Primeiro teste de mar para a FREMM de defesa aérea ‘Lorraine’, a décima e última da série de fragatas multimissão da França

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Em 22 de fevereiro de 2022, o Naval Group iniciou os primeiros testes de mar da FREMM DA Lorraine, um passo importante antes da entrega da fragata. Durante vários dias, a oitava FREMM a ser entregue à Marinha Francesa e a segunda com capacidades aprimoradas de defesa aérea (FREMM DA), passará por testes no mar na costa da Bretanha

Encomendada pela Organização para Cooperação Conjunta de Armamento (OCCAR), em nome da Agência Francesa de Compras (DGA) e da Marinha Francesa, a FREMM DA Lorraine é a oitava e última fragata multimissão a ser construída para a Marinha Francesa. É também a segunda FREMM com capacidades aprimoradas de defesa aérea (FREMM DA).

Duzentas e cinquenta pessoas estão mobilizadas para preparar este primeiro teste no mar. Esta sessão permitirá testar o desempenho dos sistemas de propulsão e navegação do navio. Várias campanhas serão então realizadas para testar todos os sistemas. A FREMM DA Lorraine será então entregue até o final do ano.

Didier Trehin, gerente de bordo do Naval Group para esta primeira campanha, disse: “Este primeiro teste no mar é um momento muito importante, especialmente porque esta é a última fragata da série FREMM. Esta é a primeira vez que o navio está no mar. Este marco também simboliza três anos de trabalho preliminar com nossas equipes e parceiros. Graças às modificações desde o início deste programa em 2005, a FREMM DA Lorraine carrega a bordo as tecnologias mais recentes e eficientes”.

Após ser lançada em novembro de 2020, o primeiro teste de mar da FREMM DA Lorraine está ocorrendo dentro do cronograma e de acordo com o compromisso contratual da empresa de entregar o navio em 2022. Equipes e parceiros do Naval Group foram mobilizados para cumprir esse marco, apesar da Crise Covid.

O programa FREMM segue o cronograma estabelecido pela última Lei de Planejamento Militar (LPM). Sete FREMMs já foram entregues à Marinha Francesa entre 2012 e 2021. Aquitaine em 2012, Provence em 2015, Languedoc em 2016, Auvergne em abril de 2017, Bretagne em julho de 2018, Normandie em julho de 2019 e Alsace em abril de 2021. Internacionalmente, a Mohammed VI foi entregue ao Marrocos em 2014 e a Tahya Misr entregue ao Egito em 2015.

A FREMM se beneficiou do feedback do programa, desde o início da construção

Com 3.500 horas no mar por ano, o nível de disponibilidade no mar das FREMMs é inigualável e é uma importante fonte de informação. O diálogo permanente entre as marinhas, a DGA, a OCCAR, bem como as equipes de construção e manutenção, permite ao Naval Group propor tecnologias adaptadas à evolução das necessidades operacionais dos seus clientes.

Como resultado desse feedback operacional, a FREMM DA Lorraine se beneficia da implantação de novas funções: capacidades cibernéticas aprimoradas, implantação do Liaison 22 (sistema de rádio digital seguro da OTAN), mastro de largura reduzida, substituição do controle de tiro de artilharia optrônico por um radar/controle de tiro optrônico, ou a integração de uma mesa tática.

Uma FREMM polivalente que mobilizou todo o know-how do Naval Group e seus parceiros industriais

As fragatas multimissão, projetadas e construídas pelo Naval Group, são navios polivalentes, furtivos e altamente automatizados, capazes de responder a todos os tipos de ameaças aéreas, marítimas, submarinas ou terrestres.

A excelência operacional das FREMMs é reconhecida mundialmente, como pela Marinha dos Estados Unidos, cuja 6ª Frota concedeu o Prêmio Hook’em a quatro FREMMs por sua excelência em guerra antissubmarino por dois anos consecutivos.

Uma fragata multimissão representa quatro milhões de horas de trabalho, cerca de metade das quais beneficia a cadeia de suprimentos e os atores locais. O projeto, construção e manutenção de FREMMs mobilizam duzentas e cinquenta habilidades únicas, algumas das quais tão específicas que exigem até onze anos de treinamento (carpinteiro, soldador de casco, caldeireiro, etc.).

FREMM Alsace

A fragata será baseada em Toulon ao lado da FREMM DA Alsace para fornecer defesa aérea para grandes unidades, como o porta-aviões Charles de Gaulle ou o porta-helicópteros de assalto anfíbio (PHA), como parte de um grupo de ataque naval ou anfíbio. As FREMMs com capacidades aéreas aprimoradas, Alsace e Lorraine, são, portanto, capazes de realizar as mesmas missões de guerra antissubmarino que as outras FREMMs da série, além de suas capacidades de defesa aérea aprimoradas.

A FREMM DA também usa os mais avançados sistemas de armas e equipamentos, como o radar multifuncional Herakles fornecido pela Thales, os mísseis Aster 15 e 30 e Exocet MM 40, os torpedos MU 90 e três consoles adicionais do Sistema de Gerenciamento de Combate Setis® na “central de operações”. Assim como as demais FREMMs, a Lorraine levará o helicóptero NH90 (Caiman Marine), cujo uso é suportado pelo sistema SAMAHE® fornecido pelo Naval Group.

Especificações técnicas da FREMM DA Lorraine

• Comprimento total: 142 metros
• Boca: 20 metros
• Deslocamento: 6.000 toneladas
• Velocidade máxima: 27 nós
• Tripulação: 118 pessoas (+ 14 pessoas para o destacamento de helicóptero)
• Capacidade de alojamento: 165 pessoas
• Alcance: 6.000 milhas náuticas a 15 nós

FREMMs com recursos avançados de defesa aérea (FREMM DA) são capazes de empregar:
• 8 mísseis antinavio Exocet MM40 Block 3
• 32 mísseis Aster em sistemas de lançamento vertical Sylver®
• Um canhão principal de 76 mm
• Quatro metralhadoras de 12,7 mm
• 19 torpedos MU90
• Um helicóptero de combate Caiman Marine
• Dois canhões Narwhal de 20 mm operados remotamente

Assista ao vídeo da FREMM Aquitaine, o primeiro navio da classe

Sobre o Naval Group

O Naval Group é o líder europeu em defesa naval. O Naval Group usa seu extraordinário know-how, recursos industriais únicos e capacidade para estabelecer parcerias estratégicas inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. Como integrador de sistemas e contratado principal, o grupo projeta, produz e dá suporte a submarinos e navios de superfície. Também presta serviços a estaleiros e bases navais. Atento à responsabilidade social corporativa, o Naval Group adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O grupo reporta uma receita de 3,3 bilhões de euros e tem uma força de trabalho de 15.798 (dados de 2020).

DIVULGAÇÃO: Naval Group

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Thiago A.

“décima e última da série de fragatas multimissão da França”

Auditório confere aí ! Porocede essa informação, não eram 8 no total as FREMM da MN ? 10 não é o número das Bergamini da MMI ?

Thiago A.

Resolvi o meu dilema, pessoal …

“Mohammed VI foi entregue ao Marrocos em 2014 e a Tahya Misr entregue ao Egito em 2015.”

8 na MN e 2 para a exportação .

“a décima e última da série de fragatas multimissão da França”
O título criou um pouco de confusão.

Fernando "Nunão" De Martini

Desde a primeira exportação de FREMM que inicialmente era destinada à Marinha Francesa, os informes originais sobre o andamento do programa francês têm essa “ambiguidade” nas chamadas e textos.

Sei disso porque traduzi desde os primeiros informes de entregas do programa francês, cerca de dez anos atrás. É claramente proposital.

Last edited 2 anos atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Bosco

Tá sumido Nunão!!!!

Marcos10

Qual o motivo de a MB não ter dez dessas também?

Mercenário

Quem tem dez dessas, mas com menor número de celulas VLS, é a Itália.

A França operará 8 FREMM (+ 2 Horizon e 5 FDI como principais combatentes) o título da matéria causa confusão, pois duas foram entregues para clientes estrangeiros.

Para a MB é uma utopia, mas estaríamos muito bem.

Roberto Bozzo

Mestre Marcos10,

Seriedade
Planejamento
Competência
Organização
…… dinheiro

PACRF

Concordo e acrescento o PROFISSIONALISMO, pois são FAs focadas APENAS nas questões relacionadas à defesa e à soberania da França, consequentemente da OTAN, também.

Carlos Eduardo Oliveira

Dinheiro aqui tem, agora os outros itens, não.

ADM

Afi, mas dentro do planejamento deverá só haver razoabilidade e não devaneios…

Roberto Bozzo

Sinto inveja dos franceses nesta área militar, se propõem a construir quase tudo no seu país em que pese os custos disto, fornecendo independência e desenvolvimento tecnólogicos à sua indústria. Muitos aqui dizem que não podemos ter tal indústria pois não há escala de produção para nossos produtos, eu discordo e, mantendo-se apenas na área marítima, a MB precisa de ao menos 12 fragatas, 2 LHD’s (ou NAe, vai da preferência de cada um), ao menos 9 subs convencionais, 6 nucleares, etc…. excetuando-se os grandes players globais na área, ninguém tem tais números. A MB sempre encontra dinheiro para surtos… Read more »

Carlos Gallani

Eu sinto inveja da Itália e da Austrália, França e RU eu nem olho pq aí da depressão! Como eu tenho dito em posts anteriores, tem que começar de baixo pra cima para termos uma força coerente e adotar estaleiros com contratos de 30 anos ou mais, o primeiro passo EMERGENCIAL para reestruturação é jogar o que é passivo fora, por passivo entenda-se navio “velho” e/ou “ferrado”, o segundo passo chama-se OPV e no mínimo uns 15 para sairmos do sufoco e termos presença de mar para economizarmos as poucas Tamandarés em funções “nobres”! Com a expertise adquirida e mantida… Read more »

Esteves

“Assim como o verbo haver, o verbo ter é usado, em registro coloquial, no sentido de ‘existir, estar presente, acontecer’, sendo, nesse caso, também impessoal, ou seja, não admite sujeito; logo, não sofre flexão de número (não vai para o plural), permanecendo na forma neutra, que é a terceira pessoa do singular.”

Ter não admite sujeito. Se não tem sujeito, ele está oculto.

Roberto Bozzo

Mestre Carlos Gallani,

Concordo com quase tudo, só acho que OPV seria desnecessário, melhor ter Corvetas de Patrulha….a MB não mostra competência para gerenciar uma guarda costeira de fato e uma marinha de guerra separadas. Com Corvetas de Patrulha os meios seriam mais flexíveis e possibilitaria a marinha ter meios para paz e para a guerra num único meio.

Fernando Vieira

Tem uns navios de patrulha modular italianos que com uma rápida conversão saem de patrulha para corvetas. Seria o ideal para a MB que não vai se meter em combates com outras marinhas tão cedo. Assim eles podem fazer patrulha, guerra assimétrica, mas no porto os contêineres de conversão estão guardados caso precise e também para exercícios. No combate naval atual com mísseis em que basicamente um disparo certeiro já coloca o navio fora de combate não vejo muito sentido em ter navios com pesadas chapas e proteções blindadas. Melhor seriam cascos leves com proteção ativa por mísseis e CIWS… Read more »

Carlos Gallani

Caro Fernando Vieira, eu penso ainda mais “pé de boi”, a Fassmer OPV 80 que o Chile opera é perfeita para quem tem um orçamento estrangulado, deixemos a eletrônica avançada nas Tamandaré, OPV é pra colocar a marinha na agua pra ontem por um preço mais barato que pão, de perfume eu apenas colocaria algum drone de vigilância a bordo, nenhuma marinha próxima pode declarar guerra contra a gente e se uma distante vier nem as Tamandarés farão real diferenca então no momento é isso, apertar o cinto para lá em 2040 voltar a pensar em uma marinha de verdade!

Roberto Bozzo

Mestre Fernando Vieira,

“Tem uns navios de patrulha modular italianos que com uma rápida conversão saem de patrulha para corvetas”

É a classe PPA, num mesmo casco se desenvolve fragatas e patrulheiros, sendo que os patrulheiros podem ser convertidos em fragatas rapidamente; deslocam suas 6.000ton são beeem maiores que Corvetas, mas é quase o mesmo conceito que expus.

Carlos Gallani

Colega Roberto Bozzo, seu raciocínio faria todo sentido se houvesse dinheiro, um OPV custa 100m USD, pelo preço de uma Tamandaré fazemos aproximadamente 4 OPV e nos podemos produzir na indústria nacional do offshore, ao custo de três ou quatro Tamandaré a gente enche o mar de navio mesmo que não seja o ideal como marinha de guerra, é um numero bom para um pais como o nosso, elas não vão sobrar se meios maiores proliferarem no futuro!

Roberto Bozzo

Então Mestre Carlos, as Corvetas de Patrulha seriam um meio termo entre OPV e as Tamandaré, portanto seu valor seria intermediário também. Mas uma corveta faz o papel de Patrulha, só que um OPV não faz o papel de Corveta, e como sabemos que a MB não conseguiria manter os dois (seria o ideal, mas não dá) então prefiro algo que possa fazer as duas funções do que algo que faça só uma e depois terei que gastar mais dinheiro pra fazer a outra função.

Carlos Gallani

Mas aí temos uma questão, pq fazer super OPV quando eu já faço corvetas? Se a preocupação é a marinha de guerra que venha um segundo lote Tamandarés, navios de guerra mesmo. Na ausência de meios maiores as funções de OPV e Corveta deverão ser muito divergentes, os valores são muito diferentes, equipamentos embarcados distintos, provavelmente a “infraestrutura” para armas e combates de verdade deixe as “meio termo” muito mais caras, a gente sabe que é no recheio que o bicho pega. Convenhamos, quando falamos de marinha de guerra as corvetas já são relativamente pequenas então esse “meio termo” não… Read more »

PACRF

Prezado Carlos: resumo seu post numa única palavra: PROFISSIONALISMO.

Bardini

O “NAVAL Group”, remonta ao século 17. É anterior ao inferno político que foi a Revolução Francesa e atravessou vários momentos de instabilidade e conflitos destrutivos. . O AMRJ, existe desde o século 18. Também foi fundado antes da revolução francesa e atravessou seus momentos de dificuldade. . Séculos de história. O que é o AMRJ hoje, comparado ao “NAVAL Group”? . Hoje, a MB paga a França para que se possa construir submarinos, a MB paga a Alemanha para que possa construir seus escoltas, paga para Cingapura para que possa construir um navio polar… Três estaleiros diferentes, todos vivendo… Read more »

Roberto Bozzo

Infelizmente sou obrigado a concordar com vc Bardini, depois de anos acompanhando o tema, nada justifica a falta de competência, seriedade e planejamento da MB.

Fernando Vieira

Aliás falando nisso, cadê os Napinha?

Esteves

“O verbo ter é um verbo extremamente irregular. Quando conjugado, apresenta diversas alterações no radical e nas terminações. Apresenta vários radicais distintos: eu tenho, eu tinha, eu tive, eu terei. Também as formas no presente do indicativo tem (singular) e têm (plural) costumam causar dúvidas.”

Muitas dúvidas.

Carlos Gallani

Pulou a hora do remédio né? Haahahahahahaha

Esteves

Exagerei na canela. No próximo misturo mais ginseng. Mandei manipular uma receita desruptiva. Ter 8 navios, ter mais 10 navios, ter mais 6 submarinos. O ter como consequência do aprender e conhecer é uma coisa bacana. O ter como repetição é outra coisa e não significa muito. A dependência da propulsão, dos sistemas, das armas, dos radares, dos sonares, das alças de tiro, dos suspensórios, dos botões…eternos escravos das manutenções alheias. O PROSUB veio desse contrato molusco de 10 bilhões de euros (8 dos submarinos + 2 dos helicópteros) com os franceses. 4 submarinos custarão 200 milhões de euros por… Read more »

Marcelo Martins

Roberto, a realidade é muito mais dura do que meros desejos!
“A MB precisa ter” é algo completamente diferente do que “a MB pode ter”!
A MB vive de surtos construtivos não porque ela quer, mas simplesmente porque não há a menor condição financeira de termos uma Marinha no nível que você menciona. E mesmo que a MB conseguisse a grana para construir tudo isso, acabaríamos dando um tiro no pé, pois não teríamos grana pra operar tudo isso!
É mais fácil aceitar a nossa realidade do que viver eternamente de sonhos que nunca se concretizarão!

Roberto Bozzo

Mestre Marcelo Martins,

“a MB precisa de ao menos 12 fragatas, 2 LHD’s (ou NAe, vai da preferência de cada um), ao menos 9 subs convencionais, 6 nucleares, etc…”

Isso que escrevi é o mínimo pra se chamar de Marinha de Guerra, menos que isso não há razão sequer para a existência de algo denominado Marinha.

E, se fosse minimamente competente, dava pra construir tudo isso no Brasil com a maior quantidade de equipamentos nacionais.

Last edited 2 anos atrás by Roberto Bozzo
Esteves

Não dá Roberto, não dá.

Mísseis, canhões, armas, sistemas de combate, propulsão…

Temos munições. Um país que produz somente munições deveria sustentar uma Marinha costeira. Ponto.

Vamos pra guerra e perdemos 2 navios Tamandarés. Temos substitutos? Temos como construir? Há uma indústria sustentando a existência de navios de guerra?

Roberto Bozzo

Mestre Esteves, Dá sim, mas não precisa fazer TUDO aqui…compra os canhões da Leonardo, mas a munição eu faço aqui; sistema de combate, propulsão são importantes saber fazer pois podem indisponibilizar (nem sei se existe tal palavra hehehehe) um meio; mísseis podíamos desenvolver aqui usando a comunalidade com os da FAB (mas comprar de fora também é importante), tem a torc 30, corced, mss, o SABER 200 Vigilante pode ser navalizado (?????)….. Quando falei em comprar o projeto em outra postagem era pra cobrir uma (mais uma) deficiência que é projetar uma fragata completamente; com a consultoria alemã vamos agregando… Read more »

Esteves

Roberto, Vamos fazer um navio. Fabricamos o casco. Para o deslocamento proposto encomendamos o grupo propulsor com a MAN, CAT, MTU, MWM ou qualquer outro se existirem. Junto desse grupo de máquinas vamos instalar os sistemas que farão o navio mover-se. Grupo de máquinas e sistemas que gerenciam o deslocamento do navio é um casamento. Nas bicis que o Esteves tinha eram corrente e câmbio Shimano. Grupo gerador de energia. Talvez a WEG. Talvez. Mísseis, canhões, radares…sistemas de combate. Essas armas estão casadas com o sistema de combate. Ok? Nas bicis que o Esteves tinha eram trocadores rapidfire Shimano. 1… Read more »

Carlos Gallani

Poís é aí que volto a meu comentário anterior, tem que começar de baixo, eu trabalhei em um carga geral com um motor Sulzer antigo, todo analógico de 5000 a 6000 hp, nada de eletrônico complexo no CCM, nada de propulsão mista, se um país como o Brasil não tiver condição de copiar algo assim pra colocar em nossos OPV então é apagar a luz e fechar as portas! Vamos utilizando soluções estrangeiras no que é necessário mas não vamos esquecer de começar, quando o knowhow do básico for nosso damos um passinho a mais e por ai vamos, como… Read more »

Esteves

Não.

Não é nada absurdo. Deveríamos ter feito. Assim como a Ficantieri encontrou um jeito de fazer em casa com a Isotta Fraschini, um fabricante de carros de luxo que hoje fornece propulsão diesel para a indústria naval italiana.

Mas não fizemos. Assim como não fizemos o reator na época de ter feito o reator.

Maldito verbo ter.

Roberto Bozzo

Mestre Esteves, “Quando você compra um produto da indústria que depende do recheio para funcionar isso tem nome. Venda casada. Se não Estiver no pacote original haverá uma conversa entre e com quem invadir o Seara alheio.” Concordo plenamente, mas na “venda casada” vc escolhe com o que quer casar.,….se o fornecedor falar “não”, o que mais tem é alguém querendo vender….franceses, italianos, sul-coreanos, japoneses, chineses, russos….vc acha mesmo que não encontraríamos alguém disposto a nos vender dentro dos nossos termos ?!?! Ou que não teriam bons negócios a oferecer ? Nas Tamandaré, a propulsão será alemã, o canhão principal… Read more »

Roberto Bozzo

Mestre Esteves,

Eu mandei a resposta, mas parece que não gostaram….

Esteves

Roberto,

A ThyssenKrupp é um conglomerado industrial. É um negócio enorme.

Consultoria é outra coisa. Consultor, advogado, coach, contador, historiador…essa gente vive de contar.

Quem contrata estaleiro contrata navio. Quem contrata navio contrata estaleiro.

Roberto Bozzo

Sim, um conglomerado enorme mas o que eu quero deles é o projeto e como adequar às minhas necessidades….duvido que eles não fariam tal coisa.

Carlos Gallani

Dinheiro sempre falta, se tivéssemos uma marinha 10 vezes maior nossa comparação seria em níveis superiores e consequentemente haveriam outros desejos como mais submarinos nucleares ou um numero plural de PAs por exemplo, temos que tomar cuidado para não mascarar a falta de planejamento e competência com a falta de orçamento, tem gente por aí dando show com um orçamento igual o nosso, já até encheu o saco falar de Itália e Austrália!

Marcelo Takase

esse navio é simplesmente lindo, as FREMM francesas são as mais bonitas, as americanas as mais feias.

Roberto Bozzo

Mestre Marcelo Takase,

Eu já acho as italianas as mais bonitas e as futuras americanas as mais com cara de navio de guerra…as francesas, bom deixa pra lá… cada um tem seu gosto pessoal.

Last edited 2 anos atrás by Roberto Bozzo
Heinz Guderian

Caro Roberto, tenho a mesma opinião que a sua, as italianas são belíssimas, até hoje bate a bad que a MB não pegou as duas FREMM oferecidas.

Gabriel BR

Pensa num navio bonito

Heinz Guderian

As FREEMs são mais bonitas que a fatura paga do cartão de crédito.

Almir

Sei que as FREMM italianas tem um deslocamento um pouco maior que as FREMM francesas. Isso se reflete num poder de fogo maior por parte da versão italiana, ou apenas questões estruturais?

Dalton

Os italianos tinham alguns requerimentos operacionais diferentes como maior capacidade de defesa de área envolvendo radares e silos verticais capazes de embarcar o “Aster 30” além de serem ligeiramente maiores aumentando também ligeiramente o alcance.

Mercenário

Pelo contrário, Dalton.

Embora concorde na questão do deslocamento (as italianas têm mais endurance), o “poder de fogo” maior está na versão francesa, com 32 células vls contra 16 células das italianas (número baixo considerando o deslocamento). Os franceses utilizam o MdCN.

Todas são capazes de embarcar o Aster 30.

Thiago A.

Não é de todo correto, as FREMM da MN não embarcam Aster 30 -de longo alcance- feita exceção das 2 FREDA . Os 2 módulos de 8 células dedicados a defesa aérea são os Sylver A43 , portanto no máximo Aster 15. Os outros 2 módulos de 8 células ( A70) não são aptos para lançar mísseis sup-ar. Podem até abrigar, mas com certeza não os lançam. O canhão das Bergamini é um Oto Melara de 127 mm, emprega munições guiadas com alcance superior aos 100km, ausente na versão FREMM francês. Mesmo discursos para os canhões de 76 mm ,… Read more »

Thiago A.

” Todas são capazes de embarcar o Aster 30.”
Embarcar até pode, lançar não.
Não o faz o VLS Sylver A43, menos ainda A70 .
Caso contrário a MN não teria substituído os A43 pelo A50 em duas das suas Aquitaine. E mesmo assim ainda não embarcam os Aster 30, além de ter que colaudar o software de lançamento para os Aster 30. Declarações dos oficiais da MN.

Dalton

Por outro lado Mercenário há informação de que 4 das 6 FREMM Anti submarinas francesas operam apenas com o “Aster 15” e das outras duas apenas 16 silos estariam reservadas para o Aster/15 ou 30 os demais 16 silos embarcariam os mísseis de cruzeiro “Scalp” enquanto as 2 FREMM otimizadas para guerra AA teriam todos os 32 silos reservados para os Aster 15 e 30. . Em compensação todas as italianas teriam a capacidade para os Aster 15 e 30. . Talvez o que li tenha mudado ou esteja errado, se puder confirmar, retorno mais tarde ou amanhã. . abraços… Read more »

Thiago A.

Não enxergo como maior poder de fogo, apenas abordagens e necessidades diferentes. As italianas são mais versáteis. As GP ( general purpose) italianas possuem um canhão Oto Melara 127/64 com munição guiada e alcance superior aos 100km. Os canhões de 76 mm também podem usar munição guiadas ( DAVIDE) além de funcionar como CIWS. Os lançadores verticais das italianas são os A50, oferecendo a possibilidade de empregar tanto mísseis de curto/médio ou longo alcance( Aster 30). Na versão francês ( feita exceção pelas 2 FREDA) os lançadores são os A43, portato limitado aos mísseis Aster 15 de curto e médio… Read more »

Dalton

Complementando Thiago assim como escrevi ao Mercenário, 4 das 6 FREMM francesas A/S teriam o “A43” para o Aster 15 as outras duas o A/50 também para o Aster 30 ao menos foi o que compreendi.
.
abraços

Thiago A.

Sim, Mestre Dalton. Resumindo para não ficar muito confuso. A Marine Nationale possui 8 FREMM. 6 foram pensadas desde o começo com foco ASW. E possuíam VLS A43 ( Aster 15) e VLS A70 para os mísseis de cruzeiro MdCN. As últimas duas que são inclusive mencionadas na matéria, a Alsace e a Lorraine, foram pensadas com o foco na defesa antiaérea. Portanto possuem radar de tiro ( que as outras não possuem) e 4 módulos de 8 do VLS A50, para Aster 15 ou 30. Além de um canhão italiano de 76mm. Nesse meio termo a Marine Nationale enxergou… Read more »

Thiago A.

Por fim, uma outra diferença reside nos mísseis antinavio. Os franceses obviamente usam os Exocet, os italianos os Otomat que estão em fase de substituição pelo Teseo Evo.

Dalton

Com a entrada em serviço da “Lorraine” se terá o fim da linha para “Latouche Treville”, último representante da classe Georges Leygues, cujo descomissionamento deverá ocorrer nos próximos meses após 32 anos de bons serviços.

Esteves