O sistema franco-britânico Maritime Mine Counter Measures (MMCM) é o primeiro sistema de sistemas não tripulado de contramedidas de minas em configuração operacional

O projeto Franco-Britânico de Contra-Medidas de Minas Marítimas (MMCM), que visa construir um sistema autônomo de caça às minas, atingiu o estágio de fabricação, com um contrato de £ 184M concedido à Thales UK em novembro de 2020.

O programa MMCM foi criado para fornecer equipamentos de caça às minas de última geração para as marinhas do Reino Unido e da França. O contrato do programa será celebrado pela Organização para Cooperação Conjunta de Armamento (OCCAR), atuando como Autoridade de Gestão Contratante em nome de ambas as nações.

O primeiro equipamento deve ser entregue no final de 2022. Ele começará a avaliação operacional antes de entrar em serviço na Marinha Real.

A Thales anunciou o sucesso da primeira configuração realizada em condições reais de operação ao largo da costa de Brest no final de junho de 2020, na presença de autoridades de ambas as nações. O programa MMCM (Maritime Mine Counter Measures) foi lançado em 2010 e entregue ao Grupo em 2015.

Em um período de uma semana de testes, a missão de caça a minas completou quatro cenários operacionais usando todos os subsistemas desenvolvidos para o programa pela Thales e seus parceiros: o navio de superfície não tripulado (USV) com seu sonar de busca de volume, sonar rebocado, dois veículos subaquáticos não tripulados (UUV) equipado com o sonar SAMDIS e o sistema robótico de neutralização de minas. Esta missão abrangente incluiu várias sequências combinando veículos autônomos com funções automatizadas de alto nível controladas remotamente a partir do centro de comando operacional por meio de um sistema de comunicação seguro.

Os dois primeiros cenários envolveram detecção, classificação e localização de ameaças ponta a ponta durante a missão. No terceiro cenário, as leituras foram comparadas com dados de uma missão anterior para detectar mudanças, e o último cenário envolveu a realocação e identificação de várias minas e neutralização de uma delas. Com todas as ameaças detectadas positivamente e o procedimento de neutralização robótica concluído conforme planejado, a missão foi um sucesso do início ao fim e confirmou o excelente desempenho operacional de todos os sistemas implantados.

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Willber Rodrigues

Pra um país que tem mais de 90% do seu comércio exterior sendo feito por via marítima, já passou da hora do Brasil se atualizar na área de contra medidas e desminagem.
Sejamos sinceros aqui: meia dúzia de minas na entrada da Baia de Guanabara, e 80% da MB já fica de joelhos.

Willber Rodrigues

Espera. A gente tá usando barcos de quase 50 anos, pra fazer desminagem hoje em dia? É isso mesmo?
Pelo amor de Deus, só falta você me dizer que, desde a década de 70, esses barcos nunca passaram por atualização…

Willber Rodrigues

Bem…isso só confirma o que eu disse:
Meia dúzia de minas na entrada da Guanabara Bay, ou daquela nova base de subs em Itaguaí, que 90% da MB fica de joelhos…
Seríamos derrotados antes mesmo de levantar âncoras.

Dalton

Dois foram retirados de serviço, o “Abrolhos” e o “Anhatomirim” , restando quatro. . Mesmo na década de 1970 em que pese o pioneirismo já que nenhuma outra marinha sul americana possuía navios especializados em guerra de minas quando foram adquiridos já se considerava a quantidade insuficiente, mas, um segundo esquadrão que seria baseado no Rio de Janeiro não se materializou. . Mesmo a US Navy viu sua força de navios de guerra de minas encolher ano após ano, finalmente restando 11 da classe “Avenger”, 4 baseados no Golfo Pérsico, 4 no Japão e 3 em San Diego usados para… Read more »

Defensor da liberdade

Até nisso o Brasil ainda não saiu da década de 70. Situação complicada a nossa.

Xerem

400 milhoes de Dolares os dois da pra tu sendo os dois de segunda mao ?

Xerem

Mais saiu da boca do comandante da MB que esta sendo feito por universidades nacionais um tipo de Drone para desminagem e que nao comprara mais navios que sao caros demais e voce tem alguma informaçao sobre isso ? Voces bem que poderiam marcar uma entrevista com ele para nos passar se sera isso mesmo ou se ja mudou novamente .

nonato

Exatamente.
Seria uma boa.
Esses equipamentos militares são uma fortuna.
Nada que um barco comum leve o pessoal e equipamento, que levem sonares, câmeras, radares e drones aereos e aquáticos.
A princípio daria para fazer alguma coisa razoável em grande número.
E talvez comprar uns poucos mais sofisticados internacionais.
Equipamentos de defesa estão os olhos da cara e quebrando vários governos.
O que for possível fazer se forma simples e barata é bem vindo.

Xerem

Alias sabe quanto e o custo unitario desse Drone Franco x Britanico ?

OSMAR RAMOS SILVA

Sonho com a Classe Koster Modernizada , e a Marinha Brasileira negociando com os Suecos em segredo de Estado.

gordo

É impressionante a redução de deslocamento (e ainda assim mantendo a capacidade) que os meios navais estão tendo, tudo graças ao avanço de sistemas eletrônicos e IA. Cada vez mais veremos equipamentos como esse da matéria e navios operados por duas duzias de tripulantes ao invés de uma centena.

Eduardo

Eu falo isso, mas loucos desvairados me negativam. Cada vez mais os meios (navais e avição) serão autônomos. Apenas navios muito maiores que ainda terão pequena tripulação!!

rommelqe

A MB teria uma ótima solução ao optar pela aquisição dos MCMVs Koster da SAAB e começar a produzi-los no Brasil,

nonato

Algumas questões.
Esses sistemas só são usados quando, previamente, se sabe ou se suspeita que há minas?
Acredito que tem alcance e varredura limitada.
Não é como um AWACS que cobre um raio de, digamos, 300 km.
Outra: como destroem as minas?
Tiro?
Pequenos explosivos?
Qual o risco de partes do sistema (sonar, veículo subaquático, desabilitador das minas) serem destruídas ao se aproximar das minas?
Qual o peso e alcance de minas típicas?

Dalton

Basicamente a embarcação não tripulada será transportada por um “navio mãe” no caso da US Navy preferencialmente por um LCS até próximo do campo minado suspeito ou já confirmado por outras plataformas, navios e aeronaves e essa embarcação não tripulada após identificar a mina e receber a ordem de destruí-la do “navio mãe” lançará um artefato pequeno auto propulsado que destruirá a mina.

nonato

Obrigado, Dalton
Mais perguntas.
Então dificilmente se faz varredura prévia?
Tipo navios fazendo isso no golfo persico?
Geralmente ocorre mais em casos de guerras declaradas e costuma fazer vítimas antes?
Não ha alguma maneira de ficar fazendo varredura constante igual os radares dos navios fazem?
Valeu.

Dalton

nonato…no caso do Golfo Pérsico” os iranianos não iriam do nada espalhar minas por lá, seria uma declaração de guerra não apenas contra os EUA, mas, demais países do Golfo ou não que dependem do comércio. . O que se tem por lá, são as chamadas minas “limpet” que são afixadas a cascos de navios supostamente feitas ou apoiadas pelos iranianos, mas, que não justifica uma guerra. . Mesmo assim, navios de guerra de minas dos EUA e aliados procuram manter a proficiência em exercícios e também como atividade secundária realizam patrulhas pela região até por conta de navios já… Read more »

nonato

Em resumo, minagem é mais em tempo de guerra e mesmo os navios americanos no golfo persico não tem meios de monitorar minas como uma tarefa de 24 h. Só alguns treinos ocasionais. Navios de guerra, imagino, estão com seus radares ligados 24 h procurando por aviões e outras embarcações ao seu redor e talvez até o sonar para identificar a aproximação de submarinos. Mas não fazem isso com relação a minas e correm o risco de, aparecendo alguma mina, afundarem? Uma mina afunda um navio de guerra? Qual a csrga explosiva? Mísseis antinavio tem ogiva de 100 a 300… Read more »

Dalton

nonato…há vários tipos de minas, algumas mais difíceis de localizar que outras e embora nem sempre sejam capazes de afundar um navio podem danifica-lo a ponto de limitar ou mesmo impedir que o mesmo prossiga em sua missão. . Durante a I guerra com o Iraque o cruzador da classe “Ticonderoga” USS Princeton e o porta helicópteros USS Tripoli atingiram minas limitando suas capacidades e eventualmente tiveram que ser reparados; uma das minas por exemplo tinha carga explosiva de cerca de 150 kg. . A fragata Samuel Roberts atingiu uma mina durante a guerra entre Irã e Iraque em 1988… Read more »

paulop

Leio os comentários, e depois de uma breve pesquisa sobre os meios de guerra de minagem da MB, percebo que estamos 50 anos atrasados nessa capacidade. Quando a idéia de criar uma Policia Marítima, do então ministro Moro, veio a tona, a MB se posicionou contra. Pois bem, penso que essa atribuição da MB pode ser descentralizada para outra instituição. Aliviar marinha de algumas de suas atribuções, daria mais espaço para a força naval se concentrar em suas áreas de atuação. A guerra de minagem é um fator pouco considerado na guerra naval, mas assim como as minas terrestres criam… Read more »

Dalton

paulop…do jeito que vejo “aliviar a marinha de algumas de suas atribuições” significaria aliviar a marinha de parte de seu orçamento, sem ganho real. . A marinha não é contra a criação de outra instituição, como uma guarda costeira por exemplo, desde que esta tenha orçamento próprio, seja uma autarquia e não comprometa o orçamento da marinha. . Com um orçamento apertado e sem nenhum potencial adversário ainda mais um que invista pesadamente em minas a potencial letalidade das mesmas é mais significativa para a Suécia e a Finlândia que você citou e que tem a Russia como vizinha. .… Read more »

Willber Rodrigues

Considerando-se o histórico BR em criar novos órgãos e, no conjunto, criar novas burocracias, novos planos de carreira, novas papeladas, novas regras e leis, novos buracos negros pro Orçamento, etc, etc, etc, talvez….apenas talvez…a MB esteja certa em ser contra a criação de uma GC…
Embora a MB não seja nenhum bom exemplo em boa gestão de recursos do dinheiro do contribuinte…

nonato

E fica difícil separar uma atribuição da outra. Civil e militar.
Guerra graças a Deus nunca temos.
Mas patrulhar o mar não importa se é um navio pesqueiro, ou um navio de guerra.
Precisa de poder de polícia.
Não se pode ter navios “de guerra” parados nos portos e deixar lanchas da Guarda costeira fiscalizando o mar.

Bardini

Deve ser maravilhoso entrar na MB, ser alocado como um completo inútil em uma base igualmente inútil e ser encarregado da função de treinar e manter mesma porcaria de doutrina completamente irrelevante de Guerra de Minas, como se faz desde a década de 70.
.
Absolutamente ninguém se importa com essa função, nem mesmo a própria Marinha… e o melhor de tudo: no começo do mês, vai pingar certinho na conta sem problema algum. Sem contar na excelente localização, com boas praias próximas e um baita Carnaval todo ano. Trabalho dos sonhos de muita gente.

Last edited 3 anos atrás by Bardini
Osvaldo serigy

De encher os olhos essa embarcação tamanha tecnologia embarcada! Ah sobre o Brasil é só questão de prioridade para a MB se atualizar neste segmento tão importante de minagem! Mas infelizmente enquanto não ocorrer atualizações aqui no BR. Obsoleta a MB continuará nesse segmento.

sj1

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