USS Gerald R. Ford (CVN 78) completa com sucesso testes de qualificação de sistemas de combate

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USS Gerald R. Ford - CVN 78

A Marinha dos EUA anunciou no dia 23 de abril que os marinheiros a bordo do mais novo porta-aviões USS Gerald R. Ford (CVN 78) concluíram com êxito os Testes de Qualificação de Sistemas de Combate do Navio (Combat Systems Ship’s Qualification Trials – CSSQT) em 17 de abril, representando um marco importante na validação da capacidade do navio e da tripulação de se defender.

Os testes, iniciados em fevereiro, consistiram em cinco fases. A conclusão da fase final, 2C e CSSQT geral, é o culminar de anos de planejamento, treinamento, engenhosidade e milhares de horas de trabalho para as tripulações atuais e anteriores do navio.

De acordo com o oficial de projeto CSSQT do navio, Larry Daugherty, a fase 2C foi a fase de “prova” para o navio, que já havia concluído vários cenários de detecção de engajamento com aeronaves reais. Naa 2C, a Ford enfrentou drones propelidos por foguetes capazes de velocidades superiores a 600 milhas por hora; unidades de drones rebocadas (TDU) que simulam foguetes; e alvos de superfície de manobra de alta velocidade com controle remoto (HSMST).

A tripulação respondeu, contando com suas habilidades e treinamento para operar os sistemas de defesa avançados do Ford. Eles usaram os lançadores de mísseis Rolling Airframe Missile (RAM), disparando mísseis RIM-116; os lançadores padrão OTAN para disparar os mísseis Evolved Sea Sparrow Missiles (ESSM); e o Mk-15 Phalanx Close-In Weapon System (CIWS) para disparar projéteis de tungstênio perfurantes de blindagem.

Os mísseis de defesa do navio engajaram os drones, e o CIWS derrubou os TDUs e HSMSTs. Todos os três TDUs foram destruídos e dois desses TDUs foram feitos em pedaços, de acordo com Daugherty. Todos os três HSMSTs também foram destruídos.

As verificações de telemetria fornecem a capacidade de registrar as características de desempenho de voo e fusão dos mísseis RAM e ESSM para garantir que eles sejam capazes de atingir seus alvos pretendidos.

Mk-15 Phalanx Close-In Weapon System (CIWS)
Rolling Airframe Missile (RAM)
Rolling Airframe Missile (RAM)
Evolved Sea Sparrow Missile (ESSM)
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Tomcat4,2

Bacana demais os armamento sendo empregados e os mecanismos sendo ativados e tal, ao menos nos treinos pois na real sempre vai significar a morte de alguem(ou de muitos alguens).

Luiz Trindade

Isso para prova que a supremacia dos mares ainda vai pertencer por muito tempo ainda à US Navy.

João das Botas

Ueeeé…não era nessa banheira aí em que os incompetentes americanos tinham demonstrado toda sua incapacidade em construir belonaves?? Devem ter usado engenharia reversa dos chinas !

Last edited 2 anos atrás by João das Botas
Jacinto

Estes sistemas são todos “padrões”, não há nenhuma novidade neles e por isso, embora importante, esta certificação era esperada. O problema deste NAe são as catapultas eletromagnéticas que não têm a confiabilidade esperada. Mas é aquilo, uma vez resolvidos os problemas será uma evolução significativa para a marinha dos EUA.

Wellington R. Soares

E nosso NAM até quando ficará sem uma defesa antiaérea ?

Danieljr

Pelo que parece até o final da vida útil dele.

Santos

Boa tarde família naval!
Teve alguma matéria do poder naval, sobre disparos de alerta aferido por navios dos americanos para navios iranianos?

Alex Barreto Cypriano

RAM, ok!
ESSM, ok!
Phalanx, ok!
Bad soundtrack, ok!
AWE, oh, boy!
EMALS, oh, boy!

Jacinto

O soundtrack é uma área em que a US Navy indiscutivelmente decaiu e muito. Eu me lembro com saudades do tempo em que usavam a musica “dreams” do Van Halen.

Alex Barreto Cypriano

Outro dia, comemorando a volta de um CVN do período de manutenção tocaram, salvo engano meu, uma versão da melodia de Borderline da Madonna. Até gostei, lembrando da letra esta parecia falar pela nave (navios são ‘she’, lá).

Dinoacjunior

Esse ultimo lancador parece muito fisiicamente, com os lançadores de missil áspide da MB, alguma informação sobre ele?

Heli

sao exatamente os mesmos, fabricados pela Raytheon

Dinoacjunior

Obrigado Heli!
Só vejo pequenas diferenças no Sistema de ventilação e a ausência das ampolas de CO2.

Burgos

A que eu servi (F 42) era fabricado pela Selenia na Itália, o lançador

Beto Santos

Boa noite colegas entusiastas, fiquei com uma dúvida em relação a um ataque de saturação como funcionaria pois com certeza para ocorrer um ataque assim o grupo de ataque tem que estar completo pois estaria em guerra mas a dúvida seria o seguinte lançando uns 100 mísseis contra o porta aviões e mais outros 50 caças como ficaria a defesa, como saber quem vai derrubar qual míssil, como gerenciar uma batalha assim e quem gerencia isso? Se alguém puder me responder eu agradeceria muito, abraços a todos.

nonato

Excelente pergunta. Por issojá falei antes aqui que dificilmente os Estados Unidos atacariam a China com porta aviões num primeiro momento. Primeiro porque se dois porta aviões têm, digamos, 100 caças, sendo que parte tem que ficar defendendo, a China talvez tenha mil caças na costa oriental… Fora isso, por mais mísseis que os navios levem, a China estaria em casa e com todo seu estoque de mísseis antinavios e antiaéreos. Quanto ao gerenciamento, teoricamente deve ser o sistema de combate de forma automatizada. Talvez com alguns parâmetros. Tipo os mais distantes ficam navio x ou y. Identificado algum alvo,… Read more »

Jacinto

Desde que os japoneses afundaram o HMS Prince of Wales e o Repulse, na 2ª Guerra, é sabido que navios não podem operar em locais em que estão sujeitos a ataques aéreos – mesmo sendo porta-avioes, porque como no futebol, se o atacante chuta muitas vezes em direção ao gol, uma hora a bola entra.

Antoniokings

O outro problema é que com os meios de defesa da China, os NAe serão obrigados a operar muito longe da costa inimiga.
Isso tira de ação a maioria dos seus aviões.
E mesmo assim, esses navios serão alvos dos DF-21 chineses.

Antoniokings

E se implantar esses mísseis nas. ilhas artificiais, via empurrar esses porta-aviões lá para ‘o meio do Oceano Pacífico’.

M.@.K

Se me permite, não concordo muito. Implantar este complexo sistema de mísseis em ilhas artificiais os deixariam vulneráveis contra ataques de saturação inimigo, mesmo havendo um aparato antiaéreo eficiente. Vejo isso com relação às bases insulares como Diego Garcia, que até pouco tempo eram invulneráveis, mas que com o aperfeiçoamento de mísseis chineses e até dos iranianos, seu relativo isolamento passou a ser irrelevante. Isso é observado com próprio Taiwan. Acho que tais sistema desdobrados no continente terão maior eficiência se valendo do seu alcance de mais de mil km aliado a uma dispersão no terreno mais eficiente do que… Read more »

Antoniokings

Sim.
Mas, se os EUA atacarem essas ilhas artificiais, alertará os chineses na costa.
É uma primeira linha de defesa e está propensa a este tipo de ataque.
Ou seja, para tentar atacar a costa chinesa, terá, obrigatoriamente, que enfrentar essas ilhas o que deixará os chineses de prontidão e aptos a contra-atacar.

SDS

Antoniokings

Isso me faz lembrar a estratégia soviética de anéis de defesa na Batalha de Kursk.
As primeiras linhas (equivalentes às ilhas artificiais chinesas) receberam o impacto inicial do ataque dos panzers.
As linhas consecutivas foram amortecendo o ímpeto do ataque e os alemães ficaram longe de seus objetivos e foram derrotados.

M.@.K

Opa, acho que me expressei mal, na verdade queria dizer que o complexo sistema seria especificamente os DF17 e não os Dong Feng como tu disse. Confundi com os DF 17… nesse casa, é válido sim. SDS

Antoniokings

Mas, se estiver muito longe os F-18 e F35 não chegam sem reabastecer para voltar.
Aí, será tiro ao alvo nos reabastecedores.
Já postei aqui, há pouco tempo, entrevista de uma autoridade militar americana que nem considera o F-35 em simulações no Oceano Pacífico, pelos prolemas apresentados pelo avião e as enormes distâncias do teatro de operações.

Filipe

Mas os Elevadores de munições e o EMALS ? Já estão a funcionar em pleno?

Dalton

Ainda não, mas, isso não interfere com a qualificação dos sistemas de combate, treinar com parte da ala aérea e cumprir a importante missão de formar novos pilotos e manter a proficiência dos veteranos, coisa que todo NAe tem que executar.
.
A prioridade agora serão os testes de choque que muito provavelmente serão notícia aqui nos próximos dois meses e após reparos e estudos espera-se que ele começará o treinamento seriamente para sua primeira missão de longo curso em 2023.

Dalton

Pelo contrário “48”, o “Seaview” , meu favorito, teve uma gestação tranquila, graças ao gênio e recursos do Almirante Nelson, conforme livros, planos e modelos que tenho…posso não entender muito de navios reais, mas, em matéria de “Seaview”
sou “expert” 🙂

Antoniokings

Talvez os americanos substituam os F-35 pelo Sub-voador.
kkkkk

Paulo Drusnam

Muito bom lhe negativar…

Antoniokings

Mais preocupante ainda é a enorme quantidade de novos navios e mísseis que os chineses estão aprontando.

Dalton

Não fosse a exigência do Congresso que o “Ford” passe pelos testes de choque dentro dos próximos dois meses ele estaria pronto para sua primeira missão de longo curso na segunda metade do ano que vem. Ainda assim é muito já que normalmente a primeira missão ocorre dois anos ou pouco mais após o comissionamento, mas, o “Ford” é algo completamente novo e diferente. . Testes de choque normalmente são feitos com o segundo navio da classe e no caso da classe Nimitz os testes foram feitos com o quarto da classe e esses testes acabam “roubando” pelo menos seis… Read more »

Dalton

De fato, mas, a US Navy cansou da classe Nimitz e faz tempo, tanto que já se queria que o último da classe, o que veio a ser chamado USS George H W Bush,
deveria ter sido bem diferente conforme um livro que tenho de 20 anos atrás que
tem inclusive desenhos de como ele deveria ter sido, mas, uma série de fatores, fez com que ele fosse uma cópia melhorada do anterior o USS Roanald Reagan ambos uma subclasse.