Viena, 14 de dezembro de 2020 – O Naval Group, em nome da Marinha Francesa, aceitou para uso operacional mais dois Sistemas Aéreos Não Tripulados (UAS) CAMCOPTER® S-100 com um total de quatro Veículos Aéreos Não Tripulados (UAVs). Eles serão implantados nos porta-helicópteros anfíbios da classe Mistral (PorteHélicoptères Amphibie – PHA) Tonnerre e Mistral.

A aquisição ocorre após a integração bem-sucedida do CAMCOPTER® S-100 no navio da classe Mistral da Marinha Francesa Dixmude, que foi finalizada em 2019. Esta foi a primeira vez na Europa que um UAS de asa rotativa foi conectado ao sistema de combate de um porta-helicópteros de ataque anfíbio.

Os testes de aceitação dos dois sistemas ocorreram na última semana de outubro com a presença de representantes do Naval Group e da Marinha Francesa.

Nos próximos meses, o recém-adquirido CAMCOPTER® S-100 UAS será integrado aos navios Tonnerre e Mistral da Marinha francesa, melhorando significativamente as capacidades de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR) do porta-helicópteros.

O CAMCOPTER® S-100 VTOL UAS opera dia e noite e pode transportar várias cargas úteis até um peso combinado de 50 kg. Devido ao seu porte, confiabilidade e pedigree de aeronavegabilidade mínima, é ideal para operações marítimas em todo o mundo.

Hans Georg Schiebel, Presidente do Grupo Schiebel, disse: “Após a integração bem-sucedida no Dixmude, estamos muito orgulhosos da confiança que a Marinha Francesa tem no comprovado e confiável CAMCOPTER® S-100 e estamos ansiosos para a integração no Tonnerre e Mistral e sua implantação operacional.”

O capitão de corveta Serge D., oficial do programa UAS da Marinha Francesa, disse: “O S-100 na classe Mistral será o primeiro UAS tático operacional para a Marinha Francesa e este é um passo importante em direção ao plano Mercator.”

O arquiteto de manutenção do porta-helicópteros anfíbio do Naval Group, Philippe V., disse: “Participamos do teste de aceitação de fábrica, que foi um marco importante para esta aquisição, antes da integração global a bordo conduzida pelo Naval Group.”

Sobre o Schiebel

Fundado em 1951, o Schiebel Group, com sede em Viena, concentra-se no desenvolvimento, teste e produção de equipamentos de detecção de minas de última geração e o revolucionário CAMCOPTER® S-100 Unmanned Air System (UAS).

Certificada para atender aos padrões AS/EN 9100, o Schiebel construiu uma reputação internacional pela produção de defesa de qualidade e produtos humanitários, que são apoiados por um serviço e suporte pós-venda excepcionais. Com sede em Viena (Áustria), o Schiebel agora mantém instalações de produção em Wiener Neustadt (Áustria) e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), além de escritórios em Washington, DC (EUA) e Shoalhaven (Austrália).

Sobre o CAMCOPTER® S-100

O Sistema Aéreo Não Tripulado (UAS) CAMCOPTER® S-100 do Schiebel é uma capacidade operacionalmente comprovada para aplicações militares e civis. O UAS de decolagem e pouso vertical (VTOL) não requer área preparada ou equipamento de apoio para permitir o lançamento e a recuperação.

Opera de dia e de noite, em condições meteorológicas adversas, com uma capacidade além da linha de visão até 200 km/108 milhas náuticas, sobre terra e mar. Sua fuselagem de fibra de carbono e de titânio oferecem capacidade para uma ampla gama de combinações de carga útil/autonomia até um teto de serviço de 5.500 m/18.000 pés.

Em uma configuração típica, o CAMCOPTER® S-100 carrega uma carga útil de 34 kg/75 lbs até 10 horas e é alimentado com combustível pesado AVGas ou JP-5.

Imagens de carga útil de alta definição são transmitidas para a estação de controle em tempo real. Além de seu GPS waypoint padrão ou navegação manual, o S-100 pode operar com sucesso em ambientes onde o GPS não está disponível, com missões planejadas e controladas por meio de uma interface gráfica de usuário simples de apontar e clicar.

O helicóptero não tripulado de alta tecnologia é apoiado pelo excelente suporte ao cliente e serviços de treinamento do Schiebel.

DIVULGAÇÃO: Schiebel

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Camargoer

Olá Colegas. Há tempos venho defendendo uma ampliação do uso de drones, inteligencia artificial, sensoreamento remoto (inclusive uso de satélites). A patrulha naval será essencialmente um trabalho realizado por drones e controlados por inteligência artificial. Apenas os problemas mais complexos devem ser abordados por aeronaves tripuladas, já pensando em operações de abordagem. Inclusive, se o MInDef investir em um sistema nacional integrado para as 3 forças, terá grande chance de exportação.

Xerem

Camargoer a industria nacional tem o Tupa e ele e muito interessante e unico no mundo, veja no yutube e ele cabe certinho em qualquer navio ,pois voa como helicoptero e aviao e pousa em qualquer navio facil .

Camargoer

Olá Xeren. Vou procurar sim. Obrigado. O sucesso desse projeto depende de compras do MinDef, que precisa coordenar os esforços das tres forças… senão cria um sistema que nao conversa um com o outro…

Marcos10

Xerém,
Espero que isso não vire em nada, como tantos outros projetos nacionais.
Dá uma tristeza!

Flanker

Já existe algum protótipo? Já ocorreu algum voo? Qual O tempo estimado para o projeto estar pronto e produzindo exemplares operacionais ?

Leandro Costa

Já a algum tempo eu sei que o EB sonda drones para efetuarem vigilância de fronteiras terrestres, mas não faço a menor ideia se isso foi para a frente ou não. De fato, drones autônomos o suficiente nem que fossem apenas para percorrerem um determinado ‘track’ de vigilância seria absolutamente fantástico, pois poderiam se acionar os meios tripulados apenas em casos de real necessidade, fazendo o patrulhamento à um custo baixíssimo.

Camargoer

Ola Leandro. O conceito é isso mesmo. Os satélites coletam imagens que são processadas junto com os dados coletados por drones. O processamento por inteligência artificial classifica as ameaças e aponta situações suspeitas que precisam ser verificadas localmente por drones ou aeronavas tripuladas ou apontam ameaças que demandam ações mais objetivas. Isso pode ser aplicado no mar e na fronteira seca, além de poder ser usado em combate real.

Rinaldo Nery

O CN aprovou ontem o PLN 29 que, dentre outros temas, destina orçamento para a assinatura do Projeto Lessonia (dois satélites de imageamento SAR para a FAB), que ocorrerá ainda em 2020.

Camargoer

Olá Cel.Nery. Excelente noticia. Fico apenas preocupado com a impossibilidade de compartilhar as imagens com as outras forças…. o MInDef precisa montar um centro integrado de inteligencia artificial e defesa…

Rinaldo Nery

Pode ter certeza que será compartilhado. O satélite será controlado pelo COPE.

Camargoer

Olá Cel.Nery. Que legal.

henrique

li uma notícia sobre esses satélites, cuja aquisição foi mt criticada. Pois, teriam resolução de imagens que podem ser obtidas gratuitamente.

Last edited 3 anos atrás by henrique
Rinaldo Nery

Henrique, a notícia pode ter sua razão. Mas, salvo melhor juízo, termos o controle dos satélites significa disponibilidade total para nós. Poderemos imagear ¨onde e quando¨ quisermos. O que não ocorreria se os satélites não estivesse sob nosso controle.

Leonardo Tavares

O camcopter pode levar sonoboias ou outro equipamento de detecção de submarinos?

jon

Lembra o FT200 da FT Sistemas, que inclusive nunca mais ouvi falar :/

Thiago

Já faz mais de 6 anos que a MB avaliou o emprego do Scan Eagles e do S100 , e ainda nada foi pra frente, nenhuma solução foi adotada , nem um paliativo nacional.
Lembro que até o Bosco tinha abordado o assunto.

Thiago

Eu vi hoje Julio, pouco depois que postei esse comentário saiu essa notícia aqui no naval. Minhas maiores congratulações para a MB ,uma decisão a longo esperada ( 6 anos ) e mais que acertada . Super entusiasta que a nossa marinha comece a usar esses equipamentos para monitorar e proteger nosso património.

Thiago

Segue um comentário do Bosco sobre os as duas opções que a MB Avaliou em 2014 : “joseboscojr Os dois VANTs possuem vantagens e desvantagens. O Camcopter pesa 50 kg e tem uma autonomia de 6 horas, com a vantagem de não precisar de nenhum equipamento extra para o lançamento e para a recuperação, mas obriga que o navio tenha um convoo ou pelo menos uma área de VERTREP bem generosa. O ScanEagle pesa 22 kg, tem autonomia de até 24 horas, não precisa de convoo nem de área de VERTREP, mas precisa de uma catapulta e de um sistema… Read more »

jose luiz esposito

Este sistema foi testado pela MB a pouco tempo , seria o ideal para os Patrulheiros da classe Amazonas, e até fragatas .Há uma empresa brasileira que desenvolve um sistema semelhante.

Rubens Aguiar

Sim. A FT Sistemas. Existe o desenvolvimento do FT-200 FH, mas já não ouço nada sobre o estado do projeto há algum tempo…http://ftsistemas.com.br/ft-200-fh/