Segundo o jornal francês La Tribune, Roma decidiu aderir ao programa franco-britânico FMAN/FMC (“Futur missile anti-navire/Futur missile de croisière”), dos futuros mísseis antinavio e mísseis de cruzeiro. O ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, reuniu-se na manhã do dia 20/6 com seu homólogo italiano, Guido Crosetto, que decidiu aderir ao programa. Uma carta de intenções foi assinada pelas autoridades dos três países.

Liderado pela MBDA, o programa FMAN/FMC deverá substituir até 2030 a atual geração de mísseis de cruzeiro em serviço nas forças armadas britânicas – Storm Shadow (Royal Air Force) e o antinavio americano Harpoon da Boeing (Royal Navy) – bem como nas forças francesas – SCALP (Força Aérea) e Exocet (Marinha Nacional). Este programa, que se insere no processo de racionalização iniciado pelos acordos de Lancaster House, constitui o programa mais estruturante e dimensionador da cooperação franco-britânica no domínio dos mísseis.

Paris e Londres lançaram em março de 2017, como parte do programa franco-britânico, o estudo de conceito conjunto. Esses dois mísseis fazem parte de um dos programas de capacidade mais importantes da França e do Reino Unido. Os dois países também se comprometeram em março passado a fazer progressos concretos no desenvolvimento do programa para evitar déficits de capacidade. Em particular, eles se comprometeram a apresentar uma futura capacidade de cruzeiro até 2030.

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Esteves

“Os dois países também se comprometeram em março passado a fazer progressos concretos no desenvolvimento do programa para evitar déficits de capacidade.”

Déficits de capacidade como pressões orçamentárias, ausências de continuidades, dependências tecnológicas, transferências de conhecimentos e a falta de resultados.

Bem…eles tem tratados à cumprir, inimigos ameaçadores, empregos à gerar e, claro, eles tem negócios concretos.



Esteves

”As duas máquinas futuras, no entanto, não serão as mesmas. Após os estudos realizados desde 2017, parece que franceses e britânicos concordam que o futuro míssil de cruzeiro terá que favorecer um nível muito alto de sigilo, o que orienta a escolha para uma embarcação subsônica. Por outro lado, se os franceses estão convencidos de que o próximo míssil anti-navio deve ser supersônico, os britânicos acreditam que uma versão subsônica, mas furtiva, é de interesse, o que poderia eventualmente levar ao desenvolvimento de dois vetores para o FMAN.” Talvez exista uma divisão nas forças. Franceses querem super. Britânicos preferem subsônico.… Read more »

Esteves

Bosco,

Ja que você apareceu…qual míssil será o preferido?

Bosco

Esteves,
Terão os dois tipos.
Um supersônico, de menor alcance, vocacionado para função antinavio mas capaz de atingir alvos em terra e um subsônico, altamente furtivo, de longo alcance, vocacionado para ataque a objetivos terrestres mas capaz de atingir navios.

Bosco

Italianos nunca dependeram dos americanos para mísseis antinavio.

Marcelo

Na verdade, na Royal Navy esses novos mísseis substituirão ou complementarão os NSM noruegueses que foram adquiridos emergencialmente para cobrir a baixa dos Harpoons.

Last edited 1 ano atrás by Marcelo
Mercenário

Na Marine Nationale substituirão o Exocet e o Scalp Naval (MdCN).

Na RN devem complementar o NSM. Há quem diga que o novo míssil equipará inicialmente as Type 26, ao passo que os 11 demais combatentes de superfície (Type 45 + futura Type 31) ficarão com os NSM.

E substituirão os Storm Shadow na RAF.

Last edited 1 ano atrás by Mercenário
Glasquis7

Imagina quanto dinheiro terão a disposição pro desenvolvimento.

Esteves

Uns olham pra frente e dizem:
— Vou lá.

Outros olham para trás e dizem:
— Vou copiar aquilo.

Dizem que o tempo é uma conveniência humana.

mario

O acordo governamental entre a França e o Reino Unido com os contratos relativos foi assinado apenas no ano passado, o programa ainda está para ser desenvolvido, com este novo acordo MBDA fornecerá a experiência e locais de produção italianos para o desenvolvimento de uma nova geração de mísseis antinavio de ataque profundo que atenderá às necessidades operacionais das Forças Armadas dos três países.