A futura frota da Marinha Real começou a tomar forma no dia 26/4 com o início da construção da primeira das cinco novas fragatas

No novíssimo salão de montagem no estaleiro de Rosyth, na Escócia, a quilha da HMS Venturer foi batida em uma cerimônia que misturou a construção naval de ponta com a história naval.

A construção da frota apoiará cerca de 2.500 empregos na Babcock e nacionalmente através da cadeia de suprimentos do Reino Unido, além de criar 150 estágios adicionais.

O batimento da quilha é o momento formal do início da construção do navio, após o corte de aço em setembro para a fragata Type 31 da classe “Inspiration”.

Nos próximos meses, surgirá um navio de 6.000 toneladas e, ao lado dele, a partir do próximo ano, o segundo navio da classe, o HMS Active. O Venturer Hall é grande o suficiente para permitir que duas fragatas – cada uma mais longa, mais larga e mais pesada do que os navios de guerra Type 23 que substituem – sejam construídas lado a lado.

“A cerimônia de batimento da quilha de hoje conecta a tradição da Marinha Real com a construção naval do século 21”, disse o contra-almirante Paul Marshall, diretor de aquisição da Marinha Real.

“Os curtos sete meses entre o corte do primeiro aço do HMS Venturer e o batimento de sua quilha demonstram o ritmo contínuo do programa Type 31, baseado em processos, habilidades e instalações de ponta na Escócia e no Reino Unido, que devem garantir que a Royal Navy obtenha a capacidade precisa de tempo.”

A construção das fragatas Type 31 faz parte de um investimento mais amplo nos estaleiros e na indústria do Reino Unido sob a Estratégia Nacional de Construção Naval do governo de mais de £ 4 bilhões apenas nos próximos três anos. O dinheiro gasto pelo MOD sozinho sustenta diretamente cerca de 25.000 empregos em todo o Reino Unido, além de cerca de 20.000 empregos apoiados indiretamente.

O ministro de Aquisição de Defesa, Jeremy Quin, disse: “O batimento da quilha é um marco extremamente importante na construção de qualquer novo navio e particularmente para o HMS Venturer, sendo o primeiro de uma nova classe de fragatas para a Marinha Real. É uma prova do trabalho da Babcock UK que eles chegaram a esse estágio logo após o corte de aço de setembro.

“Estamos ansiosos por mais marcos da Type 31 no estaleiro de Rosyth, demonstrando o compromisso do governo com a construção naval do Reino Unido e com a modernização da Marinha Real”.

A quilha foi batida sobre uma moeda cunhada especialmente para a ocasião – seguindo a tradição da Marinha Real – assistida por representantes da Marinha e da indústria naval.

Diz-se que a moeda especial – desenhada por Josh Duffy, de sete anos, cuja mãe trabalha para a Babcock, empresa que constrói o HMS Venturer – traz sorte ao navio e sua tripulação.

Cada navio é maior que os atuais Type 23 que eles substituem, mas um pouco mais curto e mais leve que a HMS Glasgow e as outras sete fragatas Type 26 planejadas também sendo construídas para a frota em Govan, a apenas 35 milhas de distância.

As Type 26 se concentrarão na guerra antissubmarino – como oito Type 23 equipadas com sonares rebocados – deixando as Type 31 para realizar patrulhas onde quer que sejam necessárias, desde a condução de patrulhas de contraterrorismo/tráfico de drogas no Oceano Índico até ajudar no rescaldo de um desastre.

As Type 31 foram projetadas e estão sendo construídas para a Marinha Real, mas com um olho firme no mercado de exportação; as marinhas polonesa e indonésia selecionaram o projeto para suas futuras frotas.

Cada navio está equipado com três barcos Pacific 24, – cruciais para o trabalho de abordagem e busca/contra-narcóticos – um canhão de 57 mm e dois canhões secundários de 40 mm, mísseis de defesa aérea Sea Ceptor – também instalados nas fragatas Type 23 e 26 – com sensores de prateleira e sistemas de computador.

E o convés de voo pode receber helicópteros do tamanho de um Chinook, embora mais tipicamente Merlins e Wildcats da Royal Navy.

Uma tripulação típica terá pouco mais de 100 pessoas, mas com espaço – principalmente para destacamentos da Marinha Real – para até 187 pessoas a bordo.

Todos os cinco navios que estão sendo construídos levam seus nomes de antecessores, que escreveram seu nome história naval graças a ações inspiradoras.

No caso da Venturer, ela recebeu o nome do primeiro submarino a torpedear e destruir outro submarino enquanto as duas embarcações estavam submersas. Depois da Venturer e Active vêm as HMS Formidable, Bulldog e, finalmente, Campbeltown.

Concepção em 3D da fragata Type 31

Type 26, Type 31 e Type 23

FONTE: Royal Navy

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Moriah

Processo rápido hein?

Last edited 1 ano atrás by Moriah
Allan Lemos

Não é que o processo seja rápido, é que se trata de um povo desenvolvido de uma nação que leva defesa a sério. Diferente de nós, que não conseguimos terminar nenhum projeto que atravesse menos que umas duas gerações. Provavelmente os netos do pessoal aqui estarão discutindo o lançamento do Álvaro Alberto, a entrada operacional do Mansup e a entrega da última Tamandaré.

Cristiano GR

Aqui o que é levado a sério é o carnaval, o futebolzinho e os concursos para cair na mamata do funcionalismo público.

servidor

Mamata, como se toda área privada fosse de eficiência olímpica. Corrupção e puxa saquismo, sonegação, abusos de autoridade na gestão, também existe nessas bandas, talvez até mais! O mal do serviço público, que existe aliás no mundo todo, não é o servidor que não tem muitos dos benefícios do mercado privado, e sim a interferência, intransigência e incompetência politica que não tem foco em bons resultados. O problema não é o operário e sim o comandante da empresa pública, eleitos e sem compromisso desenvolvimentista. Agora quanto ao carnaval e futebol, realmente uma lástima.

Jorge Knoll

SIm, verdade, aqui nosso militares estão mais preocupados com salários, ocupar cargos em Ministérios não afins, que nada tem a haver com a defesa danação e pátria, em adquirir comprimidos Viagra, e próteses penianas, o foco e a prioridade é bem outra, menos em capacitar nossas forças e adquirir meios.

Material arquivo

Ótima notícia.
Apenas lembrando que a Polônia também decidiu por essa embarcação. Parece que será 2+1…eu ainda acho que será mais…talvez uns 5 para a Polônia.
Seria uma boa escolha para o brasil, navio relativamente barato, apesar de eu achar desarmado para a tonelagem (algo que pode ser modificado).

Last edited 1 ano atrás by Alexandre Galante
ADM

Acho lançadores de Harpoon Block II resolvem o problema.

Hcosta

VLS somente para o sea ceptor é pouco…

Eduardo Angelo Pasin

Verdade 16 Cell mk41 resolveria o problema ou até mais, só que o propósito do navio é ser “barato”.

Glasquis 7

Se não me engano, o conceito é modular, o que permite a integração de diversos recursos na mesma plataforma.

Ainda um sonho mas, o mais provável é que seja essa mesma fragata a escolhida pelo Chile para construir a contar da próxima década. Em princípio serão 8 mas, não se descarta o acréscimo de 2 ou 4 unidades.

Cristiano GR

Eu negativei.

Ótima notícia?
Tu és inglês? Morador do RU?
Pra mim é uma notícia de mediana pra ruim até.
Boa notícia seria se o Brasil comprasse umas 2 também e ótima seria se o Brasil encomendasse umas 5 de um modelo melhor e para construir aqui.

Last edited 1 ano atrás by Cristiano GR
Willber Rodrigues

Ué.
Só porque o Brasil demora trocentos anos fazendo estudos e reuniões pra escolher algo, e compra a conta gotas e ainda corta pela metade o n° dos equipamentos que compra por falta de verba, a gente tem que achar ruim quando outros países compram algo?

Cristiano GR

Não, necessariamente, mas muitos que negativaram o meu comentário e positivaram o teu, com certeza, estão entre os que comentam que os americanos e europeus estão loucos pela floresta amazônica e, pensando nisso, uma coisa que hoje eles aplaudem, se pensarem bem, pode ser um instrumento de opressão contra eles próprios. Por isso, aplaudo de pé, se for necessário a compra até de motor de popa para nossa marinha do que esses navios para os ingleses. Eu acharia ótima a notícia se fosse a Argentina. Pelo menos, obrigaria a nossa marinha a se igualar ou superar e teria mais patrulhamento… Read more »

Willber Rodrigues

Os europeus e o resto do mundo estão fazendo o certo, que é se armar, investir em P&D e mantendo suas indústrias de Defesa aquecidas. Se não fazemos, ou somos incapazes de fazer o mesmo, a culpa é deles, ou é totalmente nossa? “Eu acharia ótima a notícia se fosse a Argentina. Pelo menos, obrigaria a nossa marinha a se igualar ou superar e teria mais patrulhamento perto de nossa costa.” Concordo. Acharia excelente que amanhã o Chile, a Argentina, a Venezuela e a Colômbia comprassem bilhões de dólares em equipamentos e se armassem até os dentes. Isso nos tiraria… Read more »

MMerlin

Tem custo de US$ 350 milhões a unidade. Relativamente mais baixo que outras embarcações similares. Mas existes outras questões. Este valor é para a embarcação sem os principais armamentos e equipamentos. Este valor é para o Reino Unido. Neste valor não está incluído o ToT que todo contrato de grande porte tem incluído nas FA. A MB suporta financeiramente mais este contrato? Difícil. O PROSUB passa por dificuldades, principalmente financeiras (mas mesmo assim o projeto, pelo menos dos SUBs convencionais, caminha bem) e o programa Tamandaré se arrasta (o estaleiro continua – e é real – a liberação da MB… Read more »

Material arquivo

Como pode o PROSUB sofrer problema financeiro?
Todos meus amigos militares tiveram aumentos expressivos de salários nos últimos 3 anos.
Tem dinheiro para salario e não para projetos? Depois metem o pau no PT.
Não querendo politizar o site, é cada absurdo que as FA anda fazendo que fico com medo de tamanha canalhice.

Burgos

Traduzindo: terão emprego MM Multi Missão !!!
Ou não ?! 🤔
Boa tarde a todos !!!

Leonardo

O type 055 é melhor?

Thiago A.

Complicado, é como perguntar se é melhor um Centauro ou Leopard 2 .
Essas são fragatas, o Renhai é um cruzador com o dobro de deslocamento. Atualmente a Royal Navy não tem nenhum navio do porte/categoria do Type 055, os substitutos dos destroyers Daring ( Type 45) – os Type 83 – serão os navios mais próximos em porte e capacidades.

Cristiano GR

“A construção das fragatas Type 31 faz parte de um investimento mais amplo nos estaleiros e na indústria do Reino Unido sob a Estratégia Nacional de Construção Naval do governo de mais de £ 4 bilhões apenas nos próximos três anos. O dinheiro gasto pelo MOD sozinho sustenta diretamente cerca de 25.000 empregos em todo o Reino Unido, além de cerca de 20.000 empregos apoiados indiretamente.” Se o personagem desta frase fosse o Brasil e não o Reino Unido e os valores em Reais com a construção aqui, o que ia ter de vira-latas e lacaios criticando e achando mil… Read more »

Esteves

Essa conta de empregos diretos X empregos indiretos, cada um que conta aumenta o conto. Tem país que multiplica por 3. Toda atividade industrial é geradora de empregos. Diferente de outros setores, a indústria gera atividade econômica. Uma montadora precisa de pessoal administrativo, pessoal de portaria e segurança, pintores, cozinheiros, copeiros. A atividade principal é montar. Cortar chapa, dobrar chapa, soldar chapa, comprar de fornecedores….solda, compressores, ferramentas, diesel para limpeza das peças, sopradores para secar, pátio para manter. O foco da montadora é fazer containers para remoção. Até chegar ao produto final…o boteco que vende torresmo, o ambulante do dog,… Read more »

Cristiano GR

A letargia brasileira deve-se muito à zona de conforto em que vivem os funcionários públicos.

Lana alves

O presidente, o vice, os principais ministros são servidores públicos. O resto são “pastores e empresários “.
Só a nata governando o país.
Agora o EB será usado para contagem de votos hahahaha uma nova função do militar brasileiro: contar votos na eleição.

Esteves

O presidente, o vice e todos que tem mandato são agentes públicos trabalhando no regime da CLT. Podem trabalhar sob a vigência do regime misto, caso das Câmaras. Não existe regime misto para a presidência da república.

Servidores públicos trabalham no regime estatutário. São os concursados.

Lana alves

Eu quis dizer que todos eles são ex-servidores de carreira, estatutários.
Agente público é o termo genérico para todo aquele que recebe verba pública, conforme normativa do TCU.
Nosso governo federal é formado por servidores de carreira, principalmente militares. Assim como pastores e empresários.
Só a nata hahahaha

Esteves

Nem. A ex aposentou pela CLT. Trabalhou como comissionada enquanto exerceu função pública.

Up The Irons

Bastante desdentada pro seu tamanho ou é impressão minha?

Thiago A.

Todo sistema de defesa é um compromisso entre os vários requisitos de quem o comissiona . Nesse caso um equilíbrio entre custos, capacidades e alcance/autonomia. A classe em questão é um combatente de segunda linha para a Royal Navy, quase uma corveta, certamente capaz de participar de operações em conjunto aos combatentes de primeira linha mas as pontas de lança são e serão os Type 45 ( e seus substitutos) e Type 26 . O foco da classe é a grande autonomia para marcar presença em territórios longínquos . A tripulação diminuta e os armamentos dosados parece-me o justo compromisso… Read more »

Carlos Gallani

Estou admirado com a assepsia do local!

Esteves

Britânicos são limpinhos.

109F-4

Uma main gun de 57mm numa fragata? Nããn…

Thiago A.

Parava a Royal Navy é o equivalente de uma corveta, o low dos combatentes de superfície.

Last edited 1 ano atrás by Thiago A.
João Filho

Exatamente

https://www.aspistrategist.org.au/delivering-a-stronger-navy-faster/

However, the UK found the Type 26 frigate to be unaffordable and is only acquiring eight for the Royal Navy instead of its originally planned 13 (only three have been ordered so far). Instead, it will achieve its numbers through the acquisition of five smaller, significantly less capable frigates: the Type 31. In fact, the Type 31 has no maritime or land strike capability, no towed array and only local air defence, making it essentially a patrol vessel rather than a major surface combatant.

Esteves

Comparações vem sendo feitas ao longo dos anos. Encontrei essa abordagem de um engenheiro de sistemas que trabalha para o Depto de Defesa nos EUA. Não é recente. “It depends on the platform on which it is mounted and the targets that it is meant to engage. IIRC, the 76mm gun and magazine is a much heavier mount than the Bofors 57mm. A Bofors L/70 Mount with a full 1000 rounds of ammunition goes 31,000 lbs. the Oto Melara 76mm Mount weighs 17,000 lbs all by itself and each shell is 28 lbs. So with 500 rounds the 76mm would… Read more »

João Filho

navios patrulha de 200t, como o JMSDF Hayabusa tem 76mm (também o ROK Yoon Youngha, Khareef, RSN Independence, Ada etc.)
Os projetos de fragata mais recentes na Europa têm um canhão Oto Melara de 127 mm LW:

  • F110 (Espanha)
  • De Zeven Provinciën (Países Baixos)
  • F126 (Alemanha)
Last edited 1 ano atrás by João Filho
Material arquivo

Eu gosto da configuração: 127mm na proa, 76mm na popa (em cima da superestrutura/hangar) e 2 rim 116 (1 de cada lado do navio).
Parece uma configuração bem forte de defesa de ponto.

Esteves

Esses canhões de 127, 76 e 57…qual deles? Creio que depende contra quem, a distância, a frequência de repetição do tiro, as munições disponíveis, contra ameaças aéreas, litorâneas, superfície…?

Depois tem as contas de custos de instalação, operação, manutenção, acertos. Tem o menino que passa graxa.

Varias variáveis.

Mercenário

A Constellation, ou Fremm americana, também terá o BAe Bofors 57 mm como principal armamento de tubo.

E é ainda maior e mais pesada do que a Type 31.

Esse canhão tem alguma capacidade antimíssil.

Esteves

Bofors X Oto Melara. Acho que nesse momento vão fortalecer a indústria de defesa dos suecos.

Reinaldo Deprera

@elonmusk faz um cheque pra MB. Precisa de 8 urgente!

Dalton

Para quem desconhece um dos nomes inspiracionais o “Campbeltown” refere-se a um dos 50 antigos destroyers da US Navy o então USS Buchanan entregues a Royal Navy a partir de 1940 quando os EUA ainda estavam fora da guerra em troca do direito do uso de bases britânicas por 99 anos. . O “Campbeltown” teve sua aparência bastante modificada para parecer um dos pequenos “destroyers” alemães ou torpedeiros e carregado com explosivos foi utilizado no ataque a Saint Nazaire na França em 1942 colidindo e colocando fora de ação o dique seco capaz de acomodar o encouraçado Tirpitz, irmão mais… Read more »

Esteves
Dalton

Só lembrando que as 5 T-31 serão seguidas por 5 T-32 o que elevará o total de principais combatentes de superfície da Royal Navy dos históricos 19 para 24.

Lana alves

Dalton, seus comentários são sempre legais.
Quase não se fala da type32…naval e companhia divulguem mais informações quando tiverem.

João Filho

Talvez não seja uma coincidência que os navios do Type 26 Batch 2 sejam 5 e os navios do Type 32 também totalizem 5? However, the UK found the Type 26 frigate to be unaffordable. Se houve anteriormente uma redução de 5 navios, pode haver outra redução de 5 já planejada. Deve-se evitar torná-lo oficial, pois já há muita controvérsia na Austrália e no Canadá sobre o Type 26. Isso manteria o total em 19. O F90 Belfast foi colocado em junho de 2021, e para encomendar itens de longo prazo a tempo, já seria de esperar o anúncio do… Read more »

Last edited 1 ano atrás by João Filho
Marcelo R

E as míticas TAMANDARE???…

Já bateram alguma quilha???.

Como está o processo no Brasil.????..

Na Inglaterra já sabemos que

Estão sendo construídas….

Até as datas das entregas….

os ingleses são capazes de colocar no

Cronograma…