A Marinha do Brasil anunciou que a proposta do consórcio Miramar, composto pelas empresas SIATT e BEN (Bureau de Engenharia & Negócios), foi selecionada como a melhor oferta para o projeto de obtenção da primeira Unidade de Vigilância (UV) Costeira do SisGAAz – Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul.

Concebido para monitorar e proteger de maneira contínua e integrada a nossa imensa e rica “Amazônia Azul” (águas jurisdicionais do Brasil e áreas internacionais sob sua responsabilidade), o SisGAAz é um programa estratégico da Marinha do Brasil que viabilizará operações de socorro & salvamento e proteção de portos, embarcações, infraestruturas, recursos naturais em face de ameaças, emergências, desastres ambientais, hostilidades ou ilegalidades.

Com previsão de expansão para toda a costa brasileira, sua primeira Unidade de Vigilância Costeira será instalada nas proximidades do Farol de Castelhanos, na Ilha Grande, litoral do estado Rio de Janeiro. Ainda em análise pela Marinha do Brasil, há a possibilidade desta seleção viabilizar a instalação de uma segunda UV nas proximidades do Farol Novo de Cabo Frio, também no litoral fluminense.

A Unidade de Vigilância Costeira é uma instalação autônoma e regularmente operada de maneira remota, composta por diversos sensores (radar de vigilância, equipamentos de identificação automática de embarcações, câmeras ótica e infravermelha de alta resolução, etc.), bem como sistemas de comunicação costeira e terrestre, e telemetria.

Os dados de vigilância, bem como sinais de telecomando e tele supervisão, são compartilhados via enlace de dados com um centro operacional de vigilância da Marinha do Brasil na cidade do Rio de Janeiro.

Para atender ao SisGAAz, a SIATT, uma EED (empresa estratégica de defesa) com reconhecida capacitação na integração de sistemas, armamentos inteligentes, sensores, radares e sistemas de telemetria, uniu-se à BEN, empresa de engenharia multidisciplinar, especializada, e com experiência em prover soluções de infraestrutura terrestre e aquaviária para portos e terminais marítimos ou fluviais.

DIVULGAÇÃO: SIATT

Imagem em caráter meramente ilustrativo. Clique aqui para acessar matérias anteriores sobre o SisGAAz.

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Esteves

Perfumaria.

Quero saber dos planos de ocupar a ZEE. Quero mesmo.

Marcelo

Kkk fala baixo, o que é bom mesmo nada !!!

Thor

Pensar em “ocupar” a ZEE sem partir de vigilância e monitoramento é voltar 50 anos no tempo…

Esteves

Ocupar é uma tarefa. Sem ocupação econômica não será necessário vigiar. Ninguém irá respeitar.

Tu comprou um lote em Ilha Comprida. Todo ano tu vai lá vigiar. Bem bacana isso.

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves, bom dia.

Na sua opinião, a existência de cerca de 170 plataformas de petróleo não é um exemplo consistente de “ocupação econômica”?

deadeye

Além dos milhares de pescadores que todos os dias estão no mar.

Esteves

A pesca no Brasil é artesanal. E predatória. Esse é outro problema que surge: o afastamento do pescado da nossa costa oceânica.

Esteves

Boa tarde, Nunão.

Sim. É o início.

Ainda é um tema pouco explorado e ocupado na mídia brasileira. Qual ou quais são os recursos minerais e quanto valem…desde a faixa litorânea até o limite da ZEE?

Carlos Pietro

Petróleo, gás, proteção animais marinhos em extinção e para alimentação, como o próprio peixe e camarão.

Esteves

Camarão…em extinção. Pescado…recuado mais de 100 km da costa…poluição, predação.

Ainda não li quanto vale o solo marinho, o que há nele, quanto custaria minerarem o solo marinho, aonde estão as reservas estratégicas de minérios raros.

Tem muita coisa nessa ZEE.

Felipe Morais

“Perfumaria.
Quero saber dos planos de ocupar a ZEE. Quero mesmo.”
Ainda não li quanto vale o solo marinho, o que há nele, quanto custaria minerarem o solo marinho, aonde estão as reservas estratégicas de minérios raros.”

Então a MB deveria suspender o projeto até que se tivesse esse amplo levantamento? É isso?

Fernando XO

Prezado Esteves, o SisGAAz é, conceitualmente, um sistema de sistemas… assim sendo, partido de uma abordagem bottom – up, a ideia seria “cobrir” a Amazônia Azul, paulatinamente, a partir de áreas selecionadas, com sistemas que são complementares… vale dizer que ninguém tem algo assim para uma área tão vasta (soube que a Austrália ia botar na praça uma RFP para algo semelhante, mas isso foi em 2021), então espera-se que essa dinâmica venha a compor, em fases, o “sistemão” por assim dizer… abraço…

Esteves

Abraço.

João

Isso é pra MB?
Exploração de nossa ZEE é política de governo.

Sequim

Seria isso o embrião de um sistema Bastião nacional?

Carlos Campos

Achei que a IACIT iria ganhar, pra mim um radar OTH seria a maneira mais barata a longo prazo para vigiar nossas águas, isso somado a drones com bastante capacidade de se manter no ar

José Luiz

Pois é tem um radar desses operacional no Rio Grande do Sul. Alguns mais e se cobriria todo o Atlântico Sul. Claro que precisa de outros sistemas mais precisos e também algo para os alvos submersos. Como sensores acústicos no fundo do oceano. Tem também a Ilha da Trindade onde pode se colocar um potente radar no alto. Mas isso tudo é devaneio….

Fernando XO

Prezado Carlos, barato não é… cobrir todo o litoral brasileiro com radar OTH vai custar algo com 6 dígitos… enfim, o OTH é importante, mas precisa ser complementado por outros tipos de radar… cabe dizer que pela natureza de sua operação, a instalação em terra demanda uma área considerável… abraço…

Marcelo

Os 200 milhoes de dolares gastos com os 4 avioes turbo tracher que a marinha pagou mais nunca recebeu os aviões ja seria suficiente para implantação do radar OTH em praticamente em toda Costa do brasil.
O brasil nao é para amadores !!!

Fernando XO

Prezado Marcelo, não posso entrar na discussão sobre o destino desses 200 mi… mas posso te dizer sim, seria mais ou menos isso em valores de 2019… abraço…

Carlos Campos

já temos satélites SAR e um outro com câmera “normal”, em breve teremos um drone de longo alcance com radar SAR, o OTH seria um complemento ideal nas capacidades, pois o drone não voa sem parar reabastecer, os satélites passam no local algumas vezes por dia e etc.

ALTAIR IGNEZ

Melhor oferta, SIATT todos conhecemos, BEN, nunca ouvi falar, sei não se isso sai, sinceramente, achava que EMBRAER ou AEL levaria essa.

LucianoSR71

Dúvidas:
– A Iacit participou diretamente dessa concorrência?
– O Consórcio MIRAMAR já especificou na proposta quem será o fornecedor desse tipo de radar (OTH) ou ainda existe a possibilidade da Iacit fornecer o OTH 0100 como subcontratada?

Esteves
EduardoSP

Intuo que isso aí não vai dar em nada para o governo.
Para as empresas, essas já estão no lucro. Já garantiram algum fluxo de caixa.
Mas posso estar enganado.
Veremos.