Operação ‘ADEREX’ prepara militares e meios da Esquadra nos ambientes de Guerra Naval

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A missão reuniu navios e aeronaves para elevar capacidade operativa da Força

Após cinco dias de intensos exercícios avançados no mar e no ar, chegou ao fim, nesta sexta-feira(12), a Operação “ADEREX” 2023, realizada na área marítima entre Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP). A missão foi marcada pela qualificação de militares, navios e aeronaves, em atuação integrada, contra ameaças nos ambientes de Guerra Naval: submarino, superfície e aéreo, eletrônico e cibernético.

Ao longo da semana, foram realizados 20 tipos de exercícios, como qualificação e requalificação de pilotos para pouso a bordo, ações de ameaça cibernética, controle aéreo de interceptação, transferência de carga leve, posicionamento em formatura, tiro de canhões e tiro noturno com metralhadoras. Os treinamentos, de múltiplas e simultâneas ameaças, contemplam operações de ataque aéreo contra alvos de superfície e submarino; proteção contra ataque de submarino, de unidades de superfície e aéreas; exercício de transferência de carga no mar; e manobras em formatura para proteção de navios.

Um dos diferenciais desta operação foi o emprego de munições de elevada tecnologia, como torpedo MK 48, além dos mísseis Superfície-Ar “Aspide” com sistema Albatros, lançados pela Fragata “Defensora”. Esse sistema permite a integração dos sensores e dos armamentos da fragata e possibilita o ataque ou defesa mais precisa e assertiva.
“Esse tipo de adestramento representa o alto nível de prontidão dos navios, afirmando que a Marinha do Brasil se encontra pronta para defender os interesses da nação na Amazônia Azul”, disse o Comandante da Fragata “Defensora”, Capitão de Fragata Cezar Batista Cunha Santos.

Atuação integrada dos meios

Durante a missão, cerca de 2 mil militares embarcaram em navios e aeronaves. Foram empregados: navio aeródromo, de escolta, submarino, de socorro submarino, helicópteros e aviões de ataque e de patrulha, que operaram em conjunto ampliando as capacidades. Aeronaves de caça e ataque atuaram também como inimigos, gerando reações de defesa com os sistemas de armas dos navios. “O ponto central da ‘ADEREX’ é elevar o nível de treinamento das tripulações dos navios e aeronaves, operando em conjunto, com exercícios mais avançados de ataque e defesa. Os exercícios gerados durante o treinamento retratam situações de emprego real”, disse o Comandante do Grupo Tarefa, Contra-Almirante André Luiz de Andrade Felix, Comandante da 2a Divisão da Esquadra.

A operação “ADEREX” ocorre diversas vezes ao longo do ano, com exercícios de complexidade crescente, tanto no período diurno, como noturno. A missão visa a qualificar os tripulantes de modo individual e em equipe, no emprego de todas as capacidades dos navios e a atuação de meios navais e aeronavais de forma integrada e simultânea.

Para o Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, a operação é uma excelente oportunidade de treinamento das tripulações dos navios, aeronaves e submarino que compõem o Grupo-Tarefa. “Ressalto o sucesso no lançamento do torpedo e do míssil, podendo constatar o bom funcionamento e a eficácia dos sistemas de armas. Ainda tivemos a oportunidade de realizar exercícios de controle aéreo de interceptação e de operações antissubmarino. O resultado foi bastante positivo para incrementar a prontidão da Esquadra”, destaca o Almirante.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Emmanuel

A nossa frota não teria a mínima chance de sair do porto contra uma frota moderna.
Os mísseis deles chegariam em nossos navios e esses não teriam nem como se defender.
A frota da foto é muito boa contra navio de pesquisas e barcos pesqueiros. Contra marinhas modernas não.

Maurício.

“A frota da foto é muito boa contra navio de pesquisas e barcos pesqueiros. Contra marinhas modernas não.”

É por isso mesmo que a MB está se modernizando, até lá, vamos expulsando os enxeridos com o que temos, seja barco pesqueiro, seja navio de pesquisa.

Allan Lemos

É por isso mesmo que a MB está se modernizando,

A situação que ele descreveu não vai mudar com apenas 4 fragatas mal armadas e pequenas. A aviação naval é quase inexistente. A força de submarinos terá meios insuficientes. Não há caças minas modernos. Somente um porta-helicópteros, o que deixa a capacidade de ASW comprometida. O Mansup tem perna curta.

O único meio de dissuasão que teremos e que será capaz de fazer alguma diferença será o submarino nuclear, se a MB conseguir deixá-lo operacional.

Maurício.

“Contra marinhas modernas não.”

“A situação que ele descreveu não vai mudar com apenas 4 fragatas mal armadas e pequenas.”

De que marinhas modernas estamos falando então? Se for contra um EUA ou China, esquece, nem com o triplo disso que você mencionou no seu comentário, contra um desses países, só se tivéssemos nukes para evitar uma guerra.

Emmanuel

Nem contra uma Espanha nossa marinha faria frente.

Maurício.

Espanha? Espanha tem que tomar cuidado com a Catalunha se não quiser ser dividida futuramente…

Agressor's

Nem mesmo contra países africanos como a Argélia ou Marrocos….

Tiago

Não sei se foi ironia, mas vou tomar como não.

Pessoal isso é exagero, a Marinha Brasileira enfrenta desafios consideráveis, mas acho que dos países banhados pelo atlântico Sul, somo superiores. Mas claro, se alguém tiver um link ou infográfico mostrando algo diferente.

Sobre os exemplos citados, a Argélia nem saída pro oceano tem, mas sei que tem uma ou duas corvetas chinesas novas, já o Marrocos não conheço. Mas esta fora da região tb, se não me engano eles ocuparam o Saara Ocidental né?

Satyricon

Allan, vc pegou no ponto chave para a MB: meios de superfície. São poucos hj, e serão muito menos num futuro (bem) próximo. Discordo quanto às FCT, pois acho-as equilibradas para o momento que a MB está passando. Lembremos que: 1) O deslocamento Full delas é bem próximo do das Niterói; 2) Serão o estado da arte (e novas); 3) O contrato prevê 4 unidades, com opção para mais 2, que acredito que será exercido; Mas a MB precisa realmente de (muito) mais. Entretanto, a guerra da Ucrânia tem mostrado que a natureza dos conflitos mudou. Os drones vieram pra… Read more »

Emmanuel

Excelente projeto. Agora, desenvolve um com tamanho maior, deslocando mais toneladas, capaz de levar um ou dois mansup, ou torpedo(s).
Barco barato, podendo ser produzido em escala, que fará um trabalho que, em tese, pouparia meios maiores e mais caros.
O único problema é o comando da MB.

Emmanuel

Nossa….se modernizando com quatro corvetas tunadas e quatro submarinos.
clap…clap…clap….palmas para você.

Gerson Carvalho

Eu não chamaria essa quantidade de navios que temos de frota….

Emmanuel

Concordo.

Zé Mané

Melhor uma ADEREX do que nada. Mas em tewrmos de esquadra, o exercício poderia chamar-se ME ENGANA QUE EU GOSTO.

Emmanuel

Concordo 2.

Emmanuel

Concordo 3.
Mas que maldade…….kkkkkkk.

Pedro

Até nos portos estariámos ferrados, sem defesa de ponto de alta e médio alcance. Perdido. É rezar e contar com a sorte de um navio americano (quem sabe um PA), está atracado em nossos portos e usarmos do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), igual a Guerra da Lagosta. Kkkkkkkkkk

Rawicz

Uma bela frota para decada de 90.

Mas apesar dos pesares, vale ressaltar a utilização de grande parte dos meios disponíveis. Valorizar que quase 50 anos depois as Niteróis seguem em pleno uso, que tivemos muita “sorte” na aquisição do atlântico.

Torcer para daqui uns 6-8 anos as tamandares estejam escoltando o atlântico e cercados por scorpenes.

Paulo

Infelizmente a solução para a MB passa pela redução do pessoal em pelo menos 30%. Além do foco na atividade fim.

Bardini

Capaz de ser a última vez em que se vê as 5 FCN juntas.
.
100% de disponibilidade, para uma última seção de fotos…

Last edited 11 meses atrás by Bardini
Aviation

Estive nessa missão e posso afirmar que foi muito proveitosa. Aos que só reclamam, infelizmente não temos como agradar a todos, fizemos nosso melhor com as condições que temos para fazer melhor ainda em condições superiores. Todos estão de parabéns.

Alex Barreto Cypriano

Belas fotos. Infelizmente a aparência dos navios diz exatamente da idade que têm. Gostaria de saber mais detalhes sobre as capacidades de guerra eletrônica e cibernética dessa frota. Lembremos que EW e CW são hoje tão ou mais disruptivas que canhões (hehehehehe!) e mísseis (hehehe!).

Willber Rodrigues

Pessoal de manutenção e mecânica da MB faz milagre,mantendo essas Niterói em condições de, ao menos, empurrar água e participar de exercícios…

No mais, embora longe do ideal, é bom saber que a MB treina, pelo menos no básico, e mantendo um mínimo de adestramento…

Inhotep

Ah Brasil, você me mata de orgulho.
#SQN

Fernando Vidal

A MB precisa mais do que qualquer outra coisa de uma nova visão. Como esta dito aqui provavelmente hoje a MB não tem capacidade de fazer frente nem mesmo a uma força naval mediana. No entanto para um pais da dimensão do nosso e com todos os recursos que possuímos, deveríamos ter uma Marinha robusta se não desejamos ser surpreendidos por uma intervenção externa ou um bloqueio para nos obrigar a alguma situação indesejada pelo estado brasileiro. Deveríamos ter na Marinha a primeira linha de defesa de nosso país, haja vista que atualmente dificilmente seríamos atacados por um de nossos… Read more »