Japão fornecerá navios-patrulha gratuitos a países parceiros para conter a China

29

De acordo com informações publicadas pelo Japan News em 8 de agosto de 2023, o governo japonês iniciou negociações sobre o fornecimento gratuito de equipamentos de defesa naval a seis nações “afins” no próximo ano fiscal por meio do programa Official Security Assistance (OSA).

Em meio aos crescentes desafios geopolíticos, o Japão busca aprimorar as defesas marítimas dos países em locais estratégicos vitais. Seu principal objetivo é neutralizar o aumento das atividades marítimas e o crescimento militar da China.

Para 2024, a OSA reservou países como Vietnã, Indonésia, Filipinas, Papua Nova Guiné, Mongólia e Djibuti. Notavelmente, os três primeiros têm disputas marítimas em andamento com a China no Mar da China Meridional.

A influência da China está crescendo em Papua Nova Guiné, enquanto a Mongólia faz fronteira com a China e a Rússia. Djibuti, posicionado ao longo das principais rotas marítimas japonesas, abriga uma base da Força de Autodefesa Japonesa.

Para fortalecer sua supervisão das águas e céus territoriais, o Japão está considerando equipar essas nações com navios-patrulha, tecnologia de radar, drones e ferramentas de comunicação.

As decisões finais sobre os destinatários da ajuda e a escala da assistência serão determinadas após consultas com as nações envolvidas e avaliações abrangentes no terreno.

No início de abril, foi estabelecida uma política para limitar a ajuda da OSA a áreas com chances mínimas de envolvimento em conflitos internacionais, concentrando-se principalmente no monitoramento de regiões territoriais e na execução de tarefas de ajuda humanitária.

Em 2020, o Japão e o Vietnã assinaram um acordo de exportação para seis embarcações destinadas à Guarda Costeira do Vietnã (VCG), conhecidas localmente como “navio-patrulha TT-1500”.

FONTE: Navy Recognition

Subscribe
Notify of
guest

29 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Moriah

FMS japonês com valor simbólico.

Jeferson

Qlkr coisa é melhor do que nada.

Carlos Campos

As Filipinas seriam um alvo fácil da influência Japonesa, pois vive sendo humilhada pela Marinha Chinesa.

Jeferson

A China metendo o loko tmbm né, podia firmar parcerias e tomar aqueles países pelo bolso mais tarde. Mas ñ, o negócio é repressão! Tem q mostrar qm são os bons…e pra ontem!

André Macedo

O Japão tem meios eficientes pra sua defesa, mas achar que é o suficiente dar uma de FMS é muita viagem.

André Macedo

Tentem ser autossuficientes sem o papai EUA primeiro, depois pensem nisso.

(agora tem uma limitação no tempo de postar comentários que afeta até a edição, não consegui nem corrigir o comentário acima)

Nativo

Meu nobre pesquisa o poder militar do Japão e sua indústria de defesa, depois repensar o que escreveu.

André Macedo

Já pesquisei e já sabia, por isso disse que sua industria é eficiente.
Mas eles não tem capacidade militar pra andar com as próprias pernas sem os EUA, isso é fato.

Tallguiese

Não deixem o Uruguai saber disso heim!

Humilde Brasileiro

Japão criando seu próprio FMS.

Macgaren

A gente poderia se oferecer para receber alguns

Emmanuel

Pensei a mesma coisa.
Inventa que vai fazer isso na costa da África.

Vai que cola.

Ivan

Aparentemente uma medida sensata do Japão. Usar seus recursos econômicos para fortalecer a marinha e/ou guarda-costeira de países próximos, que precisam enfrentar o expansionismo chinês, sem comprometer seus (poucos) recursos humanos e, principalmente, sem ter que se envolver diretamente em cada intercorrência na região, terá um ótimo custo/benefício. . Notadamente quando se trata de navios de patrulha, do tipo usado por guarda-costeira, que cumprirão missões de polícia marítima, presença no mar territorial e ZEE, além de busca e salvamento. . Assim, os japoneses apoiam os vizinhos na região (no enfrentamento à voracidade do Dragão Chinês) com ativos importante, porém menos… Read more »

Heinz

Sim, claro, o Japão nunca foi inimigo da China, só depois da ascensão americana.
Estudar!

Dalton

A “ocupação” terminou em 1952 e não demorou muito para o Japão tornar-se a segunda maior economia do mundo, enquanto à Alemanha Ocidental passou a ser a terceira, nada mau para países “ocupados” e um enorme contraste quando se compara com à Alemanha Oriental na época. . O Japão era odiado por todos em 1945 e a própria população condenou os militares de alta patente pelo “desastre” inclusive muitas viúvas tiveram que esconder que seus maridos tiveram altas patentes nas forças armadas para conseguir emprego e sobreviver e não foram poucas as casas desses ex militares que foram apedrejadas. .… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Qualquer análise elementar de nível ensino médio corrobora essa realidade.

De fato. Se o nível da análise for baixo, pode corroborar sim.

Mas se a análise não for elementar nem de ensino médio, e sim de ensino superior pra cima, não vai sustentar essa afirmação simplória sobre o Japão.

Zero77,

Não existem obviedades em Relações Internacionais.

A Política Externa de qualquer país é um resultado complexo de vários componentes, da economia, comércio, cultura, e não menos importante, da política doméstica.

Sugiro se aprofundar no assunto, que não permite afirmações binárias.

Insisto: só numa análise de nível médio se pode chegar às afirmações simplistas que você fez e faz sobre política externa.

Se você realmente gosta do assunto e de debater sobre o mesmo, é melhor se aprofundar.

“Qualquer analista minimamente sério e independente sabe muito bem disso.”

Não. Qualquer analista minimamente sério e independente precisa saber muito além disso. O que você afirmou até agora é simplório, pra dizer o mínimo.

Dei algumas dicas de temas que você precisa agregar e pesquisar pra começar a melhorar a análise e sair do nível ensino médio. O resto é com você, caso queira sair dessa repetição de lugares-comuns.

Dalton

Tá…e o que o Japão deveria ou poderia ter feito ? Odiado por todos ao redor, não fosse os EUA ele teria sido dividido, correria o risco de uma guerra civil, abraçaria o comunismo, enfim nada auspicioso e não se trata de “bondade” e sim de pragmatismo, foi bom para ambas as nações especialmente nos primeiros anos pós guerra. . Seu antiamericanismo impede de enxergar que existem muitas coisas em comum, seja um regime democrático, certamente melhor do que a ditadura militar que existia com a tristemente famosa “Kempeitai” seja potenciais inimigos como China, Coreia do Norte e Rússia. .… Read more »

Dalton

Só que o mundo mudou desde 1945 então ele deixou de ser “odiado” inclusive passou a ser respeitado e ouvido principalmente pela sua pujança econômica e está cada vez mais próximo de vários países inclusive da Coreia do Sul, a não se que você a considere também “país ocupado”. . Será que é justo a geração pós 1945 pagar pelos erros ou continuar sendo eternamente condenada pelos erros antes cometidos ? Penso que não assim como não se deve culpar à Alemanha pela geração nazista . . Nessa sua linha de raciocínio diversos outros países que foram ocupados e/ou tem… Read more »

Seja feliz com suas concepções, Zero. O caminho pra sair da repetição da retórica e partir para análise mais completa de fatos complexos eu já indiquei. É um longo caminho, mas pelo menos você pode começar. Só uma última sugestão: se você encontrar pela frente um especialista, analista ou pesquisador de Relações Internacionais, evite falar isso tudo que você escreveu nos últimos comentários, e esse monte de argumentações rasas em que você se apoia, como afirmações cabais. Melhor dizer isso tudo como perguntas, ou você vai passar muita vergonha – isso se o interlocutor for minimamente educado para responder, caso… Read more »

Leandro Costa

Formação na área você não tem não.

Mas você estava certo em uma coisa. Você não escreveu nada complexo.

OBS.: Vou te dar só um pequeno exemplo. Bem pequeno. De uma das mil camadas que você está ‘esquecendo’ de levar em consideração. A anos e anos, o carro mais vendido nos EUA, é japonês. Tenho certeza que para você isso não significa absolutamente nada, afinal é apenas um carro, justamente porque você não se aprofunda no assunto. Mas é relevante.

Zero77

EDITADO:
COMENTARISTA BLOQUEADO POR DIVERSAS VÊZES NÃO SEGUIR AS REGRAS PARA COMENTÁRIOS.

Wilson Look

Qualquer um que pesquise minimamente corre o sério risco de formar uma opinião totalmente errada sobre o assunto e ficar achando que já sabe muito, simplesmente porque ainda não viu o tamanho de sua própria ignorância.

Pesquisa se faz com fontes da época e se usa todas as disponíveis, pois é a mesma coisa que montar um quebra cabeça em que a maioria das peças se perdeu.

Zero77

EDITADO:
COMENTARISTA BLOQUEADO POR DIVERSAS VÊZES NÃO SEGUIR AS REGRAS PARA COMENTÁRIOS.

Wilson Look

Essas fontes independentes, que você fica falando, são fontes que surgem depois que o fato ocorreu e nem sempre se utilizam de fontes primárias, ou quando utilizam tem uma chance muito grande de ser apenas a visão do autor, usando fontes primárias fora de seu contexto apenas para apoiar a sua idéia. Um exemplo disso, existe 1 fonte de 1914 (uma entrevista) em que Santos Dumont diz ter nascido em São Paulo(sério já lí essa entrevista) e no livro “O que eu vi e o que nós veremos” de 1918 ele menciona que seu voo de 12 de novembro de… Read more »

adriano Madureira

melhor os navios chineses terem cuidado, os OPV japoneses são perigosos…

comment image

Salomon

Boa notícia. O litoral da Mongólia terá patrulhas, finalmente. É um grande avanço.

Salomon

Apesar de existirem buques com essa bandeira de conveniência.