A História Naval e o Cinema
Das Boot
“O valor prático da história consiste em passar o filme do passado por meio do projetor do presente sobre a tela do futuro”. LIDDELL HART[1]
Sérgio Vieira Reale
Capitão-de-Fragata (RM1)
INTRODUÇÃO
Luz, câmera e ação! Em 28 de dezembro de 1895, os irmãos franceses Auguste e Louis Lumiére realizaram no salão indiano do Grand Café de Paris a primeira sessão de Cinema. Sobre uma pequena tela, uma fotografia projetada por meio de uma câmera a manivela ganha vida. O filme, que era sobre cenas do cotidiano, foi intitulado “A Saída dos Operários da Fábrica Lumiére”.
A partir daquele momento, passamos a ter uma nova forma de linguagem, que por meio de projeção de imagens em movimento, permitia ao expectador ter uma representação social de um contexto histórico ou contemporâneo.
Para total compreensão dos processos históricos é necessário estabelecer uma relação constante com outras áreas do conhecimento. A relação da História com o Cinema só começou no século XX, tendo em vista que só foi inventado no final do século XIX.
Com isso, o Cinema passou a ser uma nova forma de abordar um tema histórico e ao longo do tempo passou também a ser uma fonte de pesquisa histórica. Não é de hoje que o encontro entre a História Naval e o Cinema contribui para o conhecimento desta parte da História Militar e Marítima; tanto para os que já são familiarizados com o tema quanto para aqueles que passaram a se interessar pelo assunto.
A História Naval, desde a Antiguidade [2], diz respeito a guerra no mar, mais especificamente, ao emprego do poder naval na luta pelo controle dos espaços marítimos.
Os filmes de guerra, que são um dos gêneros da indústria cinematográfica, contam de modo heróico ou crítico uma história ficcional ou baseada em fatos reais. Estes filmes, de modo geral, exercem um grande fascínio sobre o público.
Este artigo tem duplo objetivo: estimular o uso de filmes como documento histórico no meio acadêmico; bem como despertar no leitor a vontade de ver e rever as obras cinematográficas que foram selecionadas. Desse modo, foram escolhidos vinte e cinco filmes, ambientados em diferentes períodos da história, desde a Antiguidade até os dias atuais, em especial, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Cabe ressaltar que foram incluidos filmes relacionados a possíveis estudos de caso: O Encouraçado Potemkin (1925), A Nave da Revolta (1954); Rebelião em Alto Mar / The Bounty – possui três versões (1935/1962/1984) e Maré Vermelha (1995).
Alguns filmes possuem mais de uma versão. Cada um deles adaptado a sua época e relacionado a um determinado contexto.
FILMES SELECIONADOS
- Encouraçado Potemkin / Battleship Potemkin (1925)
- Mar Cruel / The Cruel Sea (1953)
- A Nave da Revolta / The Caine Mutiny (1954)
- A Batalha do Rio da Prata / The Battle Of The River Plate (1956)
- A Raposa do mar / The Enemy Below (1957);
- A Batalha do Mar de Coral / The Battle of the Coral Sea (1959)
- Ben-Hur (versões 1959 / 2016)
- Afundem o Bismarck / Sink The Bismarck! (1960)
- O Canhoneiro do Yang-Tsé / The Sand Pebbles (1966)
- Tora! Tora! Tora! (1970);
- Midway (versões 1976 / 2019)
- O Barco: inferno no mar /Das Boot (1981)
- Rebelião em alto mar / The Bounty (1984)
- Maré Vermelha / Crimson Tide (1995)
- O Resgate do Soldado Ryan / Saving Private Ryan (1998)
- U-571: A Batalha do Atlântico (2000)
- Homens de Honra / Men of Honor (2000)
- Pearl Harbor (2001)
- Mestre dos Mares – o lado mais distante do mundo/ Master and Commander: The Far Side Of The World (2003)
- Tróia/Troy (2004)
- Yamato / The Mens Yamato (2005)
- Capitão Phillips / Captain Phillips (2013)
- Homens de Coragem / USS Indianapolis: Men of Courage (2016)
- Dunkirk (2017)
- Greyhound: Na Mira do Inimigo (2020)
CONCLUSÃO
Este artigo, além de sugerir, busca transformar leitores em vibrantes espectadores dos filmes sobre a História Naval. Nesse sentido, estas grandes produções cinematográficas, tiveram por parte dos diretores o devido comprometimento com o realismo nas ações. As imagens ilustram o desenvolvimento dos meios navais e a evolução da guerra no mar. Portanto, emocionaram platéias e merecem ser vistos e revistos como referências na História Naval.
REFERÊNCIAS
- ALBUQUERQUE, Antônio Luiz Porto; SILVA, Léo Fonseca e. Fatos da História Naval. 2.ed. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha. 2006.
- LIDDELL, H. As grandes guerras da história. São Paulo, Ibrasa. 1982.
- VIDIGAL, Armando e de Almeida, Francisco Eduardo Alves. Guerra no Mar: batalhas e campanhas navais que mudaram a história. Record. 2009.
- LEITE, Henrique Fanini. O Barco – Inferno no mar – Das Boot. 2017 Disponível em http://www.revistaema.com.br/o-barco-inferno-no-mar-das-boot
- JUNIOR, Haroldo Basto Cordeiro. DE ARS BELLUM. O estado da arte bélica no inicio do século XX. Revista Marítima Brasileira, Rio de Janeiro, v. 121, n. 01/03, jan/mar. 2001.
- MARTIN, Marcel. A Linguagem Cinematográfica. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1990.
- https://br.rbth.com/historia/79195-fim-encouraçado-potemkin-famoso-filme
- https://www.defesaaereanaval.com.br/historia/midway-no-cinema-a-busca-pela-autenticidade
- https://www.naval.com.br/blog/2008/10/03/o-lobo-do-mar/
- https://www.infoescola.com/cinema/o-resgate-do-soldado-ryan
- https://historiamilitaremdebate.com.br/a-batalha-do-rio-da-prata-as-acoes-do-graf-spee-na-segunda-guerra-mundial-na-costa-da-america-do-sul/
[1] Historiador e militar britânico (1895-1970)
[2] Período compreendido entre a invenção da escrita e a queda do Império Romano Ocidente 476 d.C
Eu retiraria dessa lista Pearl Harbor (2001). Para se ter uma idéia, eu acho o filme ‘Capitão Sky e o Mundo de Amanhã’ mais realista hehehehehe
Fora isso tem alguns clássicos excelentes na lista. The Cruel Sea and the Caine Mutiny estão entre os meus prediletos.
Na mesma linha, o autor poderia ter incluído “Battleship”. Se é para ser inverossímil, esse filme é quase insuperável.
mas é legal ver um monte de navio atirando!!!!!!!! 🙂
Olá Afonso, Battleship é péssimo.
Ah não, a cena dos veteranos preparando USS Missouri ao som de Thunderstruck, o navio dando um drift e disparando tudo o que ele tem contra os alienígenas paga o filme.
Concordo plenamente. O problema é que alguns vão assistir um filme de ficção e querem cobrar o desempenho de um clássico, totalmente realista. Para o que se propõe, Battleship é perfeito.
Olha.. nada em Battleship escapa.. História ruim, personagens vazios, atores mequetrefes…
Tem a Rihanna e a filha do almirante.
Aquele drift foi de estarrecer, eu não sabia se ria ou se xingava o diretor
Como disse abaixo, esse filme só presta do momento do ataque a base em diante. Antes disso, é um melodrama insuportável.
Willber, acho que nem isso. Eu quase fui expulso do cinema essa hora devido à super realística atuação dos P-40 hehehehehe
Eu acho divertido aquele amigo dele que voltou do nada um dia antes ensinando para os outros tudo sobre os Zeros. Só que a experiência em combate dele era na Batalha da Inglaterra, ele nunca viu um Zero até aquele momento.
Olá Leandro, Os recentes “Pearl Habour” e “Midway” são realmente ruins. Na lista faltou “Caçada ao Outubro Vermelho”, “A um passo da eternidade”, “O falcão dos mares” e “Anáguas a bordo”
Pearl Harbor é péssimo. Midway (2019) é apenas ruim por ser imaturo. De fato, historicamente ele é mais correto do que o de 1976, porém a diferença em tipo de cinematografia é absurda, e consegue distorcer a História por causa disso.
Sobre os outros, eu concordo. Anáguas à Bordo é um que eu de vez em quando tenho que assistir porque é muito engraçado.
Esta versão de Midway de 2019 usa uma computação gráfica mal feita. Parece que tudo está sendo iluminado lanterna de led. Não tem sombra. Cansa. Parece que ninguém desliga a luz.
na época eu dizia que tinha ‘o romance de Soldado Ryan’ e as batalhas de ‘Titanic’
7, 12, 13 (trilha é fantástica: Vangelis, God of Music), 18, 19 e 20
Das Boot é o melhor.
Assisti quase todos, mas pra mim o melhor é Das Boot (O Barco). No DVD da versão do diretor ele tem quase 3 1/2 horas de duração e uma série de vídeos extras: documentário sobre a guerra no Atlântico, making of e entrevistas. No YT dá pra achar alguns.
Concordo! O barco é o melhor da lista!
Esse Pearl Harbor (2001) tá mais pra Poor Harbor…
Amigo Leandro,Esse comentário era pra ter sido uma resposta ao seu.
Luciano, e seu comentário está bem na marca mesmo hehehehe
Uma sugestão p/ pesquisa de filmes de guerra é o listafilmessegundaguerra.blogspot.com
Da lista, os que mais gosto são Mar Cruel, O Barco e O Mestre dos Mares.
Mas gostaria de uma comédia na lista: Anáguas a Bordo (Operation Petticoat).
E o Down Periscope, Por Água Abaixo de 1996 até pela mistura de submarino da 2ª GM com subnuc.
Olá Nunão. Sou fã do “Anáguas a bordo”
Mais para o lado “comédia”, mas, também com um bom drama, tem também Mister Roberts com Henry Fonda e Jack Lemmon, o final do filme é “impagável” !
Verdade. Mister Roberts é sensacional, e que elenco! Tem James Cagney também.
Eu lembro de ter visto esse filme no Canal 21 quando ele era afiliado da Bandeirantes. Eu ligava lá para ver Star Trek e nos intervalos anunciavam os filmes da grade. Fui dar uma olhada nesse Mr Roberts e que filme divertido.
Esse filme é muito bom. Acho que alguns anos atrás refizeram a produção teatral.
E voltando um pouco para a comédia e também para o Jack Lemmon, tem ‘The Wackiest Ship in the Army’ que também é divertido. Não tanto quanto Anáguas à Bordo, mas ainda assim divertido.
O melhor filme mesmo, como filme em si, é o Ben Hur do Charlton Heston.
Mas… Para filme de guerra, centrado na guerra, Das Boot para mim é o melhor da lista.
Detalhe: No Ben Hur, entre tantas cenas antológicas (e são muitas), falando da batalha naval, a cena do comandante da Trirreme testando os escravos remando, ao ritmo do tambor. É espetacular!
Caro GFC. Lawrence da Arábia é sensacional. Outro sensacional é Spartacus. Agora, filme de submarino, Das Boot.
Mestre dos mares sempre lembro da cena que o Russel Croew passa no convés e um marinheiro olha torto.
Ele manda chicotear o cidadão kkkk
Hoje em dia seria assédio moral e o capitão cancelado em redes sociais.
A chibata era uma punição comum nas marinhas daquela época. O pensamento amadureceu e a humanidade evoluiu. Hoje existem maneiras mais humanas de se punir um marinheiro que esqueceu de prestar continência a um oficial.
Caro Mac. Foi preciso uma revolta dos marinheiros brasileiros há pouco mais de 100 anos para colocar fim á chibata na MB. Sobre o assedio moral, talvez apenas quem já passou pode entender. Quem nunca sofreu, não tem como entender.
‘Das boot’ é um dos melhores filmes de todos os tempos. e um clássico de guerra e talvez o melhor filme de guerra no mar
Também acho o “Das Boot” o melhor da lista….gosto muito da trilha sonora! Espetacular!!
Franz, também gosto da trilha do Klaus Doldinger. Converti em mp3 e botei num CD que acabei levando para o carro. Uma bela noite voltando de petrópolis umas 3 da manhã, a música começa à tocar justamente na serra. Foi uma descida tensa hahahahahaha
Imagino…..sinistro!! 👍👍
Eu tenho uma mania, só vou no cinema se o filme está no idioma original….não importa qual…
O filme perde em qualidade quando é dublado….e as dublagens no Brasil são em grande parte muito ruins….
Desde que a uns 30 anos atrás eu ouví num filme dublado um índio falando para um padre “valeu merrmão, tô contigo e não abro”, jurei que nunca mais iria no cinema ver um filme dublado…..
Olá Franz. Isso depende muito do estúdio que faz a dublagem. Existem dublagens ótimas e outras ruins. Outro ponto é entender a diferença entre o texto traduzido e o trabalho do dublador. Tem dubladores que são ótimos.
Sim, é verdade…..por isso que escreví “em grande parte”.
Mas de um modo geral, a qualidade melhorou……meu exemplo citado é de uns 30 anos atrás….porém ainda sou da opinião que no original a qualidade é melhor…..mas isso tb varia de acordo com o espectador…
Franz, tenho a mesma mania. Prefiro tudo na língua original. Geralmente as dublagens que eu gosto são casos mais de saudosismo por ter visto o filme ainda pequeno. Um exemplo desses é ‘Dr. Fantástico’ com a dublagem original, que na minha opinião enviesada pela nostalgia acrescenta ao efeito cômico hehehehe
Bom saber que não sou o único “exótico” rsrsrs….!!!
Animações prefiro dubladas. Mas filmes, sempre prefiro som original
Quando voltar aqui na Serra me avisa pra gente tomar uma cerveja.
Fernando, estou querendo tentar voltar aí até o fim do inverno. Qualquer coisa eu aviso mesmo.
O Canhoneiro do Yang-Tsé , um drama intenso, é meu preferido.
Boa dica. Não conhecia. Vou pôr na lista.
Pearl Harbour só presta do momento em que os japas começam a atacar Pearl Harbour em diante. Antes disso, é um romancezinho água com açúcar insuportável.
Aliás, eu tiraria ele e colocaria Corações de Ferro no lugar.
Imagino que esse o autor do texto o tenha escrito ano passado, por isso não ter colocado Nada de Novo no Front na lista. Filmaço, aliás.
Assistí Mestre dos Mares a 2 meses pela 1° vez, deveria tê-lo assistido antes, filme excelente.
Napoleão, de Ridley Scott, faço questão de assistir na pré-estréia.
Acho que a lista se refere somente a filmes com referências navais. Nada de Novo no Front não possui referências navais. Especificamente esse NNF é alemão (2022), 3a adaptação do livro homônimo. A primeira é de 1930 e a segunda de 1979. Ambas produções americanas. Essas versões americanas são filmes espetaculares. Vale muito a pena a ver os dois, que em minha opinião, são ambas do mesmo nível. Essa versão alemã tem qualidade, mas… sinceramente, eu não curti. Achei que a história se perde ao conto que o livro mostrava. As outras adaptações contavam histórias mesmo, mais fluidas ao longo… Read more »
Se for isso, O Resgate do Soldado Ryan não deveria estar na lista.
Tirando o desembarque no Dia D, qual batalha naval tem nesse filme?
Pois é… Imagino que o autor do artigo tenha feito essa concessão devido ao desembarque em Omaha.
Mas NNF nem isso… rsrs É 110% terrestre, ou melhor, lama.
Eu concordo totalmente com você GFC. Prefiro as produções anteriores de NNF. Eles deveriam ter tirado a parte das negociações do cessar fogo em um filme separado. E cortaram quando Paul recebe a licensa e passa uma semana em sua cidade. Essa parte é importante.
E realmente… ‘Vá e Veja’ tem que ter estômago para ver. Filme muito bom.
Fury (Corações de Ferro) é muito bom. As boas interpretações superam alguns erros técnicos.
Me lembrei de um que assisti há muito tempo: Attack on the Iron Coast, sobre o ataque ao porto francês ocupado de St. Nazaire utilizando um velho destroyer o HMS Campbeltown cheio de explosivo, uma operação quase suicida.
Não tem um único filme mostrando a participação da MB na escolta de comboios no Atlântico durante a 2a GM. Acho que ninguém se interessaria pois já tem Greyhound, certo? Cinema é uma arte muito maior que seus aspectos técnicos (a demandada montagem, p.e.), por certo, e certamente vai muito além dos seus gêneros e temas. O recorte não repugna mas reduz a amplidão do território a explorar. Filme sobre guerra no mar (ou no espaço sideral) sempre tem de explorar a conflituosa proximidade de personagens confinados nos vasos e saltar sobre enormes distâncias pra tornar paralelas visualmente as linhas… Read more »
Não que os comboios que passaram pela costa brasileira não tenham sido importantes Alex, mas, a luta de vida ou morte se deu no Atlântico Norte, até pelo número de unidades
de ambos os lados envolvidos, inclusive raramente se viu um NAe de Escolta operando aqui no sul.
Sim, mestre Dalton, mas o equipamento e meios são apenas parte da e(hi)stória: o drama é sempre de pessoas, em uniforme ou não. Isso, a universalidade do drama humano mesmo nessa circunstância extrema, é que sedimenta a simpatia pelo assunto e que leva ao estudo e compreensão, que conquista coração e mente, pro bem ou pro mal. Quem lembra de algum filme contando o drama pessoal de algum oficial aviador (branco, cisgênero, de elite?) ou submarinista da MB em vaso da USNavy lá entre 1918 e 1936? Falam tanto em esforço de construção nacional mas obliteram o esforço de alguns…… Read more »
Acho que essa é uma das vezes que não compreendi bem seu comentário Alex
e não é culpa sua e sim uma limitação minha, tipo, por que o cinema nacional
não explora esse nicho, como feito por exemplo no filme Estrada 47 que trata sobre a FEB, é isso ? 🙂
Sim, mestre, foi isso, uma reclamação em digressão, apenas.
História não falta.
Cadê a prova do afundamento do Bahia? Cadê o Bahia? Fomos visitar o U-199? Afundamentos em torno da Ilhabela?
Capital, risco, cultura, direção, produção, distribuição. Cinema é um negócio. As chances de um filme bom fracassar são elevadas. Blade Runner fracassou.
Quem faz um filme tem uma história pra contar. História precisa ser representada com verossimilhança como Tom Hanks faz. Quanto custa um ator como Hanks?
Qual comboio? Em qual navio existiu um drama para ser contado?
Pesquisa Alex. Pesquisa amigo Alex. Vá pesquisar. Esteves conta a história. Depois vem todo o resto.
Já um filme de ASW com a Arará afundando um U-Boat na costa do Rio seria sensacional! E depois o comandante (quem era mesmo?…) ainda vai com a FAB pra Itália!
“Cartas de Iwo Jima” e “A conquista da Honra”, do Clint Eastwood, são excelentes filmes também, já que “vale” referências a fuzileiros navais.
Apenas que o primeiro é bem mais bonito.
Carra de Iwo Jima é muito bom mesmo. Ainda bem que vocẽ lembrou
Ótimo.
Concordo, principalmente o 1°.
História Naval. Finalmente os editores relaxaram. Matéria bacaninha faz falta. Filmografia é da preferência de cada um. Na minha opinião tem que botar quem ajudou a construir a história do cinema tendo como fundo um romance ou o inverso disso, um conflito. Apesar da maioria dos romances acabarem-se em alguma catarata…lágrimas e sal. Capitão Blood de 1935 com Errol Flynn Uma Aventura na África de 1952 com Bogart e Kate Rapburn, de John Houston De 1989. Terror a Bordo. Dizem que Nikole… De 2000. Mar em Fúria com George Clooney De 2013. Até o Fim com Robert Redford Mestre dos… Read more »
Incluam na lista:
“Nosso barco, nossa alma”
Relata episódio real dos combates marítimos no Mediterrâneo….durante a invasão de Creta.
A poucos dias assisti “Batalha do rio da Prata”
Adorei quando nos créditos eles nominaram os navios que fizeram o “papel” do Graf Spee, do Exeter, Ajax e Achiles…
Apesar de Troia ser um dos meus filmes favoritos, não acho que deveria estar nessa lista já que assim como a obra original, Ilíada, tem quase nada de historicidade factual.
Poder naval também é cultura. Olha só: The Bedford Incident – não era pra estar na lista?
Aqui: https://www.naval.com.br/blog/2021/05/25/o-filme-the-bedford-incident/
Passou. Outro dos melhores.
Bedford Incident, Dr. Fantástico e Failsafe eu coloco na mesma categoria. Excelentes filmes.
Leandro, apesar de gostar muito do Dr. Strangelove (Dr. Fantástico), adoro comédias, eu prefiro o Fail Safe pela forma que o tema foi abordado, ter Henry Fonda como Presidente americano foi perfeito, Walter Matthau (que sou fã, na 2ªGM ele foi operador de rádio e artilheiro de B-24 no mesmo grupo do James Stewart) na vibe louca do Curtis LeMay, também é curioso ver Larry Hagman no papel de interprete de russo e pouco depois ele estourando como Major Nelson em Jeannie é um Gênio. O que sempre me vem a mente sobre esse filme é: teria algum líder a… Read more »
Eu não sei exatamente se eu qualificaria o ‘Dr.’ acima ou abaixo do ‘Failsafe.’ Mas Failsafe realmente me gela a espinha. Também não sei se alguém tomaria a decisão daquela forma. Na cabeça do Henry Fonda acho que só passavam números. E mesmo assim, seria difícil para qualquer pessoa engolir. Ali ele fazia o papel de um Paladino em uma situação impossível. Talvez a intenção seja justamente passar a idéia de que armas nucleares podem nos deixar em situações impossíveis, colocando seres humanos menos perfeitos que Henry Fonda (hehehee) na condição de terem que tomar essas decisões que podem nos… Read more »
Não sei se estou viajando muito, mas pra mim a decisão do Presidente americano evoca a passagem bíblica de Abraão sacrificar o próprio filho, neste caso sua família e milhões de pessoas do seu povo. Quanto a Walter Matthau, também gosto muito, das várias comédias c/ o grande amigo, o excelente Jack Lemmon (sua atuação em Síndrome da China, por exemplo é maravilhosa), tem um filme pouco conhecido escrito e dirigido por Billy Wilder (outro gênio) chamado Buddy Buddy – onde Matthau faz um assassino de aluguel e o Lemmon um cara tão chato que vc acaba c/ pena e… Read more »
Eu acho que você está correto em pensar na passagem bíblica. Eu não tinha visto por esse ângulo.
E ainda não vi ‘Buddy Buddy’ mas espero conseguir contornar esse problema já nesse final de semana. E obrigado pela dica! 😀
Lemmon é outro excelente ator. Realmente mais conhecido pelas comédias, mas sabe fazer drama muito bem e Síndrome da China mostra isso com perfeição.
Espero que goste. O 1º filme dessa dupla maravilhosa foi o The Fortune Cookie (Uma Loura Por Um Milhão), Matthau faz um impagável cunhado advogado picareta.
Esse eu conheço. E gosto muito hehehehe
U-571: A Batalha do Atlântico é um Das Boot com tribulação americana. Copiaram na cara dura um submarino avariado no fundo do mar tendo que correr contra o tempo para reparar os danos e voltar à superfície.
Recomendo os seguintes filmes:
O Almirante: Correntes Furiosas de 2014.
Admiral-Michiel de Ruyter
2015
Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo-2003
Das Boot eu acho ótima, tanto a série quanto o filme.
Estou aguardando a nova temporada da série, mas o realismo do filme voou pela janela. A série é um romance bem fictício ao invés de um romance realista com uma tripulação fictícia.
Mas dizem (não tenho certeza) que foi baseada em um outro livro do mesmo autor de Das Boot.
Faltou Caçada ao Outubro Vermelho….um clássico.
Maré Vermelha tambem foi um bom filme, um thriller de pressão psicológica que remete muito ao confinamento que as tripulações de submarinos vivem, com a responsabilidade esmagadora de lidar com os misseis balisticos.
Cada um faz o recorte que quiser, aqui puxamos a brasa pro nosso interesse comum. Mas é sempre bom olhar um recorte semelhante, mas sociológico, filosófico. Ao mesmo tempo que o cinema representa os problemas mais agudos da atualidade, como os listados por Rui Braga no Blog da Boitempo, dentre eles a precarização (pensemos em Nomadland) e os sindicatos (pensemos na greve das guildas de escritores e atores e na linda e combativa Fran Drescher), devemos atentar pro artigo do Zizek, no mesmo blog, intitulado “Barbie Não Consegue Lidar Com A verdade”, que termina com este alerta esclarecedor e perturbador:… Read more »
Para mim só tem dois filmes aí.O Barco: inferno no mar /Das Boot e Mestre dos Mares.
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O melhor da lista na minha humilde opinião. Recomendo a versão do diretor. São mais de tres horas, mas torna a experiência melhor. Na época consegui assistir no You Tube. Mas, deve ter em DVD.
A série Das Boot é excelente.
Sobre os submarinos alemães da segunda guerra. Muito boa essa série, 3 temporadas.