A Saab recebeu um pedido da Organização Sueca de Material de Defesa (FMV) para a próxima fase do programa de extensão da vida útil do Torpedo 62. O valor do pedido é de SEK 145 milhões e as entregas ocorrerão até o final de 2023

O pedido inclui pré-estudos e engenharia que incorpora protótipos de subsistema para melhorias do torpedo atual.

“Este pedido ajuda a desenvolver um sistema de torpedo mais capaz para o futuro. Estamos ansiosos para continuar a desenvolver um dos principais sistemas de armas da Marinha Sueca”, disse Görgen Johansson, chefe da área de negócios da Saab Dynamics.

A produção e o desenvolvimento ocorrerão em Linköping e Motala.

O programa de extensão de vida do torpedo pesado da Marinha Sueca foi assinado pela primeira vez em 2020. O Torpedo 62 é um sistema de torpedo pesado para alvos de superfície e subaquáticos. O Torpedo 62 está equipado com um sistema de propulsão avançado de alta capacidade e longa autonomia, combinado com um localizador de alvo avançado, desenvolvido para a área operacional da Marinha Sueca.

Sobre a Saab

A Saab é uma empresa líder em defesa e segurança com uma missão duradoura de ajudar as nações a manter seu povo e a sociedade em segurança. Capacitada por seus 18.000 talentos, a Saab constantemente ultrapassa os limites da tecnologia para criar um mundo mais seguro, sustentável e justo. A Saab projeta, fabrica e mantém sistemas avançados em aeronáutica, armas, comando e controle, sensores e sistemas subaquáticos. A Saab está sediada na Suécia. Possui importantes operações em todo o mundo e faz parte da capacidade de defesa interna de várias nações.

FONTE: Saab


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Gabriel BR

Será que não poderíamos fabrica-lo sob licença com transferência de tecnologia aqui no Brasil?

Mario José

Como está esse projeto hoje, foi cancelado???

Diogo de Araujo

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Last edited 3 anos atrás by Diogo de Araujo
Clésio Luiz

Uma pergunta ao pessoal do Poder Naval que entende do riscado: navios de combate modernos possuem alguma capacidade de resistir ao impacto de um torpedo desses, ou abandonaram o recurso de blindagem completamente, como aconteceu com os jatos?

Nonato

Acrescento: torpedo tem ogiva explosiva ou é apenas impacto?

Bosco

Torpedo tem ogiva com a maior parte composta por explosivos.
No caso do Mk-48 por exemplo, que pesa 292 km, cerca de 80% é explosivo.

Bosco

Clesio,
Contra navios geralmente os torpedos pesados (lançados de submarinos) explodem uns 5 metros abaixo da quilha e produzem uma “bolha” que faz o navio se partir.
Contra submarinos o torpedo explode devido a uma espoleta de proximidade ou por contato, sem penetrar.
Em ambos os casos, navio e submarino, ter uma blindagem resistente não ajudaria a sobreviver ao ataque de um torpedo.

Bosco

As espoletas de proximidade dos torpedos é baseado em magnetismo, acústica ou de pressão.

Carlos Gallani

Acertar um torpedo na lateral de um navio é simples mas o que me intriga é como o torpedo sabe onde é e como se posiciona abaixo da quilha do navio, são muitas variáveis, considerando que o magnetismo diminui ao quadrado da distância eu digo que é bruxaria tecnológica pura!

Bruno Vinícius

Os americanos sofreram para fazer uma espoleta magnética para os torpedos na época da Segunda Guerra Mundial. É uma tecnologia de fato complexa.

Carlos Gallani

A espoleta magnética ainda é só uma parte do problema, garante que a explosão não seja colada ao casco causando mais danos, disso para o torpedo se posicionar abaixo do navio é um salto enorme!

Bosco

Carlos,
Cada modelo de torpedo pesado deve utilizar uma complexa espoleta que deve combinar o magnetismo, a pressão e o som. Não é só magnetismo porque pode não funcionar contra alguns navios e submarinos. A mais flexível seria a espoleta de pressão.

Bosco

Carlos, Há um equivalente disso no mundo dos mísseis, que são os mísseis com capacidade de passarem por cima do alvo e dispararem um jato de metal fundido contra a parte de cima do tanque, que é mais frágil. São os mísseis que operam no modo “overfly top attack”, também chamado de “overfly shoot down”. Os mísseis que operam dessa forma são o Bill 2, o TOW IIB e o NLAW. Eles são programados para voar uns 2 metros acima da linha de mira e por isso passam por cima do alvo e aí a espoleta sente que o veículo… Read more »

Carlos Gallani

Obrigado pela reposta, já conhecia esse tipo de míssil mas convenhamos, devido às diferenças de propriedade da água e do ar a vida do míssil é bem mais fácil, processar esse tipo de ataque quando seus sensores basicamente trabalham na sopa brincado de gato mia é impressionante, mesmo o sonar passivo que pode ter um alcance maior precisa fugir do barulhento helice para o ponto específico que discutimos.

Francisco Lucio Satiro Maia Pinheiro

Bosco, essa bolha provocada pelo torpedo se não me engano produz uma dupla tração, tipo empurre-sucção ( pull -push) no casco do navio, fazendo ele se quebrar.
Deveria haver uma forma de anular essa força, através de uma força contrária, que produzisse pressão no sentido contrário à produzida pelo torpedo atacante.

Last edited 3 anos atrás by Francisco Lucio Satiro Maia Pinheiro
Bosco

O que dá pra ver é que a explosão empurra o meio do casco pra cima e ele já parte e aí acaba de partir de vez quando volta. É como se os gases da explosão o levantassem e ele se quebraria pelo próprio peso e aí ele cai numa região de baixa pressão e acaba de quebrar.
Criar algo que possa anular isso no momento exato não deve ser fácil.

Joao Moita Jr

O que foi exatamente o ocorrido com a corveta Cheonan da Coreia do Sul em 2010. Partiu no meio, e afundou…

https://en.m.wikipedia.org/wiki/ROKS_Cheonan_sinking

Diogo de Araujo

Só, Jesus acho

Antonio Palhares

E o detalhe, é que Jesus tem mais o que fazer e não se mete nessas coisas.

Francisco Lucio Satiro Maia Pinheiro

Sinceramente, será que podemos confiar nas contra medidas eletrônicas anti-torpedo de enviar sinais para criar múltiplos alvos e confundir o torpedo ?
Eu sou bem desconfiado, acho que a melhor medida seria outro torpedo do meu navio explodindo e acabando com o torpedo inimigo.

Bosco

Francisco,
Mas só recentemente começaram a aparecer sistemas de torpedos antitorpedos confiáveis. Antes nunca se chegou a produtos confiáveis.
Deve começar a haver uma explosão desse tipo de arma para defender navios e submarinos.