Em 24 de agosto de 2023, a Marinha Real divulgou novas imagens da construção do navio líder do projeto Type 31, o futuro HMS Venturer

Brilhante e completa em sua pintura vermelha, esta é a proa bulbosa da HMS Venturer, a primeira das novas fragatas Type 31 da Marinha Real.

Menos de 18 meses desde que sua quilha foi batida, a Venturer está começando a se assemelhar a um navio de guerra, à medida que as unidades e blocos gigantes que compõem o navio são encaixados com extrema precisão pela Babcock em suas instalações em Rosyth.

A proa bulbosa (não tão bulbosa como, digamos, os porta-aviões daa RN, mas ainda assim distinta) é uma maravilha da engenharia naval que modifica a forma como a água flui ao redor do casco, reduzindo o atrito à medida que a fragata atravessa os oceanos, reduzindo o uso de combustível e ajudando a ampliar o alcance, ao mesmo tempo que apoia a estabilidade da embarcação.*

Tomando forma ao lado da Venturer está a segunda Type 31 HMS Active, com várias seções inferiores do casco do navio já construídas in situ no salão de montagem – apropriadamente chamada de Venturer Building.

Type 26, Type 31 e Type 23

A Active ultrapassa um marco simbólico no próximo mês, quando sua quilha é batida em uma cerimônia que combina métodos modernos de construção naval com história naval; uma moeda HMS Active especialmente cunhada, desenhada por um filho de um dos funcionários da Babcock responsável pela construção do navio, será colocada sob a quilha – diz-se que traz boa sorte ao navio e à sua tripulação.

Quando concluídas, a dupla – as duas primeiras das cinco da sua classe – será mais longa (cerca de cinco metros) e mais pesada (cerca de 1.000 toneladas) do que as fragatas Type 23 existentes da Marinha Real… mas com cerca de metade da tripulação.

Todas as cinco Type 31 – a classe “Inspiration”, para seus antepassados cometeram atos que inspiram (no caso da Venturer, seu antecessor foi um submarino da 2ª Guerra Mundial que afundou um submarino enquanto ambos estavam submersos) – realizarão missões de uso geral em todo o mundo quando em serviço no final desta década, estão sendo construídos pela Babcock em Rosyth.

Concepção original do estaleiro Babcock para a Type 31, mostrando os principais sistemas, sensores e armamentos
Concepção divulgada pelo site Navy Lookout da Type 31 com lançadores Mk41 a meia-nau, no lugar dos lançadores dedicados do sistema Sea Ceptor – essa intenção de já instalar os lançadores Mk41 foi informada neste ano pelo lorde do Almirantado Britânico

As unidades – ou blocos – são construídas em áreas de produção separadas em Rosyth e depois transportadas cuidadosamente no que os construtores navais chamam de transporte motorizado autopropelido (SPMTs) – poderosos carregadores baixos controlados remotamente que podem mover seções de até 250 toneladas de peso, ou mais pesado se mais de um for usado.

Eles normalmente são movidos de cabeça para baixo para facilitar o transporte, levados para o salão de pintura e, uma vez pintados, o enorme guindaste Goliath (o maior do Reino Unido, dominando o horizonte da costa norte do Forth) vira os blocos prontos para serem transferidos para o salão de montagem para se juntar ao resto do navio.

Entre as seções agora instaladas na Venturer estão sua espinha dorsal – as partes mais baixas da fragata, como a proa e a quilha, incluindo os Grandes Blocos 01 (que inclui o leme e a popa) e próximo a ele o 02.

FONTE: Royal Navy (Marinha Real Britânica)

* NOTA: segundo o engenheiro naval Eduardo Câmara, o texto original da Marinha Real Britânica sobre o efeito do bulbo não está correto. O bulbo não tem a ver com estabilidade e seu efeito é de reduzir a resistência de onda. A resistência ao atrito depende da área do casco.

VEJA TAMBÉM:

Marinha Real Britânica: primeira Type 31 vai ganhando forma na Escócia

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Roberto Santos

Olha ai que belo navio os Britânicos vão construir !
Enquanto isso, fazemos projetinho de NP 500 pra medir a capacidade e competência dos engenheiros da Marinha do Brasil, a famosa reunião pra marcar reunião.
Gastamos muito mal, temos um monte de teóricos e estrelados sem futuro, que vergonha. Que diga o tal reator nuclear que a décadas consome Bilhões do pobre contribuinte brasileiro. A Marinha virou um cabide de empregos !

PACRF

Não é possível esquecer dos “mortos fictícios”, que também “assombram” nossas FAs e, obviamente, os contribuintes. Não há falta de recursos nas nossas FAs. O que falta é o emprego adequado dos recursos arrecadados do contribuinte. Gasta-se muito e gasta-se mal.

Luís Henrique

Esta insuportável ler este tipo de comentário.
Não tem nada de útil para escrever? Trazer mais informações sobre a classe de navios da matéria. Perguntar alguma coisa sobre os sistemas, armamentos, custos. Comparar com outros navios.
Qualquer matéria agora é utilizada para criticar as forças armadas brasileiras. Não estou dizendo que são 100% corretas e que não possuem defeitos ou que é proibido criticar, mas todas as matérias lemos dezenas de críticas. É insuportável.

Alexandre

Concordo plenamente com vc Luis Henrique, pessoas que vem aqui só para criar um ambiente de conflito e nada mais. Não se trata de passar pano para as nossas forças armadas, que verdadeiramente tem grandes falhas, corrupção , mamatas etc… Mas o cara começa comparando Um Npa de 500t com uma fragata de de 5700t, ou seja, um absurdo essa comparação. Mas quando olhamos a foto dessa fragata na materia e comparamos com as fragatas classe Tamandaré, observamos muita coisa similar. Veja, tem um canhão bofors de 57mm, que é uma boa arma, mas que não é superior ao 76mmSR… Read more »

Luís Henrique

E outra, o orçamento militar do Reino Unido em 2022 foi de U$ 68 bilhões, o do Brasil foi de U$ 20 bi e sabemos que cerca de metade cobre pagamento de Inativos. Lá, um país 45 x menor que o Brasil e com cerca de 30% da nossa população, eles investem 2,2% do PIB e muitos ingleses acreditam que deveriam investir mais. Aqui, a turma do mimimi, fica somente criticando as forças armadas, mas quando falamos em aumentar o orçamento para 2% do PIB, 99% são contra. Querem o que então? Como vamos fazer para termos fragatas e destroyers… Read more »

Esteves
  • Não é metade. É 88%.
  • A Defesa vem gastando mais de 2%. Em 2022 foi 2,4%.
  • Se a visão que a Defesa passa para a sociedade é que o dinheiro dos militares só presta pra leite condensado, picanha e camarão, isso é um problema da péssima comunicação da Defesa.
Luís Henrique

1) Esteves, eu me refiro somente aos Inativos, 88% são os gastos com pessoal Inativos E Ativos. 2) esse dado deve se referir a 2,4% dos gastos do governo. Em relação ao nosso PIB o orçamento militar fica entre 1,1 e 1,2% 3) discordo. Isso se deve ao fato do presidente anterior ter ligação com os militares e ter cortado substancialmente as verbas com as mídias e por não ser polido, ter trocado farpas com muitos jornalistas. As 3 forças possuem um efetivo de cerca de 380 mil pessoas e qualquer comida que for comprada para tal contingente, o custo… Read more »

Esteves

E o que você quer fazer com aposentados e pensionistas? O gasto com pessoal inclui ativo+passivo=88%. 2,4% foi a despesa pública. Metade da nossa despesa é rolagem da dívida pública, 25% é previdência. Nos outros 25% estão os ministérios. 2,4% foi o que saiu do caixa. Se teu salário é 15 e tu gastou 25 significa que Teve extras. Militar não precisa comer toneladas de camarão, picanha, viagra, leite condensado, lagosta. O nome disso é ostentação. Esteves faz churrasco de contra. Dizem que acém é bom mas não é o acém que vendem no varejo. Tem que encomendar. Outra coisa.… Read more »

Luís Henrique

1) Isso no Brasil, nem todo país inclui os gastos com aposentados e pensionistas no orçamento militar. Muitos países utilizam um sistema de previdência social como o INSS para isso. O outro colega estava criticando a MB e comparando com a Royal Navy, eu apenas o lembrei que o orçamento militar do Reino Unido em 2022 foi de U$ 68 bi e o nosso foi de U$ 20 bi, sendo que U$ 10 bi foram para pagamento de “aposentados”. Não sei se o Reino Unido inclui esse tipo de pagamento no orçamento, caso não inclua, a diferença de orçamento real… Read more »

Henrique A

A crítica ao aumento do orçamento se dá pela completa inércia dos comandantes de propor reformas ou mudança de paradigma; o que é proposto é mais do mesmo só que com mais dinheiro sendo gasto.

O problema das FFAA nacionais é tanto financeiro quanto estrutural.

Eu particularmente sou favorável a um aumento orçamentário mas também sou favorável a uma reforma estrutural das forças, coisa que os comandantes não querem.

Luís Henrique

Já melhoraram muitas coisas, já teve reforma da previdência militar, já está tendo redução do efetivo, etc.
Não acho que estamos tão mal assim de organização e planejamento, o problema é o planejamento sem uma constância de recursos.
Quase todos os anos tem contingenciamento. Somente no último governo que não teve…

Henrique A

Ainda tem muito mais coisa pra mexer; por exemplo, o EB poderia extinguir os tiros de guerra, que tem eficácia discutível e oneram as prefeituras que já tem orçamento apertado.

Luís Henrique

Ok, e se o EB acha isso importante para a manutenção de uma grande reserva e acha que o custo é baixo, já que os conscritos recebem apenas 1 salário mínimo. Então ai o sr. não concorda em conceder um orçamento militar maior, mais adequado para que as forças possam adquirir equipamentos militares novos, modernos, de preferência fabricados no Brasil e em boas quantidades? Todo mundo vai ter uma ou várias críticas e o alto comando do exército pode concordar ou não, eles podem estar errados em algumas mas também podem ter acesso à mais informações do que nós em… Read more »

Esteves

A média mundial com despesa de pessoal nos orçamentos militares (Defesa) não ultrapassa 65%.

Aonde tu viu que a MB paga salário mínimo?

Luís Henrique

1) Então seja justo com as forças armadas e conceda à elas um Orçamento equivalente à Média Mundial. Hoje as forças gastam cerca de R$ 95 bi com Pessoal (uns 35 bi com os ativos e uns 60 bi com os Inativos). E o orçamento está em torno de R$ 120 bi. Ou seja, cerca de 80% de gastos com pessoal. Caso o MD consiga o aumento para 2% do PIB, nosso orçamento passaria para cerca de R$ 200 bi. Os 95 bi de gastos com pessoal passariam a representar 47,5% do orçamento. 2) Sobre salário mínimo, o outro colega… Read more »

Henrique A

O problema é como vão conseguir este aumento? O orçamento federal já está todo engessado, de onde vão tirar esses bilhões extras? A conjuntura política é desfavorável. Obviamente que o certo seria cortar o orçamento nababesco dos judiciário (o mais caro do mundo) e investir em coisas proveitosas como a defesa nacional, mas os magistrados são a aristocracia do Brasil e são intocáveis. Nenhum político fala em mexer nesse vespeiro. Os tiros de guerra são resquícios de uma época anterior ao SMO em que o Estado não tinha força moral para impor a conscrição, já que temos hoje o SMO… Read more »

Luís Henrique

Alguns dados: Em 2018 o governo investiu R$ 28 bi com Bolsa Família. Em 2020 e 2021 o governo anterior investiu o equivalente a 20 anos de bola família devido a pandemia. (mais de R$ 600 bi). Agora em 2023 o orçamento do bolsa familia está em cerca de R$ 70 bi Como conseguiram tanto dinheiro em 2020 e 21 para ajudar os funcionários e as empresas durante a pandemia? Como conseguiram aumentar o gasto no bolsa familia que era de cerca de 28 bi e agora esta em 70 bi? Dinheiro tem, é só colocar como prioridade que consegue.… Read more »

Esteves

Luís,

Da uma pensada nessas coisa que tu escreves. Aonde Teve reforma?

Contigenciamento tem todo ano em qualquer governo.

Luís Henrique

Teve reforma da previdência militar, no governo anterior em 2019 ou 2020. Não lembra? Os militares contribuíam com cerca de 7,5% do salário para aposentadoria e trabalhavam 30 anos para aposentar. Com a reforma passaram a contribuir com cerca de 10,5% e o tempo de serviço aumentou para 35 anos. Os Inativos, mais especificamente os Pensionistas, não contribuíam com a previdência militar, ou seja, recebiam a pensão integral. Após a reforma passaram a contribuir também com os 10,5%…Não me recordo exato mas acho que é isso. Então não foi a reforma salvadora da pátria, mas já melhorou, pois contribuindo mais… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Luís,

Só para complementar seu último parágrafo:

Os relatórios de gestão das Forças Armadas, se bem me lembro da última leitura que fiz deles, falam de contingenciamentos durante o período que você aborda, afetando o andamento de mais de um programa (não me lembro exatamente se em todos os relatórios, mas tenho quase certeza de que no da Marinha fala).

Até onde sei foram menores e mais pontuais do que em anos de fortes contingenciamentos, mas pela minha memória de leitura dos relatórios, houve. É bom dar uma checada.

Esteves

Aonde tem essa tal fragata Tamandaré?

Alexandre

Difícil responder, um dia desses falaram no corte de chapa dessa fragata Tamandaré, outro dia teve o batimento de quilha, mas acho que eram fake news.
Será que essa foto da matéria mostrando uma suposta T 31 é fake news também?
O que vc acha?

Esteves

Acho que deveriam mostrar o que tem. Quem não mostra não tem.

Marcelo Andrade

Concordo Luis, não importa a noticia sobre as nossas FFA , se compra ou vai construir algo, criticam, se não compram ou não têm, criticam, e o pior, aqui é um forum para quem gosta de assuntos de Defesa hein, e não Canal do UOL!!!!

Marcelo Andrade

Roberto, o Programa Nuclear da Marinha não pode ser somente um Programa da marinha. Se fosse um Programa de Estado já estaria pronto. Não vamos culpar somente a Força.

Glasquis7

Acredito que essa classe de Fragata esteja navegando no Pacífico Sul no final da próxima década.

109F-4

Na foto ilustrativa não vi os lançadores de mísseis anti-navio… outra: uma fragata com canhão principal de 57mm?

Wilson Look

Até onde eu conheço essa classe não será equipada, nesse momento, com misseis anti navios, seus armamentos serão o canhão de 57mm, 1 canhão de 40mm e 24 misseis Sea Ceptor.

É mais um navio para guerra assimétrica, do que guerra convencional, e até onde sei está no topo da lista dentre os navios europeus mais sub armados dos últimos tempos.

Henrique A

Eles são desdentados mas bem grandes, provavelmente os britânicos planejam armá-los quando houver mais grana.

Glasquis7

tenho entendido que é um navio de concepção modular podendo ser armado em qualquer momento caso necessário.

Maurício.

Acho que não será tão modular assim, os misseis Sea Ceptor não estão instalados mais pra proa como é o mais normal, onde eles estão instalados é o lugar onde geralmente ficam os mísseis anti-navio, mas pela ilustração, parece que sobra um “bom” espaço, onde possa ser instalado os mísseis anti-navio e não atrapalhe os Sea Ceptor.

Glasquis7

Na verdade, não sou especialista no assunto, apenas estou “repassando o peixe como me foi vendido”

Também achei estranha a localização do CAMM mas, não acredito numa fragata sem misseis Anti Navio

Glasquis7

Tem que lembrar também que essa é uma concepção artística, talvez, no processo de construção isso seja modificado.

Maurício.

Glasquis7, eu também não sei muito sobre navios, mas olhando outras ilustrações na internet, o navio aparece com os mísseis anti-navio instalados ao lado do Sea Ceptor, o espaço pelo visto é maior do que essa ilustração dá a entender.

EduardoSP

Esse navio é baseado nas classes Iver Huitfeldt e Absalon, da Marinha Dinamarquesa. Esses navios são modulares, com amplo espaço para a instalação de novos equipamentos. Os Absalon tem um convés para transporte de equipamentos, inclusive blindados e veículos motorizados. Nessas classes a meia nau é um espaço modular, utilizado para a instalação de mísseis ar-ar e ar-mar, além de lançadores de chaff. Pessoalmente acho a Absalon um conceito muito interessante. Se os ingleses forem espertos, manterão essa flexibilidade nas Type 31. Alguém comentou que um canhão de 57mm é pouco para uma fragata como essa. Também acho, mas também… Read more »

Rui Mendes

Estas fragatas derivam das Iver Huitfield Dinamarquesas, que têm os lançadores MK41, para mísseis anti-aéreos SM2 ou ESSM no mesmo sítio, onde essas terão os Sea Ceptor e as Dinamarquesas ainda tem logo ao lado lançadores para mísseis Stinger e outros, depois têm também os mísseis Harpoon (16) vão ser substituídos por (NSM) logo na frente dos lançadores anti-aéreos. Os Britânicos optaram por construir está class, por ser modular e assim pode equipar com mais armas, mais para a frente, pois o que os Britânicos precisavam mais actualmente, eram navios grandes e com grande alcance, para fazer patrulhas longe de… Read more »

Maurício.

Valeu, Rui Mendes, eu não conhecia essa classe Dinamarquesa.

Alexandre

O canhão de 57 mm é uma boa arma, com várias funções, inclusive de defesa aérea aproximada. Trata-se de uma boa fragata, mas mostra claramente uma semelhança de configuração com as nossas fragatas Tamandarés. Nada impede que esse canhão seja trocado por outro ou a configuração seja ampliada, assim como também pode ser feito nas fragatas Tamandarés!
É só uma questão de ter dinheiro para isso!

Dalton

Mesmo canhão adotado pela futura classe de fragatas da US Navy, que serão maiores e mais numerosas, para lidar com potenciais ameaças assimétricas sem mencionar a economia de escala por ser utilizado em “LCSs” e navios da Guarda Costeira.

Esteves

”Se armado com o míssil antinavio/ataque terrestre FCASW/FOSW, a Type 31 aumentará significativamente seu alcance e poder de fogo, mitigando grande parte das críticas generalizadas de que esses navios estão grosseiramente sub-armados. O RN sempre foi vago sobre quantas células Sea Ceptor seriam instaladas no Tipo 31, mas as células 32 Mk41 fornecem a opção de embalar até 128 desses mísseis, embora uma abordagem de mix-and-match com outras armas seja mais provável.”

Mercenário

109,

Sim, canhão de 57mm, como na FREMM versão americana.

Mísseis antinavio provavelmente o NSM, que já está sendo instalado nas Type 23.

As Type 26 vão utilizar o futuro
míssil substituto do Harpoon e Exocet (“Perseus”)

L Grande

O Type 31 da Inglaterra seria um complemento aos navios classe Tamandaré que o Brasil está construindo. Exemplo 12 Tamandaré e 6 Type 31. Aí a nossa Marinha chegaria ao número ideal de 18 escoltas. Vamos aguardar.

Glasquis7

???

Henrique A

Dificilmente a MB terá mais de 10 escoltas modernas. Se as opcionais duas Tamandaré forem contratadas a probalidade é que a MB fique nisso ou compre mais duas usadas.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu não cravaria isso com tanta certeza. É bem possível que fique perto de 10 escoltas, mas todas novas. Meu ponto é: a MB conseguiu viabilizar junto ao governo (na verdade dois governos, pois foi no final de um e começo de outro) uma forma de bancar a construção de 4 fragatas e um navio polar, minimizando o risco de interrupção por falta de recursos, ao arquitetar uma capitalização de cerca de 10 bilhões de reais da Emgepron. E tudo isso no rescaldo da maior crise econômica que o país teve desde a década de 1930, com dois anos seguidos… Read more »

Esteves

Nunão,

A capitalização veio no ato final para pegar a todos. A capitalização foi um movimento político em um governo que escolheu e determinou-se a construir base de apoio principalmente no seio militar.

Repetir um ato político-militar em governos que precisam mostrar mais do que isso para elegerem-se construindo solidez entre tantas demandas é pouco provável.

A Defesa têm capacidade para mostrar muito mais que as inflamadas apresentações patrióticas vêm mostrando. Poderiam começar por rever o que afirmaram em 2012 olhando para um mundo muito confuso de forma mais técnica e ardilosa.

Acho.

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves,
Premissa errada de novo: a capitalização foi preparada e iniciada no governo Temer.

Esteves

Eu não citei nome. O governo desse presidente ex que você menciona montou gabinete militar e aconselhou-se com militares mantendo estreita relação política que estreitou-se a seguir…no mandato do próximo presidente. https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1858283#:~:text=O%20governo%20Federal%20liberou%2C%20durante,Marinha%20do%20Brasil%20(MB)%3B “Finalmente, a Lei n° 13.971/2019 (Lei do PPA 2020-2023), assim trata do tema (p. 48): “(…) a estratégia de defesa cumpre o relevante papel de garantia da soberania, proteção do território e integridade nacional, que são condições essenciais para a paz e a estabilidade. Além disso, cabe mencionar a importância da capitalização da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) para construção dos navios classe Tamandaré, desenvolvendo e fortalecendo o núcleo… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Não foi isso que você escreveu antes, Esteves, ainda que não tivesse citado nomes.

A capitalização foi arquitetada e iniciada no governo Temer. Cobrimos o assunto de forma extensa, e no meu caso conversei e apurei detalhes pessoalmente com gente envolvida no processo, bem antes do fim do governo Temer.

O governo seguinte, ao qual você claramente se referiu no comentário, deu continuidade aos aportes que já estavam previstos.

Esteves

Previstos mas não realizados.

Fernando "Nunão" De Martini

Isso não muda nada em relação ao cerne da questão que eu levantei na minha resposta ao Henrique, e à qual você respondeu. Vai lá e leia de novo.

Esteves

“…ao arquitetar uma capitalização de cerca de 10 bilhões de reais da Emgepron. E tudo isso no rescaldo da maior crise econômica que o país teve desde a década de 1930, com dois anos seguidos de recessão seguidos de um teto de restrição de gastos.” Fim de um governo. Começou outro. Os dois namoradeiros com gabinetes e conselheiros militares. Furaram o teto. Graças a Deus porque isso foi de uma burrice sem tamanho. Alegaram que a Emgepron é não dependente. Caras de pau…cadê as receitas e os contratos da Emgepron? Muitas condições favoráveis…lambe-lambe. “…acho que se repetirem (ou adaptarem) a… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Você continua sem entender o cerne da questão. Fala muito e lê pouco. Leia de novo.

PS: e o que o link de um navio de ataque de superfície de 520 toneladas, com alcance de apenas 1.500 milhas náuticas, tem a ver com isso?

Esteves

O link foi pra quebrar o ritmo. Você está teimoso.

Fernando "Nunão" De Martini

Quebrar o ritmo? Você atravessou o samba rsrsrs

Luís Henrique

Devido ao nosso histórico esse plano de até 10 Tamandare é sim otimista.
Mas caso o MD consiga um aumento do orçamento militar para 2% do PIB como vem divulgando, aí esse plano se torna modesto.
Com um novo orçamento a MB poderá adquirir mais de 20 ou até mais de 30 navios de combate neste período de tempo.

Zorann

Daqui uns 15 anos estarão em serviço no Chile.

No Brasil daqui a 30 anos

Glasquis7

Se supõe que no caso do Brasil, as Tamandaré estejam operacionais antes de 2.030.

Esteves

Favor não “secar”.

Glasquis7

O que te faz pensar que eu secaria? O que mais precisamos na região é de um Brasil forte e pujante com grande capacidade diplomática para que a região de um salto.

Secar o Brasil é acabar com a melhor chance que temos de tirar América do Sul do sub desenvolvimento.

Esteves

Você não acredita nisso.

Glasquis7

Por que não acreditaria numa verdade na frente dos meus olhos?

Esteves

Essa pergunta tu faz a tu mesmo.

Já que o Brasil não se coça…melhor a banda ir tocar em outra praça.

Vinho Naturelle Tinto Suave Casa Valduga…recomendo.

Glasquis7

Nada se compara a Um Montes Alpha Cabernet Sauvignon bem chambreado e acompanhado de uns bons queijos, frutas secas e sementes.

Glasquis7

Já que o Brasil não se coça…melhor a banda ir tocar em outra praça.”

A outra praça seria a Argentina… Melhor continuarmos apostando no Brasil.

Bardini

Interessante comentar que na imagem de representação da Type-31 aparecem lançadores dedicados para emprego do Sea Ceptor, no entanto, a Royal Navy pretende equipar esta classe com o Mk-41, agregando maior flexibilidade e capacidade de combate.

Alex Barreto Cypriano

Não é, mestre Bardini? E foi um graúdo da RN que anunciou o Mk 41 pouco tempo atrás. Aqui:
https://www.navylookout.com/royal-navys-type-31-frigates-to-be-fitted-with-mk41-vertical-launch-system/
Essa type 31 tá muito estranha, uma evolução complicada do processo cheia de reviravoltas: uma convolução. Novos tempos, novos modos. Nem comento muito sobre porque seria trabalho de Sísifo.

Fernando "Nunão" De Martini

A explicação para as “reviravoltas” da Type 31 não é das mais complicadas. Resumindo bastante, a Guerra na Ucrânia e o aumento nas tensões no Extremo Oriente fez a Marinha Real rever algumas decisões do padrão de armamento que planejaram para o início das operações dos navios. Depois que já haviam planejado que essa classe seria o mais barata possível, esses dois fatos ocorreram e forçaram uma mudança de rumo. Parte do que deixariam para introduzir mais pra frente, no esforço de manter os custos baixos num primeiro momento, terá que ser instalado mais cedo. Sobre a ilustração que mostra… Read more »

Luís Henrique

1) inicialmente lemos que a Type-31 teria uma capacidade antiaérea limitada, possivelmente de apenas 8 células para mísseis Sea Ceptor. 2) Neste infográfico da matéria é visto um arranho semelhante ao da nossa Fragata Tamandaré, com 12 células para mísseis Sea Ceptor 3) Em novembro de 2021 o First Sea Lord Tony Radakin declarou que as Fragatas Type-31 terão preparação para receber lançadores MK41, o famoso Fitted for but not With. 4) Agora em Maio de 2023 o First Sea Lord Ben Key declarou que as Fragatas type-31 virão equipadas com 32 células do sistema Mk-41. Os futuros mísseis anti-navio… Read more »

Alex Barreto Cypriano

O navio já está adiantado no slipway e os caras ainda brincando de escolher no catálogo o gadget. Vai dar problema?

Gabriel BR

Se tem um país que sabe fazer navio bonito , esse país é o Reino Unido!

Fernando "Nunão" De Martini

Nesse caso estão construindo um navio bonito, porque o projeto original não é do Reino Unido.

Gabriel BR

A nossa classe “Amazonas” são lindas

Willber Rodrigues

Discordo.
Navio bonito mesmo é italiano.

jean

sem duvida nao tem marinha mais bonita da italiana

Esteves

“O projeto “Team 31” da Babcock é derivado das fragatas Iver Hutfeldt desenvolvidas para a Marinha dinamarquesa. Muita flexibilidade foi levada em consideração, com o equipamento podendo ser atualizado ou reconfigurado para aumentar a flexibilidade operacional. O navio às vezes é chamado de Type 31e, onde o “e” significa exportabilidade.”

Alex Barreto Cypriano

Type 31e – mais um spin off dessa novela mexicana ou comédia de enganos.

Esteves

Precisa gerar conteúdo.

Henrique A

Eu acho as Mogami e Asahi dos japoneses muito bonitos, são navios muito imponentes, tanto no visual quanto nas capacidades.

Jose Dias

Fragata Tamandare´? O nome se justifica, mas “fragata” ? Isso não passa de uma corvetinha bombadinha !

Eduardo Câmara

O texto publicado pela revista faz um comentário bastante incorreto sobre o efeito to bulbo. Ele não tem nada haver com estabilidade e seu efeito é de reduzir a resistência de onda. A resistência ao atrito depende da área do casco. Sugiro que se retifique o texto. Em alguns casos de navios de guerra, o bulbo se extende para baixo acomodando sensores.

Fernando "Nunão" De Martini

Eduardo, há quanto tempo! Tudo bem? Está morando no Rio?

Sobre a correção, vamos colocar um asterisco na matéria, que tem como fonte uma nota da Marinha Real.

Esteves

Não é assim em poucas palavras que explicam o formato do bulbo na Type 31 que veio do casco dinamarquês.

“Para avaliar a influência que a forma do bulbo tem na resposta dinâmica, fixou- se dois parâmetros: comprimento e volume a vante. Esses dois parâmetros foram fixados, pois aparentam ter a maior influência sobre o comportamento dinâmico do casco. Assim, as duas formas de bulbo que apresentaram mais alteração na resposta dinâmica foram escolhidas para a comparação, são elas: bulbo esférico e bulbo em nabla.”

https://www.navylookout.com/developing-the-type-31-frigate/

https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/171771/TCC%20Dean%20Carlo%20Zimmermann.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves,
Melhor você se preparar um pouco mais para essa discussão.
O Eduardo é engenheiro naval, dos bons.

Esteves

Esteves não anda só.

Alex Barreto Cypriano

Exato, mestre Eduardo. E, como possivelmente bem o sabes, mestre, o faz pela interferência destrutiva na (frequência da) produção de onda, daí que bulbo só funcione plenamente em determinadas velocidades. Dá preguiça de ler e até de protestar. Deve ser tática de guerra psicológica pra afastar os chatos preciosistas…

Esteves

Tava esperando você.

Como demorou…deixei pra lá.

Esteves

Tem estudo de bulbo. Nenhum bulbo é conclusivo quanto às suas aplicações. Suas do bulbo…não do Alex.

Ta publicado. Opinião sobre bulbo de 5 linhas…Esteves já botou engenheiro pra nadar. Engenheiro engenheiro, segundo Nunão.

Leia lá.

Alex Barreto Cypriano

Esteves, o trabalho de Zimmermann versa sobre qual a influência do bulbo no seakeeping (heave e pitch) de um casco de navio mercante da série 60, originalmente sem bulbo e com apenas um hélice, com coeficiente de bloco Cb=0,7. O autor nota que apenas no pitch houve alguma influência. Mas não existe bulbo genérico, ele tem que ser adequado pra cada tipo e geometria de casco, e o casco de uma fragata é bem diferente do casco de um mercante: fragatas possuem 0,45<Cb<0,5, a distribuição da superestrutura de combatentes de superfície difere em muito da de mercantes, embora sempre haja… Read more »

Dalton

Coincidentemente acabei de ler recentemente o livro “A fuga do Bremen”
onde consta que este famoso navio de passageiros alemão teria sido o primeiro a ter um “bulbo”, desenvolvido pelo arquiteto naval dos EUA
David Taylor, informação que consta também em uma antiga revista “Sea Classics” que tenho e deixou-me curioso por mais detalhes sobre a façanha vivida por esse navio em 1939, então fica a dica para quem se interessar.

Alex Barreto Cypriano

Antes do SS Bremen (e sua irmã, SS Europa, apodados greyhounds pela sua velocidade e design estiloso com chaminés baixas) Taylor dotou o USS Delaware (comissionado em 1910) de um bulbous forefoot. O Bremen, segundo consta poderia alcançar 28 nós (com velocidade máxima de 32 nós!) e contava com uma catapulta pra lançar um seaplane que levaria o correio dos passageiros antes mesmo de chegar ao porto. O Bremen,apesar da façanha da escapada do porto americano, foi incendiado criminosamente quando já na Alemanha e foi desmatelado até a linha d’água (sendo seu aço reutilizado), rebocado e afundado. O Europa teve… Read more »

Marcelo

Parabéns a ROYAL NAVY….
eles precisam de navios para substituir
a sua esquadra ( que funciona!!!)..
E para manter a soberania de suas
águas e rotas…(de verdade….)
…. levam sua marinha a sério….
Diferente de outros países….onde tudo é só para dar a “” sensação”” de que estão fazendo alguma coisa….não nada funciona…

Marcelo

……mas nada funciona……

Esteves

Você consegue mostrar mais conteúdo para sustentar essa afirmação?

Heli

Não seria essa classe sub-armada? Apenas 12 Sea Ceptor é pouco.

Esteves

”A RN sempre foi vaga sobre quantas células Sea Ceptor seriam instaladas na Type 31, mas as células 32 Mk41 fornecem a opção de embalar até 128 desses mísseis, embora uma abordagem de mix-and-match com outras armas seja mais provável.”

Alex Barreto Cypriano

Segundo um vice almirante da RN demorará alguns meses pra adaptar o sea ceptor pro vls mk41. É toda uma conversinha frente os parlamentares britânicos. Curioso de ler. Aqui:
https://committees.parliament.uk/oralevidence/12651/html/

Fernando "Nunão" De Martini

Ótimo link. Vou guardar para ler com calma. Precisa dar um desconto ao vice-almirante porque ele está conversando com um parlamentar que entende lançadores de mísseis como “simples tubos capazes de disparar diversos mísseis”. Então tem que ser uma conversinha que o parlamentar (e o público eleitor do mesmo) entenda. Como o vice-almirante diz que serão três anos após o lançamento até o navio ser declarado totalmente operacional (coisas de líder de classe e provavelmente uma gordura de prazo colocada ali), o que afirmei mais acima sobre talvez não dar tempo de instalar Mk41 na Venturer (dado o tempo entre… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Pois é, Nunão. Teve parlamentar querendo colocar míssil de ataque à terra, como um LACM Tomahawk, na type 31. Connheces a fábula do príncipe que se empenhou em fazer o mais belo mausoléu para depositar o caixão de sua amada falecida? Depois de caprichar em tudo, olhou sua obra sentiu que tinha algo errado no magnífico mausoléu. Pensou um pouco e disparou aos operários: ‘tirem esse caixão daí!’.

Alex Barreto Cypriano

Sub-armada sob que critério? É uma fragata de emprego geral que nem sabem bem o que vão colocar ali, simplesmente porque aceleraram o processo pra chegar na fase de construção (inclusive com o parent design da Huitveld, cuja patente garantem não limitar em nada o esforço comercial em produzir pra exportação) pra ter o que mostrar mas contam com a modularidade pra facilitar qualquer troca de ítem futuro e sua posterior integração com os outros sistemas. Vai dar problema?

Esteves

Talvez. Eles precisam colocar navio no mar. Depois veem o que faltou.

Alex Barreto Cypriano

Mas falam em acrescentar um type 32. Acredita que vai rolar? É sério e aparece em papéis muito sérios, como neste aqui:
https://www.iai.it/en/pubblicazioni/naval-combat-systems-developments-and-challenges
Aliás, ele representa um resumo muito bom e relativamente atualizado (é de Janeiro deste ano) do que anda rolando nas principais marinhas do mundo. Vale a pena ler tudo já que no PN não saem matérias de retrospecto em sumário geral. Coisa que podia acontecer, quanto mais não fosse apenas pra dispensar longa pesquisa no arquivo site.

Esteves

Pois é. Tenho colocado isso.

Carlos Crispim

Na primeira foto a proa é reta, não é violino nem trawler.