USS ‘Cabot’: o porta-aviões leve da Segunda Guerra Mundial rebatizado como ‘Dédalo’ na Armada Espanhola

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Porta-aviões Dédalo (R01) da Armada Espanhola, ex-USS Cabot

O USS Cabot (CVL-28/AVT-3) foi um porta-aviões da classe “Independence” da Marinha dos Estados Unidos, o segundo navio a levar o nome, em homenagem ao explorador John Cabot. O Cabot foi comissionado em 1943 e serviu até 1947. Ele foi recomissionado como porta-aviões de treinamento de 1948 a 1955. De 1967 a 1989, serviu na Espanha como Dédalo. Depois que as tentativas de preservá-lo falharam, ele foi desmachado em 2002.

O USS Cabot foi lançado como Wilmington (CL-79), um cruzador leve da classe “Cleveland”, redesignado CV-28 em 2 de junho de 1942, renomeado como Cabot em 23 de junho de 1942 e convertido durante a construção. Ele foi lançada em 4 de abril de 1943 pela New York Shipbuilding Company, Camden, Nova Jersey; patrocinado pela Sra. A. C. Read. Ele foi reclassificado como CVL-28 em 15 de julho de 1943 e comissionado em 24 de julho de 1943, com o capitão Malcolm Francis Schoeffel no comando.

O navio teve participação importante durante a Segunda Guerra Mundial, que acabou lhe rendendo uma Presidential Unit Citation. O Cabot realizou missões de combate como parte da invasão das ilhas Marshalls, Batalha do Mar das Filipinas e Batalha do Golfo de Leyte, entre outras. Foi atingido em ataque kamikaze e sobreviveu.

No pós-guerra, o USS Cabot foi recomissionado em 27 de outubro de 1948, designado para o programa de treinamento Naval Air Reserve. Ela operou em Pensacola como porta-aviões de qualificação de treinamento. O navio foi novamente colocado na frota de reserva no Philadelphia Naval Yard em 21 de janeiro de 1955.

Em 1967, após mais de doze anos na “naftalina”, o Cabot foi emprestado à Espanha, em cuja marinha serviu com o nome de Dédalo e foi equipado com os jatos STOVL AV-8S Matador (AV-8A Harrier). O empréstimo foi convertido em venda e o USS Cabot foi retirado do Registro de Embarcações Navais em 1º de agosto de 1972. O Dédalo foi desativado da Marinha Espanhola em agosto de 1989 e entregue a uma organização privada nos Estados Unidos para conversão em navio-museu.

O Cabot foi designado como marco histórico nacional em 29 de junho de 1990. O navio passou a maior parte da década de 1990 atracado em Nova Orleans. Os grupos privados que tentavam preservá-la como um memorial não conseguiram pagar os credores e, em 10 de setembro de 1999, o navio foi leiloado pelo US Marshals Service para Sabe Marine Salvage de Brownsville, Texas. Sua designação como marco histórico nacional foi retirada em 7 de agosto de 2001. A demolição do casco foi concluída em 2002.

O USS Cabot nasceu como um cruzador da classe “Cleveland” e acabou convertido em porta-aviões. Na foto acima, um cruzador da mesma classe ao fundo

Porta-aviões Dédalo (R01) da Armada Espanhola, ex-USS Cabot
O Dédalo operou com jatos AV-8S Matador, além de helicópteros antissubmarino

FONTE: Wikipedia / FOTOS: US Navy e Armada Espanhola

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gordo

É impressionante a quantidade de navio que sobrou depois da Segunda Guerra.

Alex Barreto Cypriano

O USS Saratoga (outro Navio Aeródromo convertido de cruzador classe Lexington) juntamente com o USS Independence (convertido de um cruzador classe Cleveland, por ordem de FDR) tornaram-se alvo das detonações nucleares Able (aérea, 20 quilotons) e Baker (submarina, 20 quilotons) da Operação Crossroads na parte leste da lagoa do Atol de Bikini (no oeste da lagoa, quase uma década mais tarde, foi detonada a Castle Bravo de 15 megatons). Os CVLs classe Independence, por serem baseados em casco e propulsão de cruzador, e apesar dos blisters adicionados ao casco, podiam atingir 31-32 nós e operar junto com os fleet carriers… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Aqui, um esquema do arranjo longitudinal de um CVL Independence.

Alexandre Galante

Prezado Xará, tivemos que desativar o upload de imagens por usuários temporariamente porque um leitor enlouquecido pelo afundamento do ex-NAe São Paulo resolveu floodar os três blogs com imagens pesadas sobre o navio em forma de protesto.

Sensato

Fez bem Galante. Sugiro inclusive que pensem em outras formas de manter a civilidade dos frequentadores na Trilogia. A militância política tem levado alguns a publicar coisas que não apenas não acrescentam como também afastam os bons comentaristas que já tivemos no passado.

Camargoer.

Olá Galante. Pois é. O problema é usarmos navegadores para acessar a internet. Lembrei que o peso não importa para a flutuabilidade mas a densidade. Imagino que estas imagens que afundaram a trilogia sejam muito densas…

Alex Barreto Cypriano

Sem problemas, Galante. Grato pelo aviso. Esperemos que o enlouquecido readquira a razão e a compostura.

Alex Barreto Cypriano

Comparem as dimensões entre os Navios Aeródromos. Da frente pro fundo, um classe Lexington, um classe Yorktown, um classe Essex e um classe Independence.

Dalton

A foto não saiu Alex, mas, sei exatamente qual é e mostra o “Saratoga” o “Enterprise” o “Hornet” da classe Essex e o “San Jacinto” da classe Independence todos atracados em Alameda California local de onde partiu o primeiro Hornet com os B-25s para atacar o Japão em abril de1942 e onde posteriormente o Hornet da classe Essex então modernizado encontrou seu destino final como navio museu. . O “Hornet” resgatou os astronautas da Apollo 11 e há muito material a bordo sobre isso e o “San Jacinto” teve um piloto que décadas mais tarde se tornaria presidente, George H.W.… Read more »

Alex Barreto Cypriano

É uma foto curiosa, mesmo, mestre Dalton. As justaposições favorecem as comparações, e comparar é sempre um ótimo exercício. Se ainda houvesse a opção de acrescer foto/imagem, colocaria alguma do CIC de um CVL ou de um CVE durante a WWII, onde os CVEs já se especializavam em caçar submarinos… Dos CVEs aos LPHs foi um pulo, passando pelas adaptacões dos Sangamon (seu deque do Hangar não tinha tosamento como nos Bogue) até a construção dos classe Iwo Jima (o LPH-2, USS Iwo Jima, resgatou os astronautas da Apollo 13). Que dias foram aqueles… o mundo anda chato…

Last edited 1 ano atrás by Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano

Corrigindo: onde se lê Sangamon, leia-se Casablanca. O USS Thetis Bay foi transformado num porta helicópteros (com elevador deck edge na popa…). Confira as fotos aqui: https://www.seaforces.org/usnships/lph/LPH-6-USS-Thetis-Bay.htm

Otto Lima

Alex, as lições aprendidas com a conversão do USS Thetis Bay em porta-helicópteros de assalto anfíbio (LPH) foram aplicadas na conversão de outros navios-aeródromos da USN e, posteriormente, no projeto da Classe Iwo Jima, a primeira concebida especificamente para essa função.

Dalton

Também tenho modelos de CVEs,4 da US Navy um britânico e um japonês isso de quando o dólar era “barato”, mas, enquanto os britânicos os viam como armas ofensivas os que eles construíram e os que os EUA cederam por empréstimo até por conta do menor número de grandes NAes e alas aéreas reduzidas os americanos os viam principalmente como “transportes” seja aviões de reposição para os grandes NAes ou aviões da Força Aérea para bases avançadas. . É grande o número de CVEs que nunca entraram em combate ou viram pouca ação e certamente no Pacífico nada fizeram no… Read more »

Waldir

PA não vai fazer uma matéria do afundamento do SP ?

Jodreski

Estou no aguardo tb mas precisamos lembrar que a MB (em sua genialidade ímpar) talvez não quis registrar o momento ou não tornar pública imagens e detalhes sobre a operação.

Sensato

Pra quê? Dar munição a quem só faz depreciar a instituição dia e noite, ainda que sem conhecimentos básicos de como ela funciona?

Alex Barreto Cypriano

Com imagem ou sem imagem, os ambientalistas na TV já cravam previsões de desastre ambiental e a contraparte estrangeira acusa a MB de escamotear o desperdício de verba pública e de ser inoperante. Transparência também é arma: e toda marinha tem que seguir o princípio tático de Wayne Hughes – atacar primeiro e com eficácia.

Camargoer.

Olá Alex. No momento que a MB decidiu afundar o A12 ela se tornou vidraça de qualquer pessoa mediamente comprometida com a agenda ambiental. Não há como a MB se defender desta situação até ficar claro porque a Turquia cancelou a licença de importação.

carvalho2008

Mestre Camargoer, de posse do artigo da convenção que postei, ficou claro que não existe Licença provisoria? Este é o principal. Tambem que: A perícia ocorre antes da licitação e pós licitação, contratada pelo Comprador interessado; Que o comprador importador contrata o perito reconhecido pelo orgão ambiental , lá homologado a exercer este trabalho; Comprador Turco, quem contrata peritos homologados pelos orgao Turco, porque precisa da licença do orgão Turco autorizar importar, para depois e somente confome legislação, existir o pedido ao orgao brasileiro Ibama autorizar a exportar e movimentar o material toxico de onde esteja armazenado e guardado. Entre… Read more »

Camargoer.

Olá Carvalho. Acho que não li este artigo. Devo ter perdido o link. Seria possível recoloca-lo?

carvalho2008

é o que postei na materia anterior da nota da MB….

esta o link da legislaçao brasileira que reflete e tem de refletir por força signataria, os requisitos e artigos da Convenção da Basileia.

Camargoer.

Valeu. Eram tantos posts que não vi. Desculpa.

Jodreski

Entenda que muita gente crítica a MB justamente pela falta de transparência. O que me surpreende é que ok a MB não tem que abrir uma coletiva de imprensa para explanar o assunto à população, mas caberia sim à algum representante do governo faze-lo e responder pelas decisões da MB. Eu tb acredito que ela fez o que podia ser feito, confio na instituição porém caberia explanar melhor a situação à população. Li a nota da MB mas vcs precisam entender as coisas pela perspectiva da população, aquela nota não foi suficiente para isentar a responsabilidade dela pelo afundamento do… Read more »

Sensato

Tínhamos que ter um Congresso que fizesse seu papel neste, dentre tantos outros assuntos relevantes para o país.

carvalho2008

O que muitas achavam um fracasso, foi uma tabua de salvação. as estimativas era que a US Navy não teria força aeronaval suficiente contra os Japoneses….e esta classe era uma das soluções extremamentes contestadas…mas seguiu adiante e foi um sucesso.

Apesar de sempre lembrarmos dos grandes porta avioes….a verdade era que 40% a 60% da força aeronaval nsas batalhas era viabilizada por estes pequenos Nae….isto não é opinão…foi uma fato….40% a 60%….e os convertidos da classe Cleveland eram ideais porque tinham velocidade para trabalhar junto com os grandes….

Dalton

Veja Carvalho que todos os 9 “Independence” foram comissionados ao longo do ano de 1943 contra “apenas” 7 dos maiores Essex, que combinados com os outros dois grandes remanescentes, Saratoga e Enterprise chegou-se a 9 grandes e 9 leves ou seja 50%. . Em 1944 outros 7 Essex foram comissionados e um dos Independence foi perdido terminando-se o ano com 16 grandes e 8 leves com os leves representando 30% e mais alguns Essex foram comissionados antes da rendição japonesa em agosto de 1945. . Os “Independence” tornaram-se um sucesso sem dúvida, mas, operavam apenas um terço de aviões quando… Read more »

carvalho2008

Mestre Dalton, fazer a conta matemática depois de todos os grandes convertidos e operacionais entregues distorces estrondosamente….estes grandes Nae não estavam disponiveis até final de 43……justamente o momento em que eram necessarios…..então não foram os grandes os decisores…foi a exata estrategia tampao dos ligeiros….é dai e coloca-se historicamente a taxa que mencionei

carvalho2008

Na batalha das filipinas, 08 Porta aviões desta classe estiveram presentes, representando 40% dos caças e 36% dos aviões torpedeiros

Dalton

Sim Carvalho, 8 “Independence” dos quais um foi perdido e 7 grandes sendo 6 Essex mais o Enterprise. . Quanto as proporções de 40% e 36%, isso se deveu ao fato de que os CVLs estavam operando uma maioria de caças permitindo aos CVs uma maior concentração no ataque pois ao contrário dos CVLs além dos caças e torpedeiros os grandes embarcavam umas 3 dezenas de “Helldivers”. . Em um livro que tenho que mostra os números e tipos de aviões a bordo embarcados, nada que uma boa pesquisa no Google não resolva, mas apenas para ilustrar na TG58.2 os… Read more »

Carvalho2008

ok, mas 40% dos caças e 36% dos torpedeiros é uma senhora participação….e diluídos em 8 navios ….se perdem 1…o trauma era menor…foi uma ótima sacada do presidente e o modelo era rejeitado….a marinha assinalava antes da empreitada,que não era possível cumprir seus requisitos….mas depois de Pearl Harbour…a ordem do presidente foi expressa….façam caber o que é realmente essencial caber…..e coube….e assim nasceu a classe vencedora…

Dalton

A grande vantagem dos CVLs foi que puderam ser introduzidos em serviço rapidamente, mas, as limitações/falhas previstas pela US Navy se confirmaram. . Muito pequenos para operações efetivas em algumas condições de tempo, “Ilha” pequena, convés de voo curto, hangar estreito, oficinas limitadas, blindagem e armamento insuficientes e quando uma segunda catapulta começou a ser adicionada em 1944 se teve que reduzir o número de “20 mm” e torpedos no paiol. . Foram importantes mas não a ponto de serem cruciais na guerra segundo algumas fontes, ofuscados pelos Essex que entraram em serviço ao mesmo tempo. . Meu modelo na… Read more »

Dalton

Não que faça muita diferença, mas, errei quanto ao CVL perdido em combate, ocorrendo mais tarde no ano de 1944 no Golfo de leyte não no Mar das Filipinas.

Dalton

Carvalho o USS Essex CV 9 foi comissionado em 31 de dezembro de 1942 um dia antes do USS Independence CVL 22 em primeiro de janeiro de 1943 e até fim de junho de 1943 o quadro era de 4 “Essex” os CVs 9,10,16 e 17 contra 5 Independence CVLs, 22, 23, 24, 25 e 26, está se falando aqui de pelo menos 360 aviões nos 4 “grandes” contra 160 nos 5 “leves”, verdade que nem todos estavam ainda no Teatro de Operações mas é válido para ambos os tipos. . Além dos 4 Essex se tinha os 2 grandes… Read more »

Jodreski

Penso que se a MB ainda sonha com outro Nae (em um futuro bem longe) ela deveria investir em um Nae Stobar e adquirir F-35B, porta aviões Catobar são mais caros e se vc investe mais dinheiro no navio sobra menos $$ para a ala aérea
Já que nossa $$$ é sempre curta penso comigo que o melhor caminho deveria ser esse.

Sensato

Não se começa uma casa pelo telhado. A MB tem um longo caminho até ppder pensar em operar uma belonave do tipo com um mínimo de efetividade. O custo de manutenção de um navio assim é gigantesco pois engloba não apenas a manutenção do navio como de todas as aeronaves, uma tripulação gigantesca e isso sem contar com toda a frota para dar apoio como navios de ressuprimento, navios de escolta AA e ASW além de submarinos. Operar um NAe como “operavamos” o Minas e o SP, não é operar, é brincar de um faz de conta extremamente caro.

Camargoer.

Olá Jod. Eu sempre gostei de porta-aviões. Lembro quando tinha 8 anos e vi o A11 pela primeira vez. Também pude visitar o A12 em Santos. Contudo, a pergunta fundamenta é qual o papel estratégico de um NAe na MB para a defesa do país? Temo que faça mais sentido um esquadrão de caça que possa ser deslocado para qualquer base aérea próxima do litoral e que funcione como vetor para mísses antinavio do que ter um NAe. A experiência do A140 mostra que faz mais sentido um ou dois porta-helicṕteros, talvez da classe Mistral, que acho lindo, do que… Read more »

Carvalho2008

Mestre Camargoer, Se o seu míssil não alcança o adversário muito antes ou apenas na mesma hora que o míssil de seu adversário o alcançou, então vc precisa de algum vetor para levar este míssil e dispara-lo mais longe. Se este vetor possível for um avião, então vc precisa de um porta aviões para fazer este disparo muito antes deles chegarem perto do continente. E isto. Não adianta pensar que subs irão resolver pois pela própria natureza , eles não resolvem. Ajudam e muito e estão entre os de maior custo benefício, mas deixemos claros que o Submarino diesel ou… Read more »

Camargoer.

Ola Carvalho. Claro que a situação é mais complexa. Supondo a ameaça seja uma força-tarefa agressora de uma nação que possua uma força naval similar ou um pouco superior á MB. Esta ameaça virá do Atlântico Norte ou vinda do sul, seja contornando a África ou a Argentina, algo que deverá ser de conhecimento do Estado Maior. Considero impossível que conflito diplomático que se transforme em ameaça militar ocorra á sombra da inteligência militar e diplomática. Neste contexto, a primeira linha de defesa são os submarinos, preferencialmente com propulsão nuclear. É o tipo de linha de defesa que obrigará esta… Read more »

carvalho2008

Mestre Camargoer, pontos a destacar em suas observações: pode ser uma ou dias frentes, advindas do Sul e do Norte, este é o mais provavel Seu Subnuke não deve possuir por missão a linha de 200 milhas ou sequer 500 milhas da costa. Ele deve antecipadamente naquilo que houver disponivel de meios, subir acima de cabo verde ao norte ( ou ao porto base de onde zarpa o adversario) e atacar desde lá. Idem a Drake ou contorno Africa do Sul.. O Atlantico Sul reserva-se ao fracasso do primeiro bloqueio dos subnukes a mais de 3 mais milhas do Brasil.… Read more »

Camargoer.

Olá Carvalho. È sempre importante lembrar que um conflito armada desta escala é o resultado de um profundo fracasso diplomático. Se a ameaça for uma superpotência, não há defesa. Qualquer outra marinha não teria condições de dividir sua frota. Uma pequena frota de SBN serviriam mesmo como primeira linha de defesa cujo objetivo seria manter a frota agressora o mais distante possível do litoral. Não acho provável que a MB tenha capacidade para se engajar em uma batalha naval decisiva, portanto a única estratégica viável é uma guerra de atrito. A segunda linha de defesa seria um esquadrão de ataque… Read more »

carvalho2008

Mestre Camargoer, não é a diplomacia que reforça o poderio belico, é o belico que reforça a diplomacia. Forças Armadas não podem depender de sucesso diplomatico…é justamente o contrario. Em qualquer situação que o seja, submarinos estrangeiros estarão a aproximadamente 500 a 1 mil km de Itaguai, ASMRJ, e todos as demais bases da MB, EB e FAB litoranea. Misseis seriam lançados para destruir esta infraestrutura. Sem a Infra, até submarinos deixam de ter de onde operar. O que estiver ancorado vai pro saco. Pistas de decolagem e radares são os primeiros. Isto quer dizer que sua Marinha tem de… Read more »

Henrique A

NAe é inerentemente um meio ofensivo, não faz sentido para “defesa”, é meio de projeção, para lutar em outras costas.

Para defender nosso litoral, a melhor arma é a arma aérea.

Os americanos só atacaram diretamente o território japonês com Nae quando o poder aérea japonês estava arruinado, a excessão foi o ataque Doolittle, completamente sui generis.

Aeronaves de patrulha e caças capazes de fazer missões anti-navio são a melhor maneira de defender nossas águas de uma incursão naval inimiga.

Velho Alfredo

Camargoer Uma importantíssima missão da Marinha é proteger/manter as linhas de comunicações marítimas, e estas podem ser ameaçadas por guerras q não são nossas. Para defendê-las, e até nosso litoral, em caso de guerra, caças baseados em terra tem uma capacidade extremamente pontual de atuar, e não há monitoramento 24/7 q os apoie em uma missão. Além disso, o mais provável é q as ações de uma Marinha contra nós, sabendo de caças em terra, serão, contra nossas LCM, fora de seu alcance. Além disso, bases terrestres sabe-se o local. Saliento que 10% pra mais do q navega sai daqui… Read more »

Camargoer.

Olá Velho. Entendo seu ponto de vista e até concordo em vários pontos, até porque já tive uma opinião parecida. Hoje não tenho mais certeza sobre a necessidade e efetividade de um NAe para a MB, independente do custo. Caso fosse uma peça fundamental para a defesa do país, eu o defenderia do mesmo modo que defendo o ProSub e o SBN, mesmo sabendo dos seus enormes custos. Acho que precisamos revisar nossa estratégia de defesa e, talvez, um NAe tenha se tornado obsoleto para o Brasil, ao contrário dos submarinos com propulsão nuclear. Também é preciso repensar a doutrina… Read more »

Velho Alfredo

Discordo do totalmente anacrônica e desarticulada. Obviamente, muito tem de ser melhorado, pois as mudanças são mais rápidas q as respostas, pois o paquiderme tem enormes estruturas, precisa obedecer as leis sobre os gastos de $$ etc. Acredito q a melhor resposta é o foco em Capacidades, frente a esse mundo VUCA, que o q o MD tem buscado. E nisso é q se chega em alguns pontos. Quais capacidades frente às ameaças possíveis temos de ter nas Forças? Lembrando que conflitos não são mais declarados (Rússia ainda não está em guerra – é uma Op Esp). Guerra de Alta… Read more »

Carvalho2008

Mestre Camargoer, não se joga xadrez numa guerra com uma peça só….dei os exemplos….de um lado, as bases da Forsub serão atacadas e os navios terão dificuldade de ressurgimento… de outro, como informei, além de ceguinho para identificar e perseguir,as mesmo acreditando que o faça, o amigo não analisou o que apresentei: a) a task agressora estará em velocidade de batalha constante de alta velocidade. O s7bnuke seria obrigado a acompanhar tornando-se surdo nesta velocidade, mas os helis da task estarão ouvindo plenamente, idem a navios batedores que estarão dispersos a frente para compor uma rede para ausculta-lo….compreende que sua… Read more »

Last edited 1 ano atrás by carvalho2008
Camargoer.

Olá Carvalho. Todas as suas questões são pertinentes e todas envolvem o desenvolvimento de uma estratégia de defesa. Considerando que o país não tem nenhuma disputa geopolítica definida, a estratégia adotada precisa ter um caráter generalista. Neste contexto, a principal regra é a dissuasão e a negação do Atlântico sul, por isso o papel destacado de uma pequena frota de submarinos com propulsão nuclear. A presença destes submarinos obriga que qualquer força tarefa agressora precise empregar muito mais meios para a sua própria proteção, elevando os custos da operação ao ponto de inviabilizar operações de longo prazo. Marinhas menores ou… Read more »

Carvalho2008

O amigo Camargoer sabe que não é o motor nuclear que faz seus torpedos e sensores ser mais eficazes certo? A única real vantagem além da descrição de recargas, é a autonomia e um melhor posicionamento tactico em face disto. Mas uma vez ambos estando no mesmo alcance de sensores e armas, a coisa cessa e se iguala… Sabe que o Álvaro Alberto em se colocando na água hoje hipoteticamente, teria os mesmos sensores e torpedos do Riachuelo….ok? Houve uma simulação muito interessante do Galante sobre tudo do Brasil FAB e MB versus uma task padrão americana, sob a premissa… Read more »

Carvalho2008

vale rever a simulação que o Galante fez do Brasil versus uma task padrão americana….vc verá que a guerra submarina é um chato e tardio slow motion….e o Riachuelo não durou nada….. Atentar que o Álvaro Alberto terá o mesmo sistemas de armas e assim, seu resultado não seria diferente….afinam aquela premissa era da task já ter chegado ao alcance do continente. Meu amigo, se já chegou, vc já tem 80% de furp na defesa pois isto significa que vc ja é alvo e alcançável.. A melhor alternativa é vc avançar o Álvaro Alberto para ataque preventivo desde o zarpar… Read more »

Last edited 1 ano atrás by carvalho2008
Carvalho2008

corretor terrível….só faz passar vergonha

Jadson S. Cabral

Conseguir atacar um comboio que se aproxima da nossa costa com uma ala aérea grande a capaz bem longe daqui, levar a guerra até o inimigo, conseguir proteger nossos comboios e nossa frota em águas internacionais longe de casa, seja qual for o motivo… o problema de vocês é sempre considerar que em uma guerra com o Brasil o único cenário possível é nos defendermos em terra, quando basicamente tudo é possível e qualquer arma ajudar, sobretudo uma porta-aviôes com dezenas de jatos de caça. Claro, protegido por seu devido grupo-tarefa.

Carvalho2008

Correto, mestre Jadson. Portanto , sou enfático. O Subnuclear é excelente arma e tem de ser usada como tal. Seu papel não é ficar no Atlântico Sul em caso de agressão. Seu papel é lançar ataques preventivos a qualquer força a milhares e milhares de milhas do Brasil, quer seja no Atlântico Norte, ou Costa do Pacífico da AL. E muita ingenuidade pensar em algo nuclear para atuar onde um ssks costeiros é oceanicos atuariam…inclusive pelo volume deles por serem mais baratos. O pessoal tem de entender que seu Europeu, ele irá para o Atlântico Norte, mediterrâneo ….se o outro… Read more »

Sensato

Pra isso não há a mínima necessidade do esquadrão ser da MB. Basta comprar mísseis anti-navio para as aeronaves que a FAB já está começando a operar ou para as que já opera como o P3, por exemplo.

Carvalho2008

Está é a minha crença e tese.

Gerson Carvalho

Acho que a MB deveria juntamente com a Embraer desenvolver um Super Tucano naval, basicamente asas dobráveis, trem de pouso reforçado e colocar no Atlântico.

Grozelha Vitaminada Milani

E catapulta o Super Tucano com elásticos? E para pouso o ST joga uma âncora? Depois zoamos e somos mal educados e mal intencionados.

Mimimi de obras prontas!

Carvalho2008

Mestre Milani, Sobre o A29 não….acho quase impossível mexer no balanço que deram ao avião e conseguir melhorar alguma coisa sem prejudicar outra…é barato demais a hora voo com uma eletronica de F16…. mas eu acho que a Embraer poderia entrar no nicho de um pequeno vetor bimotor de 2,5 a 4 ton….um jipao, trator, faz tudo,…e como um faz tudo, eu a tempos já teria ido num conceito enviesado do XF5U. Ele tinha este potencial. A época, dava-se como cálculo esperado decolar quase na vertical a 30 knots de um Navio. Mas era bimotor de 3200 HP. Construção mais… Read more »

carvalho2008

Veja o video no tempo 7:14min

carvalho2008
carvalho2008

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carvalho2008

seria muito bom ter algo assim, mas a verdade é que o ST não é STOL….precisaria de asas novas, avião novo….e ainda resolver bomo parar sem cabos….testaram os Broncos assim, funcionou….mas fritava….e o que frita….alguma hora queima….e o Bronco era um excelente STOL… Melhor seguir o caminho Turco….aquele UCAV está prometendo….ele tem a carga de combate do A-29, é STOL, velocidade proxima do A-4….e a proxima versão será supesonica….estão fazendo tdo dentro de casa para evitar sanções e proibição de componentes….eu duvidava de algo assim pousar sem cabos, mas olhandos as filmagens de testes dele, parece ser bem lento no… Read more »

Grozelha Vitaminada Milani

Mas para termos um Minas Gerais 4.0 – atualizado, qual seriam o custo? Dalton ou Camargoer se arriscam a dar um palpite?

E não tendo mais um caça naval pequeno atual como eram os A4, qual caça poderia operar nesse novo Minas? Ou teria que ser baseado num treinador a jato, como o Coreano KAI FA-50?

Porque desenvolver um PA para somente ter drones, os custos não se justificam.

Vejam o petroleiro do Irã em visita ao Brasil com um deck superior …

Last edited 1 ano atrás by Grozelha Vitaminada Milani
carvalho2008

Depende do conceito do Porta Aviões Minas Gerais 4.0. Se é um Nae, deve possuir meios aereos de defesa e ataque com performance entre o top e o mediano. Um Fa-50 mesmo navalizado não cobre este requisito. Aviões atuais dentro destes requisitos: F18SH, Rafale, F-35C, F35B, J-15, FC-31 e Sea Gripen se alguem financiar o prototipo fisico; Se focado a defesa de frota e tambem ataque, o mais caro seria o CTOL, ao estilo americano, o Frances CDG e o novo Chines, media com boa variação em torno de US$ 3,5 a 5 bi….dependendo do acote de avioes que se… Read more »

Dalton

Sou quase que inútil quando se tem que vislumbrar algo distante muitos anos no futuro, seja por preguiça, falta de conhecimento e/ou criatividade ou pelo fato de não estar mais vivo quando esse dia chegar, se chegar. . Mas já que o amigo perguntou a resposta para isso, principalmente para marinhas mais modestas seria algo em torno de 2 bilhões de dólares baseado em um estudo sul coreano para desenvolver um NAe com deslocamento carregado próximo a 40.000 toneladas capaz de embarcar sem sacrifício 16 F-35B,8 helicópteros e possivelmente algumas aeronaves não tripuladas com alto grau de automação, menos de… Read more »

Carvalho2008

Mestre Dalton, também achei este projeto sensacional….e o estaleiro tem duas versões….uma STOVL e outra passível de stobar…eu iria na stobar para sair da sinuca do modelo único F35B, assim, além de F35B, vc poderia colocar na conta o F-18SH, Rafale, MIG29k, Tejas M, FC-31, J-15, o Cansado A4m uma aventura no Sea Gripen (se a Fab topasse entrar no último lote com este modelo) etc….pois o dilema do Harreir era sua exclusividade, e o F35B também…se falta um, vira porta helicóptero a contra gosto….justamente o que os Turcos querem contornar….

Grozelha Vitaminada Milani

Um Minas Gerais 4.0 comportaria o pouso e descolagem de caças modernos, grandes e pesados (carregado de munição)? Sendo um PA de 40k toneladas …. Num deck muito pequeno e apertado.

Comparando com um A4.

Se bem que a Argentina usava o Super Ethandard (não sei escrever o nome do caça francês corretamente) no seu Porta Aviões.

Last edited 1 ano atrás by Grozelha Vitaminada Milani
Carvalho2008

Um Minas Gerais pequeno como o Minas Gerais? Sim, é possível. Eram os projetos do SCS ou VSS do Almirante Zumwalt. Os iniciais eram da ordem de 19 mil ton e o VSS 3 de 30 mil. Um Mingao tinha 212 metros. Um caça moderno usa rampa de engate de 120 metros ou 150 metros … o VSS tinha uma única pista angulada negativa (para dentro) que fazia com que mesmo um casco mais curto houvesse uma pista maior de descida . O maior problema é hangar e tanques de combustível. Aviões modernos tem muito mais potência mas também gastam… Read more »

carvalho2008

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carvalho2008

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Da esquerda para a direita em escala:

Nae Minas Gerais (Colossus Class)HMS InvencibleVSS SCS ZumwaltVisão artistica VSS Double deck stobar(decola deck inferior)Nae São PauloCVF QENotar que o design Zumwalt permite uma pista maior mesmo com casco mais curto

Last edited 1 ano atrás by carvalho2008
Neto

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Fiz esse estudo baseado no tamanho da Classe Colossus para configuração do convoo. Falta adicionar um E2 para validá-lo.

Da esquerda pra direita:
O Colossus com uma catapulta de 100m.O Colossus com elevadores laterais e duas catapultas.e 4. configurações com 220m e 44m de largura no convoo;5 . Com 242m e 44m de convoo.

Last edited 1 ano atrás by Neto
Neto

Os parametros iniciais (americanos) seria para suportar ações dos F/A18 E/F/G e dos E2 HawkEye são:

  • 200 m de pista de pouso – angledeck;
  • 100m para as catapultas – para oportunizar full load de carga.

O Collosus class tinha 212m de comprimento.

Necessariamente deve ser maior. mesmo que pouco.

carvalho2008

Mestre Neto, antes de mais nada meus parabens e uns parpites….para refinar seu desenho caso volte a compor: Pista em angulo: Função principal de retirar o avião que está pousando de uma rota de colisão com equipamentos e outros aviões estacionados no deck. Função secundaria mas essencial, permitir operação de pouso e decolagens ao mesmo tempo sem um interromper o outro. Este ponto é essencial quando num Super Carrier desenhado para dezenas e centenas de surtidadas aereas durante o dia, com capacida de ate uma centena de aeronaves embarcacas. No entanto, para uma Nae com apenas 24 aeronaves o menos,… Read more »

Carvalho2008

Bom, de certa forma, usando seu exemplo muito bem dado e a matéria em si, foi esta a briga surgida para o Independent Class…a US Navy não queria de forma alguma e alegava que não tinha espaço e não cumpria as necessidades mas o presidente era pragmático e sabia que muitos requisitos não estão centrados nas armas….e forçou goela abaixo….principalmente quando o ataque de Pearl Harbour ocorreu e eles tinham apenas 3 Porta Aviões….então, as resistências baixaram e tocaram o projeto….e o primeiro nae saiu exatos 1 ano depois …. Os Brooklin e Cleveland eram apertados mesmos, eram centrados em… Read more »

einon

O meu Pai deu-me em criança um livro da Salamander Books editado em Português/Brasil sobre o Harrier que contava que os Espanhois testaram a aterragem de um Harrier no convoo de madeira do “antigo Porta-aviões Dedálo” e constataram que não pegou fogo, somente ficando quente. Após esses testes, foi realizada a compra das Aeronaves pouco depois.

Sequim

Verdadeiras aulas de estratégia militar as postagens aqui. Grato a todos.

Emanuel

Aos colegas mais vividos e sabidos: o custo de operação do Minas Gerais e outros navios aeródromos leves são menores, não seria o caso de termos uns 2 navios-aeródromos leves para patrulha e dissuasão ao invés de 2 de grande porte como consta no plano nacional de defesa? acho que seria mais viável para manutenção, claro que um navio pesado, grande, com aviões beirando a sua costa é ameaçador, mas num teatro de operações, quantidade não é melhor? pois 2 pesados não são menos efetivos em proteção e dissuasão do que 4 em diferentes pontos? sei que é uma faca… Read more »

Carvalho2008

2 grandes por 2 pequenos qual seria a vantagem sob esta ótica única e específica? Nenhuma….exceto eventual economia mas que por óbvio economia que também reduz capacidade…Então a questão tão certa deveria…2 grandes por 3 ou 4 pequenos…para que ambos os grupos dos grandes e leves possam ser equivalentes em capacidade… Eu prefiro os pequenos mas em maior qtde, porque representam chance de alguma sobrevivência maior….se dois grandes são atacados e 1 afunda, 50% de toda a força foi perdida, enquanto que se 4 são atacados e 1 afunda, são 25% de perdas apenas….e isto se agrava se vc tiver… Read more »

André Souza

Nenhum companheiro da 5º série fez o trocadilho então eu vou fazer “dedalo” kkkkk
só pra descontrair…

Simao pedro

Merecía ser preservado, por sua história e papel na 2 guerra