Derivado do sistema de mísseis OTOMAT MK2, o MILAS foi projetado para transportar e lançar um MU-90, ou torpedo leve similar, próximo à posição designada do submarino, conforme indicado pelo sonar do navio ou por um helicóptero ASW ou MPA em cooperação. O MILAS é capaz de alcances de 5 a mais de 35 km em todas as direções.

A eficácia do sistema depende da capacidade de atualizar a trajetória e o ponto de lançamento do torpedo continuamente durante o voo do míssil, com a vantagem adicional de modificar as configurações do torpedo em relação às manobras do alvo.

O MILAS transporta um torpedo leve antissubmarino MU90, de 324 mm

Com seu rápido tempo de reação, alcance operacional e disponibilidade, o sistema proporciona ao navio lançador e à formação naval escoltada, a defesa permanente e efetiva contra o submarino, seja ele convencional ou nuclear.

Os mísseis MILAS também podem ser usados em conjunto com os mísseis OTOMAT MK 2 em um sistema comum para operações ASW e ASuW combinadas como nas FREMMs italianas.

A FREMM Carlo Margottini é uma das quatro fragatas italianas da variante ASW equipadas com o MILAS

Desenvolvido em cooperação pela França e Itália, o MILAS está em serviço operacional com a Marinha Italiana.

O sistema MILAS compreende:

  • 1 console de controle alimentado com as informações do sonar do navio que executa funções de planejamento de missão, incluindo o ponto de entrega do torpedo e a configuração dos parâmetros de busca para o torpedo;
  • 1 conjunto revetorador capaz de fornecer informações ao MILAS em voo, dando-lhe vantagem sobre submarinos em manobra;
  • Até 12 mísseis MILAS instalados em lançadores fixos duplos.

O disparo do MILAS é controlado a partir do CIC – Centro de Informações de Combate, por meio de um console dedicado vinculado ao sistema de combate do navio. A sequência de disparo é altamente automatizada e apenas um operador é necessário.

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Willber Rodrigues

O Ikara do século XXI?

Esteves

Somente na Itália. A França abandonou o Milas.

Ou os franceses consideraram custos, preço de venda e potenciais compradores decidindo encerrar, ou os italianos consideraram tudo isso mais os empregos que andam escassos.

Nessa história de potenciais compradores cabe um pensamento. A venda só encerra quando o comprador paga a encomenda. No Brasil gostamos de “tirar pedido”.

Fernando "Nunão" De Martini

Existe desde o século XX.

Thiago Santos

O MB tem algum míssil desse operacional?

Bosco

Thiago,
Tinha o Ikara mas já o desativou há uns 20 anos.
A MB teve também o ASROC mas esse foi desativado há mais tempo.

Fernando "Nunão" De Martini

Na verdade é o contrário. O Ikara, se não me engano, já não funcionava mais nas quatro variantes antissubmarino da classe Niterói quando essas pararam para o Modfrag, na virada dos anos 90/2000 (no espaço do lançador do Ikara foi instalado o sistema Aspide de mísseis antiaéreos, sendo que nas duas variantes de emprego geral este foi colocado no lugar do segundo canhão de 114mm) O Asroc durou alguns anos mais na MB, nos remanescentes da classe Pará / ex-Garcia da USN, que teve 4 navios incorporados aqui na virada dos anos 80/90 e que adentrou os anos 2000 em… Read more »

Willber Rodrigues

De modo geral, qual as armas ASW que a MB ainda usa nas ( poucas ) escoltas que ela ainda tem?

Dalton

Essa posso responder: 2 lançadores triplos de torpedos A/S de 324 mm
em todos os 8 “escoltas” , 7, se considerar que a “Constituição” dará baixa mês que vem.
.
O morteiro de foguetes A/S das Niteróis não estaria mais operacional e foi removido da “Defensora” ao longo do seu último “PMG”.

Fernando "Nunão" De Martini

O mesmo que 9 entre 10 marinhas do mundo: torpedos antissubmarino lançados de tubos instalados no próprio navio ou pelo helicóptero embarcado.

Bosco

Eu acho que o alcance divulgado de 35 km é pouco. Há referência de até 100 km, o que acho mais consistente com o tipo de motor do míssil (turbojato).
.

Bosco

O que é interessante no emprego de torpedos leves, sejam os lançados diretamente por embarcações, sejam por aeronaves ou por mísseis a partir de embarcações é que , diferente dos torpedos pesados lançados dos submarinos, eles quando chegam no ponto programado começam a implementar uma trajetória circular buscando detectar o alvo
O torpedo pesado até pode fazer isso quando o seu fio é cortado mas há o risco do torpedo se voltar contra o próprio submarino lançador.

Dalton

Minha compreensão é de que como na classe Niterói que operava o “Ikara” em 4 das 6 unidades originais, apenas as 4 FREMM de guerra antisubmarina operam o “MILAS” , as demais classificadas como “Propósito Geral” são armadas apenas com o “Teseu”. . Há previsão para lançadores duplos o que permitirá 16 mísseis anti navio “Teseu” para as de “Propósito Geral” e 12 mísseis A/S MILAS mais 4 anti navio “Teseu”, paras as da versão antisubmarina, daí, o texto mencionar “até 12 mísseis MILAS” pelo que entendi mas, atualmente no máximo 8 mísseis são embarcados, seja 8 “Teseu” ou 4… Read more »

Carlos Campos

muito interessante, pelo que lembro o Teseo é mais antigo, e tem um novo míssil stelth para substitui-lo, enquanto aqui na MB temos somente o Milas Kei

Foxtrot

Há um tempo atrás, propus que a MB fizesse uma engenharia reversa no ASROC para possuímos conhecimentos para desenvolver um sistema de armas deste tipo.
E pelo ASROC ter sido desenvolvido anos atrás, as tecnologias e patentes contidas nele já caducaram.
Mas estamos no Brasil, e pensar não é um forte aqui.
Daqui há um tempo a MB irá adquirir este produto para montagem local pela MBDA, com T.O.T e ágio no contrato.
Com preço especial para Brasileiro experto e “malandro” .