sexta feira foi realizada a formatura de mais um grupo de guardas marinha, então lhe pergunto, auteridade, não seria a diminuição do quadro. Ouço/vejo postagens que dizem que quem determina a quantidade de militares das FFAA’S é o congresso, ja pesquisei e a unica informação que vi é o limite MAXIMO, não falam em minimo, então acredito, que se aproveitam deste limite para manter as FFAA’S, neste inchaço.
O contingente inchou por conta do governo Lula ( pré-sal ). Foi nessa época que o (congresso) votou o aumento do efetivo.
10/08/2020 – segunda-feira, bdia, sr. Enes, como postei acima, não estou discutindo de quem ou qual governo, e, se voce analizar, TODOS, os governos (ou seja, os congressistas), indiferentes aos partidos e posicionamento politico, só fizeram aumentar o LIMITE de militares nas FFAA’s…. porem, o que nos vimos foi que todas elas, somente aproveitam e aumentaram seu contingente…… não houve diminuição de quadros, e,em função disso hoje temos uma FFAA’s inchada, bem diferente aos anos 60/70, quando ao nivel de MB, possuiamos CT, Destroieres,fragatas, etc…. e hoje???? So contingente sem meios…ou piuquissimos meios para uma Amazônia Azul, e, treinamentos.
Vovô…”CT” e “Destroyer” são sinônimos e se a marinha teve no inventário 15 deles na década de 1960, na média, com exceção de 4 classe “Fletcher” os demais eram pequenos deslocando menos de 2000 toneladas a plena carga e se teve apenas 2 submarinos antigos de pouco valor militar. . Na década de 70 vieram as 6 fragatas e 3 modernos submarinos, mas então a armada soviética que era vista como a grande ameaça parecia que nunca iria parar de crescer e a espinha dorsal da marinha era formada por navios e submarinos da II Guerra parcialmente modernizados como os… Read more »
Mestre Dalton, aproveitando seus conhecimentos, podemos dizer que o ápice da modernidade da MB, depois da 2ª Guerra, foi quando alinhou 5 IKL, 6 Niterói, 4 Greenhalgh, 4 Inhaúma e 1 Barroso?? E depois só foi definhando, a ponto de hoje podemos alinhar 1 IKL, 3 Niterói, 2 Greenhalgh e 1 Barroso, estas 6 últimas bem mais desgastadas do que no ápice?
Isso no tocante a subs e combatentes de superfície.
Bom Nilson, quando a “Barroso” finalmente foi incorporada havia apenas 3 “Greenhalghs” no inventário e ao contrário das “Niteróis”, não foram modernizadas.
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Mesmo assim, as corvetas classe “Inhaúma” ainda eram consideradas novas o que aparentemente garantiria uma boa disponibilidade na década seguinte,o que não ocorreu.
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Diante do grau de percepção de ameaça nulo, após o fim da guerra fria e planos para modernizar A-4s e substituir o
“São Paulo” por um NAe novo no prazo de uns 20 anos me parece que o início da década passada parecia promissor.
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abraços
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Então, quer dizer que se o atual governo votar pra aumentar o efetivo pra 1 milhão de militares pra cada Força, o AltCom vai abrir vaga a rodo? Que desfulpa descarada é essa?
No mais o A-12 era um ótimo navio, que se tivessem feito as reformas necessárias (e caras) no início de sua operação na MB teríamos até hoje um ótimo PA servindo a nossa marinha. Está o Vikramaditya para provar que é possível.
O “Vikramaditya” e o “São Paulo” nunca estiveram no mesmo patamar já que o primeiro foi comissionado em 1987 e pouco navegou antes de ser adquirido pela Índia enquanto segundo foi comissionado em 1963 e foi usado duramente por quase 40 anos antes de vendido ao Brasil. . A Índia pagou 2 bilhões de dólares pela reconstrução do NAe que na verdade era um navio híbrido com a parte dianteira ocupada por mísseis e tanto o valor como a duração da reconstrução superaram em muito as expectativas e foram muito criticadas pela Índia. . Mesmo que houvesse dinheiro para modernizar… Read more »
Lindas fotos, parabéns ao colega que as capturou e enviou. E parabéns a todos os pais que frequentam o Naval, abraços a todos!
sem dúvida, 01 pertencente ao nordeste e outro no sudeste, é perfeitamente imaginável e necessário. Mas para ter 02, começa com 01, esperando que venha mais 01 .
Boa tarde amigos a MB vai comprar
novos navios rebocadores de alto mar??
Falando nisso, hoje tive que ir ao Rio. No retorno, durante o engarrafamento, avistei um negócio preto flutuando e pedi para minha esposa tirar umas fotos. Infelizmente a camera do celular não ajuda em nada, mas pelo menos fica claro o indicativo na vela de que é o S30 Tupi.
2/4
3/5 😛
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Interessante o uso do padrão de pintura/camuflagem dos navios antárticos… A matéria não cita em específico, mas quando coloca a informação de que dará apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), fica em suspenso o entendimento que tenha sido adquirido com recursos do programa PROANTAR, ou estou enganado?!
O Felinto Perry já deu baixa?