SAINT-CLOUD, França — Durante uma visita à fábrica da Dassault Aviation em Seclin, no norte da França, a Ministra das Forças Armadas da França, Florence Parly, anunciou no dia 19 de novembro a próxima notificação do contrato para a Vigilância Marítima “Albatros” e Programa de aeronaves de intervenção (AVSIMAR), que será baseado no Dassault Aviation Falcon 2000LXS.

De acordo com o projeto de lei plurianual de gastos militares (LPM), o pedido inicial é de sete aeronaves, a serem entregues a partir de 2025, de um total planejado de 12.

A Dassault Aviation e as dezenas de empresas francesas associadas aos programas Falcon gostariam de agradecer ao Ministério das Forças Armadas da França, à agência de compras de defesa francesa (DGA) e à Marinha da França por sua confiança.

O Falcon 2000 Albatros contará com um radar multifuncional sob a fuselagem, uma torre optrônica de alto desempenho, janelas de observação, um sistema de liberação de kit SAR (Search & Rescue) e sistemas de comunicação dedicados.

Em linha com a política de transformação da manutenção aeronáutica iniciada pelo Ministério das Forças Armadas da França, o contrato Albatros vincula a Dassault Aviation a uma cláusula de disponibilidade garantida, favorecendo o apoio industrial em estreita cooperação com o pessoal da Marinha por 10 anos.

“O Falcon 2000 Albatros é uma aeronave de alto desempenho equipada com um sistema de missão e sensores de última geração. Desde o Falcon 20 da Guarda Costeira dos EUA ao Falcon 2000MSA da Guarda Costeira Japonesa, além do Falcon 200 Gardian e 50M da Marinha Francesa, temos ampla experiência em vigilância marítima, além de nossa longa experiência em patrulha marítima com o Atlantique”, disse Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault Aviation.

“Vários países demonstraram interesse por essas aeronaves, que fornecem uma resposta eficaz aos consideráveis ​​desafios da proteção nacional e da segurança marítima e da ação governamental no mar: combate à poluição e ao tráfico, vigilância de fronteiras e zonas de exclusão, policiamento de pesca, busca e salvamento em mar, etc. É justo que a França, que tem a segunda maior zona econômica exclusiva do mundo, esteja na vanguarda no uso deste tipo de aeronave.”

A primeira aeronave Falcon 2000LXS na qual o programa será baseado será fabricada na França. O restante será produzido na Índia como parte dos acordos de compensação relacionados ao contrato Rafale 2016. A conversão das 12 aeronaves Falcon 2000LXS para a configuração Albatros será realizada na França.

Nos últimos 50 anos, a Dassault Aviation modificou muitas aeronaves Falcon para adaptá-las para vigilância marítima, evacuação médica, transporte de carga, calibração, coleta de informações, treinamento, etc. Estas aeronaves multifuncionais representam aproximadamente 10% da frota Falcon em serviço.

Os serviços do governo francês operam aeronaves Falcon 10, 200, 50, 900, 2000, 7X e em breve 8X em uma versão de inteligência estratégica sob o contrato Archange.

Estas aeronaves Falcon multifuncionais são um exemplo perfeito do know-how civil/militar da Dassault Aviation: elas se beneficiam das tecnologias de ponta desenvolvidas para nossas aeronaves de caça e, ao mesmo tempo, aproveitam os processos industriais usado spara a produção altamente competitiva de nossos jatos executivos.

Com mais de 10.000 aeronaves militares e civis (incluindo 2.500 Falcons) entregues em mais de 90 países no último século, a Dassault Aviation acumulou experiência reconhecida mundialmente no projeto, desenvolvimento, venda e suporte de todos os tipos de aeronaves, desde o caça Rafale, a família Falcon de jatos executivos, drones militares e sistemas espaciais de última geração. Em 2019, a Dassault Aviation reportou receitas de € 7,3 bilhões. A empresa possui 12.750 funcionários.

FONTE: Dassault Aviation

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Andrew Martins

Off-topic: Alguém sabe me dizer se um canhão DEFA 554 poderia ser usado em uma bateria antiaérea? E qual é principal diferença entre canhões usados nesse tipo de armamento e os embarcados em aviões, além do peso?
Grato desde já!

Last edited 3 anos atrás by Andrew Martins
elcimar menassa

versões antiaéreo já existe…de 30mm….20mm….acredito eu que o usado em aeronaves tem seu canos mais curtos ,sistema de alimentação reduzido,alcance menor também,sistema de disparo modificado deviso ao espaço de acomodação.e por ai vai..é com certeza mais complexo de se instalar em aeronaves.

Fernando

A Embraer poderia pensar em produtos desse tipo baseado em seus jatos regionais.

Como por exemplo o Brasil precisa desse tipo de aeronave, os P-3 já estão aí veteranos e talvez o Poseidon seja muito caro para o nosso eterno cobertor curto, assim uma solução baseada no EMB-145 ou mesmo no EMB-195 poderia dar um bom produto para essa missão.

Marcos10

Uma solução baseada no 145 já existe, mas com muita restrições se comparado ao P3.
E com certeza a Embraer já pensou em muita coisa derivada de suas aeronaves, resta ter a tal verba.

Charles Dickens

Fernando, a observação é pertinente, mas não se pode esquecer que, para projetar e desenvolver um produto do gênero, há análises de mercado, em que são estudados custos, concorrentes, necessidades futuras, etc. Não basta, portanto, ter tecnologia e capacidade industrial. Se o resultado da análise é de que o produto terá dificuldades no mercado, bye, bye. E todos nós sabemos que só com as compras (geralmente poucas) da FAB, um produto não se justifica.

Carlos Campos

A EMBRAER e os Israelenses já lançaram uma versão desse tipo de aeronave, só basta alguém comorar.

Zorann

Não vou entrar na questão de que aeronave deveríamos selecionar para esta missão. O nosso bandeirulha deve cumprir missão semelhante.

Mas era nisso que nossa Marinha deveria estar pensando e não em Gripens.

ADRIANO MADUREIRA

Sério isso que você falou?! Nossos caças são tão velhos quanto os bandeirulhas,que estão na casa dos quarenta anos também…

Aviação de caça é tão importante quanto a de patrulha e transporte.

Zorann

Você, acredito que não entendeu o comentário. Não estou defendendo os Bandeirulhas e sim uma aeronave semelhante para a Marinha.

ADRIANO MADUREIRA

Entendi caro Zorann…

E concordo com você,a MB tem que preparar a defesa,depois pode se pensar na linha de frente…Aí quem sabe poderemos adquirir o Gripen-M

Depois quem sabe poderemos até achar um sucessor do bandeirulha,pode ser o embraer Stout que será o sucessor dos Bandeirantes/Bandeirulha e Brasília ou até o Prateor…
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Last edited 3 anos atrás by ADRIANO MADUREIRA
Gabriel BR

Um bonito esse avião como quase todos os aviões da dassault.

Luiz Floriano Alves

Esse projeto para a Amazonia tem pouca capacidade de darga. O patrulha naval tem que embarcar toneladas de Radares e eletr^pnicos ASW, combustível para dezenas de horas de voo, sono boias, torpedos ASW e missil Exocet ou Harpoon. Alem de acomodações para tripulação descansar. É muita carga.Um Emb – 190, no mínimo.