Offshore Samar Island, Mar das Filipinas – Uma expedição privada financiada e executada por dois ex-oficiais da Marinha dos EUA relocalizou, inspecionou e filmou com sucesso o USS Johnston, o naufrágio mais profundo conhecido do mundo que se encontra principalmente em profundidades de 21.180 pés (6.456 m).

O financiador da expedição, Victor Vescovo, é um ex-comandante da Marinha dos Estados Unidos (aposentado) que pilotou pessoalmente seu submersível DSV Limiting Factor até o naufrágio durante dois mergulhos separados de oito horas. Estes constituíram os mergulhos em naufrágios mais profundos, tripulados ou não, da história.

O USS Johnston (DD-557) foi um destróier da classe “Fletcher” da Marinha dos EUA que afundou em batalha em 25 de outubro de 1944. O Johnston media 376 pés (115m) de comprimento com uma boca  de 11,9 m. O navio foi afundado durante uma intensa batalha contra forças japonesas muito superiores na costa da Ilha de Samar durante a Batalha do Golfo de Leyte, amplamente citada como a maior batalha naval da história.

“Em nenhum engajamento em toda a sua história, a Marinha dos Estados Unidos mostrou mais galhardia, bravura e coragem do que nas duas horas da manhã entre 7h30 e 9h30 ao largo de Samar”, escreveu o contra-almirante Samuel E. Morison em seu History of US Naval Operations in World War II.

Após o comissionamento do navio, o capitão 3⁄4 nativo americano de Oklahoma do destróier, comandante Ernest Evans, disse à sua tripulação que “nunca fugiria de uma luta” e que “qualquer um que não quisesse se colocar em perigo, é melhor sair agora.” Nenhum membro de sua tripulação o fez.

USS Johnston (DD-557) em 27 de outubro de 1943
Batalha de Samar. Parte da Batalha do Golfo de Leyte
Batalha de Samar. Parte da Batalha do Golfo de Leyte

DIVULGAÇÃO: Caladan Oceanic

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LucianoSR71

A manchete não está correta, mas no texto consta: “Estes constituíram os mergulhos em naufrágios mais profundos, tripulados ou não, da história.”
A historia da Taffy 3 na Batlha de Samar é um dos mais interessantes e heroicos capítulos da 2ªGM, um dos destroyers perdidos ganhou um episódio na serie Hero Ships USS – o Samuel B Roberts:https://www.youtube.com/watch?v=yNCtVyzlSQg

LucianoSR71

Não estou lhe criticando, estou apenas corroborando quanto a manchete que não condiz ( condizia, agora após a alteração ) c/ o que diz no texto, ok?
Abs.

LucianoSR71

Sem problema, mas alguém me negativou, rs.
Aproveitando, já assistiu o documentário sobre o Samuel B Roberts?
Essa serie tem 13 episódios.
Abs.

LucianoSR71

Não sei se tem todos no YT, mas se vc entende bem o espanhol, tem todos os 13 disponíveis procure no Google:
documaniatv buques de guerra
Esse site é como se fosse um YT dedicado a documentários em espanhol tem muita coisa boa, só sobre Historia são quase 6 mil – quando comparamos ao que temos disponível em português, vemos como não damos valor a cultura no seu melhor nível.

Livramento

História de bravura e heroísmo! Comove mesmo!

nonato

Apenas uma observação.
Não é crítica.
Você conseguiu identificar erro na matéria, mas interpretou errado o comentário do colega.
?
Escrever manchete e interpretar comentário não está fácil para ninguém.
?‍♂️

Piassarollo

Concordo plenamente, a função do site é essa, trazer informações e conhecimento. E nossa função aqui é justamente aprender e compartilhar informações, abraço

Blindado

Creio que o nobre colega se equivocou com a interpretação.
A não ser que o equivocado seja eu está dizendo que é o mergulho mais profundo “em naufrágios” e não o mergulho mais profundo como creio que entendeu.

LucianoSR71

O título original era outro, já está modificado.

Esteves

Canhão apontado para a linha d’água. Metralhadora antiaérea apontada para cima. Tenho certeza que seguem assim mas profundezas. Lutando.

Bravos, descansem em paz.

Pedro

Vale tbm observar que os reparos de torpedos estão conteirados. Seria talvez com as coordenadas da localização de algum sub?

Fui guarnição do Ex-D33 CT MARANHÂO, que fora o Ex-USS SHIELDS(DD-596). Quando citam a classe Fletcher eu logo corro pra ler sobre.

Abraços a todos os foristas.

M65

Lamento que nenhum dos nossos Fletcher foram preservados.

Victor Filipe

Bom dia Pedro, nessa batalha em que o Johnston afundou a Taffy 3 não engajou submarinos mas os Destroyers Americanos e Escolta de Destroyers fizeram vários avanços para disparar torpedos contra as Belonaves da IJN

Dalton

Oi Victor, não querendo ser mais chato do que sou, mas, você não é o primeiro a usar o termo “Escolta de Destroyers”, mas, o correto é “Destroyer de Escolta” menor, mais lento e menos armado que um “Destroyer de Frota” como o USS Johnston.
.
Os 4 de escolta participantes coincidentemente pertenciam a classe “John C Butler” que também estava presente, uma melhoria sobre classes anteriores, como a classe Cannon dos quais o “Bauru” é um representante.
.
Abs

Victor Filipe

Não esquente a cabeça com isso Dalton, você não esta sendo chato, já aprendi muito com seus comentários

Marcus Pedrinha

A Marinha dos Estados Unidos tem justo motivo de orgulho pelo desempenho e denodo de seus destróieres na Batalha de Samar, na qual, parafraseando o Brigadeiro Ian Hogg, se verificou não apenas “uma explosão momentânea de bravura, mas a aplicação fria e consciente da coragem contra dificuldades impossíveis” durante longo tempo de combate.

Last edited 3 anos atrás by Marcus Pedrinha
Marcelo Andrade

Show MK48, inclusive o Trieste foi utilizado para achar os destroços do SSN Thresher!

Zé Rato

A batalha que resultou no afundamento deste destroyer pode ser vista neste vídeo, a partir dos 42:00.

Foi uma ação praticamente suicida deste destroyer, ao atacar uma frota de couraçados e cruzadores pesados, para ganhar tempo, desviar a atenção destas unidades pesadas e proteger os vulneráveis porta-aviões de escolta e navios de desembarque nas proximidades.

Osvaldo serigy

Show! Muito bom!

Leandro Costa

Não é à toa que uns amigos e eu decidimos batizar nossa frota no star trek online de ‘Taffy 3’ a uns dez anos atrás. Simplesmente uma das ações mais fantásticas em combate naval.

Thiago A.

Bem observado MK, só complementando, essa grande epopéia “americana” viu a fundamental contribuição dos europeus ( como na maioria dos casos) entre eles a Itália que construiu o batiscafo, lembrando
a participação importante das Acciaierie di Terni, a mesma que permitiu o surgimento da OTO Melara ( hoje parte do grupo Leonardo) produtora do famoso canhão Otobreda 76/62 mm.
Abraço e feliz páscoa.

Zé Mané

Comandante disse que quem quisesse sair que “saísse agora”. Sair para onde? Pedir um tempo aos japoneses para quem quisesse poder sair? Essas histórias de heroísmo … sei não.

Leandro Costa

Porque ele falou isso ma cerimônia na qual assumiu o comando do navio e não durante a ação em si.

Flanker

Interessante o nível de conservação do casco e estruturas, inclusive o indicativo pintado no costado de proa……depois de mais de 76 anos no fundo do mar!

JagdVerband#44

Também acho que o nível de oxigênio dissolvido na água é baixo.

Carlos Eduardo Oliveira

Esse é o comandante Evans durante a cerimônia de assunção de comando, em outubro de 1943.

Victor Filipe

Recomendo esse vídeo para todos que querem ter um pouco da noção do quão incrível as ações desse navio e sua tripulação realmente foram

Leandro Costa

Aliás, aproveitando o gancho, todo o conteúdo do Drachinifel é excelente.