Rio de Janeiro, 7 de março de 1808. A nau PRÍNCIPE REAL (84 peças), navio almirante da esquadra portuguesa, acaba de fundear frente ao Largo do Carmo. De imediato é envolvida por uma onda de embarcações de honras e pequenos barcos, enquanto os outros navios da armada portuguesa se aproximam, a nau ALFONSO (64), a RAINHA DE PORTUGAL (74), a CONDE D. HENRIQUE (74) e as fragatas MEDUSA e URANIA (óleo de Geoff Hunt, 1999)

Rio de Janeiro, 7 de março de 1808. A nau PRÍNCIPE REAL (84 peças), navio almirante da esquadra portuguesa, acaba de fundear frente ao Largo do Carmo. De imediato é envolvida por uma onda de embarcações de honras e pequenos barcos, enquanto os outros navios da armada portuguesa se aproximam, a nau ALFONSO (64), a RAINHA DE PORTUGAL (74), a CONDE D. HENRIQUE (74) e as fragatas MEDUSA e URANIA (óleo de Geoff Hunt, 1999)

Por Artur Manuel Pires

No dia vinte e nove de novembro de 1807, em Belém, na zona ribeirinha de Lisboa, a família real e a corte portuguesa preparavam-se para embarcar para o Brasil.

As tropas de Napoleão Bonaparte, coligadas com Espanha, que tinha perdido a sua independência, tinham invadido Portugal há pouquíssimos dias atrás e, depois de derrotas, empates e vitórias com o exército português, marchavam a toda a brida para a capital.

Era por esta razão que o Senhor D. João VI e a sua família, encabeçada pela Rainha Mãe e o governo, símbolos da nossa soberania, iam ser transferidos para o outro lado do Atlântico, para que a Pátria conservasse a sua independência, subtraindo-se ao destino de quase todos os países europeus, que tinham tombado sob os estandartes das invasões francesas.

A ideia de transladar a sede do governo e, portanto, a soberania para um território ultramarino fora da Europa, não era nova, tendo sido equacionada já por D. João IV e, inclusivamente, pelo Marquês de Pombal.

Esta ideia, implementada na conjuntura napoleónica, passava pela existência de territórios ultramarinos, que Espanha, por exemplo, também possuía, e por uma estratégia marítima assente no pressuposto de que havia mais pátria para além do território europeu, que Espanha igualmente possuía.

Mas, se substituirmos marítima por atlântica, o caso espanhol começa a complicar-se, dado que, excetuando as Antilhas e o México, o seu império americano estava maioritariamente concentrado no lado do Pacífico.

Os portugueses que embarcavam naquele dia, quase invernoso, de finais de Outono, em Lisboa, sabiam que tinham à sua espera uma costa com sete mil e quinhentos quilómetros de extensão para aportarem e um território que já era quase metade da América do Sul para desembarcarem, feito de um litoral ameno, planícies férteis e montanhas suaves.

Embarque em Lisboa do Príncipe Regente, D. João VI, para o Brasil, no dia 29 de novembro de 1807. (gravura de Francesco Bartolozzi, 1813)

Os espanhóis tinham a outra metade da América do Sul, que, à exceção das pradarias férteis dos pampas e da bacia amena do Rio da Prata, era dividida de alto a baixo por uma espinha dorsal formada pelos Andes, no meio da qual se acantonavam em altitude as suas cidades, para as quais era necessário transportar tudo no lombo de mulas, até oxigénio.

E o pior, não era o inóspito da geografia, mas o relacionamento que Madrid tinha com os seus vice-reinados americanos, assente na rivalidade explicita entre eles e na sua incompreensão dos problemas da metrópole europeia, o que impediu Espanha de adotar a estratégia de Portugal, de se transferir para o outro lado do Atlântico, facto aproveitado por Napoleão para anexar o país, e depois para tomar posse da Luisiana espanhola, a norte do México, para a vender aos norte-americanos, e desta feita para sempre.

A coroa portuguesa esteve no Brasil o tempo suficiente para produzir resultados relevantes para o território, para Portugal e para a Europa.

Efetivamente, durante aquele período, o continente europeu reconfigurou-se significativamente, com as sucessivas vitórias e derrotas de Napoleão, seguido do formato geográfico, político e social, saído da Conferência de Viena entre 1814 e 1815, assente no (re)fortalecimento das antigas casas monárquicas reinantes, e no equilíbrio de poderes, com o contributo português a chegar à mesa das negociações desde o Rio de Janeiro.

Este lado exótico permitiu a Portugal preparar a sua inserção na vida continental, em moldes diferentes dos restantes parceiros europeus, nomeadamente através da feição liberal, que os cariocas, os reinados de D. Maria II, nascida no Rio, do seu filho D. Luís e do seu neto D. Carlos, disseminaram numa Europa maioritariamente conservadora e autoritária, constituída por cortes quase absolutistas.

Uma das consequências maiores da estadia da coroa portuguesa no Brasil foi a independência do território, num processo que nunca atingiu as perturbações trágicas das secessões americanas em relação a Madrid e que, inclusivamente, foram depois passadas aos novos países independentes e vizinhos.

Na América espanhola, o cativeiro do rei em Madrid, refém às ordens de Napoleão, associado à difusão das ideias deste pelo continente, vão fomentar um processo de independência confuso e tumultuoso, onde os caudilhos, os exércitos e os mercenários vagavam entre os pântanos, as cordilheiras, os desertos e a selva, à procura de causas.

A batalha de Ayacucho, nas Pampas de Quinua, que marca em 9 de dezembro de 1824 a independência do Peru, foi travada entre um exército de peruanos leais à coroa espanhola e um exército de libertadores, composto maioritariamente por argentinos e colombianos.

Os vice-reinados espanhóis tornaram-se repúblicas independentes, sem que um único monarca espanhol tenha visitado aquelas possessões, em mais de três séculos de história.

Mas agora, a vinte e cinco de abril de 1821, no cais do Rio de Janeiro, o Senhor D. João VI prepara-se para regressar a Portugal.

No 25 de abril de 1821, descendo a rampa no Cais do Valongo (hoje aterrado na Praça Quinze), no Rio de Janeiro, a Rainha Carlota Joaquina, embarcava de regresso a Portugal. (aguarela de Jean Baptiste Debret, 1834)

Naquela altura, o Rio de Janeiro era a Paris dos trópicos, sobretudo porque tinha vindo a receber os expatriados republicanos franceses, caídos em desgraça pela reviravolta conservadora e monárquica ocorrida em França, e que levou para a cidade um contingente notável de artistas, arquitetos, cientistas, livreiros, modistas e chapeleiros.

Já no mar, o rei ainda foi capaz de divisar a terra que deixava para trás e que em breve seria um país independente, com lugar marcado com a sua história entre as grandes nações do mundo.

Pela frente ficava Portugal, onde o liberalismo tinha penetrado, empurrado pelos canhões franceses e, portanto, era quase sinónimo de estrangeiro.

O mundo, mesmo nas xácaras cariocas, não tinha parado e as coisas em Portugal começavam a complicar-se, com o país ocupado pelo exército inglês, quase tão opressivo quanto o francês, e os postos de governação, as benesses e privilégios de toda a ordem, a serem disputados entre os que tinham permanecido no Reino e os que regressavam do Brasil.

Esta disputa, porventura, mais do que a rivalidade entre as mentalidades e políticas dos dois irmãos, Pedro e Miguel, filhos de D. João VI, iria precipitar Portugal numa guerra civil.

Entretanto, numa daquelas cenas maravilhosas de que só a história é capaz, em pleno Atlântico Sul, a embarcação que transportava o Senhor D. João VI de regresso à Europa, depois de treze anos no Brasil, escorraçado pelas invasões napoleónicas, passou rente à ilha de Santa Helena, onde dias antes, em cinco de maio, tinha morrido, abandonado por todos, Napoleão Bonaparte.

FONTE: Revista de Marinha

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sub urbano

Ainda bem que a corte portuguesa veio ao Brasil. Caso contrário hoje seriamos uma Venezuela grande. A cultura do funcionalismo publico trazida pela familia real permitiu que uma casta de pequenos privilegiados formasse um bastião reacionário contra o caudilhismo de direita e o populismo de esquerda.

Jagdverband#44

Sinto muito amigo, mas seriamos uma Angola da vida se não houvesse a imigração alemã e italiana.

Antonio Palhares

O português foi competente em nos legar um território imenso que, ao contrário da América Espanhola não se fragmentou em dezenas de países governados por caudilhos. E Deus foi generoso em inspirar a imigração de Italianos, Alemães e Japoneses para o Brasil.

elcimar fulgencio menassa

por isso estamos nessa situação até hoje, essa parte de pequenos “privilegiados” que se enraizou naquela época, esta ai até hoje, a casta, dos que querem se perpetuar no poder ,em pleno século 20 …não sei se a historia seria diferente sem este episodio ,mas a bagunça que se estalou no funcionalismo esta até hoje, virou doença sem cura. claro outros setores também tem sua parcela de culpa. mas estou me atendo a essa narrativa do texto.

Willber Rodrigues

Claro, vamos ignorar que essa mesma casta de pequenos privilegiados que impediu a maior distribuição de renda e formentou uma desigualdade escandalosa, tudo em nome do “combate” ao “caudilhismo e a esquerda malvadona….”

nonato

Aí, há um equívoco. O serviço público gera distribuição de renda. Ninguém fica rico no serviço público, mas pode-se ter um salário razoável com estabilidade. Iniciativa privada é incerteza e baixos salários. O policial rodoviário que ganha dez mil reais por mês bruto não é rico. E certamente não é filho de empresário, ou de médico bem sucedido. É mais provável que seja alguém de origem mais humilde que estudou e subiu na vida. Se tiver pais e irmãos pobres, provavelmente terá que ajudá-los. Isso é distribuição de renda. O mesmo se aplica ao juiz. Qualquer pessoa pode ser um… Read more »

IAPPE

Distribuição de renda, que linda fala. Se a iniciativa privada ganha mal. Então estatiza tudo, viramos a nova união soviética a lá brasileira. Que agora vai dar certo, por que o comunismo e o socialismo não deram certo até hoje por que ele não foi empregado corretamente. Sou filho de funcionário público, sobrinho de funcionário publico, e não defendo em nada o funcionalismo público. Por que no final, ganha-se mais que na iniciativa privada e produz menos que a mesma. A grande verdade é que quem poga a conta por toda essa injustiça social com o dinheiro do contribui-te é… Read more »

Funcionário Concursado

Meu filho estude e não fale besteira, quem parasita são os nomeados para cargos em comissão, não precisam estudar nem ter formação, são simplesmente colocados lá e esses não serão atingidos por essa reforma. Os funcionários do executivo, alvo da reforma, são todos concursados, estudaram para isso.

Emerson Musskopf

Me desculpe amigo, mas essa falácia sobre o funcionalismo público é vendida aos quatro cantos pelos políticos, especialmente os mais corruptos, pois aonde eles ainda não conseguem roubar, tem-se a mão de sérios funcinários públicos concursados e estáveis, uns poucos que ainda resistem… Assim que esta última barreira for rompida, os bandidos de esquerda, os centristas e os de direita estarão com seu caminho livre… Independente da corrente partidária, todos querem é se locupletar com dinheiro produzido por nós da iniciativa privada, o resto é conversa fiada vendida de 2 em 2 anos pelos candidatos, que deixam de fazer concurso… Read more »

Willber Rodrigues

A imensa maioria dos brasileiros ganha salário mínimo. O alto funcionalismo público ( presta atenção, to falando do alto funcionalismo público ) ganha de 20 conto pra cima. E quem paga por isso? A imensa maioria que ganha salário mínimo. Que diabo de distribuição de renda é essa? Mas, ao contrário da maioria, eu não coloco funcionário público no mesmo balaio de “improdutivos e caros”, sei separar o que é funcionário público “chão de fábrica”, de desembargador, cargo comissionado ou alto funcionalismo público. Minha mãe é professora desde antes de eu pensar em nascer. Tenho 2 tios PM’s em BH.… Read more »

Camargoer

Caro Wilber. Segundo dados do Ipea, o salário médio do funcionalismo público civil do executivo federal é um pouco maior que R$ 8 mil. O salário médio do legislativo é um pouco maior e o judiciário tem o salário médio mais alto. A maioria dos funcionários federais tem nível superior inclusive com pós-graduação. O salário médio do funcionalismo municipal é cerca de R$ 2,5 mil, sendo a maioria dos funcionários ligados ao ensino infantil e fundamental e á saúde básica. A maioria dos funcionários municipais tem ensino médio. Segundo dados do MEC, o salário médio no Brasil (público e privado)… Read more »

Rinaldo Nery

Até o Toffoli é juiz…

Alexandre Esteves

Ele nunca foi juiz. Ele está lá por indicação política, não por “notório saber jurídico”.
Será que seria capaz de passar no concurso público à magstratura?

Paulo Drusnam

nem de futebol ele é juiz

Marcelo Baptista

Jesus, vc trabalha rapaz?
Desculpe, mas seu discurso é de alguém que vai virar funcionário publico, não por gosto profissional, com um Militar, Juiz, Policial, Professor ou Enfermeiro, por exemplo.
Mas vc vai ser aquele cara atrás do balcão que com cara de mal amado, que vai nos atender com ma vontade. O típico Barnabé. So está lá para receber salario.

Moriah

Para mim, a política de Portugal, diferente da espanhola, visava desde o início essa possibilidade de trasladar a sede do império português para Salvador ou Rio de Janeiro. A própria indenização dos capitães-donatários feitas por D.José I, provavelmente sob influência do Marques de Pombal, facilitou essa operação de alguma forma.

Last edited 3 anos atrás by Moriah
AMX

O rei espanhol, por pouco, não veio para a América também. Ao saber disso, a população cercou o palácio e o impediu.
Não me recordo se foi Fernando VII ou Carlos alguma coisa.

AMX

Velha mania de atribuir a Portugal a culpa por tudo de ruim no Brasil.
A “preguiça” dos indígenas acaso não conta?
Já deu tempo de mudar muita coisa. Se não mudou, é porque não se quis.

Alexandre Esteves

Arisco dizer que seríamos 3 ou 5 países diferentes: PR, SC e RS formariam um país; BA e SE, outro; MG, SP, GO, TO, ES E RJ, outro; PE, PB, RN, PI e CE formariam a Confederação do Equador; MA seria independente (e francês); PA, AM, RR e RO formariam a República do Grão-Pará (sem o AP que ou seria um país independente ou seria outra colônia da França).
Neste universo ucrônico, o AC pertenceria à Bolívia, e o Mato Grosso (do norte e do sul) ao Paraguai.
A América portuguesa seria muito menor do que é hoje em dia.

Jagdverband#44

Que bom que a corte mais corrupta e atrasada da Europa.
Graças à ela hoje temos a cultura do bacharelado e a corrupção em nosso DNA, fora outras coisas como o STF etc etc.

Hcosta

E de onde o senhor tirou essa informação?
E se Portugal é o único responsável pelas coisas más, não seria também responsável pelas coisas boas?
Agora a corrupção é culpa dos genes.

Jagdverband#44

Conhece os outros países da américa latina?
Já percebeu como seus povos são 10x mais patriotas que o nosso?
Tirei essa informação da realidade na qual vivo.

Blind Mans Bluff

Tirou uma conclusao sem usar o cerebro.

Kemen

Nunca foi culpa de genética.

Kemen

Caro Jagdverband#44, a corrupção é uma questão de educação, respeito ao herário público e perfeita compreensão do que representa a pátria e os poderes eleitos e temporarios vigentes escolhidos pelos cidadãos.__ Afirmar que é coisa de DNA, ainda que imaginário, denota tendência de afirmar que o cidadão corrupto, delinquente ou criminoso não tem alternativa, seguirá o que esta nos seus genes, dai não poderia ser processado nem preso.__ Existiu uma teoria que não foi aceita de que criminosos e assasinos costumazes teriam nos seus genes essa tendência, mera tentativa de tornar os seus julgamentos mais brandos e aceitar que não… Read more »

Francisco Bastos

Sendo que Ingleses, franceses, espanhois ,italianos e holandeses colonizaram vários países da Ásia, África e América do
Sul e esses países não tem corrupção. Tá bom, agora pode ir tomar o seu todynho.

Antonio Palhares

Nós tivemos tempo, mais do que suficiente para nos livrar destas práticas imorais.

Willber Rodrigues

Para o bem e para o mal, D. João, além de ter passado a perna no cabo da Córsega, é graças a ele que hoje somos o 5° maior país em território do mundo, e não meia dúzia de pequenos países falando a mesma língua.

Jagdverband#44

Wilber, respeitando sua opinião sobre o tamanho do nosso país, pergunto:
Acha que essa cultura/herança administrativa portuguesa serve para administrar/desenvolver uma país de grandes dimensões como se tornou o Brasil?

Willber Rodrigues

Vejo muita gente falando que, se fosse-mos colonizados por outro país, o Brasil seria melhor. Ou, se fosse-mos colonizados pelos ingleses, o Brasil seria um EUA do Sul. Talvez eu seja meio romântico,mas eu sou do tipo que se orgulha da herança cultural que veio da mistura do índio + negro + portugues, e de.todos os povos que vieram pra cá e contribuíram pra isso. Somos um país culturalmente bonito, e graças a vinda de D. João, hoje temos 5 milhões de km2 a nossa disposição. Sobre a corrupção, lei de Gerson e jeitinho brasileiro, ou os mal hábitos da… Read more »

Allan Lemos

Culpa exclusivamente nossa?De jeito nenhum.O Canadá e os EUA são nações desenvolvidas por causa de sua herança britânica(e também francesa no caso canadense),nós,e também o resto da América,somos subdesenvolvidos muito em parte por causa da nossa herança que tem origem em dois países de segunda classe.

Wilson Look

E o resto das nações que fizeram parte dos impérios britânico e francês.

Last edited 3 anos atrás by Wilson Look
Allan Lemos

Eles não passaram pelo mesmo processo de colonização britânica pelo qual os EUA e o Canadá passaram,e nem foram tão importantes para a Coroa.

Wilson Look

Então porque a joia da coroa inglesa, não é o mais desenvolvido?

Estamos independentes a 198 anos, se o Brasil está na situação que está não é por causa da colonização, sendo que o Brasil era a joia da coroa portuguesa.

Allan Lemos

A qual país você se refere?As principais colônias britânicas(EUA,Canadá,Nova Zelândia e Austrália) são desenvolvidas.Os demais passaram por processos diferentes.Não importa se estamos independentes há 1000 anos,a colonização portuguesa sempre terá alguma influência.

Wilson Look

Sério que nunca ouviu essa expressão? Ela se refere a Índia, e sobre o processo de colonização a Austrália era no início uma colônia penal tendo recebido uns 168 mil prisioneiros. E no caso dos EUA eles tinham uma grande autonomia da metrópole e entre eles, algo bem distinto.

Wilson Look

Influencia essa que depende do povo, se será boa ou ruim. Quem decide o destino é o povo no presente não o passado, que já morreu e nem o futuro que não nasceu.

Allan Lemos

Wilson,compare uma pessoa que nasce na favela e estuda em uma escola pública com uma que nasce no Leblon e estuda em uma escola cuja mensalidade é de 10k reais. Qual das duas você acha que terá melhores consições de,no futuro,se tornar um grande médico ou juiz? É óbvio que uma pessoa que nasce em uma favela,através de muito esforço e dedicação,pode vir a se tornar um grande médico ou juiz,há exemplos disso,mas para ela vai ser muito mais difícil,a sua origem ruim(ter nascido em uma favela) vai sempre ser um empecilho ao seu desenvolvimento,e causará uma série de eventos… Read more »

Wilson Look

Portugal era uma nação de primeira classe quando começou a colonizar o Brasil, e a Inglaterra era de segunda, a ascensão da Inglaterra vem no século 18, sendo que no século 16 quem mandava no mundo era Portugal e Espanha, mas desses dois Portugal foi o que mais chegou perto de uma dominação mundial, principalmente o domínio das rotas comerciais. Os EUA só se tornaram o que são pelo esforço de seu povo, não teve nada a ver com essa lógica que você falou, se tivessem ficado se lamentando da colonização inglesa, nunca teriam chegado aonde chegaram, e mais entre… Read more »

Hernâni

Mais uma vez completamente de acordo! mesmo aqueles fabulosos USA tão desenvolvidos e saídos de uma colonização de primeira também praticamente exterminaram os povos nativos e conservaram o racismo e problemas sociais que metem dó…

Allan Lemos

Portugal e Espanha,apesar de serem economicamente fortes,nunca foram nações de primeira classe com grande influência na cultura europeia da forma como Inglaterra,Itália e França foram.

Wilson Look

Não se pode classificar as nações em primeira classe baseado apenas na influencia que tiveram em outras, mas se é influencia que quer, foi Portugal que mostrou a importância do domínio do mar, que criou táticas de combate naval, quebrou o mundo muçulmano ao meio, e levou os demais países da Europa a perceberem que a grandeza vinha pelo domínio dos mares.

Portugal é uma nação pequena, mas que causou um impacto no mundo totalmente desproporcional ao seu tamanho.

Kemen

Gostaria de saber qual a influência dessas culturas nas culturas de outros paises?__ As influências culturais foram as do Império Romano (lingua, leis e aspectos gerais culturais) e Grego (lingua e politica) nas linguas de varios paises que hoje falam linguas latinas, inclusive o ingles tem algumas palavras de origem latina, as leis tem alguns principios italianos a democracia foi herdada da Grecia, de resto são filminhos, modêlos de vestimentas e músicas nas ultimas décadas coisa sem muita importância.__ A esqueci, a Coca Cola norte americana, grande influência cultural!

Last edited 3 anos atrás by Kemen
Kemen

Era? O IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) de Portugal é 0,85 o nosso é 0,761, no que se refere a população em geral, eles estão melhor que nós.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_Human_Development_Index

Wilson Look

Leve no sentido de que Portugal foi a primeira nação a ter a possibilidade de dominar o mundo na época, eu admito que não usei as palavras mais adequadas, para expressar o que eu queria.

Hernâni

Muito bem wilson basta olhar para a joia da coroa inglesa para responder a muitos comentários tristes que se vêm por aqui. O Brasil herdou de Portugal uma língua e uma cultura forte com um território gigantesco conseguido por uma metrópole que tinha à volta de 4 ou 5 milhões de pessoas! Alguém conseguiu melhor na Europa?

Kemen

Os E.U.A.N. não tiveram somente colonização britanica. Tchau.

https://en.wikipedia.org/wiki/Demographic_history_of_the_United_States#Population_growth_projections

Willber Rodrigues

A forma de colonização dos EUA e Canadá foi bem siferente da brasileira, e do resto da América do Sul.
Obivamente, essa siferença explica, em partes, nosso histórico de desigualdades e de termos uma casta de altos funcionários públicos/militares/políticos parasitas, e de termos uma alta desigualdade social, mas não é totalmente desculpa.
Continuo defendendo que é sim, culpa NOSSA, enquanto povo, e cabe a NÓS resolvermos isso.
Ficar culpando os portugueses, ou quem quer que seja, pela nossa forma de colonização, não vai nos levar a lugar nenhum, e nem vai resolver nosso histórico de problemas.

Allan Lemos

Espere sentado “nós” resolvermos alguma coisa.

Kemen

Caro Willber Rodrigues, concordo em parte na parasitologia de alguns, mas não são todos, valeria separar o joio do trigo (e não sou funcionário público), o maior número de parasitas são os não concursados, indicados para dirigir sem competência alguma, postos estratégicos e chaves da administração pública.__ E continuamos tendo exemplos com indicados, que apresentam curriculos falseados que atribuem competências e diplomas inexistentes, desmentidos pelas respectivas instituições internacionais.

Willber Rodrigues

E sobre seu exemplo do Canadá e EUA serem “assim” por herança da colonização britânica…porque TODOS os outros países que foram colonizados pela Inglaterra, ou outras potencias européias na época, não viraram um “Canadá 2.0”?

João Bosco

Formas de colonização diferentes: os EUA e o Canadá foram colônias de povoamento, assim como a Austrália e a Nova Zelândia, no qual os colonos tinham que se virar e mal tinham a presença da metropóle – que na maioria dos casos era para a cobrança de impostos, pois estas tinham praticamente a mesma estrutura dela e forte presença militar- e assim não tinham muita importância para Londres . Já o nosso pais, de dimensões continentais assim como os EUA, o Canadá e a Austrália teve um processo de colonização diferente: colônia de exploração. Como suas metrópoles não eram industrializadas,… Read more »

Hcosta

A sério? De que forma a colonização Britânica foi diferente da Portuguesa?
Estamos a falar do séc. 18 e todos as potências utilizavam as colónias para se enriquecerem.
E parece um bocado difícil de acreditar que a política económica do séc 18 tenha repercussões até ao dia de hoje.

Matheus S

A sério? De que forma a colonização Britânica foi diferente da Portuguesa?”

Muito diferente. A colonização britânica era essencialmente exploratória, ao contrário da portuguesa que buscavam disseminar o cristianismo mundo afora.

Não é atoa que os britânicos são chamados até hoje de piratas pela população dos países ibéricos.

Matheus S

O Brasil nunca foi uma colônia. No dia em que os brasileiros descobrirem Loryel Rocha e o Instituto Mukharajj Brasilan(IMUB) este país vai conhecer a própria história, e só aí vai ter uma chance real de mudar. Porque quem não conhece Portugal não entende o Brasil, e não sabe qual a direção certa do Brasil.

Alison

Finalmente entendi de onde vem esses absurdos que aqui e acola vc posta…

Kemen

Os britanicos não precisaram descobrir o ouro e prata, seus corsarios (piratas a serviço da corôa britanica) saqueavam tudo de valor das vilas e cidades dos espanhóis e portugueses e dos navios que levavam os tributos para a Europa, os franceses roubavam pau brasil e madeiras nobres.

MestreD'Avis

Allan, não se esqueça que esses dois paises de 2ª classe chegaram primeiro que os que você chama de 1ª classe. Esse país de 2ª classe, com todos os seus defeitos, pobre, atrasado, isolado dos centros evolutivos da Europa e uma população de 1 Milhão de pessoas em 1450, chegou onde as “super potencias” da altura não chegaram. Foi mal gerido? Muito! Cometeram erros? Imensos! São culpados? Se o ajuda a dormir melhor…

Hcosta

Só para realçar: Índia, Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Egipto, Zimbabwe, etc…
Todos países exemplares.
E o Canada e Austrália nunca foram prioridades para o Império.
E gostava de saber de que modo os processos de colonização foram assim tão diferentes.

Last edited 3 anos atrás by Hcosta
sub urbano

O Zimbabwe tinha ouro, o Canadá só tinha indios e gelo rs… em tempo, Portugal tentou invadir o zimbabwe no século XVII, se envolveu até em uma guerra civil lá, mas apoiou o irmão errado kkk e quem foi era casca grossa, estilo bandeirantes mesmo, é dos poucos casos em que nativos africanos venceram uma potencia europeia, o outro q me lembro foi o Imperio Etiope contra os italianos no seculo XIX se bem q a etiopia sempre foi meio africana meio asiatica mesmo, já o zimbabwe é puro sangue

Kemen

E ainda tem “puro sangue” hoje?__ Etiópia esta “meio asiática”… vou avisar da mudança aos professores de geografia.__Haile Selassie se levantou do seu túmulo!

Kemen

A colonização inicial da América do Norte teve por objetivo os mesmos, dominar os territorios indigenas, mas a diferença foi que na America do Norte a dominação foi por exterminio mediante guerras e na America Latina foi por aproximação e tentativas de evangelização dos indigenas.__ Na America do Norte o exterminio continuou de diversas formas, atacando e confinando os sobreviventes em reservas que eram verdadeiros campos de concentração, na America Latina se estabeleceram limites de expansão colonial.pelas coroas sobre alguns territorios indigenas (algumas vezes foram desrespeitados pelas administrações locais).__ Vale lembrar a tentativa dos 7 Povos das Missões, estruturas criadas… Read more »

Matheus S

Negar características culturais é uma ignorância, conforme os demais estão objetivando, mas isso não explica totalmente o nosso atraso. Os ibéricos e latinos ocupam profissões mais estatais, seja militar ou funcionário público. Já os libaneses, árabes e judeus, tem uma tendência muito maior para o comércio, para o capitalismo que tantos defendem. A herança cultural certamente exerce influência sobre a realidade hoje, o ibérico prefere estabilidade do que excesso de trabalho, ao contrário do anglo-saxão. O brasileiro é um povo mestiço, no final das contas: branco: de muitos países europeus portugueses, espanhóis, ingleses, italianos, alemães, holandeses, etc. amarelo: índios de… Read more »

Kemen

Pois é Matheus S, sugiro que esqueça o que leu no livro Mein Kampf.

Kemen

Os Ibéricos sempre foram desbravadores, aventurando-se em pequenas naus nos mares arriscando destinos incertos, começou bem antes do descobrimento da América, uma tradição maritima inegavel, a primeira volta ao globo provando que a terra era redonda a custa sempre de muitas vidas, isso era e é até hoje tradição cultural e também dos venezianos em menor grau.__ Portugal navegava pelas costas africanas, chegou a India e até ao Japão, a Espanha até as Filipinas e ilhas mais ao norte, sem mencionar a eterna discusão sobre a descoberta do continente australiano alegação forjada pelos anglos, e tudo isso em naus de… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Kemen
Hernâni

Por isso é que este tipo de respostas revelam pessoas de segunda classe!!! deve ter herdado genes de asno, por isso perduraram tantos séculos…

Kemen

Achar que a colonização da América do Norte foi feita exclusivamente por britânicos é não conhecer a história norte americana, e se basear apenas nos seus filmecos e a propaganda de Beverly Hills, povoaram aquela região os britânicos, escoceses, irlandeses, africanos, italianos, franceses, mexicanos, espanhois, cubanos, alemães, chineses, japoneses, poloneses, etc.__ Justificar os males de um pais voltando-se contra quem lhe deu origem, tentando justificar a incompetência de seus eleitores em escolher corretamente seus mandatarios e a incompetência das administrações locais depois de quase 200 anos?__ É cômico! Alias ter um PIB entre os 10 maiores torna o pais ruim… Read more »

Francisco Bastos

A Índia foi colonizada por ingleses, e veja no que deu…

Pedro

Cara, tenha certeza que, se cada regiao do Brasil hj fosse um país, estariamos muito melhor que como um unico país. Esse mesmo gigantismo nosso nos levou ao “deitado eternamente em berço explendido” e por isso sempre patinamos e sempre somos o país do “futuro” pois o presente nunca quer fazer sua parte ou olhar os erros do passado.

Willber Rodrigues

Praticamente todos os outros países da AS ainda tem pendencias fronteiriças com seus vizinhos, e algumas vezes, até entraram em guerra por conta disso.
O Brasil é literalmente o único país que não possui pendência fronteiriça com seus vizinhos, e não teve que entrar em guerra com eles por causa disso.
Será mesmo que estaríamos melhor se fosse-mos meia dúzia de países independentes entre sí?

MestreD'Avis

Wilber, respondendo como Português, e sabendo que vou ser criticado. O que D. João fez foi estategicamente de génio. Permitiu que Portugal continuasse como um reino independente tanto durante a invasão Francesa, como depois tirou da coroa Inglesa qualquer pretensão em administrar o território. Para a época, não interessa onde o Rei estava no reino, desde que não estivesse prisioneiro dos Franceses. Quanto á influencia para o Brasil, se Portugal tivesse perdido a independencia no inicio do Séc XIX, continuariam as fronteiras nos mesmos moldes? Seria um conjunto de reinos mais pequenos com destinos distintos? Se fosse, seria melhor ser… Read more »

Willber Rodrigues

Concordo com praticamente tudo que você disse. O que Portugal fez no Brasil não foi perfeito, e eles fizeram muita coisa errada por aqui. Mas graças a vinda do D. João, que hoje não nos fragmentamos em meia dúzia ( ou mais ) de pequenos países na AS. E arrisco dizer que, caso isso acontecesse, a possibilidade de que esses países tivessem problemas fronteiriçoa entre sí e que fossem pra guerra seria altíssima. Teríamos o mesmo problema da África, onde a descolonização gerou várias guerras e conflitos por causa de fronteira. Arrisco dizer que isso faria a América do Sul… Read more »

Mestre D'Avis

Se você comprar a América do Sul com outros continentes, acaba por ser uma região muito estável. Qual foi o último conflito armado de relevo entre países na América do Sul? Comparando com África, Ásia ou mesmo Europa parece uma região estável. Como você diz, o Brasil é o Brasil por ter as fronteiras relativamente estáveis e a dimensão territorial e populacional que tem. Se fossem 5 países mais pequenos, as desavenças seriam certamente maiores e nem todos juntos teriam a importância geopolítica mundial que têm hoje.

nflopes

Alguns fatos:

  • A idéia de transferir a corte para o Brasil já havia sido pensada.
  • O Brasil começou em 1808, antes só exploração.
  • O navio principal tinha aprox 1150 passageiros e tripulantes.Imagine-se a higiente a bordo.
  • O Brasil não se fragmentou devido ao imperador e ação da esquadra que eliminou rebeliões.
Pablo Maroka

Odor de suor, vomito, urina e fezes corria solto.

Kemen

Como sabe?__ Banhos se tomam com a agua salgada do mar, residuos e detritos se lançams ao mar. Imaginar que um navio que transportava a familia real não tinha um enorme número de serviçais para limpeza, refeição, banhos, massagens, leituras, penteadeiras, bordadeiras, costureiras, lavadeiras, a guarda real, e tudo que fosse necessario é pensar pequeno.__ Eis porque tinha grande número de passageiros e tripulação, com certeza esses serviçais não deviam ter bons lugares para repousar, mas a realeza sim, com certeza.

Last edited 3 anos atrás by Kemen
Willber Rodrigues

Na época, banho era anual. A ojeriza por D. joão a banho é sabida por todos. O Rio de Janeiro era, na opinião de todos que chegavam na cidade a época, um esgoto a céu aberto. Os navios da época estavam longe de serem os lugares mais asseados da Terra. Banho de mar era, até uns 100 anos atrás, totalmente desaconselhável pelos médicos. Era, de modo geral, mal visto. Carlota Joaquina e todos da comitiva tiveram que raspar o cabelo, por conta da infestação de piolhos. Tudo isso foi bem documentado por historiadores. Com um histórico desses, é surpreendente que… Read more »

Kemen

Caro Willber Rodrigues, esqueça a “ojeriza por D. joão a banho é sabida por todos”, para inicio acha que nenhum dos 1.1150 tomava banho, aliás esse costume da realeza não ser muito afeita a banhos veio da côrte francesa que preferia se perfumar a se banhar, sabia?__ Na época esgotos a céu aberto existiam até em Londres e Paris não era só no Rio de Janeiro sabia?__ Piolhos existiam em todas as naus européias.___ Muitas senhoras da côrte usavam perucas e Infestação de piolhos até recentemente nós tivemos também nas escolas públicas, e aí?__ Nada diferente do que ocorria nas… Read more »

Agressor's

“nflopes

  • O Brasil começou em 1808, antes só exploração”

Você já parou pra pensar no quanto de riqueza só o trafico de escravos trouxe pra cá naquela época? Você sabia que houve uma época em que Salvador já foi considerada a cidade mais RICA do mundo?! Você sabe porque?!

Regis Mantovani

Só sairemos desse buraco quando começarmos a perder aquele velho costume nosso (O que vou ganhar com isso?), como convivo com diferentes tipos de pessoas, posso garantir aquela velha frase em que “O povo não sabe votar” não existe, eles sabem votar sim, é que infelizmente aquí no nosso País a maioria dos eleitores votam em pessoas e não em idéias, enquanto não mudarmos o nosso pensamento individualista, esse país não será exemplo de Civilização.

M65

Esta pequena embarcação do quadro de Debret, acho que é a mesma que está preservada no Espaço cultural da Marinha. Ou seja no mesmo local de desembarque e embarque da família Imperial.

M65

Uma das melhores coisas que ocorreram no centro do Rio nestas últimas décadas foi a revitalização do centro histórico. Demolição do viaduto, entre o Porto (Rodoviária Novo Rio) e a Praça XV. A área ficou muito bonita, com predominância para os pedestres, ciclistas. Para quem gosta de assuntos militares, históricos e culturais vale muito à pena o passeio nesta região repleta de atrativos.

Guilherme Nascimento

Leiam o livro “O espírito do Capitalismo e a Ética Protestante” e vcs entenderão porque o Brasil é um país atrasado.

Hernâni

O protestantismo não explica tudo…!!

Camargoer

Caro Hernani. A França é católica. A Itália é católica. O Japão é xintoísta. Afirmar que é a religião que determina o desenvolvimento capitalista é uma interpretação equivocada de Weber (talvez tão equivocada como tem sido as discussões sobre Marx e Keynnes)

Camargoer

Caro Guilherme. Weber é importante mas o Brasil é tão atrasado quando o sul dos EUA. O capitalismo brasileiro é periférico porque durante a revolução industrial, o Brasil manteve o modelo econômico escravagista-extrativista, produzindo commodities (açucar, borracha, café, minérios). Uma economia capitalista requer uma classe assalariada e consumidora. Até a década de 50, cerca de 50% dos brasileiros acima de anos era analfabeta. Na década de 80 foi apresentado o conceito de “Belíndia” (que o Brasil era constituído de regiões parecidas com a Bélgica e outras regiões com a Índia). Antes de atrasado, o Brasil é desigual. Países desiguais são… Read more »

Moriah

Maravilhoso texto e a última parte é algo realmente para se contemplar a história, seja ela boa ou ruim para os envolvidos.

Artur Manuel Pires

Muito obrigado pelo excelente comentário.

Agressor's

A pouco tempo atrás chegamos até ser a sexta maior economia do mundo superando os britânicos, isso só exportando “banana”. Exportando coisas como soja e minério in natura, cujo valor agregado hoje é algo irrisório economicamente. O Brasil não é e nunca foi um país de “terceiro mundo”, ele é mantido assim por uma política colonialista de dominação político-econômica que foi instaurada aqui, pela ação de agentes externos. Esta ideia de que somos uma nação pobre e miserável não passa de uma bravata criada por essa classe dirigente que nos governa, pra enganar a população deste país. Prestem atenção em… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Agressor's
Agressor's

Durante o Império os jornais não conheciam censura e o próprio Dom Pedro II colecionava as charges que faziam dele. “Imprensa se combate com mais imprensa” (Dom Pedro II). Mas a imprensa teve que se acostumar ao novo regime que não admitia que se falasse contra. Até mesmo durante a República do Café com Leite a censura continuava sem falar das inúmeras situações em que fora decretado Estado de Sítio para perseguir quem quer que falasse mal da República. Na época do Império do Brasil o imperador pegava empréstimos no Banco do Brasil para pagar suas viagens, hoje qualquer deputado… Read more »

Carlos Campos

Começou o povo a culpar os Portugueses pelo que o país é hoje, pra mim olhando a história, a vinda da familia real para o país foi um passo importante para o Brasil, Dom J. era um bom monarca, Dom Pedro I era um bom monarca mas um péssimo político, Dom Pedro II foi o melhor governante que o país já teve, Imperatriz Leopoldina foi a melhor governante que o país já teve. o erro foi do Exército que trouxe um sistema alienígena que o povo não pediu, não queria, que só serviu para elite de uma certa região do… Read more »

Moriah

Fico imaginando se Portugal perdesse a Guerra da Restauração em algum momento nas várias entradas que a Espanha fazia (geralmente pelo mesmo lugar…) e o plano de transferência fosse executado entre 1640 e 1664… A capital certamente seria Salvador, mas o reino teria de combater ou anexar os holandeses de Recife para isso, o que de fato se deu naquela época. Mais 50 anos e El Rey estaria sentado em um trono de ouro e talvez até Vila Rica fosse fundada como capital do império, caso Portugal não fosse retomada antes disso. A infraestrutura de Salvador e Rio teriam avançado… Read more »

Recruta

Acho que a gente tinha que parar com essa história de “se” o Brasil… Se nossos pais não tivessem se conhecido, nós não existiríamos. Somos o resultado da nossa carga genética, das nossas experiências e do contexto em que nascemos e vivemos. Pronto.