A Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e a empresa italiana LEONARDO – SOCIETA PER AZIONI, assinaram, no dia 18 de Julho, o Memorando de Entendimentos durante a Feira Internacional Aeroespacial de Farnborough, no Reino Unido.

O documento busca o desenvolvimento de possibilidades de negócios conjuntos para a exploração de potencial área de colaboração industrial para serviços de apoio à manutenção de sistemas de armas navais, sistemas de combate naval, incluindo sensores e sistemas de gestão de combate; e de serviços de apoio à manutenção de sistemas e sensores das Fragatas Classe Niterói e da Corveta Classe Barroso.

O evento contou com a presença do Diretor Geral do Material da Marinha (DGMM), Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes.

Fragata União – F45, da classe Niterói
Corveta Barroso - V34
Corveta Barroso – V34

FONTE: Marinha do Brasil

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Varg

Pergunta humilde: Vale a pena tentar modernizar as Niterói restantes e a Barroso com novos sistemas (radar 3D, trocar o Aspide pelo RAM ou CAMM, etc) para empurrarem água por mais 15 ou 20 anos, enquanto a MB se decide entre mais Tamandarés ou novas escoltas?

Camargoer.

Olá Varg. A dúvida é se o casco e o sistema de propulsão aguentariam mais 20 anos. Outro ponto é que se as fragatas remanescentes entrarem em reforma, isso demandará uns 3~5 anos. Ou seja, o mesmo tempo para ser construir uma FCT nova. O melhor é operar as fragatas remanescentes por mais 10 anos (cuidando da manutenção operativa) e encostar o barco assim que as FCT forem incorporadas. A Barroso é outro caso. Ela está na meia-vida. Deve operar mais uns 25 anos. Pode ser razoável atualizar os sistemas eletrônicos, sensores e radares.

EduardoSP

Navios com 40/50 anos de idade. Não vale a pena. É como reformar um Ford Escort 1987 para usar por mais uns 8 anos.

Marcelo Barros

eu tenho um carro, reformado, que é de 1952…………….vc acha que meu carro deveria ir para o ferro velho?

Fernando "Nunão" De Martini

Varg,

A Barroso faz sentido. As demais não.

Camargoer.

Olá Nunão. Nem adianta ter muitos navios. vai faltar combustível.

pangloss

KKKKKK, muito boa!
Mas também podemos propor outra visão: nem adianta estocar muito combustível. Vai faltar navio.

Camargoer.

Riso. Boa… também faz sentido.

Marcelo Barros

bom, os caras fazem complô para meter o pau nas forças armadas do próprio país…………..e acham que estão ganhando com isso.

Nonato

Exatamente.
Faz parte de uma guerra de proganda da turma que na década de 1960 foi treinada em Havana…

pangloss

Mas então a solução deve ser decretar segredo de 100 anos sobre esses temas, não?

Fernando "Nunão" De Martini

Camargoer, acho que a matéria sobre combustível já está lá pra discutir o tema, não? Mais de 200 comentários, não sei se ela dialoga exatamente com o tema desta (mesmo levando em conta que a questão do combustível remete a problemas estruturais das Forças Armadas).

Creio que essa aqui dialoga melhor com a discussão sobre futura manutenção e “leasing” da Tamandaré, dentro da matéria sobre a capitalização e ToT.

Camargoer.

Olá Nunão. Era apenas uma piada.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu sei.

Mas a bola de neve já começou…

Marcelo Barros

vcs do editorial deveriam “cepar” essas mensagens indesejadas, não sei porque motivam aceitam isso, com certeza deve ter o lucro de visualizações, etcs…………….

Fernando "Nunão" De Martini

Dezenas de comentários são bloqueados por dia, Marcelo, quando infringem descaradamente as regras do blog, o que não foi o caso de uma simples escorregada, para a qual basta uma leve resposta / sugestão educada.

Agora, misturar isso com “lucro de visualizações”, você viajou.

As visualizações são milhares em cada matéria, já os comentários são dezenas ou centenas. Não se tem lucros com comentários, o que se tem é debate. E uma boa dose de trabalho.

Foragido da KGB

Camargoer meu véi, não mexe com que tá quieto… rs

O Nunão tem razão.

Nonato

Piada da turma de Maduro, que quer tomar o poder.

Camargoer.

Caro Nonato. Pelo que sei, o Maduro ESTÁ no poder na Venezuela, portanto seria desnecessário tomar o poder.

Rinaldo Nery

Acredito, salvo melhor juízo, que a matéria do combustível, talvez, carecesse de mais informações. Me parece muito primário a MB ¨deixar¨ faltar combustível, ou não prever o consumo anual. Na FAB nunca ocorreu, nos anos em que estive na ativa, inclusive na fase negra do Collor.

Camargoer.

Olá Rinaldo, Acho que precisamos lembrar a situação da FAB durante a discussão da aquisição dos Sherpa para o EB. O comandante da FAB falou claramente “A FAB tem horas de võo disponíveis para atender ao EB mas não tem recursos de custeio para colocar as aeronaves em voo”.

Rinaldo Nery

Se tem horas, significa que tem combustível. Não tinha suprimentos em prateleira para realizar todas as inspeções necessárias. A dotação de combustível é transformada em horas, com base no consumo médio de cada projeto.

Camargoer.

Olá Rinaldo. Foi o que eu escrevi. Tinhas as horas de voo mas não tinha recursos para o resto, de tal forma que os aviões ficaram no chão, sem serem utilizadas.

Mk48

Sim , enquanto a prioridade for dotar , em nome da democracia, o Fundo Partidário com Bilhões de Reais, vai sim faltar combustivel.

NEMO revoltado

Mas verba para inchar ainda mais o quadro de pessoal não falta!

Thor

Ignorância….
As três forças estão cortando, juntas, cerca de 3000 por ano, desde 2020.

Mk48

A Barroso ” faz sentido” pela idade, mas numa eventual “atualizaçao” de sensores padecem das mesmas limitações de geração de energia, cabeamento e disponibilidade de canais das Niterói.

Fernando "Nunão" De Martini

Estou me atendo mais ao tema da matéria, que dialoga (na minha visão) mais com uma eventual troca de canhão no caso da Barroso, do que a todos os itens específicos da pergunta.

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
pangloss

A matéria, bem curta, menciona que o memorando trata de um espectro mais amplo de temas. Transcrevo:

O documento busca o desenvolvimento de possibilidades de negócios conjuntos para a exploração de potencial área de colaboração industrial para serviços de apoio à manutenção de sistemas de armas navais, sistemas de combate naval, incluindo sensores e sistemas de gestão de combate; e de serviços de apoio à manutenção de sistemas e sensores das Fragatas Classe Niterói e da Corveta Classe Barroso.



Fernando "Nunão" De Martini

Sim, pangloss, diversos sensores atuais da classe Niterói e Barroso são de origem de empresas hoje sob o guarda-chuva Leonardo.

India-Mike

Trocar o Vickers 4.5’’ pelo Leonardo 76mm na Barroso parece fazer todo sentido pra mim, mas nem tanto nas FCN a não ser q a MB espere operá-las por mais 15 anos talvez. (É verdade tb q canhões são itens muito duráveis e se fossem adquiridos canhões, digamos para 2 FCN, esses poderiam tranquilamente ser transferidos para as possíveis FCT 5 e 6 num prazo de 10-15 anos quando essas poderiam estar entrando no processo de integração de armamentos.) A questão é, fora o canhão principal, que outro item produzido pela Leonardo poderia fazer fazer parte desse ‘pacote’ de manutenção?… Read more »

India-Mike

É verdade q existem o radar de varredura aérea e diretor de tiro q são da Selenia (hj parte da Leonardo), assim como o míssil Aspide. Mas entrar com um acordo com a Leonardo, hj, para a manutenção desses itens que estão próximos da obsolescência me pareceria um pouco curioso, uma vez q eles foram introduzidos décadas atrás no programa ModFrag e nunca existiu nada nesse sentido…

Camargoer.

Olá ìndia. Considerando que as Niteróis remanescentes ainda navegarão por mais uns 10 anos e a Barros por mais uns 25 ou 30 anos, é preciso garantir que seus sistemas continuem operando ao menos até os navios darem baixa. A gente sabe que as Niterói estão obsoletas e hoje servem mais como NaPaOc que navio de combate, mas precisam ao menos manter alguma capacidade de sensoriamento e de fogo. Caso contrário nem para patrulha oceânica servirão.

India-Mike

Sim, mas seria de se imaginar q após esses anos todos a MB já teria desenvolvido uma cadeia e/ou expertise de manutenção desses itens ao invés de vir a contratá-los agora. Mas realmente, na MB, tudo é possível.

Fernando "Nunão" De Martini

Logística e manutenção podem mudar, conforme também mudam os navios, e a tendência há um bom tempo em vários países é contratar fabricante, terceirizar. Pelo que se sabe, a manutenção da futura classe Tamandaré será o máximo possível contratada externamente à MB, via Emgepron, dentro do que será uma espécie de “leasing” dos navios. Ao menos é o que tenho entendido pelas informações disponíveis. O ideal seria isso reverter em enxugamento e realocação de pessoal da MB. Quem sabe assim dará pra melhorar a situação onde há gente de menos, com competência de sobra, trabalhando demais, atacando os casos onde… Read more »

Camargoer.

Olá ìndia. Acho difícil que a MB tenha a capacidade de produzir determinadas peças de reposição de sensores e outros ítens de redares, armas e sensores. Outra questão é sobre a interface dos softwares de controles. Não sei se a MB tem acesso aos código-fonte dos sistemas ou se teria a capacidade de atuar nestes software independentemente do apoio do construtor, aliás, se seria de interesse da MB fazer isso sem o apoio do fabricante.

Varg

Grato a todos pelas respostas!

Camargoer.

Olá Tero. Foram dois erros da MB. O projeto deveria ter sido atualizado e adquirido um segundo lote. O segundo erro foi construir apenas uma Barroso. A MB teve recursos para construir uma ou duas corvetas adicionais da classe Barroso enquanto planejava programas maiores. Acho que a lição é a necessidade de continuidade. Espero que isso ocorra com a FCT. Um segundo lote para a década de 30 e um ter terceiro lote para a década de 40… e um quarto lote na década de 50 já pensando na substituição dos navios do primeiro lote… e assim sucessicamente

India-Mike

Entendo que mesmo com melhorias incrementais nos lotes, seria inviável pensar q o projeto das Tamandarés poderia continuar em construção em 40 anos. Seria como querer uma FCN batch 2 ou 3 ficando pronta nos dias de hj. Como vc sabe, modernizam-se os sistemas, mas a concepção geral do navio é bem mais difícil mudar. Então a tendência seria partir para um projeto novo, compatível com os anos 40-50, podendo esse ter origem nacional ou não. Nesse espírito, manter-se uma cadeia produtiva, mantendo a expertise de produção de navios de guerra com um grau de sofisticação, é sem duvida, algo… Read more »

Henrique

O problema é que as FCT são bem limitadas quanto armamentos e sensores, então você vai acabar investindo num meio não muito capaz.

Dalton

Não vejo como “erros” Camargo. Depois da classe Niterói o objetivo era construir muitas corvetas para substituir os vetustos contratorpedeiros então não teria sido possível construir dois principais combatentes de superfície, uma fragata e uma corveta ao mesmo tempo, mesmo assim apenas 4 Inhaúmas foram completadas. . Quanto à corveta Barroso foram necessários 14 anos a partir do batimento da quilha até a incorporação, eu mesmo, em duas viagens que fiz ao Rio no espaço de 4 anos encontrei a corveta do mesmo jeito e ao perguntar a um funcionário ele simplesmente respondeu-me que a construção estava parada por falta… Read more »

Camargoer.

Olá Dalton. Sabemos que a V34 demorou porque faltou dinheiro. Quando enfim a MB teve recursos, foi possível concluí-la e incorporá-la. Olhando para o passado, dá para perceber que a MB perdeu a oportunidade de contratar uma segunda corveta similar á Barroso e talvez até uma terceira. Contudo, a MB apostou na época em um programa mais ambicioso (ProSuper), que acabou fracassando. Neste contexto, há uma lição a ser apreendida. É preciso manter a continuidade de programas por longos prazos. Programas de reaparelhamento que contemplem um grande número de navios em um período curto, seguido de longos períodos de inatividade… Read more »

Dalton

Em várias revistas que ainda guardo das décadas de 1980 e 1990 a queixa da marinha era falta de verbas então na minha visão não dá para chamar de “erro” porque a marinha compreendia o valor da continuidade só não havia recursos para tal.

Esteves

Mais. Faltou dinheiro em consequência ou na maré de uma época de fracassos econômicos que veio de outra época ufanista e surtamente construtiva. Houve construção nos anos 1970. Houve fracasso econômico nos anos seguintes quando a moda foi investir durante a noite para recuperar a inflação do dia. Se o modelo das Tamandarés mostrar eficiência e continuidade, toda a descrição preâmbula seguida do cortejo aritmético do Nunão na postagem sobre a capitalização da Emgepron, pode surtar os puros mas…entrega navios. E? Períodos longos ou curtos, querem navios. Navios em 4 ou em 6 anos (os 14 da Barroso…foram excessão, claro)… Read more »

Cavalli

Alguns espertos querendo se manter com o serviço de manutenção. Está igual a síndico de prédio velho tocando manutenção e o valor do condomínio subindo.

Está na hora de dizer basta para esta turma.

Carlos Campos

Ta explicado pq andei vendo marketing da Leonardo por aqui, mas acho um erro trocar sensor, sensor é caro.

Fernando "Nunão" De Martini

Carlos, depois de x anos de uso, o sensor fica ultrapassado. Por exemplo, os radares de busca originais da classe Niterói, modelo Plessey AWS-2 de meados da década de 1970, foram trocados após cerca de 25 anos de uso, com o programa Modfrag. E os radares atuais instalados no Modfrag, modelo Alenia RAN-20S, já estão com cerca de 20 anos. Para a classe Niterói, se a expectativa de vida útil for entre 5 a 10 anos para as três fragatas que terão operação estendida, ok manter esses radares. Sobressalentes dos navios desativados e suporte do fabricante (atualmente no guarda-chuva da… Read more »

Carlos Campos

se for da Barroso tudo bem, pra mim tem que se guardar o máximo de dinheiro para Tamandaré.

Esteves

https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt-br A Emgepron como não dependente do Tesouro precisa adquirir capacidade para vender algo a alguém ou a história da não dependência, dependerá de historiadores para contar histórias sobre fundos. Vão manter navio até a chegada das Tamandarés. Não tem navio semi com preço bacana por aí, o orçamento…cadê o Riachuelo S40 e o Humaitá…?o mês de julho tá acabando…parece que querem esticar para fazer um festão político em uma data política. Essa turma adora uma reunião, um memorando, um entendimento, um encontro, um evento. “Desenvolver a possibilidade.” Eita. Fazer o possível. Envidarem esforços. Somarem. Planejar a chance. Tipo assim…crível.… Read more »

Âncora

Um tanto off-topic, mas se bem me lembro as FCN têm superestrutura de alumínio, que tem sérias desvantagens quanto à sobrevivência em combate , conforme demonstrado na Guerra das Malvinas/Falklands. E as FCT? Teriam superestrutura de aço?

Fernando "Nunão" De Martini

Âncora,

Superestrutura em alumínio foi caindo em desuso na maioria das classes de navios de guerra desde os anos 80-90. A classe Inhaúma e a Barroso já tinham reduzidas ao mínimo as partes da superestrutura construídas em alumínio (se não me engano, alumínio ficou restrito a hangar e mastros, precisaria pesquisar para relembrar).

Não vi nada indicando algum uso mais extenso de alumínio na Tamandaré.