Marinha dos EUA exerce opção para segunda fragata de mísseis guiados classe ‘Constelation’

44

Concepção da USS Constellation (FFG-62)

WASHINGTON – A Marinha dos EUA concedeu uma opção de contrato à Fincantieri Marinette Marine para construir sua segunda fragata de mísseis guiados da classe “Constellation”, disse o Program Executive Office Unmanned and Small Combatants (PEO USC) em um comunicado de 20 de maio.

“O Escritório do Programa da Marinha tem o prazer de conceder a opção para a USS Congress (FFG 63) ao nosso parceiro da indústria Fincantieri Marinette Marine”, disse o Capitão Kevin Smith, gerente do programa principal da Fragata Classe “Constellation” (PMS 515). “Como o segundo navio do Programa de Fragatas da Classe “Constellation”, o USS Congress fornecerá um combatente de superfície de próxima geração altamente capaz de que nossa Marinha e nossa nação precisam.”

O futuro USS Congress (FFG 63) será construído no estaleiro da FMM em Marinette, Wisc. onde os preparativos estão sendo feitos para começar a construção do navio inicial USS Constellation (FFG 62).

Como seu navio irmão, o FFG 63 terá capacidade multimissão para conduzir guerra aérea, guerra antissubmarino, guerra de superfície, guerra eletrônica e operações de informação.

Os sistemas de bordo incluirão um radar Enterprise Air Surveillance Radar (EASR), AEGIS Combat System Baseline Ten (BL10), um Mk41 Vertical Launch System (VLS), sistemas de comunicação, Canhão MK110 de 57mm Gun Weapon System (GWS) e capacidade adicional na Guerra Eletrônica/Área de Operações de Informação com flexibilidade de design para crescimento futuro.

A Fragata Classe “Constellation” será uma parte importante da futura Frota da Marinha dos UEA. Representa a evolução da pequena força de combate de superfície da Marinha com maior letalidade, capacidade de sobrevivência e capacidade aprimorada para apoiar a Estratégia de Defesa Nacional em toda a gama de operações militares.

Isso ajudará a conduzir as operações marítimas distribuídas de forma mais eficaz e a melhorar a capacidade da Marinha de lutar em ambientes litorâneos e de águas azuis contestadas.

O processo de aquisição da Fragata Classe “Constellation” da Marinha dos EUA começou em 2017. Desde então, a US Navy tem trabalhado em estreita colaboração com a indústria para equilibrar custo e capacidade.

FFG(X)
Subscribe
Notify of
guest

44 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Jodreski

Enquanto isso na República dos Soldos, Pensões e Aposentadorias vamos estar recebendo a primeira Tamandaré lá em 2050.. com risco de diminuírem a quantidade contratada ainda (vai saber né).

Camargoer

Olá Jodreski. Assim como sou um entusiasta do ProSub, também sou crítico de muitas coisas na MB e nas forças armadas brasileiras. Contudo, não seria correto comparar as forças armadas dos EUA com um orçamento maior que US 700 bilhões com o da MB de cerca de US$ 8 bilhões (praticamente 1%). Os atrasos nos cronogramas não são um problema da MB mas consequência dos problemas estruturais, onde se destacam o elevado gasto com pessoal ativo e inativo de carreira. Sem querer ser profeta do passado, acredito que a MB errou ao interromper o programa de corvetas Barroso (teria sido… Read more »

Pedro

Ele não comparou, só falou algo correto, verdadeiro, apesar de entusiastas dos aparelhos militares, não podemos, por causa disso, nos calar sobre os devaneios, roubos e má-gestão dos recursos públicos destinadas as nossas FA´s. Gastamos muito e gastamos mal.

camargoer

Caro Pedro. Um comentário que começa com “enquanto isso na república… ” é uma comparação. A MB (aliás, todas as forças armadas brasileiras) apresenta problemas estruturais que são exaustivamente apresentados aqui na trilogia. O problema de comparar a MB com a USN ou com a China seria mascarar estes problemas. É preciso comparar a MB com outras marinhas de orçamento similar e de grande extensão marítima, como Austrália e Canadá. Nestes casos, os problemas da MB saltam aos olhos.

Cavalli

camargoer “enquanto isso na república…” dos desvios de verbas, já foram destinados à Marinha do Brasil via ENGEPROM (empresa de cabide de emprego de aposentados da Marinha) aprox. R$ 10,06 bi (ESTÁ NA CONTA CORRENTE), R$ 2 bi (maio de 2018) + R$ 7,6 bi (junho de 2020) + R$ 460 milhões (reajuste de contrato março de 2021). E a informação é de que o valor do Contrato para as 04 Fragatas seria de R$ 9,1; publicado por este site: https://www.naval.com.br/blog/2020/03/04/marinha-compra-quatro-fragatas-por-r-91-bilhoes/ Para compras de equipamentos e sistemas podem ser feitas on-line ou home-office e a pandemia não seria um problema,… Read more »

Newton

Caro Jodreski no meu entender o problema PRINCIPAL não são os soldos, pensões e as aposentadorias, mas sim a pouca vontade e a falta de visão estratégica dos políticos em investir nas forças armadas. Se por um milagre da natureza o efetivo fosse reduzido pela metade, as aposentadorias repassadas para o INSS (Não falo em reduzir os soldos pois isto geraria uma fuga dos mais capazes), mesmo assim eu acredito que a situação ficaria quase na mesma, pois penso que o orçamento seria reduzido pelos políticos e a “fartura” seguiria igual.

Paulo

Essas Fragatas é o que faltava para US Navy, bem armadas e bonitas esteticamente, vão complementar muito bem a frota.

Renato

O curioso é que a Arleigh Burke é aprox apenas 1/3 mais pesada (9k t vs 7K t) mais comporta o triplo de VLS (96 vs 32). O ganho de escala de poder de fogo na AB comparado a Constelation é impressionante.

Jefferson

Renato, eu também já observei essas coisas. Parece um navio pesado demais para pouco poder e com preço razoavelmente salgado para as suas missões. Pelo armamento do costelalation, o navio poderia ter umas 5 mil toneladas (parecido com a classe Fridtjof Nansen da Noruega) e uma tripulação de 140 homens. Um navio de 5 mil toneladas, com tais armamentos citados na matéria, um pouco mais furtivo e com capacidade de 1 helicóptero orgânico fica bem interessante e cumpre muitas missões. Eu acho que esse costelation será um avanço para os EUA, será um bom navio para diversas operações, bem melhor… Read more »

Piassarollo

São cascos grandes, ao meu ver, para que tenham uma boa reserva para futuros acréscimos de armas e equipamentos. Aconteceu algo parecido com os Spruance.

João Filho

O Arleigh Burke é um destruidor e custa três vezes mais que a classe Constellation, uma fragata. É realmente tão surpreendente? Exatamente o mesmo acontece se compararmos a classe Horizon e a classe DDX com a classe FREMM.

Dalton

Não diria 3 vezes mais João. Há uma expectativa que cada fragata acabe custando cerca de 1 bilhão de dólares e um Arleigh Burke III cerca de 2 bilhões e existe a possibilidade diante de um histórico recente que ambos acabem custando 10% a mais que o estimado.

Dalton

Sim “48”, o problema é que há razões para se acreditar que a estimativa da US Navy não será cumprida e haverá um aumento no preço.
.
Quanto ao estaleiro é o mesmo que fabrica os LCSs da versão Freedom, e um deles o USS Little Rock teve sua jornada ainda mais complicada pois foi se meter de visitar Quebec e o rio congelou forçando o navio a permanecer mais tempo lá que o desejado. 🙂

Adriano Madureira

“Uma curiosidade : Você já viu onde fica esse estaleiro
Mariette Marine?.
Veja e observe o caminho que os navios terão que percorrer para chegarem em suas futuras bases, na Florida e California!”

É uma tirada grande! saindo do Winsconsin, passando pelos grandes lagos e chegando na flórida.

comment image
comment image

Last edited 2 anos atrás by Adriano Madureira
Carlos Gallani

Lei dos quadrados e dos cubos!

Esteves

Não sei não. Não parece projeto europeu. Não com esses varais. Pode ser que a execução tenha sido contratada junto a Ficantieri e somente a execução?

camargoer

Olá Esteves. Eu tambem estranhei o paliteiro. Pensei que o mastro seria furtivo.

Esteves

Se Tivesse aquilo chapeuzinho de Pedrito…

Phillipe Blower

a USN parece preferir esses mastros treliçados feios. Fica tudo com cara de anos 80. Fizeram uma FREMM ficar parecida com um Kidd.

camargoer

Olá Phillipe. Deve haver uma rezão técnica. Ainda não estou acostumado com as torres furtivas mas já desacostumei destas torres convencionais.Até a Barrosto tem um mastro mais discreto e moderno

Alex Barreto Cypriano

Os AEM/S dos LPD-17 nunca foram uma uninanimidade, mesmo porque só reduzem o RCS do navio em até 8% quando comparado com os tradicionais lattice e tripod e criam um problema pra indispensável sinalização visual por bandeiras e bandeirolas, já que não possuem um yardarm real mas mini yardarm (que reduz ainda mais a eficácia stealth). Mesmo os mastros tripod podem ser em material compósito, como os enclosed masts, e o CVN-77 tem um mastro compósito com dois yardarms cruzados. As marinhas européias podem achar vantajosos os mastros enclausurados, mas a USNavy já entendeu que sob A2AD e LOCE baixo… Read more »

Kemen

A U.S. Navy não precisa de mastros integrados (furtivos ?), os seus sistemas detectam primeiro qualquer outra belonave, sem mencionar o seu armamento. O custo mais barato pode ser uma opção nesse caso sem nenhuma perda na eficácia militar. Eu até acho que esses mastros por serem mais finos respondem de forma mais fraca às frequências dos radares, algo para pensar.

Last edited 2 anos atrás by Kemen
Dalton

Os “mastros furtivos” são mais caros e quando se precisa de um grande número de unidades, além de outras prioridades, o jeito é cortar custos ainda mais se não for considerado “essencial”.
.
Há no momento em construção dois “LPDs” da classe San Antonio que
diferentemente dos anteriores terão mastros similares aos de um Arleigh Burke e ambos serão navios transicionais pois os seguintes que serão denominados
“Flight II” e que efetivamente substituirão os “LSDs” serão ainda mais simples.

sergio

Pois e, esta tão diferente do projeto que foi baseado, que me atrevo a dizer que e um navio totalmente novo.

Esteves

Parece pizza americana. Dizem que é pizza. Mas não é. É uma coisa prática como diz Mestre Dalton.

Esteves

Muito obrigado. Consultarei a informação na internet.

MARCELO R

Vao todas ficar prontas antes……..
Das MÍTICAS…..corvetas ou fragatas leves….ou o que sejam…..as Tamandares

camargoer

Ola Marcelo. Provavelmente ficarão prontas antes sim. Pelo que sabemos, a primeira FCT entraria em operação em 2025 (desde que sua construção fosse iniciada agora). Como ainda não sabemos se isso ocorreu (improvável) ou ocorrerá em breve (também improvável), temos que aguardar essa notícia para estimar quanto a Tamandaré ficará pronta. Eu não sei.

RCJ

Aqui cita que é derivada da FREEM e o custo do contrato (US$554 milhões, valor que considero excelente, mas não sei se inclui tudo do navio):
https://www.defensenews.com/industry/2021/05/21/fincantieri-dedicates-all-its-us-shipyards-for-navy-frigate-orders/

Last edited 2 anos atrás by RCJ
Dalton

De fato não. Os chamados equipamentos fornecidos pelo governo, radar, sonar, sistemas de combate, etc, não estão incluídos. Daí as vezes se pensar que essa fragata poderá custar três vezes menos que um Arleigh Burke que “completo” custa na faixa de 1,8 bilhão, então o correto é comparar ambos os tipos “completos” ou sem os equipamentos do governo.

Dalton

Houve também “48”, os navios de guerra de minas costeiros, (MHC) da classe Osprey, já há muito descomissionados, década passada, muitos dos quais foram repassados a outras marinhas que nada mais eram que plataformas baseadas na classe Lerici italiana.

Dalton

Pois é…uma simples questão de “DNA” 🙂

Cristiano GR

Vi aqui nos comentários, muitas menções negativas, pessimistas e outras até pejorativas sobre as Tamandaré. Existe uma diferença gigante entre o orçamento da MB e o da USNavy, todos sabemos, mas não só o orçamento deve ser levado em conta como, também, a necessidade. A marinha americana, além de viver em constante ameaça e iminência de combate em qualquer parte do planeta, tem de desempenhar a função de projeção de poder marítimo da maior potência. Temos inúmeras coisas a serem corrigidas em nossa marinha antes de pensarmos em comparar com algo da marinha americana. Todas as dificuldades e carências de… Read more »

Esteves

Projetos bons. Bons projetos. Aonde? Bem estudados? Quais? Somarão poder de persuasão a Marinha do Brasil? Como?

Marinha boa bota navio no mar. Ponto.

Thiago A.

2 !

Cavalli

Então… Me ajude respondendo a estas minhas perguntas…. Esse foi um comentário que fiz em resposta ao camargoer a aproximadamente 01 dia atrás e só tive uma curtida e nenhum questionamento, ou seja, ninguém está preocupado onde foi parar o dinheiro EMPENHADO (DISPONÍVEL PARA USO) na conta da ENGEPROM, segue: “…enquanto isso na república…” dos desvios de verbas, já foram destinados à Marinha do Brasil via ENGEPROM (empresa de cabide de emprego de aposentados da Marinha) aprox. R$ 10,06 bi (ESTÁ NA CONTA CORRENTE), R$ 2 bi (maio de 2018) + R$ 7,6 bi (junho de 2020) + R$ 460… Read more »

Carlos Campos

Interessante que eles já vão colocar o SPY 6, não sabia que esse navio podia usar esse radar,

Alex Barreto Cypriano

Tá muito lento esse processo. Tão enrolando, óbvio! Quer saber? Pra quê Constellation, ainda mais em tão pequenos números e com tantas opções de descontinuação? Se você vai trocar o bastão por hashi, você sabe que tipo de luta não vai ganhar. O resto é silêncio estrondoso.

EduardoSP

Curioso, tem VDS mas não tem armas anti-submarino. Dependerá apenas do helicóptero para ASW.

Alex Barreto Cypriano

Tanto o LCS Freedom quanto o Independence são baseados em designs não-americanos. Parece-me, smj, que a USNavy tá levando uma segunda entubada. Todo mundo tá fazendo análise sem considerar as circunstâncias externas e a história por trás das FFG-62; assim ninguém vai entender o que está acontecendo. Daqui a dez anos, os antiamericanos plantonistas, fazendo figa, dirão: Classe Constellation, mais uma lambança da USN. Triste…
Igualmente triste é ter comentário retido deve ser picuinha da oposição 😉

Alex Barreto Cypriano

Refiro-me a mudança no cenário estratégico da ultima década/década e meia, que anulou os fundamentos das aquisições dos LCSs, DDGs1000, LPD-17 f.I, a tal marinha transformacional de mundo unipolar, levando à criação de uma nova arquitetura de frota, aos DMO e LOCE, à guerra em redes, aos USVs, UUVs, UAVs, etc, etc. Os LCSs só são fracasso se você achar que eles não têm serventia, e eles têm, mesmo em novo cenário, bem ao contrário dos Abrams do USMC no EABO. Os LCSs têm história interna e externa, assim como as FFGs62, que ninguém quer abordar. E deviam sob pena… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano

Mk48, o novo orçamento fiscal de 2022 da USN prevê descomissionar SETE Ticonderogas mais quatro LCS (um Independence e três Freedom) e doze botes patrulha Mk-VI, construir menos um Burke, reduzir pessoal, comprar menos aeronaves, etc, tudo dentro da estrategia divest-to-reinvest. Mas nem os LCSs nem os DDGs1000 estão encostados. Recentemente os LCSs patrulharam o Golfo do México e o Mar do Sul da China. E tem almirante da sétima frota (Merz) que aprecia muito os LCSs operando junto ou em exercícios internacionais. Quanto aos Zumwalt, te que ser muito ingênuo pra achar que ele tá parado por causa da… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Corrijo-me: onde se lê AWS, leia-se AGS (advanced gun system).

Last edited 2 anos atrás by Alex Barreto Cypriano
João da Lua

Então os LCS vão ser descontinuados? Se sim ou não, porque?